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DOENÇAS DO SISTEMA LINFÁTICO
FILARIOSE LINFÁTICA
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
Em 1997 a OMS propõe eliminação da doença prevista p/ 2020
Apresenta distribuição urbana
 Atualmente região metropolitana de Recife, PE – (transmissão ativa)
 Comunidades de baixo nível socioeconômico
A susceptibilidade é universal, podendo ocorrer a reinfecção.
Belém do Pará e Maceió são cidades que até recentemente também eram focos ativos no Brasil e, pelos dados atuais, mostram a interrupção da transmissão da parasitose.
Cuidado áreas que apresentam características da doença e que foram recentemente “extintas” da doença
O PARASITO 
No Brasil Wuchereria bancrofti ~ essa espécie foi trazida pelos escravos
As microfilárias eliminadas pela fêmea grávida nos ductos linfáticos ganham a circulação sanguínea do hospedeiro
Permanecem juntos e enovelados nos vasos e gânglios linfáticos humanos
TRANSMISSÃO
Mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus
Vetores são as fêmeas (Hematófagas)
Novo repasto sanguíneo, as larvas L3 penetram no novo hospedeiro através da pele lesada pela picada do mosquito
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Técnica de imagem (US ~ Sinal da “dança das filárias”)
Exame sorológico para pesquisa do anticorpo (Baixa especificidade)
Técnica de exame a fresco
Técnica da gota espessa (Mais usada na década de 80 ~ fator limitante desta técnica são as perdas de microfilárias durante o processo laboratorial de desemoglobinização)
Apesar dessas limitações, esta técnica ainda é a ferramenta eleita para avaliações epidemiológicas nas áreas endêmicas sob investigação para a FL.
FILARIOSE OU ELEFANTIASE
ORIENTAÇÕES GERAIS
O sangue e material biológico comumente utilizado para esses testes diagnósticos, mas outros fluidos orgânicos podem ser eventualmente usados (líquido de hidrocele e quilocele, por exemplo).
 Esses exames são realizados no Serviço de Referencia Nacional em Filariose/ Centro de Pesquisa Aggeu Magalhaes, Recife/PE, o método de coleta e envio
LINFEDEMA
O linfedema é uma doença crônica causada pelo acúmulo de líquido intersticial, decorrente de insuficiência da drenagem linfática por anormalidades congênitas ou adquiridas.
Geralmente, acomete as extremidades, em especial os membros inferiores.
Estima-se que existam 450 milhões de pessoas com distúrbios linfáticos, ou seja, 15% da população mundial. 
No Brasil, entre 2016/2017 foram diagnosticados 58 mil casos câncer de mama e 50%, desenvolvem linfedema.
Grupos específicos de maior risco, câncer da mama ou por neoplasia ginecológica pélvica. 
Nos países ocidentais tem-se verificado um aumento na incidência de Linfedema secundário (LS) 
Relativamente ao Linfedema primário (LP), menos prevalente, estima-se que afete cerca de 1 pessoa a cada 6.000 a 10.000. 
Linfedema congênito ou primário 
O linfedema primário ocorre por alterações congênitas, como: agenesia, hipoplasia ou hiperplasia dos vasos linfáticos, e pode ser subdividido em congênito (até 1 ano de idade), precoce (até 35 anos) ou tardio (acima de 35 anos).
O linfedema primário o paciente apresentava história de surgimento da doença sem fator desencadeante.
O linfedema precoce surge frequentemente em adolescentes do sexo feminino,10 aos 35 anos 
O linfedema primário tardio ocorre após os 35 anos de idade, acomete principalmente as mulheres e apresenta melhor prognóstico.
Linfedema adquirido ou secundário
No linfedema secundário, há alterações adquiridas do sistema linfático devido a traumas, infecções, cirurgias, radioterapia, insuficiência venosa crônica, dentre outras
Cerca de 2 milhões de mulheres no mundo que sobreviveram ao câncer de mama, 15 a 20% estão vivendo atualmente com o linfedema decorrente do tratamento
o acúmulo de linfa leva a estagnação de proteínas e consequente fibrose, meio de cultura propício para o desenvolvimento de linfangites e erisipelas, condições estas que agravam ainda mais o sistema linfático.
Momento de instalação e os achados clínicos
Agudo: é um linfedema moderado e transitório que ocorre nos primeiros dias após a cirurgia como resultado da incisão dos canais linfáticos. 
 Agudo com sintomatologia álgica: ocorre entre 4 a 6 semanas de pós-operatório, como resultado de linfangites ou flebites agudas. 
