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Tração vertebral

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Recursos terapêuticos manuais 
Prof: Fábio Athaide.
Tração Vertebral
Definição:
Tração é o ato de esticar ou puxar, ou uma força de distensão. Geralmente para alongar uma determinada parte ou separar duas ou mais partes. Na fisioterapia, a tração é geralmente usada na coluna cervical ou lombar, com a esperança de aliviar a dor nessas áreas ou que tenha origem ali. (DELISA, 2001).
Tração (afastar, separação) é um movimento translatórico de folga articular perpendicular ao e em afastamento do plano de tratamento. (KALTENBORN, 2001)
INTRODUÇÃO
A tração vertebral (cervical, dorsal ou lombar) é um procedimento amplamente utilizado no tratamento fisioterápico para o alívio de certas condições clínicas da coluna vertebral que são causadas pela redução do espaço intervertebral.
A perda de altura dos discos intervertebrais é um comportamento biomecânico natural das unidades funcionais, porém existem certas condições em que a diminuição de altura dos discos intervertebrais excede o normal e então, tem-se um quadro de dor por compressão de estruturas nervosas ou compressão de estruturas articulares facetárias ou do corpo vertebral.
Objetivo da tração é produzir uma separação dos corpos vertebrais, promovendo um aumento da negatividade da pressão hidrostática dos discos intervertebrais (RODRIGUES, 1998) para que estes absorvam fluídos e reganhem altura (RAMOS e MARTIN, 1994).
Alguns estudos sugerem que as cargas de tração devem ser prescritas em função da massa corporal e afirmam que cargas de aproximadamente 10% do peso corporal são satisfatórias para promover uma separação vertebral (MAITLAND, 1986; PAL et al, 1986;
Objetivo
Efeitos da tração
A tração alivia o espasmo muscular devido ao seu efeito semelhante a uma massagem sobre músculos e estruturas ligamentares e capsulares;
Reduz o intumescimento;
Melhora a circulação sobre os tecidos;
Evita a formação de aderências entre as bainhas das raízes nervosas e estruturas capsulares adjacentes;
O estiramento em torno dos tecidos em torno da raiz nervosa possibilita um fluxo circulatório livre que melhora a nutrição em torno do nervo e propiciando a remoção de metabólitos e exudados produzidos por inflamação de baixo grau. 
A mobilização das articulações facetárias auxilia a lubrificação e a nutrição do disco intervertebral (RODRIGUES, 1998)
Fatores que Influenciam a Quantidade de Separação das Vértebras
Os movimentos da coluna cervical normal têm sido exaustivamente estudados. Os movimentos relativos espaços intervertebrais na flexão e extensão são de interesse particular.
O resultado mais reproduzível da tração na coluna cervical é o alongamento. Cyriax (1982) relatou que uma aplicação de força de 300 libras manualmente, resultaria num aumento de 1 cm na distância intervertebral cumulativa.
Quanto maior o ângulo de flexão em que a coluna é colocada antes de iniciar a tração, maior a separação vertebral, especialmente a face posterior do corpo vertebral.
Formas Aplicação da Tração
Manual
Cyriax (1982) apud Delisa (2001) tem escrito mais extensamente sobre a aplicação manual da tração espinhal, principalmente com um adjunto ou precursor da manipulação da coluna. Os médicos e terapeutas geralmente usam a tração manual da coluna cervical como tentativa para ajudar a decidir se um tratamento completo seria oportuno
Mecânica
A tração é geralmente transmitida à coluna através de um peso livre e um sistema de polias . Através de equipamentos próprios (hospitalar, clínico, ou domiciliar), promovem aplicação de força constante e é mantida por longos períodos. (DELISA, 2001)
A tração mecânica pode ser de três formas distintas: 
Sentado
Decúbito dorsal
Semi-inclinada
Esta posição requer mais força para vencer a tensão muscular e conseguir separação das vértebras do que em decúbito dorsal.
Decúbito Dorsal
De acordo com Caillet (2003) esta posição é a mais efetiva e mais bem tolerada
Sentado:
Esta posição requer mais força para vencer a tensão muscular e conseguir separação das vértebras do que em decúbito dorsal.
Decúbito Dorsal
De acordo com Caillet (2003) esta posição é a mais efetiva e mais bem tolerada.
 
Semi- Reclinada
É usada uma cadeira reclinável ou mesa ortostática para dar posições alternativas. A gravidade pode ou não ter influência, dependendo do ângulo de tração.
 
