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Automação Industrial CLPs e Linguagens de Programação Prof° Lucas Silvestre Chaves lucas.chaves@prof.una.br Antes do lançamento dos CLPs, por volta de 1970, o controle industrial era realizado por controladores compostos por relés, bobinas, contatores, temporizadores e componentes semelhantes: 2 Evolução da Tecnologia no Controle do Processo Meados século XX (Era da Eletrônica) Evolução da Tecnologia no Controle do Processo Armazenamento de Informações por registro em papel Meados século XX (Era da Eletrônica) Evolução da Tecnologia no Controle do Processo Operação do processo: Painéis com chaves, botoeiras, relógios e registradores de pena Meados século XX (Era da Eletrônica) Evolução da Tecnologia no Controle do Processo Operação do processo: Painéis com chaves, botoeiras, relógios e registradores de pena Segunda metade do XX (Era da Informática) Evolução da Tecnologia no Controle do Processo A evolução tecnológica permitiu que toda a lógica de acionamento fosse desenvolvida através de software, que determina ao controlador a sequência de acionamento a ser aplicada em um sistema. Os CLPs são equipamentos eletrônicos de controle que atuam a partir desta filosofia. Hoje, muitas máquinas e equipamentos antigos estão sendo adaptados aos CLPs para substituir os controladores originais, tornando muitas vezes as máquinas e equipamentos mais produtivos e confiáveis do que eles eram quando novos. Há hoje também diversas opções de máquinas disponíveis no mercado com CLPs já embutidos. Seguem algumas características dos CLPs: ✓ Preço competitivo, comparado à lógica de relés (lógica de chaves); ✓ Dispositivos de entrada e saída facilmente substituíveis; ✓ Controle de grande quantidade de variáveis; ✓ Funcionamento em ambiente industrial com vibração, calor, poeira; ✓ Facilidade de manutenção e programação; ✓ Grande confiabilidade e robustez; ✓ Integração com interface homem máquina (IHM) e computadores para programação, controle e supervisão. 8 Evolução da Tecnologia no Controle do Processo • Um controlador lógico programável (CLP) pode ser definido como um microcomputador que usa instruções armazenadas em uma memória programável (programa) para implementar lógica, sequenciamento, temporização, contagem e funções aritméticas por meio de módulos de entrada/saída (E/S) digitais ou analógicas para controle de máquinas e processos; • Nas indústrias, os CLPs são aplicados tanto em processos industriais como em manufatura discreta. Seguem alguns exemplos de suas aplicações: • Indústrias de processos: processamento químico, operações em fábricas de papel e produção alimentícia; • Manufatura discreta: controle de máquinas individuais, linhas de transferência, equipamentos para manuseios de materiais e sistemas automatizados de armazenamentos. 9 Controlador Lógico Programável (CLP) Hoje, muitas máquinas e equipamentos antigos estão sendo adaptados aos CLPs para substituir os controladores originais, tornando muitas vezes as máquinas e equipamentos mais produtivos e confiáveis do que eles eram quando novos. Há hoje também diversas opções de máquinas disponíveis no mercado com CLPs já embutidos. Seguem algumas características dos CLPs: ✓ preço competitivo, comparado à lógica de relés (lógica de chaves); ✓ dispositivos de entrada e saída facilmente substituíveis; ✓ controle de grande quantidade de variáveis; ✓ funcionamento em ambiente industrial com vibração, calor, poeira; ✓ facilidade de manutenção e programação; ✓ repetibilidade de uso. ✓ grande confiabilidade e robustez; 10 Controlador Lógico Programável (CLP) Controlador Lógico Programável (CLP) Veja algumas vantagens do uso de CLPs nas indústrias: • fácil diagnóstico durante o projeto; • economia de espaço devido ao seu tamanho reduzido; • não produzem faíscas; • podem ser programados sem interromper o processo produtivo; • baixo consumo de energia; • necessita de uma reduzida equipe de manutenção; • tem a flexibilidade para expansão do número de entradas e saídas; • capacidade de comunicação com diversos outros equipamentos. 