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Apostila Teoria Econômica I

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O Mundo Atual - Uma Visão Econômica
Mercados – Os Rumos Da Economia Mundial e Os Desafios Do Séc. XXI
A ascensão de Brasil, Rússia, Índia e China – o chamado BRIC – vai incorporar ao mercado um contingente de pessoas que mudará o rumo da economia mundial. A sigla BRIC – formada pelas iniciais dos países que formam o pelotão de elite das economias emergentes, entrou apenas recentemente para o dicionário do mundo dos negócios. 
Daqui pra frente será virtualmente impossível ignorar seu significado para a economia Mundial. Este termo foi dado por uma equipe de analistas internacionais que descreveu num estudo os primeiros movimentos as transformações da ordem econômica mundial nesta primeira metade do século 21.
Baseados em estimativas de evolução dos Mercados, da produção e da demografia, os analistas prognosticaram que, no decorrer das próximas décadas, os 04 países líderes deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta. Nessa trajetória, países como Japão e Alemanha perderão seus lugares. 
Pelo menos um dos 04, a China, deverá ultrapassar até mesmo os EUA e alcançar a liderança econômica do Planeta. 
“Em breve, o mundo será muito diferente do que conhecemos hoje”. “Os rumos dos negócios cada vez mais dependerão do sucesso ou fracasso desses quatro países”. 
Alguns indicadores:
População (04 países): 2,75 bi (6,5 bi mundo)
Participação Mercado consumidor: 14%
Participação reservas $: 33 % 
Algodão: 57%
Trigo: 36 % 
Carne bovina: 35% 
Aço: 32
Celulares: 20%
Petróleo: 18 %
Alimentos: 18 % 
Computadores: 17 % 
Vestuário: 14 % 
Automóveis: 11 % 
Maiores economias do mundo em 2009 (valores em US$ trilhões)
1. Estados Unidos - 14,57
2. Japão - 4,80
3. China - 4,78
4. Alemanha - 3,40
5. França - 2,71
6. Itália - 2,17
7. Grã-Bretanha - 2,04
8. Brasil - 1,59
9. Espanha - 1,53
10. Índia - 1,35 
Fonte: CEBR - Centro de Pesquisas Econômicas e de Negócios Britânico 
Maiores economias do mundo em 2010 (valores em US$ trilhões)
1º -EUA – 14.704
2º - CHINA- 5.263
3º - JAPÃO- 5.187
4º - ALEMANHA- 3.542
5º - FRANÇA- 2.745
6º - REINO UNIDO- 2.353
7º - ITÁLIA- 2.172
8º - BRASIL – 2.040 
9º - ESPANHA- 1.475
Fonte: Exame janeiro 2010
Maiores economias do mundo em 2012 (valores em US$ trilhões)
1º - EUA – 16.008
2º - CHINA- 6.524
3º - JAPÃO- 5.411
4º - ALEMANHA- 3.618
5º - FRANÇA- 2.907
6º - REINO UNIDO- 2.611
7º - BRASIL – 2.291
8º - ITÁLIA- 2.246
9º - RÚSSIA- 1.706 
Fonte: Exame 
Mercado – as projeções anteriores dos analistas 
EM 2.025
EUA: 23 trilhões U$
China: 14,7 (2º lugar)
Japão: 6,9 
Índia: 6,5 
Alemanha: 4,5 
Reino Unido: 3,5 
12º - Brasil: 2,8 
EM 2.050
CHINA: 49 trilhões
EUA: 38 trilhões U$
ÍNDIA: 27 
JAPÃO: 8 
BRASIL: 8 
MÉXICO: 7,8
À exceção do Brasil, a taxa de crescimento desses países tem se mantido 2 pontos percentuais acima do que os analistas calcularam:
China: 9,9 %
Índia: 8,3 %
Rússia: 6,4 % 
Brasil: 2,3 %%... (2007- 4,3 %); (2010- 6%)
Mundo: 4,8 % 
Os números do Brasil de hoje
O ano de 2011 foi um período em que o país decidiu controlar gastos, iniciou uma ainda tímida reforma fiscal, desacelerou o crescimento desafiado pela crise mundial,  conheceu novos casos de corrupção. União, estados e municípios tiveram arrecadação recorde, enquanto muitos dos serviços básicos como saúde e educação ainda não são assegurados pelo Estado à população.
