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Introdução a semiolgia, sistema tegumentar, respiratório e cardiovascular

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Introdução à semiologia
Semiotécnica: É a utilização, por parte do examinador, de todos os recursos disponíveis para se examinar o paciente enfermo, desde a simples observação do animal até a realização de exames modernos e complexos. É a arte de examinar o paciente.
Clínica Propedêutica: reúne e interpreta o grupo de dados obtidos pelo exame do paciente. É um elemento de raciocínio e analise fundamental, na clínica médica, para o estabelecimento do diagnóstico. 
Semiogênese: busca explicar os mecanismos pelos quais os sintomas aparecem e se desenvolvem. 
Na medicina veterinária, o sintoma, por definição, é todo o fenômeno anormal, orgânico ou funcional, pelo qual as doenças se revelam no animal (tosse, claudicação, dispnéia). O sinal, por sua vez, não se limita à observação da manifestação anormal apresentada pelo animal, mas principalmente, a avaliação e a conclusão que o clinico retira dos sintomas observados e/ou por métodos físicos de exame. Por exemplo, quando se palpa uma determinada região com aumento de volume e onde se forma uma depressão que se mantem mesmo quando a pressão é retirada, é sugestivo de edema resultando no que se chama de Godet positivo. O sintoma neste caso, é o aumento de volume, que, por si só, não o caracteriza, por pode ser tanto um abcesso quando um hematoma.
Há diversos tipos de classificação de sintomas, dentro os quais se destacam os sintomas locais, gerais, principais e sintomas patognomônicos. Os sintomas “locais” são assim denominados, quando as manifestações patológicas aparecem claramente circunscritas e em estreita relação com o órgão envolvido (claudicação em casos de artrite séptica interfalângica distal; hiperemia da conjuntiva palpebral por irritação). Os sintomas “gerais” são manifestações patológicas resultantes do comprometimento orgânico como um todo (endotoxemia), ou por envolvimento de um órgão ou de um determinado sistema, levando, consequentemente, a prejuízos de outras funções do organismo (neoplasia mamaria com posterior metástase para pulmões). Já, os sintomas principais, fornecem subsídios sobre o provável sistema orgânico envolvido (dispneia nas afecções pulmonares: alterações comportamentais por envolvimento do sistema nervoso). Existem, ainda, os sintomas patognomônicos quais só pertencem ou só representam uma determinada enfermidade, o que em veterinária é raro (exemplo: protusão da terceira pálpebra em equinos, nos casos de tétano).
Quanto a evolução:
Iniciais: são os primeiros sintomas observados ou os sintomas reveladores da doença.
Tardios: quando aparecem no período de plena estabilização ou declínio da enfermidade.
Residuais: quando se verifica uma aparente recuperação do animal, como as mioclonias que ocorrem em alguns casos de cinomose.
Quanto ao mecanismo de produção:
Anatômicos: dizem respeito à alteração da forma de um órgão ou tecido (esplenomegalia, hepatomegalia).
Funcionais: estão relacionados com a alterações na função dos órgãos (claudicação).
Reflexos: são chamados, também, de sintomas distantes, por serem originados longe da área em que o principal sintoma aparece (sudorese em casos de cólica, taquipnéia em caso de uremia, icterícia nas hepatites.
Síndromes: conjunto de sintomas clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas, quando adequadamente reconhecidos considerados em conjunto, caracterizam, por vezes, uma determina enfermidade ou lesão (síndrome de Shift-Sherington, síndrome cólica).
Diagnostico: O reconhecimento de uma doença com base nos dados obtidos na anamnese, no exame físico e/ou exames complementares, constitui o diagnóstico nosológico ou clinico sendo, na verdade, a conclusão a que o clinico chega sobre a doença do animal. Determinadas doenças produzem modificações anatômicas que podem ser encontradas no exame macroscópico dos órgãos, permitindo se estabelecer o diagnóstico anatômico, no qual se especifica o local e o tipo de lesão (por exemplo, artrite interfalângica distal, fratura cominutiva do fêmur, lesão da válvula tricúspide). A utilização cada vez mais frequente dos microscópios no estudo dos tecidos, permitiu o diagnostico histopatológico das lesões. Por sua vez, o exame macro e/ou microscópico de peças cirúrgicas, biopsias ou o exame post mortem, englobando os diagnósticos anatômico e histopatológico, constitui o diagnóstico anatomopatológico.
Prognostico: Prever a evolução da doença e suas prováveis consequências. O prognostico é orientado levando-se em consideração três aspectos: 1. Perspectiva de salvar a vida; 2. Perspectiva de recuperar a saúde ou de curar o paciente; 3. Perspectiva de mante a capacidade funcional do(s) órgão(s) acometido(s). O prognostico pode ser favorável quando a vida e desfavorável ou duvidoso quando à validez e à recuperação integral do paciente (displasia coxofemoral em cães de grande porte).
Métodos gerais de exploração clínica: Os principais métodos de exploração física são: Inspeção, palpação, auscultação, percussão e olfação.
Inspeção: utilizando o sentido da visão, esse procedimento de exame se inicia antes mesmo do início da anamnese, sendo o método de exploração clínica mais antigo e um dos mais importantes. Pela inspeção investiga-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com a exterior. A inspeção pode ser: Panorâmica: quando o animal é visualizado como um todo (condição corporal); Localizada: atentando-se para alterações em uma determinada região do corpo (glândula mamaria, face, membros). A inspeção pode ser ainda dividida em: Direta: a visão é o principal meio utilizado pelo clinico. Nessas condições, observam-se principalmente os pelos, pele, mucosas, movimentos respiratórios, secreções, aumento de volume, cicatrizes, claudicações, entre outros; Indireta: Feita com o auxilio de aparelhos, tais como: 1. De iluminação: otoscópio, laringoscópio, oftalmoscópio (utilizados para examinar cavidades do organismo); 2. De raios X; 3. Microscópio; 4. Aparelhos de mensuração; 5. De registros gráficos (eletrocardiograma); 6. De ultrassonografia. 
Palpação: Pela palpação, percebem-se modificações da textura, espessura, consistência, sensibilidade, temperatura, volume, dureza, além de percepção de frêmitos, flutuação, elasticidade, edema e outros fenômenos. Quando se utiliza somente as mãos ou os dedos para avaliar uma determinada área realiza-se a palpação direta. Entretanto, se for feito uso de algum aparelho ou instrumento com esse objetivo, realiza-se a palpação indireta. É o que corre ao se examinar órgãos, estruturas ou cavidades inacessíveis a simples palpação externa, utilizando-se de sondas, cateteres, pinças, agulhas, entre outros.
