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Ebook - Maioridade penal

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Politize!
MAIORIDADE 
PENAL
TUDO QUE 
VOCÊ PRECISA 
SABER SOBRE A 
MAIORIDADE 
PENAL
Politize!
Ao longo de 2015, a questão da 
maioridade penal foi um dos 
pontos de maior movimentação e 
polêmica no Congresso Nacional. 
A PEC 171/93, que propõe a 
redução da maioridade penal de 
18 para 16 anos em casos de 
crimes hediondos, foi levada ao 
Plenário na Câmara, onde foi 
aprovada em dois turnos. 
Este e-book tem como objetivo 
trazer todas as informações perti-
nentes sobre esse debate tão 
importante para a sociedade bra-
sileira. Como ponto de partida, 
você vai ficar por dentro do regime 
jurídico da maioridade penal 
como ele é hoje e suas origens 
históricas. Depois, vamos tratar 
um pouco sobre como funciona a 
maioridade penal em outros 
países e o que podemos aprender 
com esses sistemas. Traremos 
também esclarecimentos sobre a 
diferença do regime de centros de 
internação de adolescentes em 
relação ao sistema prisional bra-
sileiro destinado aos adultos. O 
que mudaria para o jovem de 16 ou 
17 anos ao ser transferido de um 
sistema para outro? Você também 
vai descobrir que existem outras 
propostas de mudança em relação 
à maioridade penal além da PEC 
171. São pelo menos cinco, cada 
uma buscando enfatizar algum 
problema que a legislação atual 
não dá conta de resolver. Você verá 
a descrição das propostas e as 
críticas a ela. Finalmente, vamos 
apresentar os principais argumen-
tos de quem é a favor da redução 
da maioridade penal (não 
importando exatamente qual a 
proposta envolvida, mas a redução 
em si) e quem defende a ma-
nutenção da maioridade aos 18 
anos, com a aplicação do ECA 
àqueles com idade inferior a isso. 
1
INTRO
DUÇÃO
Politize!
 Nesta primeira seção, o Politize 
vai esclarecer como o Brasil julga crimes com-
etidos por menores de idade, quais os 
princípios que guiam o procedimento legal 
para esses jovens e como isso pode mudar 
com a aprovação da PEC 171/93. 
Antes de mergulhar de cabeça no tema, vamos entender a 
diferença entre maioridade penal e responsabilidade 
penal. São parecidos, mas são coisas diferentes! 
A maioridade penal se refere à idade em que a pessoa 
passa a ter responder criminalmente como um adulto, ou 
seja, quando ele passa a responder ao Código Penal. 
Já a responsabilidade penal pode ser atribuída a jovens 
com idade inferior à da maioridade penal. Para essa 
responsabilidade, muitos países também costumam 
atribuir uma idade mínima. Assim, um menor de idade 
pode ter responsabilidade penal, mesmo sofrendo penas 
diferenciadas. São criados dois sistemas:um para jovens, 
baseado na responsabilidade penal juvenil; e outro para 
adultos, baseado na responsabilidade penal de adultos. 
MAIORIDADE PENAL
RESPONSABILIDADE PENAL
2
COMO O BRASIL LIDA COM OS 
MENORES DE IDADE ATUALMENTE? 1
Politize!
A maioridade penal a partir dos 18 anos está estabelecida na Con-
stituição de 1988, no artigo 228, que afirma que os menores de 
idade são inimputáveis e estão sujeitos a norma especial. Mas por 
que 18 anos, e não qualquer outra idade? Isso tem a ver com a 
chamada doutrina da proteção integral, uma diretriz internacional 
criada a partir da Convenção Internacional dos Direitos da Cri-
ança, adotada pela Organização das Nações Unidas em 1989.
Apesar de que a convenção não determina qual idade deve ser 
escolhida para a maioridade penal, ela define como criança todo 
ser humano com menos de 18 anos de idade. O Brasil e quase 
todos os países do mundo são signatários desse tratado e grande 
parte deles baseia seu sistema penal para jovens a partir dessa con-
venção.
A doutrina da proteção integral aparece mais claramente no artigo 
227 da Constituição, que fala sobre a obrigação da família, da socie-
dade e do Estado de assegurar, com prioridade absoluta, à criança, 
ao adolescente e ao jovem os seus direitos fundamentais. Por tudo 
isso, antes de completar 18 anos de idade, uma pessoa não pode ser 
responsabilizada como um adulto no Brasil.
Mesmo assim, essa inimputabili-
dade (mas que palavrão é esse? 