A inclusão de quase 1 bilhão de novos consumidores deverá causar um impacto explosivo sobre a demanda de uma gama crescente de bens e serviços. ( muitas pessoas que não ganham o suficiente para a compra de um par de sapatos novos, deverão começar a ter condições de consumir)
A crise econômica atual
Como começou: No começo deste século (meados de 2001 e 2002) o mercado imobiliário dos Estados Unidos entrou em expansão. Comprar casas passou a ser objetivo de quem queria, além do imóvel próprio, fazer algum investimento (comprava-se barato, revendia-se mais caro, tudo com dinheiro de empréstimos). 
A partir de então, o crédito começou a rolar solto. Empresas hipotecárias, bancos e financeiras começaram a emprestar e financiar cada vez mais. Qualquer um poderia retirar um empréstimo ou financiar um imóvel. Surgiram os chamados “sub primes”, os clientes de um segmento de renda mais baixa. 
A crise começou a pipocar quando os tais sub primes mostraram suas condições: simplesmente não pagaram seus empréstimos. Para alguns o prejuízo foi perder suas casas (em ações de “for e close”, o despejo) E, como eles eram a fonte inicial do dinheiro, a empresa que lhe emprestou o dinheiro e as outras que adquiriram seu crédito “podre”, saíram no prejuízo também, ou seja, ninguém recebeu. Uma “bola-de-neve”! 
O dinheiro em circulação diminuiu, bancos e financeiras começaram a ser vendidos e muitos até anunciaram falência. Foi a partir dessa situação que o governo norte-americano resolveu intervir e ajudar os bancos e hipotecárias financeiramente. 
(crise de liquidez)
Globalização– a economia mundial e os desafios do século XXI
E a globalização? Qual o seu significado para a sociedade? Como conviver em um mundo globalizado? 
Definição: “quebra de barreiras”
Vivemos numa sociedade espantosamente dinâmica, instável e evolutiva. Correrão sérios riscos quem ficar esperando para ver o que acontece. A adaptação a essa realidade será, cada vez mais, uma questão de sobrevivência. Num mundo em extrema mudança, a atitude correta das pessoas é também de mudar. A adaptação a essa evolução é fundamental para o sucesso de qualquer pessoa.
A instabilidade é dada por dois motivos:
 A globalização
O ciclo de vida curto dos produtos.
Em termos bem simples GLOBALIZAÇÃO significa que não existe mais INTERIOR no mundo. De qualquer lugar do planeta, graças ao comércio eletrônico, logística e distribuição, podemos atuar no mundo. 
A outra realidade da GLOBALIZAÇÃO é a de que NADA, absolutamente nada, ficará fora da COMPETIÇÃO GLOBAL. Não estamos mais competindo com nossas empresas do Brasil ou mesmo do MERCOSUL. A competição é global, mesmo!
A outra realidade é o Ciclo de Vida Curto dos Produtos. A HP (Hewlett-Packard), por exemplo, tem lançado uma nova impressora a cada 2 meses. A General Motors lança no Brasil um novo modelo de carro a cada 3 meses. Novos biscoitos são lançados no Brasil a cada 15 dias! Num mundo como este , a única certeza estável é a certeza de que tudo vai mudar!
O século XXI
As coisas que mais mudaram no final do século XX e início do século XXI são:
Como nações e Indústrias vão competir numa nova economia Global. 
O surgimento de um novo investidor – O INVESTIDOR GLOBAL 
O novo capitalismo
Não existe mais o capitalismo do “dono da empresa”. As empresas não têm mais “dono”. Hoje os donos das empresas são os Fundos de Pensão e o fundo dos Investimentos dos Bancos. A partir de R$ 50,00, qualquer pessoa pode colocar seu dinheiro num fundo de investimento num banco. Nosso dinheiro pode estar agora em Taiwan, dois minutos depois em Nova York e três minutos depois em São Paulo, por exemplo. Não há como “controlar” o fluxo de capital que voa pelo mundo moderno – São Três Trilhões de dólares em busca de um melhor pouso. Se as empresas não têm mais “donos”, as empresas têm que ser realmente competitivas pois estão sendo observadas constantemente pelos analistas de investimento dos bancos. O pequeno investidor aplica no banco e quer ter o maior retorno possível, o banco pressiona a empresa p/ que ela tenha lucros maiores, a empresa pressiona seus funcionários p/ os melhores resultados...
Veja alguns dados sobre a tecnologia dos dias atuais:
300 anos de jornal podem ser transmitidos em 01 segundo- 1trilhão de bits por segundo – ( seriam todas as edições do NY Times – o maior jornal do mundo ) 
Desde 1.995 a venda de computadores é maior do que a de televisores no mundo.