Tipos de consistência: 
Mole: quando uma determinada estrutura reassume sua fora normal após cessar a aplicação de pressão à mesma (tecido adiposo). É uma estrutura macia, porém, flexível.
Firme: quando uma estrutura oferece resistência à pressão, mas acaba cedendo e voltando ao normal com seu fim (fígado, musculo).
Dura: quando a estrutura não cede, por mais forte que seja a pressão (ossos e alguns tecidos tumorais)
Pastosa: quando uma estrutura cede facilmente à pressão e permanece a impressão do objeto que a pressionava, mesmo quando cessada (edema: sinal de Godet positivo).
Flutuante: é determinada pelo acumulo de liquido, tais como sangue, soro, pus ou urina em uma estrutura ou região, resultara em um movimento ondulante, mediante a aplicação de pressão alternada. Se o liquido estiver muito comprimido, as ondulações poderão estar ausentes.
Crepitante: Observada quando um determinado tecido contem ar ou gás em seu interior. Tem-se, à palpação a sensação de movimentação de bolhas gasosas. É facilmente verificado nos casos de enfisema subcutâneo.
A palpação pode revelar, também, um “ruído palpável”, denominado de frêmito, que é produzido pelo atrito entre duas superfícies anormais (roce pleural), ou em lesões valvulares acentuadas.
Auscultação: Avaliação dos ruídos que os diferentes órgãos produzem espontaneamente. É usado principalmente,no exame dos pulmões, onde é possível evidenciar os ruídos respiratórios normais e os patológicos; no exame do coração, para auscultação das bulhas cardíacas normais e sua alteração e para reconhecer sopros e outros ruídos; e no exame da cavidade abdominal, para detectar ruídos característicos inerentes ao sistema digestório de cada espécie animal. A auscultação pode ser: Direta: quando se aplica o ouvido diretamente na área examinada. Indireta: quando se utilizam aparelhos de auscultação (estetoscópio, fenendoscópio, Doppler).
Tipos de ruídos detectados na auscultação: Aéreos: ocorrem pela movimentação de massas gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas vias aéreas); Hidroaéreos: causados pela movimentação de massas gasosas em meio liquido (borborigmo intestinal); Líquidos: produzidos pela movimentação de massas liquidas em uma estrutura (sopro anêmico); Sólidos: Deve-se ao atrito de duas superfícies sólidas rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel (roce pericárdio nas pericardites).
Percussão: Método físico de exame em que, através de pequenos golpes ou batidas, aplicadas a determinada parte do corpo, torna-se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, mais particularmente, das porções mais profundas. O valo do método consiste na percepção das vibrações no ponto de impacto, produzindo sons audíveis, com intensidade ou tons variáveis quando refletidos de volta, devido às diferenças na densidade dos tecidos. Existe dois objetivos básicos para a utilização da percussão: 1. Fazer observações com relação à delimitação topográfica dos órgãos. 2. Fazer comparações entre as mais variadas respostas sonoras obtidas.
Utiliza-se, basicamente, a percussão digito-digital, martelo-plessimétrica e, em alguns casos, a punho-percussão e a percussão digital ou direta.
Por meio da percussão, pode-se obter três tipos de fundamentais de som: Claro: se o órgão percutido contiver ar que possa se movimentar, produz som de media intensidade, duração e ressonância, que é o som claro, o mesmo que se ouve ao percutir o pulmão sadio. É produzido também por gases e paredes distendidas. Quanto menos espessos forem os tecidos que recobrem o órgão percutido, maior era a zona vibratória deste e, portanto, mais alto será o som. Se o volumo vibratório do órgão for pequeno, o som será menos intenso. Isso explica a diferente intensidade do som das distintas zonas da parede torácica. Por isso, o som claro do tórax passa gradualmente a maciço, à proporção que vai se percutindo as regiões superior e anterior do tórax; Timpânico: Os órgãos ocos, com grandes cavidades repletas de ar ou gás e com as paredes semidistendidas, produzem um som de maior intensidade e ressonância, que varia segundo a pressão do ar ou gás contido, como se fosse um tambor a percutir. É o som que se ouve quando se percute ao abdome; Maciço: As regiões compactas, desprovidas completamente de ar, produzem um som de pouca ressonância, curta duração e fraca intensidade, chamada de mate ou maciço, idêntico ao que obtém percutindo-se a musculatura da coxa. Além desses sons fundamentais, não é raro obter, em algumas situações, os sons intermediários. Entre o claro e o timpânico tem-se o hipersonoro e entre o claro e o maciço obtém-se o submaciço. Sons especiais: som metálico.
Olfação: Tem-se ainda, um outro método de avaliação física que se baseia na avaliação pelo olfato do clínico, empregado no exame das transpirações cutâneas, do ar inspirado e das excreções. De grande ajuda quando, por exemplo, as vacas com acetonemia eliminam um odor que lembra a de acetona; hálito com odor urêmico aparece em doentes em uremia; a halitose é um odo desagradável que pode ser determinado por diferentes causas (caries dentarias, tártaro, afecções periodontais, presença de corpos estranhos na cavidade oral e esôfago, infecções de vias aéreas, alterações metabólicas e algumas afecções do sistema digestório). O odor das fezes de cães com gastrenterite hemorrágica e das secreções de cães com hipertrofia da glândula ad anal.
Exame clínico:
Identificação: dados (espécie, raça, idade, sexo);
Anamnese: conhecer através, história clínica do animal;
Exame físico;
Exames complementares de sangue, raio X, de urina, ultrassom;
3. Exame físico:
EX – Estado geral, estado cárneo (adequado, magro, gordo, obeso, caquético (sem man. de doença)
EV – Mucosas aparentes, linfonodos
EX – Sistemas
Estado geral:
Estado cárneo
Excitabilidade: responde aos estímulos do ambiente (adequado, hiperexcitabilidade, apático).
Avaliação das atividades características (pressão antiálgica de decúbito esternal, lateral, pleurotótomo (para onde olha), apistótomo (céu), andar em círculos.