Veja a definição completa desse 
juridiquês no nosso dicionário) 
existe apenas do ponto de vista 
do Código Penal, porque, de fato, 
a partir dos 12 anos, um adoles-
cente que cometer uma infração 
será responsabilizado por seus 
atos. A diferença é que a punição 
para esse adolescente é mais leve 
e de outra natureza que a da 
punição para um adulto. Entendi-
do?
3
OK, AGORA VAMOS LÁ: 
A MAIORIDADE PENAL 
NO BRASIL
Politize!
Essa norma é o Estatuto da Cri-
ança e do Adolescente (ECA). O 
ECA foi promulgado em 1990 e é 
o instrumento legal que consolida 
as garantias da Constituição aos 
jovens. Ele garante vários direitos 
para crianças e adolescentes, 
como direito à saúde, à educação, 
à liberdade, entre outros. Além 
disso, ele determina as medidas 
que devem ser tomadas quando o 
adolescente comete alguma 
infração.
Como esse estatuto está baseado no que rege a Constitu-
ição, o seu objetivo é que os jovens sejam protegidos e 
tenham seus direitos garantidos. Por isso, a lógica dele é 
diferente do Código Penal, que tem como objetivo esta-
belecer punições adequadas para os vários tipos de crime. 
O ECA tem um caráter protetivo e pedagógico. As medi-
das do ECA prezam pela educação do jovem, e não pela 
punição.
Até a linguagem adotada pelo Estatuto muda em relação 
ao Código Penal: o ECA não fala de crimes, e sim de 
infrações; também não menciona penas, e sim medidas 
socioeducativas.
4
E QUAL A NORMA 
ESPECIAL DEDICADA AOS 
MENORES DE 18 ANOS?
Politize!
As medidas socioeducativas do ECA 
(descritas dos artigos 112 ao 125) são 
aplicadas para jovens que já têm idade 
para serem responsabilizados por uma 
infração, ou seja, adolescentes com 
12 anos a 17 anos de idade.
Quando um menor de idade é pego 
participando de qualquer tipo de 
crime, ele fica detido por no máximo 
45 dias, que é o tempo que o Juiz da 
Infância e da Juventude tem para se 
posicionar sobre o caso. As medidas são aplicadas de acordo com a gravidade do 
crime cometido. Na hipótese de internação, os menores 
infratores ficam no máximo por três anos em centros de 
recuperação.
Caso seja julgado culpado, o menor pode ser submetido a 
seis tipos diferentes de medidas socioeducativas, segundo 
o ECA:
5
PARA QUEM VALEM AS 
MEDIDAS DO ECA E O 
QUE ELE PREVÊ PARA OS 
MENORES INFRATORES?
ADVERTÊNCIA
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO CAUSADO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
LIBERDADE ASSISTIDA
SEMILIBERDADE
INTERNAÇÃO
Politize!
Politize!
Agora você já conhece o ECA e todos os princípios que 
norteiam a maioridade penal atualmente no Brasil. 
Como veremos nesta seção, há muito tempo existe 
quem discorde desse regime, entendendo que mesmo 
menores de 18 anos devem ser punidos por seus atos. 
Em 1993, o deputado federal Benedito Domingos 
elaborou a PEC 171, que propõe reduzir a maioridade 
penal de 18 anos para 16. A proposta veio apenas três 
anos após a aprovação do Estatuto da Criança e do Ado-
lescente. 
Ex-deputado Benedito Domingos.
6
O QUE PODE MUDAR? 
CONHEÇA A PEC 171/932
Politize!
A PEC estabelece que os maiores de 16 
anos que cometam crimes hediondos 
passem a ser julgados de acordo com o 
Código Penal (ou seja, podem ser sujeitos 
às mesmas penas dos adultos). Alguns 
exemplos de crimes hediondos são: 
homicídio qualificado, estupro, extorsão e 
latrocínio. Assim, nesses casos específi-
cos, o adolescente perde o direito ao trat-
amento diferenciado do ECA, sendo 
julgado e condenado como um adulto. 
Para os demais crimes, tudo continua 
como antes: menores de 18 anos não 
estarão sujeitos ao Código Penal, e sim ao 
ECA.
7
Vinte e três anos depois, a PEC nunca esteve tão 
próxima de ser aprovada.Com o apoio do Presi-
dente da Câmara, Eduardo Cunha, ela foi coloca-
da em análise na Comissão de Constituição, 
Justiça e Cidadania (CCJ). Na Comissão, a PEC 
resistiu ao argumento de que a maioridade penal 
aos 18 anos, prevista no artigo 228 da Constitu-
ição, é cláusula pétrea, e teve sua constitucionali-
dade aprovada. 
