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Direito Civil II

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3) Defeitos do Negócio Jurídico 
O vício ou defeito do negócio jurídico maculam o ato jurídico celebrado, atingindo a sua vontade ou gerando uma repercussão social. Torna o negócio passível de Ação Anulatória ou Ação de Declaratória de Nulidade . 
A) Ausência de Vontade – negócio nulo 
B) Vicio de Vontade ou Consentimento: 
Ignorância ou Erro é o completo desconhecimento ou falso conhecimento sobre objeto ou pessoa do negócio. Se recair sobre aspectos essenciais (interessa a natureza do ato, objeto e suas características) será anulável. Se recair sobre aspectos acidentais (art. 142 , C C – ocorre quando o verdadeiro interessado pode ser identificado -
 ex .: Cheque nominal a empresa que é SA como Ltda, o cheque será válido) o ato é válido. Qualquer pessoa de inteligência mediana come teria. Se conhecesse a realidade não celebraria o ato. A pessoa se engana sozinha. Arts. 138 a 144, CC. 
Obs.: Não é coação a ameaça relacionada a exercício regular d e direito, ex.: ameaça de protesto de título em cartório, e, casar-se com alguém com medo de desapontar grande amigo que é irmão da noiva, art. 155, CC. 
Lesão: ocorre quando pessoa sob premente necessidade ou inexperiência, se obriga a prestação manifestação desproporcional ao valor d a prestação oposta. È anulável. Mas o negócio não será anulado se for oferecido suplemento suficiente ou s e a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Art.156 e 157, CC. Não há o dolo de aproveitamento. 
Ex.: Pessoa para evitar falência vende imóvel seu abaixo do valor de mercado. 
Estado de Perigo: ocorre quando alguém premido da vontade de salvar-se , ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. O ato é anulável. 
C) Vícios Sociais: 
Simulação: declaração enganosa da vontade, visando obter resultado diverso do que aparece; cria uma aparência de direito, iludindo terceiros e burlando a lei. O ato é nulo. Contudo subsistirá no que dissimulou se for válido na forma e substância. Art. 167, CC 
Ex.: Venda realizada a u m terceiro para que ele transmita a coisa a um descendente do alienante, a quem se tem a intenção de transferir desde o início, burlando o disposto no art. 496, CC, (art. 167, §1º, I, CC). 
Ex.: Partes na escritura de compra e venda declaram valor inferior ao convencionado com a intenção de burlar o Fisco, pagando menos imposto, (art. 167, §1º, II, CC). 
Ex.: Se os contratantes fizerem mútuo aparentado ser compra e venda, (art. 167, §1º, III, CC). Se as partes colocam antedata ou a pós -data no documento, não aquela em que o mesmo foi assinado, pois a falsa data indica a intenção discordante da vontade, (art. 167, §1º, III, CC). 
Fraude Contra Credores: prática maliciosa de atos que desfalcam o patrimônio do devedor, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento dos direitos de credores. È necessário que haja o ato prejudicial ao credor, por tornar o devedor insolvente, e a intenção de prejudicar o devedor. Negócio anulável, cabível Ação Pauliana ou Revocatória. Art. 158 a 165, CC. 
Ex.: Pessoa que doa seus bens ou que perdoa dívida de credor, tornando -se assim insolvente ou já insolvente. 
Contrato oneroso fraudulento (art. 159, CC) 
Ex.: Vender imóvel em data próxima do vencimento de outras obrigações inexistindo outros bens para saldar a dívida. Insolvência notória (art. 159, CC) - será notória a insolvência de certo devedor, se tal estado for do conhecimento de todos. Ex.: Devedor com títulos protestados.
 
4) Invalidade do Negócio Jurídico 
- Ocorre quando o negócio não produz os efeitos desejados pelas partes envolvidas. 
- Art. 166 a 184, CC – Teoria das Nulidades do Negócio Jurídico. 
b) Ação Declaratória de Nulidade. 
- Segue o rito ordinário. 
- São matérias de ordem pública, podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo MP, quando lhe couber intervir (art. 168, CC). 
- Ação imprescritível (art. 169, CC). 
Obs.: O CC admite partes convertam o negócio jurídico nulo em outro negócio ou contrato (art. 170, CC). 
Ex.: Venda de imóvel sem a escritura pública, mas pela regra do art. 170 e 496, CC pode-se converter em Contrato Compromisso de Compra e Venda - Contrato Preliminar. 
- A sentença que declara a nulidade tem efeito erga omnes, e ex tunc. 
4.2) Hipóteses de nulidade relativa (art. 171, CC) 
- São preceitos de ordem privada. A nulidade relativa acomete o negócio jurídico de vícios poderão ser sanados e o negócio restabelece a sua normalidade. 
a) O negócio celebrado: 
- por relativamente incapaz; por vício resultante d e dolo, erro, coação moral, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Obs.: A coação física e a simulação geram a nulidade do negócio jurídico. 
b) Ação Anulatória (art.175 ao 180 CC)

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