Funções vitais:
Frequência cardíaca
Frequência respiratória
Temperatura
Descargas secais
Rolamentos ruminais
FC: dor, estresse, atividades (exercícios), gestação, medo
RF: anemia (não é fisiológico)
T: hipertemia x febre
Descargas secais: equinos, 1 descarga secal por minuto - ↑ fibra ↑ descargas
Rolamentos ruminais: 7 rolamentos em 5 minutos ou 1 a 2 por minuto - ↑ fibra ↑rolamentos
Mucosas
Ocular - bilateral, as duas devem ser examinadas;
Oral
Vaginal
Prepucial
Nasal
Cores: rósea, branca, amarelo, azul, vermelho, roxa.
Vermelha: congesta, desidratação
Branca: pálida, perlácea
Amarela: ictérica, doença hepática/hemolítica
Azul: cianetica, doença respiratória ou cardíaca
Roxa: violácea
Úmida – tem que ser brilhante
Opaca – seca, indica desidratação
Linfonodos: devem ser moveis
Examinar: motilidade, sensibilidade, consistência, tamanho, superfície.
Se não moveis, indica processo inflamatório agudo, ex: linfoma, ↑tamanho, não há movimento, local de drenagem já sofreu demais, ↑ e ↓de tamanho muitas vezes sofre aderências.
Sensibilidade: processor inflamatório agudo
Consistência: firme, pastosa, flutuante (pus), vários processos inflamatórios agudos se torna duro e imóvel.
Tamanho: infartado: ↑ volume, em proc. Inflamatório agudo - ↓ não há significado clínico.
Superfície: linfonodo rugoso: está respondendo a processo inflamatório.
Anamnese
Conversa com o proprietário
É um dos pilares essenciais para o diagnostico
Por onde eu começo?
Estabeleça uma ordem cronológica
Apresenta-se
Conheça o proprietário
E então o paciente
Utilize termos leigos
Postura e aparência
Confiança ao proprietário
Fala: alta, lenda, tom baixo
Resenha:
Espécie: a suscetibilidade de uma espécie varia consideravelmente em relação às doenças infecciosas e/ou parasitarias e ao comprometimento de determinados sistemas e órgãos. Por exemplo, os equinos são susceptíveis à anemia infecciosa equina e ao garrotilho, ao passo que os bovinos não o são. Em compensação, os bovinos são acometidos por leucose e carbúnculo sintomático, os equinos não. Nas espécies domesticas de pequeno porte, somente os cães podem adquirir cinomose e hepatite infecciosa canina, ao passo que os gatos são suscetíveis a peritonite infecciosa felina e à leucemia felina.
Raça: de maneira geral, as raças mais puras são mais suscetíveis a doenças. As raças mistas ou animais sem raça definida são animais de extrema rusticidade e geralmente reagem de favoravelmente, quando devidamente diagnosticados e tratados.
Sexo: é evidente que existam certas doenças que acometem somente indivíduos de um mesmo sexo. Alguns processos febris em fêmeas devido ao envolvimento do úbere ou do útero; as adenocarcinomas mamários são mais frequentes em fêmeas que em machos; existem distúrbios hormonais diretamente relacionados a hormônios sexuais, tais como o hipoestrogenismo em cadelas. Por outro lado, hérnias escrotais são frequentes em animais machos, sendo a maioria dos problemas de estrangulamento observada em garanhões.
Idade: várias doenças ocorrem com maior frequência em uma determinada faixa etária. É o caso dos problemas umbilicais em animais recém-nascidos, da verminose e da parvovirose em cães jovens. Já as endocardioses adquiridas costumam acometer os animais de meia-idade ou velhos,A idade para o prognostico é de grande valor, pois os animais mais velhos geralmente têm um prognostico mais reservado quando comparados aos animais jovens.
 
Comportamento dos órgãos: questionar sobre os sinais clínicos de cada sistema.
Sistema digestório: Ingestão alimentar (quantidade e mudanças); presença de perdas (emese ou diarreia); controle de endoparasitas;
Sistema urinário: ingestão hídrica; micção;
Sistema cardiorrespiratório: tosse; espirros; cansaço físico; síncope;
Sistema locomotor: dificuldade deambulatória; claudicação;
Sistema neurológico: coordenação motora; convulsão;
Sistema tegumentar: feridas de pele; controle de ectoparasitas;
Histórico médico pregresso: Doenças prévias, procedimentos cirúrgicos, tratamento anteriores (resposta ao tratamento; positivo ou negativo);
Informações sobre o paciente: estado vacinal (paciente e rebanho); ambiente; coabitantes; proprietários (zoonoses); manejo (ambiental; nutricional); criação extensiva (qualidade do pasto; manejo de pastagens); deslocamento ou origem (doenças infectocontagiosas da região); manejo reprodutivo, aplicado a rebanhos (porcentagens de aborto, duração da estação de monta, fertilidade, condição das baixas de parto e maternidade);
Semiologia da pele
Anamnese: informações acerca da queixa principal com perguntas como: tempo de evolução? Inicio do quadro? Tratamentos efetuados? Consequência do tratamento efetuado?
Pele; Importância:
Uma das maiores idas ao veterinário
A pele é o maior e mais visível órgão
Doenças de pele: somente tegumentares ou refletir uma condição sistêmica;
Anexos: pelos, unhas, glândulas, condutos auditivos;
Funções da pele
Proteção: contra injurias, infecções e raios UV (barreira física, imunológica e pigmentar)
Manutenção: temperatura e hidratação
Percepção: sensibilidade para calor, frio, tato e dor
Produção: vitamina D
Reservatório: eletrólitos, água, vitaminas, ácidos graxos, carboidratos, proteínas
Epiderme:
Queratinócitos: diferenciação do estrato basal ao estrato córneo
Desmossomos: hemidesmossomos, junções entre células
Melanócitos
Derme:
Colágeno
Glicosaminoglicanos
Folículo piloso
Glândula sebácea
Inervação
Vasos sanguíneos
Vasos linfáticos
Resenha:
Espécie: doenças de pele mais comuns em determinadas espécies; única daquela espécie
Idade: filhote, jovem, idoso
Raça: predisponentes em determinadas raças, por exemplo em cães: Daschshund, Golden Retriever, Sharpei, Shih tzu, Poodles; em cavalos: Apaloosa, Quarta de milha, Árabe; Em gatos: persas; Em bovinos: Holandesa preta e branca, Jersey, Angus.