Tr
am
it
aç
ão
Politize!
Depois disso, ela foi levada a uma comissão 
especial, criada apenas para analisar a 
proposta. Nela, ela também foi aprovada, 
por 21 votos a 6. Com isso, ela foi levada ao 
Plenário da Câmara, onde precisava de três 
quintos dos votos dos deputados para ser 
aprovada (aprenda mais sobre as PECs aqui). 
Foi rejeitada na primeira votação, por uma 
margem apertada. Entretanto, graças a uma 
manobra de Eduardo Cunha, presidente da 
Câmara, voltou a ser colocada em pauta no 
dia seguinte, quando conseguiu os 20 votos 
restantes e foi aprovada no primeiro turno. 
Algumas semanas depois, foi levada ao 
segundo turno e novamente conseguiu os 
três quintos requeridos. 
8
Agora, a PEC segue para o Senado, onde 
deverá enfrentar resistência da maior parte 
dos senadores. Isso porque já existe naquela 
casa outra proposta a respeito da maiori-
dade penal em análise: o Projeto de Lei 333 
de 2015, que tem duas principais provisões 
para o temas. A primeira é agravar a pena de 
adultos que aliciam menores de idade para o 
crime. A segunda é aumentar o tempo 
máximo de internação de três para dez anos. 
Dessa forma, o Senado demonstra que não 
é favorável a reduzir a maioridade penal, e 
sim mudar a legislação atual para inibir o 
aliciamento de menores e tornar mais efeti-
vas as medidas previstas pelo ECA.
Politize!
9
O CAMINHO PARA A APROVAÇÃO
PEC 171, 
 apresentada à 
Câmara
Recebido pelo 
presidente da 
Câmara
Plenário do 
Senado: votação 
em dois turnos 
(três quintos dos 
votos necessários)
Aprovação no 
plenário do 
Senado
Promulgação e 
publicação → não 
precisa de sanção 
presidencial
Despachado para 
a Comissão de 
Constituição, 
Cidadania e 
Justiça (CCJ) da 
Câmara 
Aprovada pela 
CCJ e despachado 
para Comissão 
Especial 
Aprovada pela 
Comissão Especial 
Primeiro turno da 
votação no 
Plenário da 
Câmara (aprovado 
com mais de três 
quintos dos votos)
Segundo turno da 
votação em 
plenário (aprovado 
novamente com 
mais de três quin-
tos dos votos) 
3/5+
Politize!
Atualmente, os menores de 18 anos que tenham 
cometido infrações graves são encaminhados para 
Centros de Internação, conforme previsto no Estatu-
to da Criança e do Adolescente. Os mais conhecidos 
desses centros são as Fundações CASA (Centro de 
Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), 
adotadas no estado de São Paulo. 
Com a proposta da PEC 171/93, passaria a existir a 
possibilidade de todos os adolescentes com 16 anos 
completos serem condenados a penas de adultos, de-
pendendo da gravidade do crime que tivesse sido 
cometido (crimes hediondos seriam punidos dessa 
forma). Mas qual seria a diferença entre internar o 
jovem em um centro socioeducativo e prendê-lo com 
os adultos? Veja aqui o que pode mudar na rotina de 
um jovem infrator caso a PEC 171/93 seja aprovada 
definitivamente.
10
OS CENTROS DE INTERNAÇÃO 
AJUDAM NA REABILITAÇÃO 
DOS JOVENS INFRATORES?
3
Politize!
O ECA prevê que os centros de 
internação ofereçam atividades 
de cunho pedagógico. Isso 
inclui oferecer educação esco-
lar formal, educação profission-
al, educação física e esportes e 
atividades envolvendo arte e 
cultura. Esse é, ou deveria ser, o 
maior diferencial de centros de 
internação em relação aos 
presídios para adultos. Existem 
casos de sucesso, como centros 
de internação em São Paulo e 
no Pará, em que são desenvolvi-
das atividades como oficinas de 
rap e de artesanato. Nesses lug-
ares, são raros os registros de 
rebeliões e de violência. O siste-
ma de internação proposto pelo 
ECA foi pensado de modo a 
garantir o desenvolvimento in-
telectual e moral de pessoas 
que ainda estão em fase de for-
mação de sua identidade e de 
seu caráter. 