 Agudo na forma de erisipela: ocorre, normalmente, após a picada de insetos ou pequenas lesões e queimaduras. 
As formas agudas são condições temporárias, com menos de 6 meses sendo associadas a edema depressível, sem alterações de pele.
Crônico: é a forma mais comum, sendo usualmente insidioso, com ausência de dor, não sendo associado a eritemas. O linfedema crônico é irreversível.
Classificação quanto a sua intensidade
Fase I - Linfedema reversível com elevação do membro e repouso no leito durante 24-48 horas, edema depressível à pressão.
Fase II – Linfedema que não diminuem com o repouso, que já apresentam áreas de fibrose tecidual de moderada a grave e edema não depressível à pressão
Fase III – Linfedema irreversível, estagio mais grave da doença, que se manifesta por inchaço volumoso com fibrose acentuada no tecido subcutâneo, , tornando-se vulneráveis a erisipelas, eczemas, papilomatoses e fistulas linfáticas;
Fase IV - são as chamadas elefantíases, sendo irreversíveis e apresentam complicações como papilomatose, queratoses, fistulas linfáticas e angiomas. Traduz a total falência dos vasos linfáticos.
O linfedema Fase II, tanto em pacientes portadores de linfedema primário quanto secundário, é o de maior incidência, e as extremidades inferiores foram as mais acometidas; 
Sintomas
Inchaço indolor que começa nas mãos ou pés e progride em direção ao tronco.
Sensação de braços ou pernas pesados.
Uso de anéis, relógios e roupas tornam-se difícil devido a que ficam muito apertados.
Pele lisa ou brilhante.
Marcas ou espessamento da pele quando pressionada.
Hiperqueratose.
Pele similar a casca da laranja.
Desenvolvimento de verrugas ou pequenas bolhas.
sensação de aperto em punho e dedos e a diminuição da flexibilidade da mão e cotovelo
Além disso, muitas pacientes queixam-se de incômodo físico, emocional e social, como depressão, ansiedade, raiva, culpa e problemas na aceitação da imagem corporal
Causas
A frequência de linfedema pós-mastectomia 
Pacientes com cirurgia de cabeça e pescoço que fazem esvaziamento cervical
Infecção bacteriana ou por fungos.
Mal formações congênitas
Tumores ginecológicos, nesse caso a perna poderá inchar.(vulvectomia)
Radioterapia
Linfedema nos membros inferiores: ligado às infecções (erisipelas) de repetição
Linfadenectomia 
Diagnóstico
Frequentemente, o linfedema é diagnosticado através da anamnese, ou pelo exame físico (a inspeção, palpação e mensuração do linfedema)
O ultrassom 
Ressonância magnética nuclear (RMN) ou Tomografia computorizada (TC)
Eco-Doppler 
Linfocintigrafia ( que permite avaliação anatômica e funcional )
Linfangiografia 
Exames para descartar a hipótese de doença cardíaca, coágulos sanguíneos, infecção, insuficiência hepática ou renal, ou uma reação alérgica.
LINFANGITE
Processo inflamatório que acomete os vasos linfáticos, podendo ter diversas origens
Sintomas mais comuns: 
Estrias longitudinais (Trajeto dos vasos linfáticos)
INCIDÊNCIA
Idade entre: 40 a 60 anos.
Atinge de 80 a 90% em membros inferiores.
Essa inflamação ocorre normalmente devido: 
corte ou ferida que infeccionou.
 Quando infeccionado causam:
extremo desconforto e risco à saúde do indivíduo.
 
As bactérias que causam a linfangite podem entrar nos vasos através de uma:
Ferida
arranhão 
Infecção em MMII ou MMSS 
Infecção existente
 Cuidados
Higienização das mãos; arranhões e machucados.
Localização
Extremidades inferior e superior-Traumatização e microflora patogênica
Linfangite → Linfadenite > Aumento extenso nos gânglios linfáticos
Múltiplas Causas: (Infecciosa ou não)
Forma infecciosa: É a mais frequente, normalmente associada a lesão
de pele como: cortes; ferimentos e picadas de inseto
 
Pode ocorrer também via:
Infecção estreptocócica: : causam uma reação autoimune na qual o organismo ataca os seus próprios tecidos- Infecção de garganta.