Sexo: doenças relacionadas a hormônios sexuais, comportamento de briga (mordeduras); predisposição de gênero;
Cor: cor do pelo/pele; preto/pigmento;
Anamnese:
O que oberva?
- Prurido
- Queda de pelos
- Odor
- Lesões de pele
Tem coabitantes com quadro semelhante?
Alguma pessoa próxima tem lesões de pele? (zoonoses)
Informações sobre tratamentos anteriores
Prurido: grau de prurido, escala de 0 a 10; Quem apareceu antes, a lesão ou o prurido?
Avaliação da pele:
Inspeção direta e indireta
Palpação
Olfação
Distribuição: Localizada (de 1 a 5 lesões); Disseminada (mais de 5 lesões); Generalizada (mais de 60%); Universal (toda a superfície corporal);
Classificação das lesões: se classificam em primárias e secundárias
Primária: erupção inicial decorrente da doença base
Secundária: evoluem das lesões primarias ou artefato provocado pelo paciente, trauma e medicações.
Lesões primárias:
Macula: área plana circunscrita com mudança de coloração, menor do que 1 cm;
Mancha: macula maior que 1 cm;
Coloração
Eritema: coloração avermelhada da pele decorrente de vasodilatação; O eritema volta a coloração normal sob pressão ≠ hemorragia;
Púrpura: coloração avermelhada da pele decorrente do extravasamento de hemácias; Petéquias (ate um 1cm); Equimose (maior que 1 cm)
Hipopigmentação ou hipocromia: redução da melanina
Acromia: ausência de melanina
Hiperpigmentação ou hipercromia: aumento de pigmentos (melanina (melanodermia); hemossiderina; caroteno; tatuagem;
Pápula: elevação solida da pele menor que 1 cm;
Placa: elevação placa solida maior que 1 cm;
Pústula: elevação circunscrita da pele com pús em seu interior;
Vesícula: elevação circunscrita preenchida com conteúdo seroso menor que 1 cm;
Bolha: vesícula maior que 1 cm;
Inchaço: lesão circunscrita edemaciada
Nódulo: lesão circunscrita da pele que geralmente se estende a camadas profundas da pele maior que 1 cm;
Cisto: área elevada circunscrita preenchida por conteúdo liquido ou semi-sólido;
Lesões primárias ou secundárias:
Alopecia: perda total ou parcial do pelo
Descamação: acumulo de fragmentos da camada córnea da pele
Crosta: acumulo de exsudato seco, pus, sangue, descamação, células ou medicação; hemorrágico; melicérico (cor de mel) – perdas teciduais e reparação
Comedo: folículo piloso dilatado com acumulo de material sebáceo e células epiteliais;
Anormalidades da pigmentação: mudança da coloração da pele por pigmentos, hiperpigmentação; despigmentação
Lesões secundárias:
Colaretes epidérmicos: aro circular de descamação, corresponde à remanescentes de vesículas, bolhas, pápulas e pústulas – perdas teciduais e reparação
Cicatriz: tecido fibroso que substituiu a derme e epiderme submetidos à uma injuria – alterações de espessura
Fissura: rachadura linear da epiderme ou da epiderme à derme. Pode ser focal ou múltipla – perdas teciduais e reparação 
Erosão: defeito superficial da epiderme, não ultrapassa lamina basal – perdas teciduais e reparação
Ulcera: perda da continuidade da epiderme com exposição da derme – perdas teciduais e reparação
Escoriação: erosão ou ulcera causada por trauma (prurido, mordiscamento) – perdas teciduais e reparação
Liquenificação: área difusa de espessamento da pele, com aumento das linhas e marcas cutânea. Geralmente com hiperpigmentação; pele de elefante – alterações de espessura
Calo: placa endurecida, firme, alopécica, com hiperqueratose e liquenificação
Abcesso: formação circunscrita encapsulada de liquido purulento
Flegmão: aumento e conteúdo de consistência, não encapsulado; abcesso não encapsulado
Xerose: xerodermia: pele ressecada; pele xerótica
Consistência: macio; firme; duro
Testes diagnósticos:
Raspado de pele: doenças parasitárias, escabiose, demodiciose; Técnica: pressionar lesão, escarificar a pele com lâmina de bisturi, embebida em óleo minera, a 45o, até a presença de sangue capilar; Realizar o exame em mais de um local; Colocar o material em lamina de vidro; Avaliar sob microscópio 4 a 10x; Não necessita de coloração. Indicado para Sarna Demodécica, Sarna Sarcóptica, Sarna Notoédrica em felinos, Sarna Psoróptica, Cheiletielose. 
Tricograma: Exame que avalia o ciclo biológico do pelo em um determinado momento, assim como suas alterações fisiológicas e anatômicas. É o exame detalhado do bulbo, da haste e da extremidade dos pelos. O pelo possui uma fase de crescimento: Anágeno (crescimento); Catágeno (regressão); Telógeno (descanso); Exógeno (roca e pelos). Tem particular importância na determinação da alopecia auto-induzida, doença do mutante de cor, displasia folicular, tricorrexis nodosa, pili torti, defluxo anagênico, defluxo telogênico nas dermatopias endócrinas, além de defeitos e pigmentação. Na analise as extremidades dos pelos, se estiver quebrado, fica estabelecido que o quadro é pruriginoso e provavelmente os pelos foram removidos por lambedura ou mordedura. Quando as extremidades se encontrarem integras, conclui-se que o quadro não é pruriginoso e está havendo uma queda exagerada de pelos naquela região. 
Citologia: coleta de material celular para avaliação em microscópio; Pode ser feita de várias formas: swab, impressão direta da lesão na lâmina, por fita adesiva, com agulha fina. Indicado na suspeita de diferentes dermatopias de etiologia inflamatória, neoplasia ou infecciosa, bactérias, fungos.
Bacterioscopia: coleta do material, com swab, distribuído na lâmina de vidroe corado com Gram; diferencia cocos, bacilos e gram positivos e negativos.
Panótico rápido: principalmente para Malasseziose ou detecção de células inflamatórias e queratinócitos; Coleta de material com swab e distribuído na lâmina ou por impressão direta; corado com o panótico.
Citologia aspirativa por agulha fina: utilizada na suspeita de doenças neoplásicas, principalmente em nódulos e massas; Agulhas, com ou sem seringa, colocar material na lâmina de vidro, corado com panótico.