A Internet no Mundo
90 trilhões de e-mails foram enviados para a Internet em 2009; 
247 bilhões de e-mailssão enviados todos os dias; 
1.4 bilhão de usuários utilizam e-mail no mundo inteiro; 
REDES SOCIAIS:
1 – Usuários do Twitter
Ano passado: 75 milhões de usuários (apenas cerca de 15 milhões eram ativos) 
Atualmente: São 175 milhões (não é claro o número de pessoas que usam ativamente o microblog)
2 – Usuários do LinkedIn
Ano passado: 50 milhões de usuários 
Atualmente: 100 milhões.
3 – Usuários do Facebook
Ano passado: 350 milhões de usuários 
Atualmente: 500 milhões de usuários no fim do ano passado (segundo a Socialbakers, agora são 640 milhões de usuários)
O futuro
Os próximos 05 anos mudarão mais do que os últimos 30 anos;
Pense no mundo em 1.970... Pense no mundo em 2.011...
E o BRASIL?
“Fazendo as reformas necessárias, o Brasil continuará sendo uma das melhores opções para o capitalismo ocidental” (the economist) “o Brasil estará entre as três maiores plataformas exportadoras do mundo nos primeiros 15 anos do sec.”. XXI. (IFC)
O nosso mercado 
2º maior mercado de jatos executivos e helicópteros
2º maior mercado de micro-ondas;
2º maior mercado de pisos e azulejos
3º de telefones celulares;
8º maior mercado de automóveis do mundo
2º de equipamentos de mergulho e alpinismo...
Nossa força Econômica
Se o Brasil quebrar...
O México quebra 30 minutos depois;
A Argentina quebra 15 depois;
O Chile quebra 05 minutos depois;
E o Paraguai...
O PIB brasileiro
Todo o PIB da Argentina... Equivale ao Interior do Estado de São Paulo
Todo o PIB do Chile... Equivale ao da Grande Campinas (Ernest & Young)
Todo o PIB do Uruguai... Equivale ao Bairro de Santo Amaro - SP
Exemplo do sucesso de um negócio. É uma característica de o brasileiro querer ter seu próprio negócio, ser patrão de si mesmo – o brasileiro é um empreendedor.
Veja o exemplo do “Cachorro Quente do Arnaldo de Londrina- PR”: 
25.000 cachorros quentes por mês
19.000 refrigerantes
10 funcionários
40 sanduíches ao mesmo tempo;
O sucesso de um negócio
Fatura R$ 37.500,00 por mês
R$ 450.000,00 por ano!
Só de Cachorro Quente!
Passaporte para o Sucesso
 Uma sociedade em desenvolvimento exige: rompimento, mudança e novidade em linguagem, conceitos e modos.
Inovações
É preciso inovar, Não dá para só copiar. É preciso criar uma nova empresa e reinventar o nosso setor.
O que o cliente quer? Cliente quer desconto e prazo.
As empresas? Empresas vencedoras não são aquelas que perguntaram o que seus clientes queriam; são aquelas que estão surpreendendo seus clientes com produtos e serviços fundamentalmente novos e diferentes. 
Qual o cliente que pediu?
Fax 	Telefone celular	McDonald’s		Relógio Digital Windows Post-it (3 M)	Walkman
Esses produtos surpreenderam os clientes com sua inovação e nunca foram pedidos; O Post it reinventou o recado! O Walkman reinventou o andar solitário; O Windows reinventou o computador. “ouvir o cliente é a maneira mais simples, barata e eficaz para você compreender o mercado”. Por isso a informação será o grande e único produto daqui pra frente! Mas o cliente só falará bem de sua empresa daquilo que o surpreender.
Ninguém dirá de uma Cia de aviação que os aviões decolam, voam e aterrissam. Ele falará do tapete vermelho, do café, do piano na sala de embarque, etc. Ninguém quando vai a Disney diz: “ Vi o Mickey “ , Dirá das coisas que não havia esperado ter visto na Disney, e assim por diante- todos verão o Mickey! É preciso desenvolver uma visão de marketing adequada à realidade deste início do século XXI. Concluindo, não basta “mudar”. É preciso: Reinventar as relações do comércio; reinventar as regras do mundo financeiro, reinventar o marketing!; Reinventar a empresa
Teoria Econômica I- Aula 01 
Seja no dia a dia, seja através dos jornais, rádio e televisão, deparamo-nos com inúmeras questões econômicas, como por exemplo:
Aumentos de preços
Períodos de crise econômica ou de crescimento.