11 Arquitetura de um CLP A figura abaixo mostra como é arquitetura de um CLP apresentando seus principais componentes: 12 Arquitetura de um CLP • Fonte de alimentação: Converte a tensão da rede de 127 ou 220 Vca em 5 Vcc, 12 Vcc ou 24 Vcc, para alimentar os circuitos eletrônicos, as entradas e as saídas. • Processador ( central processing unit – UCP ou CPU): É a unidade de processamento central do CLP, conectada a todos os outros componentes do CLP. Responsável por ler as entradas e atualizar as saídas de acordo com os programas definidos pela fábrica e pelo usuário. • Memória: Composta pela memória do sistema operacional (contém o programa desenvolvido pela fábrica), memória do usuário (contém o programa desenvolvido pelo usuário) e memória de dados (contém as informações iniciais das variáveis do sistema podendo atualizar durante o funcionamento do CLP) 13 Arquitetura de um CLP • Módulo de entrada/saída: oferece as conexões com os equipamentos ou os processos industriais a ser controlados. As entradas e saídas do CLP são disponíveis em formas de cartões e podem ser digitais ou analógica. Seguem algumas características destes cartões: ➢ Cartões de entrada digital: ▪ as entradas digitais recebem sinais em dois níveis apenas, 0 ou 1 (0 ou 5 V, 0 ou 24 V, 0 ou 220 V). ▪ estes sinais são provenientes por exemplo de chaves fim de curso, botoeiras, sensores tipo ON/OFF; ➢ Cartões de entrada analógica: ▪ as entradas analógicas assumem todos os valores dentro de uma determinada faixa. As faixas mais comuns são: 4 a 20 mA e de 1 a 5 V. ▪ estes sinais são provenientes por exemplo de sensores de temperatura, nível, vazão, pressão, etc.; 14 Arquitetura de um CLP ➢ Cartões de saída digital: ▪ enviam sinais em apenas dois níveis 0 ou 1 (0 ou 5 V, 0 ou 24 V, 0 ou 220 V). ▪ estes sinais são utilizados por exemplo para acionamento de válvulas ON/OFF, alarmes, sinalização, motores, etc; ➢ Cartões de saída analógica: ▪ as saídas analógicas assumem todos os valores dentro de uma determinada faixa. As faixas mais comuns são: 4 a 20 mA e de 1 a 5 V. ▪ estes sinais são utilizados por exemplo para a atuação de válvulas, controle de velocidade e de torque de motores, etc.; 15 Ciclo de operação do CLP O ciclo de operação típico de um CLP pode ser resumido em três passos: 1. Varredura de entrada: As entradas são lidas pelo processador e armazenadas na memória de dados; 2. Varredura do programa: O programa do controle é executado. Os valores de entrada armazenados na memória são utilizados nos cálculos da lógica de controle para determinar os valores das saídas; 3. Varredura de saída: Os valores de saída são atualizados para concordar com os valores calculados. O tempo para realizar os três passos, também conhecido como tempo de varredura, varia entre 1 e 25 ms. Capacidades adicionais do CLP Além do que já foi dito, os CLPs podem possuir algumas capacidades adicionais : – Controle analógico – controle PID disponível em alguns CLPs para processos contínuos; – Funções aritméticas – o uso das mesmas permite que sejam desenvolvidos algoritmos de controle mais complexos; – Funções de matriz – permite por exemplo a programação linear para controle otimizado; – Processamento e relatório de dados – para aplicações de negócios (business applications) Todas estas características dos CLPs os tornam praticamente iguais aos PCs. Programação de CLP A norma IEC1131-3 padroniza cinco linguagens de programação para CLPs, sendo três gráficas e duas textuais: • Linguagens gráficas: – Diagramas de lógica ladder (LD) – mais amplamente usados; – Diagramas de blocos defunções (FBD) – instruções compostas de blocos de operações que transformam sinais de entrada; – Diagramas de funções sequenciais (SFC) – série de passos e transições de um estado para o próximo (Europa). • Linguagens textuais: – Lista de instrução (IL) – linguagem de computador de baixo nível – Texto estruturado (ST) – linguagem de computador de alto nível Concentraremos nossos esforços no entendimento do diagrama de blocos FBD e do diagrama de lógica ladder (LD). Diagrama de Blocos A tabela abaixo mostra a equivalência entre as portas lógicas e os símbolos utilizados no diagrama de blocos de funções FBD: Diagrama de Blocos Exemplo de programação em FBD: Ladder Em um diagrama de lógica ladder (LD), vários elementos lógicos e outros componentes são dispostos ao longo de linhas horizontais ou degraus conectados em ambas as extremidades a trilhos verticais. Os tipos de elementos e componentes do LD são: • Contatos – entradas utilizadas para representar por exemplo chaves, interruptores ou fotodetectores. • Cargas – saídas utilizadas para representar por exemplo motores, luzes, alarmes e solenoides. • Temporizadores – utilizados para especificar período de espera. • Contadores – utilizados para contar os pulsos recebidos Ladder A tabela abaixo mostra os símbolos dos principais elementos utilizados no Ladder: Ladder A tabela abaixo mostra alguns exemplos comparativos de portas lógicas com a linguagem LD: Ladder Exemplo de programação em LD: RESOLUÇÃO DE EXEMPLOS EM SALA DE AULA! 25
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