Culturas: Utilizada na suspeita de infecção fúngica ou bacteriana ou quadros redicivantes.
Bacteriana: coleta de material com swab com meio de cultura; se houver crescimento da amostra, enviar para antibiograma.
Fúngica: Dermatófitos; Coletar pelos e debris da borda da lesão; colocar em tudo fechado com algodão e enviar para a cultura (não fechar com tampa); Se houver crescimento, coletar material com fita adesiva, sobre uma lamina com corante (3 do panóptico) e observar ao microscópio. Indicado na suspeita de dermatofitose, dermatite por Malassezia e criptococose.
Fúngica: micoses subcutâneas e profundas: na suspeita, recomenda-se biopsia de pele (fragmento do centro e borda da lesão); Posicionar o fragmento em meio de cultura bacteriana e enviar ao laboratório para citologia ou cultura (urgente, menos que 12 horas).
Lâmpada de wood: baixa sensibilidade e especificidade; Realizado em sala escura, com um período de 3 a 5 minutos. Suspeita de Dermatófitos, 30% a 80% dos Microsporum canis (dermatófito); Fluorescência verde brilhante quando Microsporum canis, dos pelos acometidos por essa espécie fúngica, provocada por alguns pigmentos existentes nas hifas.
Biopsia de pele: escolha do locar; lesão representativa da dermatose apresentada; evitar locais com possível infecção secundaria; Procedimento: limpeza e tricotomia do locar, anestesia locar (lidocaína), sedação/anestesia; Com um punch de biopsia retira-se um fragmentos com todas as camadas da pele, o fragmento deve ser fixado em formal 10% imediatamente e enviado ao histopatologista; Suturar ferida.
Testes alérgicos: Identificação de alérgenos que podem contribuir para dermatopatias alérgicas; A detecção direta consiste em identificar parasitas e seus dejetos por inspeção direta; identificação da espécie por microscópio. 
Condutos auditivos: A avaliação dos condutos auditivos se dá pela inspeção direta e indireta e olfação; Otoscopia;
Semiologia do sistema circulatório
Grande circulação: Compreende desde a saída do sangue do ventrículo esquerdo pela aorta, passando pela valva da aorta – semilunar – sua distribuição para todo o corpo do animal, até seu retorno para o átrio direito, pelas veias cavas, sua chegada no ventrículo direito, passando pela válvula tricúspide – atrioventricular direita. O sangue que sai do ventrículo esquerdo possui mais oxigênio sendo considerado arterial, o que chega ao átrio direito possui maior quantidade de gás carbônico, considerado venoso.
Pequena circulação: Inicia-se na saída do sangue do ventrículo direito, pela artéria pulmonar, passando pelos pulmões, termina com o retorno sanguíneos para o átrio esquerdo, pelas veias pulmonares. A passagem do sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo é pela válvula mitral (bicúspide). O sangue que sai do ventrículo direito possui maior quantidade de gás carbônico, sendo considerado venoso, ao passo que o que chega ao átrio esquerdo é rico em oxigênio, portanto, chamado de arterial.
O sistema circulatório é o conjunto de coração, vasos sanguíneos e sangue.
O coração é responsável pelo bombeamento do sangue através dos vasos sanguíneos. É formado por 4 câmaras em mamíferos e aves, preenchidos por sangue. O coração localiza-se no tórax esquerdo ventral e anterior.
Sístole: contração muscular das câmaras cardíacas.
Diástole: relaxamento do musculo cardíaco.
Propriedades do musculo cardíaco:
Cronotropismo: ritmicidade, automatismo. É a capacidade do coração em gerar seus próprios estímulos elétricos. Possui tecidos especializados: marcapassos.
Batmotropismo: excitabilidade. Capacidade que o miocárdio tem de reagir à estímulos.
Dromotropismo: condutividade. Capacidade de condução elétrica do miocárdio.
Inotropismo: Contratilidade. Capacidade d contração ativa como um todo.
Lusitropismo: Relaxamento. Capacidade de relaxamento do coração. Relaxamento diastólico.
O sistema de condução elétrica: nosso sinusal (sinoatrial); nodo atrioventricular; feixe de his.
Doenças cardíacas
Origem primária: por exemplo, degeneração de válvulas.
Origem secundária: doenças que afetam o coração e vasos de forma secundária, por exemplo, hipercalemia levando a bradicardia.
Anamnese
Queixa principal
Queda da performance/intolerância ao exercício; cansaço físico e diminuição da performance atlética; comumente o primeiro sinal clínico.
Tosse: comumente não produtiva; tosse alta “parece um ganso”, associada ao envolvimento de vias aéreas superiores, por exemplo: coração aumentado encostando no brônquio; tosse baixa, associada ao envolvimento de vias aéreas inferiores, por exemplo: edema pulmonar.
Aumento de volume: edema; Sinal de insuficiência cardíaca congestiva; pescoço, barbela, membros; efusão abdominal ou torácica.
Dispneia: dificuldade respiratória ≠ taquipneia; mucosas cianóticas; relacionado à edema pulmonar, hipertensão pulmonar, efusão pleural, tromboembolismo pulmonar.
Sincope: perda súbita e transitória da consciência e do tônus postural; ocorre devido a falta de oxigenação cerebral; depois da sincope, o animal levanta rápido, sem outros sinais neurológicos ≠ convulsão; mais comum em arritmias cardíacas.
Queixas menos comuns: emagrecimento progressivo; mal desenvolvimento (doenças congênitas); febre (endocardite: equinos e ruminantes); hiporexia; fraqueza generalizada; morte súbita.
Histórico clinico atual: alterações em outros sistemas orgânicos. Origem do animal, por exemplo, dirofilariose em cães (litoral); manejo ambiental, por exemplo, reticulopericardite em ruminantes (objetos metálicos); doenças com reverberação circulatória, por exemplo: choque, acidose metabólica, rabdomiólise de esforço em cavalos, miopatia de capturas de animais selvagens.
Histórico clínico pregresso: presença de enfermidades anteriores mal tratadas, por exemplo: abcesso, mastite → endocardite.
Exame fisico: inspeção direta e indireta (exames complementares); auscultação; percussão; palpação.
Inspeção direta: avaliação de mucosas: tempo de perfusão capilar (TRC ou TPC), ideal menor que 3 segundos; coloração das mucosas: róseas, pálidas, cianose.