Desemprego. 
Setores que crescem mais do que os outros
Diferença de renda entre as várias regiões do país
Taxa de juros
Elevação de impostos e tarifas públicas, entre outros...
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.
Conceito de Economia: A palavra economia deriva do grego Oikosnomos (oikos: casa, e nomos: lei) que significa a administração de uma casa, ou estado. Por definição: Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
PIRÂMIDE DE MASLOW
Necessidade de auto Realização
Necessidade de autoestima
Necessidades Sociais
Necessidades de Segurança
Necessidades Fisiológicas
Necessidade de auto Realização
Necessidade de autoestima
Necessidades Sociais
Necessidades de Segurança
Necessidades Fisiológicas
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objetivo do estudo da Ciência Econômica: Escolha, escassez, necessidades, recursos, produção, e distribuição. Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. 
Sistemas econômicos e Problemas econômicos fundamentais: são definidos como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade, buscando a melhoria de vida em comum .
Elementos básicos: Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção. São os recursos humanos ( trabalho e capacidade empresarial) 
O capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia ( Know-how).
Complexo de unidades de produção.
Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais. ( base da sociedade)
Os Sistemas econômicos podem ser classificados em: 
Sistema capitalista, ou economia de mercado, que é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Até o início do sec.XX, prevalecia nas economias ocidentais o Sistema de Economia Pura, onde não havia a intervenção do estado na atividade econômica. (Liberalismo).
A partir de 1930, passam a predominar as economias Mistas, onde ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do estado, tanto na alocação de recursos como na produção de bens e serviços, nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento e comunicação. (Brasil, Argentina, EUA, Zona do Euro).
Sistema socialista, ou economia centralizada, é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção. (Bens de capital, terra, bancos, matérias-primas) – ex: União soviética, Cuba, China. 
Problemas econômicos fundamentais:
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada às necessidades ilimitadas do homem originam-se os problemas fundamentais da economia como:
a) O que e quanto produzir: Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais produtos serão produzidos e em que quantidades. 
b) Como produzir: a sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores provoca os métodos mais eficientes e o menor custo de produção possível.
c) Para quem produzir: A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços produtivos, ou seja, da determinação dos salários, rendas da terra, e também como ela se transmite por herança. 
A Microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e as empresas, e suas inter-relações. 
A Macroeconomia estuda o funcionamentoda economia em conjunto. . Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, ao mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção ( CPP) é um conceito teórico com o qual se ilustra como a questão de escassez impõe um limite à capacidade de produtiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de produção.
Curva de possibilidades de produção ou curva de transformação:
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os recursos disponíveis estão empregados ( todos os trabalhadores que querem trabalhar estão empregados, não há capacidade ociosa de produção, etc.)
Suponhamos uma economia que só produza máquinas ( bens de capital) e alimentos ( bens de consumo) e que as alternativas de produção de ambos sejam as seguintes :
Alimentos toneladas
E
60
70
D
50
C
A
30
B
10
25
20
15
10
5
Máquinas (milhares)
Teoria Econômica I- Aula 02 
O problema econômico: a ESCASSEZ
Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados que em outros. Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes, enquanto em alguns países atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza.
As necessidades humanas são virtualmente ilimitadas e os recursos econômicos, limitados. A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade. Assim sendo, passa a ser um problema Universal, que afeta a todas as sociedades. 
Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, escassez e por serem transferíveis. Os bens livres – como, por exemplo, o ar – são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo mundo. Definição de BEM: é tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e a necessidades dos seres humanos.
Tipos de Bens: 
a) Segundo seu caráter:
a.1- Livres: São ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis. Ex: ar
a.2- Econômicos: São escassos em quantidade, dada sua procura e apropriáveis. É objeto de estudo da economia.
b) Segundo sua natureza:
b.1- De Capital: não atendem diretamente às necessidades. Ex: máquinas , equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das empresas.
b.2- De Consumo: destinam-se à satisfação direta das necessidades. Ex: roupas, celular, etc.
Os bens de consumo subdividem-se em:
b.1.1- Duráveis: geladeiras, fogões, automóveis
b.1.2- Não duráveis ou perecíveis: como os alimentos.