Os primeiros centros de inter-
nação voltados para menores 
criminosos surgiu em 1976. 
Esses centros, que recebiam o 
nome de Febem (Fundação 
Estadual para o Bem Estar do 
Menor), eram palco de rebe-
liões e manifestações violentas 
dos internos e de inúmeras 
denúncias de violência. O ECA, 
lei criada em 1990, surgiu em 
resposta a esse problema, 
procurando garantir os direitos 
dos internos, como acesso a ed-
ucação, lazer e atividades físi-
cas dentro dos centros de inter
nação, além de estabelecer 
penas para funcionários que 
cometem maus tratos contra 
eles. 
Mas os problemas não aca-
baram com o ECA. Ao longo dos 
anos, casos de violência aos 
internos e o completo descaso 
do poder público com esses 
centros continuaram a apare-
cer. O caso mais emblemático 
foi o de São Paulo, que abrigava 
(e ainda abriga) o maior número 
de internos do país. Eram fre-
quentes as denúncias de maus 
tratos aos internos do estado, o 
que certamente tinha relação 
com as frequentes rebeliões: 
apenas no ano de 2003, foram 
registradas 80 delas em 
11
CENTROS DE INTERNAÇÃO: 
COMO DEVERIAM SER
Politize!
unidades da Febem em São 
Paulo. Foi nesse estado em que 
se adotaram estratégias repres-
sivas, como a criação do Cho-
quinho, que utilizava métodos 
da tropa de choque para des-
mantelar rebeliões, e o desloca-
mento de uma tropa de choque 
que era especialmente aciona-
da nas prisões de adultos. 
Ambos os grupos foram acusa-
dos de cometerem atrocidades, 
como atirar balas de borracha a 
queima roupa em internos. 
O governo paulista precisou 
repensar a estratégia para os 
centros de internação. A partir 
de 2006, descentralizou as uni-
dades, mudou a administração 
e alterou até mesmo o nome da 
instituição, que passou a ser 
chamada de Fundação CASA. 
Foram fechados grandes com-
plexos de internação de meno-
res e abertas dezenas de uni-
dades pequenas, com capaci-
dade máxima de 56 internos. 
Hoje em dia, São Paulo conta 
com a maior estrutura para 
menores infratores do país: são 
115 unidades e quase 8 mil de-
tentos. 
12
CENTROS DE INTERNAÇÃO: 
COMO DEVERIAM SER
Politize!
Infelizmente, na prática nem 
sempre os centros funcionam 
em conformidade com o ECA. A 
falta de estrutura e investimen-
tos torna esses lugares obsole-
tos, considerados por fun-
cionários e autoridades como 
verdadeiros “depósitos” de 
menores infratores.
 Alguns problemas de décadas 
passadas parecem não mudar 
com o passar do tempo. Pesqui-
sas mostram que os centros de 
internação estão lotados em 
todo o país. A situação é parti-
cularmente dramática nas uni-
dades do Nordeste. Em 2014, 
foram registrados mais de 4 mil 
detentos, para uma estrutura 
que abriga no máximo 2.360 
pessoas. No Rio de Janeiro, o 
sistema de internação de jovens 
opera com 80% da capacidade. 
Como se pode imaginar, ainda 
existem motins e violência 
nesses centros, apesar de que 
ocorrem em menor número, 
segundo as estatísticas oficiais. 
Casos que ganharam o not-
iciário recentemente vêm de 
Goiás, onde foram registradas 
três mortes dentro de centros de 
internação em 2015. É mais 
uma unidade da federação em 
que esses centros estão super-
lotados. 
Em São Paulo, as denúncias de 
maus-tratos dentro das 
Fundações não cessaram, prin-
cipalmente nas unidades 
maiores, como a Raposo Tava-
res, de onde alguns funcionári-
os foram afastados por serem 
acusados de tortura e agressão, 
no ano de 2015. São muitos os 
13
OS PROBLEMAS ATUAIS 
DOS CENTROS DE INTERNAÇÃO
Politize!
relatos de violência, medicação excessiva de 
alguns internos e do uso de punições abusivas: um 
exemplo é a “tranca”, que éo castigo em que os de-
tentos são isolados em alguma sala e ficam por 
dias sem ver o sol. 
É discutível se as internações são efetivas na 
diminuição da violência entre jovens. No caso de 
São Paulo, os dados sobre a reincidência têm mel-
horado: em 2006, estrava em 29%; em 2011, 
chegou a 13%. Entretanto, não se sabe quantos 
ex-internados vão parar nas penitenciárias. 