Edema: ruminantes: cabeça, barbela e peito; cavalos: peito e abdome; cães: membros.
Pulso venoso: dificuldade no retorno venoso ao coração; pode ou não ser patológico; pulsação e/ou dilatação da veia jugular ou mamaria. O pulso venoso fisiológico ou negativo: primeira bulha (final da diástole), antecede o pulso arterial; O pulso venoso patológico ou positivo: sístole ventricular; ocorre devido à regurgitação sanguínea; coincide com pulso arterial.
Membros torácicos abduzidos: amplia o tórax – posição ortopneica; dispneia intensa; em casos de reticulopericardite pelo desconforto.
Choque cardíaco: quando o coração bate contra a parede torácica; conhecido como “choque de ponta; observável em animais magros; equivale à posição do foco mitral; Alterações na sua posição devido ao deslocamento por outros órgãos, por exemplo, gestação gemelar, sobrecarga de rúmen.
Ausculta: avaliar: frequência cardíaca; ritmo cardíaco, bulhas, ruídos anormais; focos de ausculta; ruídos adventícios.
Frequência cardíaca: varia para cada espécie; animais menores, tendem a ter uma frequência mais elevada.
Ritmo cardíaco: pode ser avaliada na ausculta ou na palpação do pulso arterial; o ritmo normal deve manter uma cadencia = ritmo sinusal. Alterações são disritmias ou arritmias. As arritmias são patológicas com exceção da arritmia sinusal. Arritmia sinusal respiratória é normal em pequenos ruminantes, cavalos, cães e gatos; É uma arritmia rítmica, sincronizadacom a respiração, atividade vagal, inspiração: aceleração do ritmo; expiração: desaceleração do ritmo; Taquicardias: aumento da frequência cardíaca; Bradiarritmias: diminuição da frequência cardíaca.
Bulhas cardíacas: vibrações sonoras produzidas pelo coração, são ruídos normais, geradas por efeitos mecânicos, existem 4 bulhas cardíacas, e comumente só ouvidos duas, a S1 E S2.
Primeira bulha (S1): LUB; Inicio da fase sistólica; sincronia com o choque de ponta e pulso arterial; Corresponde ao fechamento das válvulas atrioventriculares, tensão das cordoalhas tendíneas e contração ventricular.
Segunda bulha (S2): DUP; Fim da fase sistólica; corresponde ao fechamento das válvulas semilunares (pulmonar e aórtica) e desaceleração do sangue nos grandes vasos.
Terceira bulha: (S3); Inicio da diástole; Ocorre logo após a S2; enchimento rápido das câmaras cardíacas, distensão ventricular; comum em cavalos, difícil auscultação em grandes ruminantes.
Quarta bulha: (S3); Ocorre logo antes da S1 (pré-sistólico); Corresponde à contração atrial; Pode ser distinguível em cavalos.
Alterações de bulhas: Hiperfonese é o aumento a intensidade do som das bulhas; Hipofonese é a diminuição do som das bulhas. Alterações pelo deslocamento anatômico; alterações no timbre; alterações no ritmo (pode ocorrer o desdobramento de bulhas);
Sopros cardíacos: são vibrações sonoras que decorrem de alterações de fluxo sanguíneo nas câmaras e válvulas; Vão ocorrer devido à: diminuição da viscosidade do sangue; velocidade de fluxo alta; vaso com diâmetro grande; turbulência de fluxo; São classificados de acordo com tipo, grau ou intensidade, fase que ocorre, duração e origem.
Tipos
Sopros orgânicos (patológicos): alterações cardíacas primarias, podem ser altos ou baixos.
Sopros funcionais: alterações não cardíacas, por exemplo: sopro anêmico, comumente são baixos na intensidade.
Grau ou intensidade: geralmente classificados de 1 a 6; escala progressiva de gravidade; Frêmito é o sopro palpável.
Fase em que ocorre: Sistólicos: mais comuns; Diastólicos. O sopro contínuo é sistólico e diastólico; Ducto arterioso persistente.
Duração: em que tempo da fase sistólica ou diastólica ocorre.
Origem: ponto de máxima intensidade (PMI); maior intensidade na localização das bulhas cardíacas.
Palpação: utilização da palpação principalmente na avaliação de vasos, coração (choque de ponta, frêmito cardíaco).
Choque cardíaco: a ponta do coração bate contra a parede torácica; foco da valva mitral na ausculta.
Aumento do choque: hipertrófica cardíaca, endocardite incipiente.
Diminuição do choque: debilidade cardíaca, deficiência funcional ante-mortem; doença do pericárdio.
Desvio cranial do choque: ascite, sobrecarga ruminal, tumores, gestação avançada.
Choque caudal do choque: tumores,
Pulso arterial: dedos indicador e médio; técnica: pressionar a arteira e ir aliviando a pressão ate sentir o pulso. Artérias: em cavalos, vacas/bois: facial; em pequenos animais, pequenos ruminantes, bezerros e potros: femoral; em cavalos e ruminantes: carótida; em cavalos: digital palmar; em vacas/bois: caudal (coccígea).
As características de pulso dependem de rendimento cardíaco e pressão sanguínea.
Frequência: correlaciona-se a frequência cardíaca; Taquisfigmia é a elevação da frequência de pulso; Bradisfigmia é a diminuição da frequência de pulso.
Ritmo: regular são pulsos constantes; Irregular (arrítmico): Cíclicos: equivale aos batimentos cardíacos; Acíclicos: associados à distúrbio de preenchimento capilar.
Amplitude: é a capacidade da artéria em se distender e voltar ao normal. Pulso amplo é amplitude elevada, com aumento da força de contração do coração, volume ejetado; Pulso pequeno é a amplitude diminuída, com obstrução mecânica no coração, na artéria ou diminuição da força de contração.
Tensão: é a pressão aplicada sobre a artéria para impedir o pulso. Pulso forte: hipertensão; Pulso fraco: hipotensão.
Celeridade: é a medida de velocidade com a qual a artéria se dilate e volta ao seu calibre inicial, pulso célere: hipercinético (rápido); Pulso diminuído: hipocinético (lento).
Grau de repleção (plenitude): indica o quão repleto de sangue o vaso está. Pulso cheio: exercícios, hipertensão; Pulso vazio (filiforme): insuficiência cardíaca, caquexia, anemia.
Percussão: meio semiológico pouco utilizado na avaliação do sistema circulatório; mais utilizado quando há acometimento de quadro respiratório.