Os Bens ainda podem ser Privados (particular) ou Públicos (coletividade).
c) Segundo sua função, os bens podem ser: 
c.1 Intermediários: são aqueles que sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital. Ex: cimento.
c.2 Finais: Bens que já sofreram as transformações necessárias e estão pronto para o consumo final.ex: máquina fotográfica. 
Os Recursos ou fatores de produção:
Terra: é usado no sentido amplo: terra cultivável e urbana, recursos naturais como os minerais, etc.
Trabalho: Faculdades físicas e intelectuais do indivíduo.É o fator de produção básico.Os trabalhadores se servem de máquinas, matéria-prima, processos para a geração de bens de consumo.
O Capital: Compreende as edificações, as fábricas e os maquinários, a existência de meios utilizados no processo produtivo. Recebem essa denominação porque, nas economias capitalistas, o capital geralmente é de propriedade privada e especialmente dos “ capitalistas”. 
1.Capital físico ou Real:
1.1- Fixo: Máquinas, e prédios (dura vários ciclos de produção)
1.2- Circulante: Bens em processo de preparação para o consumo: matérias-primas e estoques.
2. Capital Humano: educação, formação profissional (que eleva a capacidade de produção) 
3. Capital financeiro: fundos disponíveis para a compra de capital físico os ativos financeiros como ações, cotas, etc. 
	Fator de Produção X
	Tipo de Remuneração 
	Capital 
	Salários 
	Capital Financeiro 
	Juros 
	Terra 
	Aluguel
	Tecnologia 
	Royaltys 
	Capacidade Empresarial
	Lucro 
A população: O fator produtivo Trabalho é a parte da população que desenvolve as tarefas produtivas.
População Economicamente ativa: 
1-Empregados no sentido estrito têm trabalho remunerado ainda que afastados por doença. (os ativos marginais que fazem trabalhos periódicos)
2-Desempregados que reúnem as condições físicas e mentais, mas não trabalham. 
População inativa: é aquela que somente consome: aposentados, estudantes, donas de casa, pessoas que não trabalham e não procuram emprego, incapacitados para o trabalho. 
Custo de Oportunidade:
Na vida somos forçados a escolher continuamente. Quando optamos por algo, temos de renunciar a outras coisas. Como os recursos disponíveis são escassos, somente se pode satisfazer uma necessidade se se deixa de satisfazer outra. Esse problema é enfrentado pelos governos, famílias e empresas. Os governos têm que decidir entre construir mais colégios ou comprar mais helicópteros para a polícia. As famílias entre uma nova lavadora ou brinquedos para os filhos. Do mesmo modo as fábricas que têm que decidir se compram máquinas novas ou investem em publicidade. Assim podemos definir: 
A transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir o bem B.
É a quantidade de outros bens ou serviços que se deve renunciar para obtê-lo.
Crescimento Econômico
Alimentos (ton)
Máquinas (milhares)
Fluxo Real da Economia
Fluxo Monetário da Economia
Fluxo Circular de Renda 
Teoria econômica I- Aula 03 
O Capitalismo Industrial e os Agentes Econômicos 
O Capitalismo Industrial 
O Capitalismo Industrial foi marcado por grandes transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. As maiores mudanças resultam do que se convencionou chamar REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, ocorrida após a segunda metade do séc XVIII. Um dos aspectos mais importantes foi a enorme potencialização da capacidade de transformação da natureza. Máquinas movidas a vapor, produzido pela queima de carvão, tornando acessível aos consumidores uma quantidade cada vez maior de produtos, o que multiplicava os lucros dos produtores. O comércio não era mais a essência do sistema- O Lucro – objeto central dessa nova fase do capitalismo. (produção em série de mercadorias). Foi Karl Max, um dos mais influentes pesadores alemães do século XIX, quem desvendou o mecanismo da exploração capitalista, que é a essência do lucro, chamando-o de MAIS-VALIA. 
Toda jornada de trabalho corresponde uma remuneração, que permitirá a subsistência do trabalhador. No entanto, o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe na forma de salário, e essa fatia de trabalho não paga é apropriada pelos donos das fábricas, das fazendas, das minas, etc. Dessa forma, todo produto ou serviço vendido traz embutido esse valor não transferido ao trabalhador, permitindo o acúmulo de lucro pelos capitalistas. Ex: De uma jornada de trabalho de 8 horas, 04 correspondem à Mais-Valia e as outras 04 ao salário, a taxa de exploração ou de mais-valia será igual a 100% de cada hora trabalhada, trinta minutos serão utilizados para criar parte do valor correspondente ao da força de trabalho e os trinta restantes serão apropriados gratuitamente pelo capitalista. ( proprietário)
Resultado idêntico pode ser obtido com o aumento da intensidade do trabalho: é como se uma jornada de 10 ou 12 horas fosse condensada em uma de 8 horas de trabalho. 