Tudo isso faz muita gente considerar que o ECA, na 
prática, é letra morta, já que na maioria dos casos 
ele não é cumprido integralmente pelos centros de 
internação. Os detentos, na grande maioria dos 
casos, continuam a se sentir como animais, tratados 
da pior maneira possível pelos funcionários. Além 
disso, a maior parte dos centros carece de estrutu-
ra para oferecer atividades adequadas no tempo 
livre. A falta do que fazer nesses espaços é uma das 
grandes reclamações dos detentos.
14
OS PROBLEMAS ATUAIS 
DOS CENTROS DE INTERNAÇÃO
Politize!
A maioria dos países adota a maioridade penal aos 
18 anos, seguindo a Convenção dos Direitos da Cri-
ança. Mas ainda encontramos uma diversidade bem 
grande mundo afora, de modo que existe uma 
variação dessa idade entre 12 e 21 anos. Para você 
saber mais, preparamos uma tabela comparando as 
idades de responsabilidade juvenil e a responsabili-
dade de adulto em vários países. Veja na tabela a 
seguir:
15
COMO FUNCIONA LÁ FORA? 
CONHEÇA ALGUNS SISTEMAS 
ALTERNATIVOS DE PUNIÇÃO DE JOVENS4
PAÍSES RESPONSABILIDADE 
PENAL 
COMO FUNCIONA
JUVENIL: 14
DE ADULTOS: 18 - 21 
ALEMANHA
A Alemanha já testou a redução da maioridade penal para 16 anos, 
mas acabou voltando atrás. Hoje em dia, ela começa aos 18 anos. 
Mas adolescentes com 14 anos ou mais já possuem responsabilidade 
penal juvenil - como vimos no início deste e-book, essa responsabili-
dade implica em punições diferenciadas, tais quais as medidas pre-
vistas no ECA. Mas há ainda outra diferença no sistema alemão: é que 
lá existe um sistema de jovens adultos, do qual podem participar 
jovens com idade entre 18 e 21 anos. Dependendo do nível de dis-
cernimento do jovem, ele pode ser julgado pela lei juvenil, mesmo já 
nessa faixa etária. Vários países adotam esse tipo de sistema, com 
variação nas idades estabelecidas. Ao mesmo tempo, um jovem de 14 
anos que tenha cometido um crime grave e que demonstre con-
sciência do que fez também pode ser preso como adulto.
JUVENIL: 6 - 12
DE ADULTOS: 12 - 16
( varia por estado ) 
ESTADOS
UNIDOS
Cada estado americano possui legislação própria para julgar suas cri-
anças e adolescentes. Ao lado da Somália, é o único país que não rat-
ificou a Convenção dos Direitos da Criança de 1989 da ONU. São 
poucos os estados em que há uma idade que determina a maioridade 
penal. Em muitos casos, crianças com menos de 10 anos de idade, de-
pendendo da gravidade do crime e de seu grau de discernimento, 
podem pegar até mesmo prisão perpétua.
JUVENIL: 10
DE ADULTOS: 17
NOVA ZELÂNDIA Considerado um dos países mais seguros do mundo, a Nova Zelândia 
estabelece a responsabilidade penal juvenil a partir dos 10 anos. 
Pode-se dizer que a maioridade penal se inicia aos 17 anos, mas antes 
disso há hipóteses em que o adolescente pode ser condenado. Fun-
ciona assim: entre 10 e 13 anos, os jovens são considerados crianças 
(children) e presume-se que são incapazes de cometer crimes (o que 
pode ser refutado). Crianças nessa faixa etária podem ser processa-
dos apenas por homicídio doloso ou culposo. A partir dos 14 anos, são 
tratados como jovens (youth) e podem ser processados por quase 
qualquer crime, mas via de regra são julgados na justiça juvenil.
JUVENIL: 12
DE ADULTOS: 16 - 21
PORTUGAL A responsabilidade juvenil começa aos 12 anos. Pode-se dizer que a 
maioridade penal começa aos 16, mas os jovens entre 16 e 21 são sub-
metidos a um regime penal especial (semelhante ao sistema de 
jovens adultos alemão).
JUVENIL:
9 (meninas)
15 (meninos) 
IRÃ É um caso peculiar, já que meninas começam a ser responsabilizadas 
a partir dos 9 anos, enquanto os meninos são responsabilizados a 
partir dos 15. As crianças podem ser condenadas até mesmo à pena 
de morte, mas por pressão internacional, o governo iraniano tem 
abandonado essa prática. Muitas vezes, porém, as crianças ficam 
presas até os 18 anos e então são mortas. 