Motorizada
A tração motorizada, particularmente da coluna cervical, provê aplicação contínua ou intermitente de uma força reprodutível. A maioria dos pacientes tolera forças de tração se aplicadas intermitentemente. (DELISA, 2001)
Gravitacional
Há poucos anos, os fabricantes defenderam insistentemente dispositivos para terapia invertidos para uso em casa. Teoricamente o peso corporal invertido provê tração suficiente para destracionar às vértebras. 
Tipos de Aplicações da Tração
Estática ou Constante
Uma força constante é aplicada e mantida por um período extenso de tempo. Pode ser: 
- Contínua ou prolongada na qual a força é mantida por diversas horas e diversos dias, geralmente aplicada no leito e com pequenas quantidades de peso, no intuito primariamente de imobilização e não de separação das vértebras. (KISNER e COLBY, 2004)
- Mantida: uma tração estática na qual a força é mantida de poucos minutos até meia hora. (DELISA, 2004)
Intermitente
A força é alternadamente aplicada e liberada em intervalos freqüentes, geralmente em um padrão rítmico. (KISNER e COLBY, 2004)
Podem ser toleradas forças maiores que as usadas na tração mantida e freqüentemente mais aceitas. (DELISA, 2001; CAILLET, 2003) 
Contínua ou intermitente??????
De acordo com Cyriax (1982), a tração só é transmitida aos ossos e articulações quando os músculos fadigam, necessitando tração contínua. A maioria dos autores, contudo, sente que mais peso pode ser administrado intermitentemente, já que alguns pacientes sentem desconforto, mesmo com pequenos pesos tracionados continuamente. (DELISA, 2001)
Dosagem e Duração
A dose escolhida para o tratamento inicial deve ser menor que àquela que poderia causar separação das vértebras. A progressão da carga deve ser determinada pela resposta do paciente e o problema a ser tratado, assim como a duração que irá depender do tipo de tração (intermitente ou mantida), a carga usada, a condição clínica do paciente, e as metas do tratamento. (KISNER e COLBY, 2004) 
Obs: Como forma segura de aplicar a técnica, utilizar 10% do peso corporal.
Indicações
Espectro de condições dolorosas, 
Separação vertebral, 
Alargamento do forame intervertebral;
Relaxamento muscular. 
Radiculopatias ou hérnias de disco,
Compressão da raiz nervosa, 
Protusão do disco ou alguma outra causa, 
alargamento do forame intervertebral. 
estenose da coluna;
hipomobilidade das articulações devido a disfunções ou alterações degenerativas, ou seja sempre que exista limitação na amplitude de movimento, a tração poderá ser usada para mobilizar as articulações 
 (GRIEVE, 1994)
Contra-Indicações e Precauções
A falta de habilidade para aplicação de tração constitui a maior contra-indicação para seu uso, pois é a mais comumente desprezada;
A instabilidade ligamentar cervical, que pode ser vista em artrite reumatóide ou outras condições, é uma contra-indicação absoluta para tração cervical, evitando assim subluxação atlantoaxial e comprometimento medular;
Existindo uma doença do sistema arterial ventro-basilar, em combinação com tração feita com a cabeça impropriamente estendida ao invés de fletida., pode ocorrer comprometimento da circulação;
Qualquer condição ou processo de doença da coluna no qual o movimento está contra-indicado.
Um tumor documentado ou suspeitado na região da coluna é uma contra-indicação absoluta para o uso de tração. Assim como na presença de processo infeccioso da coluna ou tecidos de sustentação, como tuberculose.
Torções, distensões e inflamaçãoaguda agravadas por tratamentos iniciais com tração;
Dor na articulação temporomandibular.
BAILEY, R.W. The cervical spine. Philadelphia, J. B.Lippincott, 1983.
CAILLET, R – Neck and arm Pain. Philadelphia, Davis. 5th edition, 1995
CAILLIET, Rene – Dor Cervical e no Braço , 1º ED, Artmed, 2003. 
CIPRIANO, Joseph. J ; Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos; 3º ed., Editora Manole, 1999.
CYRIAX, J. Text book of Orthopedic medicine, 8 th edn. Bailliere Tindall, London p 78 (1982).
CONSTANTOYANNIS, Constantine, KONSTANTINOU Demetres, KOURTOPOULOS, HarryIntermittent cervical traction for cervical radiculopathy caused by large-volume herniated disks. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics ; 25(3): 188-92; Mar-Apr 2002
COLACHIS SC; STROHM BR; A study of tractive forces and angle of pull on vertebral interspace in the cervical spine. arch phys med rehabil 46: 811-814, 1955.
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DELISA, Joel - Medicina de Reabilitação: Princípio e Prática, Editora Manole, 2001.
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