O trabalho assalariado é uma relação tipicamente capitalista, pois se dissemina à medida que o capital começa a ser reproduzido, provocando uma crescente necessidade de expansão dos mercados consumidores. O trabalhador assalariado,além de apresentar maior produtividade , tem renda disponível para o consumo . Assim, a escravidão, uma relação de trabalho típica da fase comercial do capitalismo, foi extinta quando o trabalho assalariado passou a predominar. Com o aumento da produção industrial, a partir de meados do sec. XIX mais e mais fábricas se instalaram. 
Estas fábricas precisavam cada vez mais de matérias-primas, de energia, de mão-de-obra e de mercados para seus produtos. A industrialização não se restringia somente à Inglaterra, expandindo-se para Bélgica, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão. 
Os agentes Econômicos
A atividade econômica concretiza-se na produção de ampla gama de bens e serviços, cujo destino último é a satisfação das necessidades humanas (Maslow) . As atividades produtivas numa sociedade contemporânea realizam-se por meio de numerosas Unidades de produção ou empresas, cada uma das quais emprega trabalho, capital e recursos naturais, procurando obter bens e serviços. 
Por meio das unidades de produção se faz possível o fenômeno da divisão do trabalho. A organização dos fatores produtivos (terra, capital e trabalho) dentro das empresas, assim como a direção de suas atividades , recai sobre pessoas ou grupos de caráter privado ou público. Na economia, os diversos papéis que desempenham os agentes econômicos podem ser agrupados em 03 setores:
O Setor Primário: abrange as atividades que se realizam próximas às bases dos recursos naturais, isto é, as atividades agrícolas, pesqueiras, pecuárias e extrativas. 
O setor secundário: inclui as atividades industriais, mediante as quais são transformados os bens. (indústria e construção)
O Setor Terciário ou de serviços que reúne as atividades direcionadas a satisfazer necessidades de serviços produtivos que não se transformam em algo material . (ensino, serviços médicos, profissionais liberais, comércio, transportes, bancos).
As empresas: Nas sociedades modernas, as empresas produzem e oferecem praticamente a totalidade dos bens e serviços, como o pão, os automóveis, os sapatos, as agências de turismo, entre outros. A EMPRESA É A UNIDADE DE PRODUÇÃO BÁSICA. CONTRATA TRABALHO E COMPRA FATORES COM O FIM DE FAZER E VENDER BENS E SERVIÇOS. 
Nas sociedades primitivas, contudo, a produção era individual e artesanal. Hoje, as empresas são as maiores responsáveis pela produção, já que só elas são capazes de obter as vantagens de produção em massa. Somente as empresas podem reunir grandes quantidades de recursos financeiros e físicos necessários para construir as instalações e os equipamentos que a atualidade exige. ( fábrica de automóveis – 250.000 p/ ano)
Tipos de Empresas segundo sua Natureza jurídica: 
Individual: Trata-se de empresas que pertencem a um só indivíduo e são dirigidas por ele.
Social: a propriedade não corresponde a um só indivíduo 
As empresas sociais subdividem-se em :
Limitadas: Firma
Deverá ser composta segundo uma das formas abaixo:
a) pelos sobrenomes de todos os sócios, acrescidos da expressão Limitada ou Ltda.
Ex: sócios: João da Silva, José de Souza e Maria Fernandes.
Razão social será: Silva, Souza e Fernandes Ltda.
b) pelo sobrenome de um ou de alguns dos sócios, acrescidos da expressão & Companhia Limitada, por extenso ou abreviadamente.
Ex: sócios: João da Silva, José de Souza e Maria Fernandes.
Razão social poderá ser: Silva & Cia. Ltda ou Silva, Souza & Cia. Ltda ou
Souza e Fernandes Ltda.
 ( novo código civil ) 
Sociedades Anônimas ou S.As :
É a sigla utilizada geralmente por empresas que possuem seus títulos a venda nas bolsas de valores, não havendo "necessariamente" um limite, onde também não necessariamente os associados se conhecem, Valores: A propriedade é dos Acionistas e a direção é exercida pelo Conselho administrativo.
Cooperativas: As sociedades cooperativas são associações criadas para satisfazer as necessidades comuns dos associados criadas a satisfazer as necessidades comuns dos associados que compartilham de iguais riscos e benefícios. Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante. 