Politize!
Entre manter a maioridade penal como ela é 
hoje e reduzi-la para 16 anos em qualquer caso, 
existe uma série de propostas distintas que 
tentam mitigar os efeitos colaterais dessas duas 
opções. Manter a maioridade penal aos 18 anos, 
critica-se, significa não trazer resposta aos 
vários casos de crimes graves cometidos por 
adolescentes de 16 e 17 anos que não se assus-
tam com as medidas previstas pelo Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA). Por outro lado, 
reduzir abruptamente a maioridade para 16 
anos acarretaria graves consequências, colocan-
do adolescentes em convívio direto com adultos 
criminosos e potencializando sua periculosidade 
no futuro. 
Como responder a essa questão de uma maneira mais 
inteligente? O foco principal, segundo especialistas, 
deve ser separar jovens que cometem crimes graves de 
jovens que cometem crimes leves. É quase consensual 
que punições mais graves para adolescentes que come-
tem latrocínio, por exemplo, devem existir, mas isso não 
pode afetar aqueles que cometem delitos menores.
Pensando nessas questões, apresentamos cinco 
propostas alternativas para a questão da maioridade 
penal, que você confere agora com a gente, apresenta-
das pela revista Época. Todas elas já foram apresentadas 
em algum momento ao Congresso, mas não chegaram 
tão longe na tramitação quanto a PEC 171/93. 
16
AS PROPOSTAS PARA ENCARAR A 
CRIMINALIDADE ENTRE MENORES5
Politize!
Sem reduzir a maioridade, essa 
proposta alteraria o ECA, que passaria 
a prever um regime mais prolongado 
de acompanhamento de jovens que 
cometeram crimes contra a vida e 
latrocínios. Atualmente, um adoles-
cente pode ficar no máximo três anos 
internado em uma Fundação Casa; no 
modelo proposto pelo advogado Ariel 
de Castro Alves, um adolescente com 
mais de 14 anos que tenha cometido 
essa modalidade de crime ficaria sob 
custódia da instituição por um tempo 
maior: após três anos de internação, 
passaria para o regime de liberdade 
semi-assistida; depois de três anos 
nesse regime, ficaria em regime de 
liberdade assistida. Assim, a super-
visão desse jovem se prolongaria por 
mais tempo, evitando casos em que 
um jovem que cometeu um delito 
grave seja solto aos 21 anos sem 
qualquer monitoramento. 
Ampliação das vagas por conta da 
liberdade semi-assistida. Maior em-
penho dos municípios: atualmente, a 
maioria deles finge que cumpre o 
acompanhamento no remi semiaber-
to, enquanto o infrator finge que está 
no programa.
17
O QUE
MUDA
CRÍTI
CAS
ACOMPANHAMENTO OBRIGATÓRIO PARA 
CRIMES CONTRA A VIDA E LATROCÍNIOS1.
Politize!
Sem reduzir a maioridade, ado-
lescentes reincidentes em 
infrações graves poderiam ficar 
internados por mais tempo. O 
ECA seria alterado para permitir 
que o jovem ficasse internado 
até depois dos 21 anos de idade. 
Novas instalações para esses 
internados seriam criadas, com 
cursos técnicos e possibilidade 
de trabalhar. Atualmente, existe 
um projeto de lei que procura 
ampliar o tempo máximo de 
internação de três para dez anos. 
Na prática, a proposta aumenta 
custos. Como os infratores 
passam mais tempo presos, é 
preciso ampliar as unidades de 
internação existentes, exigindo 
investimento. Também não fica 
claro como seriam essas novas 
unidades, que passariam a abri-
gar infratores mais velhos: 
seriam mais parecidas com 
presídios ou com casas de inter-
nação? 
18
O QUE
MUDA
CRÍTI
CAS
MAIOR TEMPO DE INTERNAÇÃO 
PARA CRIMES GRAVES2.
Politize!
Essa propostanão reduziria a maiori-
dade penal, mas traria responsabili-
dade criminal para adolescentes 
maiores de 12 anos que cometessem 
homicídio, latrocínio, estupro, assalto 
a mão armada e sequestro. A pena 
aplicada seria igual a um terço ou dois 
terços da aplicada a um adulto e seria 
cumprida em casas de internação.