Exames complementares: radiografia (posição da silhueta cardíaca; alterações pulmonares, por exemplo edema; alterações pleurais, por exemplo efusão pleural); ecocardiograma (função do coração, alterações de câmaras, válvulas e vasos; alterações de pericárdio), eletrocardiografia (atividade elétrica do coração, por exemplo, ritmo cardíaco e distúrbios da condução elétrica; recomendados para quadros de arritmia e sincope), Holter (eletrocardiograma de 24 horas, suspeitas de arritmia, depois de realizar o ecg), Doppler vascular. Exames laboratoriais: hemograma, hemogasometria, eletrólitos, função hepática e renal, creatine Kinase.
Semiologia do sistema respiratório
As funções básicas do sistema respiratório são: oxigenação sanguínea; eliminação de CO2; equilíbrio àcido-básico; termorregulação; fonação
O sistema respiratório constitui-se, anatomicamente de estruturas VRA, que são as narinas, coanas, seios nasais, laringe, e estruturas VRP que são a traqueia, brônquios principais, brônquios segmentares, bronquíolos e alvéolos.
Pelo exame semiológico, considerando-se a história ou anamnese, a inspeção, palpação, percussão, auscultação e olfação, o clinico deve ter como finalidade localizar o processo dentro do sistema respiratório, estabelecer a sua natureza e se possível, a sua etiologia.
 
Anamnese
Se é individual x coletivo, tempo de evolução, número de animais, idade de preferência, número de óbitos. Inicio do surto, se houve casos esporádicos ao longo do tempo (patogenicidade do agente, transmissão). Tratamentos prévios.
Manifestações clinicas de doenças do sistema respiratório: tosse, corrimento nasal, espirro, fadiga durante exercício, ruídos ouvidos durante a respiração, respiração rápida e superficial (taquipneia); dificuldade respiratória (dispneia)
Tosse: exacerbada; durante a alimentação; tosses secas e constantes, principalmente durante exercícios, em geral relacionados a problemas inflamatórios traqueai ou traqueobrônquicos.
Corrimento nasal: se é mais intenso quando o animal abaixa a cabeça para comer; uni ou bilateral; Tipos de corrimento nasal: serosa, mucosa, 
purulenta, sanguinolenta, mistas.
As principais manifestações de doença no sistema respiratório ocorrem como resultado de obstrução, troca induzida de oxigênio e dióxido de carbono, inflamação septicemia e toxemia.
Os principais indícios de envolvimento do sistema respiratório são:
Pobre intolerância ao exercício (fornecimento inadequado de oxigênio, equinos de corrida, touros de rodeio)
Ruídos respiratórios anormais (obstruções)
Descarga nasal (infeção, neoplasias, hemorragias)
Dispneias (inspiratórias e/ou expiratórias)
Febre
Inspeção
Em grandes animais, inspeciona-se por ambos os lados; em pequenos animais, inspeciona-se de cima, animal no chão; As variações fisiológicas são: idade que diminui ou aumenta a FR; obesidade que aumenta a FR; FR ↑gradualmente durante prezes; FR ↑exercício/estresse; FR↑ temperatura ambiente e umidade
Taquipneia: febre, dor, hipóxia.
Bradipnéia: depressão SNC
Apneia: ausência de mov. respiratórios
Ritmo respiratórios: inspiração - pequena pausa – expiração - grande pausa.
Modificações: arritmia respiratória – hipóxia ou depressão cerebrais.
Arritmia respiratórias:
Cheyne-Stoke: frequência respiratória crescente até atingir um auge, diminuindo em seguida até apneia, acompanhada posteriormente de uma FR novamente crescente, ocorre nas fases finais de insuficiência cardíaca, em intoxicações por narcóticos e lesões cerebrais.
Biot: há dois ou três movimentos respiratórios, apneia, um ou dois movimentos, outraapneia e assim por diante, ocorre por afecções cerebrais ou de meninges.
Kussmaul: inspiração profunda e demorada, apneia, expiração prolongada, repetindo-se o ciclo, é visto no coma e intoxicações por barbitúricos.
De maneira geral, estes ritmos respiratórios estão associados a hipóxia ou depressões cerebrais.
Pela observação da respiração, ou seja, da relação entre inspiração e expiração, dos movimentos do tórax e abdome e da postura adotada pelo animal, pode-se classificar a atividade respiratória como normal (eupneia) ou dificultosa (dispneia). Na respiração normal o movimento inspiratório é ativo e mais rápido do que o expiratório, que é passivo e mantem uma relação temporal.
A dispneia respiratória está relacionada às alterações das vias aéreas anteriores por estenoses, corpos estranhos ou inflamações que diminuíam o lúmen das vias aéreas, dificultando a estrada de ar, isso é facilmente entendido, pois as vias aéreas anteriores presentam pouca sustentação e, como consequência, quando o animais faz inspirações forçadas, a tendência das vias aéreas, que estão fora da cavidade torácica, é o colabamento e, portanto, diminuição em seu calibre intraluminal dificultarão a entrada de ar na arvore respiratória.
A dispneia expiratória se relaciona a processos mórbidos, que diminuam a elasticidade de retorno pulmonar ou que provoquem obstruções das pequenas vias aéreas, dificultando a saída do ar, como ocorre no enfisema pulmonar, nas bronquites e bronquiolites. Durante a inspiração, há pressão negativa intratorácica e, portanto, expansão das vias aéreas que estão dentro do tórax. Durante a expiração, como a pressão negativa diminui, existe compressão das paredes torácicas sobre o pulmão e, consequentemente, sobre as vias intratorácicas. Se houver corpos estranhos, muco em excesso ou qualquer outro problema que diminua o lúmen dessas pequenas vias, haverá dificuldade de saída do ar alveolar e, consequentemente, maior esforço para expirar. No edema pulmonar a dispneia é do tipo mista, pois o pulmão, pela presença de liquido no interstício, terá dificuldade de expansão e, consequentemente, dispneia inspiratória. Com a saída de ar dos alvéolos, caracterizando uma dispneia mista. Apesar disto, nessa doença em especial, ocorre predominância de dispneia inspiratória pela maior dificuldade de trocas gasosas e grande hipóxia resultante. Na broncopneumonia, a dispneia é do tipo mista, pois existe dificuldade de expansão pulmonar (dispneia inspiratória) decorrente da congestão provocada pela inflamação e saída de exsudato nos brônquios e bronquíolos, que determina dificuldade na expiração (dispneia expiratória).