As micro empresas no Brasil 
O que é o Simples? 
O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei no 9.317, de 1996, e alterações posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta.
Microempresas
O que se considera como microempresa (ME) para efeito do Simples? Considera-se ME, para efeito do Simples, a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).
O que se considera como empresa de pequeno porte (EPP) para efeito do Simples? 
Considera-se EPP, para efeito do Simples, a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
Quais os benefícios concedidos à pessoa jurídica que optar por se inscrever no Simples? 
A pessoa jurídica que optar por se inscrever no Simples terá os seguintes benefícios: 
tributação com alíquotas mais favorecidas e progressivas, de acordo com a receita bruta auferida; 
recolhimento unificado e centralizado de impostos e contribuições federais, com a utilização de um único DARF (DARF-Simples), podendo, inclusive, incluir impostos estaduais e municipais, quando existirem convênios firmados com essa finalidade; 
cálculo simplificado do valor a ser recolhido, apurado com base na aplicação de alíquotas unificadas e progressivas, fixadas em lei, incidentes sobre uma única base, a receita bruta mensal; 
O Simples abrange o recolhimento unificado de quais tributos e contribuições? 
A inscrição no Simples implica pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições; 
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/Pasep; 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins); 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
Contribuições para a Seguridade Social, (INPS)
Fonte: Portal Minst. Fazenda – Receita Federal 
M. E. – Empreendedor Individual 
Para o E.I. – Empreendedor individual. O único custo para a formalização é o pagamento mensal de R$ 31,10 (INSS), R$ 5,00 (prestadores de serviço) e R$ 1,00 (comércio e indústria) que é feito por meio de carnê emitido exclusivamente no Portal do Empreendedor. O EI só poderá ter um empregado, que deverá ter retido o valor de 8% sobre um salário mínimo (ou piso salarial de categoria profissional) a título de contribuição previdenciária própria e o empresário complementará com outros 3%.
Valor de faturamento anual máximo de : R$ 60.000,00 (sessenta mil reais)
Empreendedor Individual
Após a formalização o empreendedor terá de fazer, anualmente, uma única Declaração de faturamento, também de forma fácil e simples através da Internet. Esta ausência de burocracia para se manter formal através de uma única declaraçãopor ano sobre o seu faturamento, deverá ser controlada mês a mês para ao final do ano estar devidamente organizado.
Toda atividade comercial, industrial ou de serviço precisa de autorização da Prefeitura para ser exercida. Para o empreendedor Individual essa autorização (licença ou alvará) será concedida de graça, sem o pagamento de qualquer taxa, o mesmo acontecendo para o registro na Junta Comercial. Na formalização e durante o primeiro ano como Empreendedor Individual, haverá uma rede de empresas contábeis que irão prestar assessoria de graça, como forma de incentivar e melhorar as condições de negócio do País.
(fonte SEBRAE e Ministério de Fazenda)
Teoria econômica I- Aula 04
Análise Microeconômica
A Microeconomia analisa a formação dos preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda (ou procura) na formação dos preços do mercado. Isto É : O preço será obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um determinado bem. Do ponto de vista da empresa o preço de venda leva em conta os custos de produção com uma visão contábil; enquanto na Microeconomia prevalece a visão de mercado. 
Os consumidores são aqueles que se dirigem ao mercado com o intuito de adquirir um conjunto de bens ou serviços que lhes maximize sua função de utilidade. Deve-se registrar que o código de Defesa do consumidor brasileiro considera o consumidor como hipossuficiente, uma vez que entre consumidor e fornecedor existe um desequilíbrio que favorece o segundo. 
A conceituação de empresa, entretanto, possui duas visões: a econômica e a Jurídica. Do ponto de vista econômico, empresa ou estabelecimento comercial é a combinação, pelo empresário, dos fatores de produção: capital, trabalho, terra e tecnologia, de tais modos organizados para se obter o maior volume possível de produção ou de serviços ao menor custo. 
Pressupostos Básicos
A Hipótese coeteris paribus. A Microeconomia se vale da Hipótese de que “tudo o mais permanece constante” (do latim: coeteris paribus ) O foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a OFERTA e DEMANDA nele exercem, considerando que as demais variáveis interfiram muito pouco, ou quase nada. 