A responsabilização se daria após 
avaliação psicológica do menor por 
uma junta médica. Outra diferença 
seria que, caso a pessoa voltasse a 
cometer crimes após completar 18 
anos, sua ficha como menor poderia 
ser resgatada, de modo que ela pode-
ria ser julgada como reincidente, o 
que não acontece hoje. 
A junta representaria um novo custo, 
novas vagas de internação teriam de 
ser criadas, o que implica em novos 
investimentos.
19
O QUE
MUDA
CRÍTI
CAS
RESPONSABILIZAÇÃO CRIMINAL DO MENOR3.
Politize!
A proposta reduz a maioridade 
para 16 anos em caso de crimes 
hediondos. O adolescente seria 
julgado pela lei penal caso fosse 
comprovada sua capacidade de 
discernimento. Mas a pena seria 
cumprida em novos centros, 
especializados para presos 
dessa faixa etária. 
A proposta também cria novos 
custos; não se especifica como 
seriam essas novas unidades.
20
O QUE
MUDA
CRÍTI
CAS
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PARA CRIME 
HEDIONDO COM CONSTRUÇÃO DE 
NOVOS CENTROS
4.
Politize!
a maioridade seria reduzida para 
16 anos em caso de crimes hedi-
ondos, e o adolescente nessa 
faixa etária seria julgado de 
acordo com a lei comum. Entre-
tanto, o menor iniciaria a pena 
em uma casa de internação, em 
unidade de maior segurança, e 
seria transferido para a prisão 
comum aos 18 anos.
Hoje em dia não existem as men-
cionadas unidades de maior 
segurança, o que demandaria 
mais recursos. Com a trans-
ferência do infrator para a 
cadeia aos 18 anos, o trabalho 
de ressocialização seria inter-
rompido e ficaria prejudicado.
21
O QUE
MUDA
CRÍTI
CAS
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PARA CRIMES 
HEDIONDOS E USO DAS CADEIAS EXISTENTES5.
Politize!
Com todas essas informações em mente, 
chegou a hora de debater: por que ser contra ou 
a favor da diminuição da idade mínima com que 
uma pessoa pode ir para a prisão? 
Como você viu, essa é uma discussão que tem se 
desenrolado ao longo de muitos anos no Brasil e 
que envolve convicções muito enraizadas sobre 
responsabilidade individual e sobre a implemen-
tação de políticas públicas no país. Afinal, o que é 
melhor para o Brasil: manter a maioridade penal 
em 18 anos ou reduzi-la para 16 anos de idade? 
Para você poder formar uma opinião bem em-
basada, o Politize apresenta em detalhe os prin-
cipais argumentos dos dois lados dessa história. 
A maior parte da população é a favor. O Datafolha 
divulgou recentemente pesquisa em que 87% dos 
entrevistados afirmaram ser a favor da redução da maiori-
dade penal. Apesar de que a visão da maioria não é nec-
essariamente a visão mais correta, é sempre importante 
considerar a opinião popular em temas que afetam o 
cotidiano.
As punições atuais para menores são muito brandas. O 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê 
como medida mais drástica a internação de três anos de 
para menores infratores, mesmo aqueles que tenham 
cometido crimes hediondos. A falta de uma punição 
mais severa para esses casos causa indignação em parte 
da população.
22
OS ARGUMENTOS A FAVOR E CONTRA 
A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL6
A FAVOR DA REDUÇÃO
Politize!
Adolescentes de 16 e 17 anos já têm discerni-
mento o suficiente para responder por seus 
atos. Esse argumento pode aparecer de formas 
diferentes. Alguns colocam, por exemplo, que 
jovens de 16 anos já podem votar, então por que 
não poderiam responder criminalmente, como 
qualquer adulto? Ele se pauta na crença de que 
adolescentes já possuem a mesma responsabili-
dade pelos seus próprios atos que os adultos.
Como os menores sabem que suas punições 
são mais leves que as dos adultos, eles pos-
suem maior disposição a cometer crimes vio-
lentos. É comum, por exemplo, traficantes se uti-
lizarem dessa diferença para convencerem 
menores de que estão em uma posição privile
giada, podendo cometer crimes sem preocupação. Pode 
também ter sido pela grande diferença de punições 
entre menores e maiores que existem casos como o 
garoto que matou um jovem na véspera de seu 
aniversário de 18 anos. Assim, prender jovens de 16 e 
17 anos evitaria muitos crimes graves.