Infecção estafilocócica: Presente na pele; nariz; boca…
Também pode ocorrer Linfangite se você já tiver uma infecção da pele que esteja piorando. Isso pode significar que as bactérias entrarão em breve na corrente sanguínea. 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Os principais sintomas são: 
Estrias Vermelhas que rastreiam a superfície da pele → Fracas ou Visíveis→ Macias ao toque→ Ferida ou Corte
Sintomas gerais: febre, calafrios, perda do apetite, mal-estar, cefaleia e dores musculares.
Principal Causa: Infecção cutânea por streptococcus → Infecção dos vasos linfáticos.
Riscos Aumentados:
Diabetes; 
Imunodeficiência; 
Varicelas 
 Uso de Corticoides (crônico)→Linfangite Grave.
Resumo para melhor identificar a doença:
Surge através: linhas vermelhas irregulares, quentes, dolorosas e palpáveis 
Os sintomas normalmente são: febre, arrepio, ritmo cardíaco acelerado, dor de cabeça e prostração, que podem aparecer antes mesmo do surgimento perceptível de linhas irregulares na pele
ERISIPELA
Infecção bacteriana dermo-hipodérmica aguda, não necrosante
Linfangite causada pelo estreptococo β–hemolítico do grupo A
Deve ser suspeitada quando há lesões de continuidade na pele, em ambiente nasocomial e estados de imunodepressão
Em mais de 80% dos casos situa-se nos membros inferiores e são fatores predisponentes a existência de solução de continuidade na pele (o linfedema crônico e a obesidade)
Diagnóstico essencialmente clínico
 Penicilina antibiótico referencia
 Na literatura, é frequente o uso indiscriminado dos termos erisipela e celulite para classificar diferentes processos inflamatórios que afetam a pele
Celulite é denominada dermo-hipodermites agudas bacterianas (DHAB)
EPIDEMIOLOGIA
O sexo feminino é mais acometido
Adultos entre os 40 e 60 anos
Antigamente a face constituía predominância de erisipela; Atualmente (10%)
Hoje membros inferiores são os mais acometidos (85%)
Principais fatores de risco de MMII são os locais
Fatores gerais somente obesidade
A nível de face apresenta abcessos ou furúnculos
Em casos específicos localização periorbitária e infecção do trato respiratório
Recentemente foi descrita uma variante clínica de erisipela dos membros inferiores, a erisipela hemorrágica
CRICKX, 1991 diz que “41% dos pacientes tratados com erisipela apresentam insuficiência venolinfática prévia.”
BACTERIOLOGIA
A erisipela é uma infecção bacteriana causada, em
regra, pelo estreptococo do grupo A (Streptococcus
pyogenes)
Os bacilos gram negativos (nomeados Pseudomonas aeruginosa, Acinectobacter calcoaceticus, Haemophilus influenzae, enterobacteriáceas)
QUADRO CLÍNICO
Classicamente, o quadro clínico de erisipela caracteriza-
se por um início súbito, com 
Febre (38,5-40ºC) e
Arrepios seguido, em 12-24 horas, 
Placa eritematosa (vermelha viva), edematosa, quente e dolorosa, de limites bem definidos e geralmente localizada a um membro inferior
Ausência de necrose
Linfangite
Cefaleia
Náuseas
Astenia
Anorexia
Dores no corpo
Erisipela bolhosa – caracterizada por vesículas e bolhas, geralmente flácidas, de conteúdo translúcido e, por vezes, com dimensões significativas 
Erisipela hemorrágica – caracterizada pela presença de intenso
eritema, aspecto equimótico acentuado e bolhas
REFERÊNCIAS
AMORIN, Isabel; CAETANO, Mônica; Artigo de revisão: Erisipela; Acta Med Port 2005; 18: 385-394; Serviço de Dermatovenereologia Hospital Geral de Santo António, S. A., Porto, 2005.
BERGMANN,Anke; et Al.; Diagnóstico do linfedema: Análise dos métodos empregados na avaliação do membro superior após linfadenectomia axilar para tratamento do câncer de mama; Revista Brasileira de Cancerologia.2004; 50(4): 311-320 
DA COSTA, Helen Fernanda; et Al.; LINFANGITE ESTREPTOCÓCICA, UMA INFECÇÃO BACTERIANA DA PELE: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO; II Congresso brasileiro de ciências da saúde CONBRACIS; João Pessoa, PB, 2017.
PENNA, Gerson Oliveira; Ministério da saúde, Departamento de vigilância a saúde, Guia de vigilância epidemiológica e eliminação da filariose linfática, 1 ed.; Brasília, 2009.
TÁBOAS, Maria; et Al.; Linfedema: Revisão e integração de um caso clínico, Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação. Vol 23, nº 1, 2013

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