O pulmão pode responder funcionalmente a uma diminuição das trocas gasosas por dois mecanismos compensatórios: aumentando a frequência (taquipneia) e amplitude (hiperpneia) respiratórias. A taquipneia não ajuda a localizar a alteração dentro do sistema respiratório, pois pequenas alterações anatômicas, como ocorre nas pneumonias focais, já provocam alterações nas trocas gasosas, estimulando este mecanismo de compensação. A hiperpneia, por sua vez, está relacionada principalmente a processos que dificultam a expansão pulmonar, como o pneumotórax ou, temporariamente, logo após o exercício.
Tipo respiratório:
Costoabdominal
Tipo abdominal – dor torácica.
Fratura de costelas, pleurite ou pleurisia.
Tipo costal – dor abdominal.
peritonite, compressões (timpanismo)
Dispneia respiratória
Vias aéreas anteriores.
Posição ortopneica, mov costais amplos e forçados.
Lúmen – dificuldade da passagem de ar.
Estenose
Corpos estranhos
Inflamação.
Dispneia expiratória
elasticidade de retorno pulmonar
Musc. Abdom. trabalho mais ativo, projeção do ânus, projeção bochechas e lábios.
Obstruções das pequenas vias aéreas.
Dificuldade de saída do ar.
Enfisema pulmonar.
Bronquites
Bronquiolites.
Dispneia mista
Edema pulmonar:
liq no interstício – dificulta expansão - inspiração.
Derrame de liq broquíolos – dificulta saída de ar – expiração.
Broncopneumonia:
Dificuldade de expansão – inflamação – inspiração.
Exsudato inflamatório brônquios e bronquíolos – expiração.
Diminuição das trocas gasosas:
Pulmões respondem com:
Taquipneia - FR.
Hiperpneia - amplitude respiratória –(processos que dificultam a expansão pulmonar – pneumotórax).
Inspeção nasal
Ressecamento – febre, desidratação, hipovolemia.
Fossa nasal – coloração e umidade das mucosas.
úlceras, pólipos, neoplasias, corpos estranhos...
Secreção – corrimento nasal: RINORREIA 
Bov e cães – úmido,
Equi, gatos, peq rum – seco.
Unilateral – VAA – narinas, corpos estranhos, úlceras, ferimentos, sinusite.
Bilateral – ambas as narinas – rinite.
VAP – traqueíte, bronquite..
Secreção – corrimento nasal: Tipos 
Seroso – bov nl, excesso. Poeira, cama, ração, vírus.
Mucoso – produção exacerbada de muco – narinas. Vírus, alérgico.
Purulento – contaminação bacteriana, migração de leucócitos - restos celulares para o muco.
Alimentar – defeitos de deglutição, lesões na faringe, fenda palatina, proc obst esôfago.
Secreção – corrimento nasal: Tipos 
Sanguinolento – lesões, corpos estranhos, feridas, úlceras, pólipos.
Epistaxe - sg não aerado – uni ou bilateral (VAA).
Hemoptise – sg aerado, expelido por narinas, boca com ou sem tosse (VAP)
Ar exalado 
Odor (olfação) – pútrido – destruição tecidual – laringite necrosante, abscessos
pulmonares, pneumonia por aspiração.
Fluxo (palpação)- desigual – obstrução de uma das narinas – corpos estranhos, tumores.
Temperatura (palpação) - temp um lado – inflamação.
Tosse
Inflamação (laringe, traquéia, B, Bq.)- irritação da mucosa – ação direta do agente ou produção excessiva de muco.
Tosse seca - não produtiva.
Tosse úmida – produtiva -  exsudato broncopulmonar – liq vias aéreas – estímulo
da tosse.
Reflexo da tosse (palpação)- + 1 – inflamação vias aéreas.
Palpação
Narinas, traquéa, gradil costal
Depressões (assimetria)- sinusite crônica, fraturas osso nasal, traquéia, costelas.
Consistência crepitante – enfisema subcutâneo.
Dor, calor, rubor, tumor.
Palpação
Gradil costal – EIC – compressão gradual – dor – pleurisia.
Todas as costelas – fraturas
Linfonodos – mandibulares, parotídeos.
Frêmito – ruído palpável – secreções – traquéia, EIC (roce pleural).
Percussão
Lesão próxima ao gradil costal e grande extensão.
Seios paranasais – frontal, maxilar.
Som claro – cavidade vazia.
Maciço – secreções – sinusite, tumores.
Percussão – tórax (EIC)
Som claro.
Submaciço/maciço -  qt// ar – pneumonia, abscessos pulmonares, edema/congestão pulmonar, tumores.
Timpânico -  qt// ar – enfisema, pneumotórax.
Metálico –  qt// gás – cavernas pulmonares – tuberculose, pneumotórax, hérnia diafragmática.
Linha de percussão (macicez) horizontal:
Claro X maciço – em linha reta // solo.
Líquido na cavidade torácica.
Pleurisia
Hidrotórax.
Hemotórax
Auscultação
Toda área pulmonar, repouso, silêncio, 3 a 5 mov por local.
Fisiológicos: ar  2mm diâmetro.
Laringotraqueal.
Traqueobrônquico – terço anterior e dorsal do tórax.
Broncobronquiolar – terço posterior e ventral do tórax.
Auscutação patológicos
Silêncio pulmonar – obstrução brônquios e/ou bronquíolos, exsudato, compressão tumores ou abscessos.
Inspiração interrompida – dor – pleurisia, bronquite.
Roce pleural – frêmito, pleurite.
Propagação de batimentos cardíacos em campos pulmonares – edema, congestão.
Sibilos – secreção viscosa, broncoespasmo.
Crepitação grossa – broncopneumonia, edema pulmonar.
Crepitação fina liq em pequenas vias aéreas
Inspiração – edema, pneumonia.
Expiração ou misto – ORVA (DPOC), enfisema, bronquiolite.
5
Exame complementares
Hemograma.
Parasitológico de fezes.
Sorologia – micoplasma, virais.
Radiografia
Ultrassonografia
Endoscopia.
Gasometria
Tuberculinização
Lavado traqueal/traqueobrônquico.
Toracocentese.
Cultura/antibiograma secreções.

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