Muitos países desenvolvidos adotam maioridade 
penal abaixo de 18 anos. Alguns exemplos são: Estados 
Unidos, onde a maioria dos estados submetem jovens a 
processos criminais como adultos a partir dos 12 anos 
de idade; Nova Zelândia, onde a maioridade começa aos 
17 anos; Escócia, que pune maiores de 16; na Suíça, que 
pune maiores de 15. O Brasil deveria seguir o exemplo 
desses países e punir pessoas de idades inferiores a 18 
anos também.
23
Politize!
É mais eficiente educar do que punir. Educação 
de qualidade é uma ferramenta muito mais efici-
ente para resolver o problema da criminalidade 
entre os jovens do que o investimento em mais 
prisões para esses mesmos jovens. O problema 
de criminalidade entre menores só será resolvi-
do de forma efetiva quando o problema da edu-
cação for superado no país. Por isso, os investi-
mentos não devem ser voltados para a con-
strução de novos presídios, e sim de novas esco-
las, por exemplo. 
O sistema prisional brasileiro não contribui 
para a reinserção dos jovens na sociedade. 
Estima-se que o índice de reincidência nas 
prisões brasileiras é de 70%. Ou seja, 7 em cada 
10 ex-prisioneiros voltam à cadeia. É mais 
provável que os jovens saiam de lá mais 
perigosos
do que quando entraram. Apesar de já termos visto que 
os centros de internação nem sempre funcionam da 
forma ideal, elas se propõem a trazer um acompanham-
ento mais adequado, trazendo novas possibilidades 
para o jovem, que assim tem mais chances de voltar 
preparado para a vida em sociedade.
Crianças e adolescentes estão em um patamar de 
desenvolvimento psicológico diferente dos adultos. 
Diversas entidades de Psicologia posicionaram-se 
contra a redução, por entender que a adolescência é 
uma fase de transição e maturação do indivíduo e que, 
por isso, indivíduos nessa fase da vida devem ser prote-
gidos por meio de políticas de promoção de saúde, edu-
cação e lazer. A lógica repressiva, segundo as asso-
ciações de psicólogos, não combina com a adolescência 
e só causará mais prejuízos a longo prazo. 
24
CONTRA A REDUÇÃO 
Politize!
A redução da maioridade penal afeta jovens 
em condições sociais vulneráveis e representa 
um ataque aos direitos da criança e do adoles-
cente. Esse argumento considera um fato incô-
modo no Brasil: os maiores afetados pela violên-
cia do Brasil são negros. A tendência é que esses 
jovens, geralmente pobres e moradores das per-
iferias das grandes cidades brasileiras, sejam 
também os maiores afetados pela redução da 
maioridade penal. Esse já é o perfil predomi-
nante nos presídios e nos centros de internação 
brasileiros. Relacionado a esse argumento está a 
ideia de que a redução seria uma omissão do 
Estado: através do ECA, o Estado brasileiro 
garantiu direitos a todas as crianças e adoles-
centes brasileiros. A redução da maioridade 
penal implica em reduzir esses direitos e atestar a 
incompetência das autoridades em prover, para todos 
os jovens, as condições necessárias para que eles 
possam se desenvolver, com educação, segurança e com 
perspectivas para o futuro.
Tendência mundial é de maioridade penal aos 18 anos. 
Apesar de que muitos países adotam idades menores 
para que jovens respondam criminalmente, estes são 
minoria: estudo da Consultoria Legislativa da Câmara 
dos Deputados revela que, de um total 57 países anali-
sados, 61% deles estabelecem a maioridade penal aos 
18anos. Estudo da Unicef aponta uma proporção ainda 
maior: em um grupo de 54 países analisados, 78% 
teriam maioridade penal aos 18 anos. 
25
Politize!
http://super.abril.com.br/historia/como-funciona-a-maioridade-penal-em-outros-paises
http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=323
http://www.brasilpost.com.br/2015/07/06/maioridade-penal-outros-paises_n_7739170.html
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/qual-e-maioridade-penal-em-outros-paises.html
http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/05/o-jeito-certo-de-discutir-maioridade-penal.html 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-08/aprovada-na-camara-reducao-da-maioridade-deve-ser-engavetada-no-senado
http://pessoas.hsw.uol.com.br/febem.htm
http://www.revistaforum.com.br/2012/06/27/de-febem-a-fundacao-casa/
http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/10/centros-de-internacao-registram-morte-de-3-menores-neste-ano-em-go.html
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-06-23/centros-de-internacao-de-menores-lotados-em-todo-o-pais.html
http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10120.htm
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FONTES
Politize!
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mos que a tecnologia é uma grande aliada na 
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