Análise Microeconômica
Ex: a quantidade demandada de um bem é inversamente proporcional com seu preço, coeteris paribus. ( renda, m.o.; etc). O consumo nacional depende diretamente da renda nacional. As importações e exportações dependem da taxa de câmbio. 
A Análise da Demanda:
A teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço divide-se em Teoria do Consumidor ( demanda individual ) e teoria da Demanda de Mercado. 
Demanda, Oferta e equilíbrio de Mercado
Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é uma qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. 
A Teoria do Valor-Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma pela sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. (que ela nasce da relação homem com seus objetos – portanto subjetivamente) 
Já a teoria do Valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, através dos custos do trabalho incorporados ao bem, dependendo inclusive do tempo produtivo que é incorporado a esse bem onde os custos de produção eram representados basicamente pelo fator mão-de-obra, em que a terra era praticamente gratuita e abundante e o capital pouco significativo (uma teoria objetiva: depende de custos). 
Pode-se dizer que a Teoria do Valor-utilidade veio complementar a Teoria do Valor –Trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos de m.o sem considerar o lado da demanda ( padrão de gastos, hábitos, renda, etc. )
Demanda de mercado
Conceito: A demanda ou Procura é definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem, o preço dos outros bens, a renda e as preferências do consumidor (coeteris paribus)
Relação entre quantidade procurada e preço do bem – A lei Geral da Demanda. A quantidade procurada é inversamente proporcional ao preço do bem (coeteris paribus). Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva de procura ou função de demanda. (vide exemplo gráfico) 
Teoria econômica I- Aula 05
Oferta de Mercado
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências e da tecnologia. Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris Paribus. É a chamada Lei Geral da Oferta. (vide gráfico)
Matematicamente, a função ou equação da oferta é dada pela expressão: 
Qº = f(p)
Onde Qº é a quantidade ofertada de um bem ou serviço no período de tempo, e p é o preço do bem ou serviço.
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se deve ao fato de que, coeteris paribus, um aumento do preço no mercado estimula as empresas a produzirem mais, aumentando sua receita. Outra forma de leitura: os custos de produção aumentarão e a empresa deverá elevar seus preços para continuar produzindo o mesmo que antes. 
Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção ( matérias-primas, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresa no mercado. Parece claro que a relação entre a oferta e o custo dos fatores de produção seja inversamente proporcional. Por exemplo:
O AUMENTO DE SALÁRIOS OU DO CUSTO DAS MATÉRIAS-PRIMAS DEVE PROVOCAR COETERIS PARIBUS, UMA RETRAÇÃO DA OFERTA DO PRODUTO. A RELAÇÃO ENTRE A OFERTA E UMA MELHORIA DE TECNOLOGIA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL.
Como no caso da demanda, devemos distinguir entre a oferta e a quantidade ofertada de um bem, A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada diz respeito a um ponto específico da curva de oferta. Assim, um aumento no preço do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, coeteris paribus (diretamente proporcional)-movimento “na curva”. 
Uma alteração nas outras variáveis (como nos custos de produção ou de melhoria do nível tecnológico) desloca a oferta (movimento da curva) 
Exemplo: Um aumento no custo das matérias-primas provoca uma queda na oferta: mantido o mesmo preço P (coeteris paribus), as empresas são obrigadas a diminuir a produção. 
Lei da oferta e da Procura: tendência ao equilíbrio.
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Teoria econômica I- Aula 06
Microeconomia- Equilíbrio de Mercado
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Na Intersecção das curvas de Oferta e Demanda ( ponto E) teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações dos consumidores e dos produtores simultaneamente. 
Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E (A, por exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formam-se filas, o que forçará a elevação dos preços, atéatingir o ponto de equilíbrio (acabando c/ filas). Equilíbrio de Mercado
Analogamente, se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E (B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio.
Como se observa , quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário – sem filas e sem estoques não desejados pelas empresas. 
Desse modo, se não há obstáculos para a livre movimentação dos preços, ou seja, se o sistema é de concorrência pura ou perfeita, será observado essa tendência natural de preços e quantidades atingirem um determinado nível desejado tanto pelos consumidores quanto pelos ofertantes. Para que isso ocorra, é necessário que não haja interferência nem do governo nem de forças oligopolicas, que normalmente impedem quedas de preços e serviços. 
Sábado Letivo- Direito
História Econômica – texto por Luiz Henrique Mourão Machado
Nós podemos definir a palavra economia, como as necessidades individuais ou sociais, utilizando para isso recursos naturais limitados. Desde que surgiu o ser humano no planeta, iniciou-se a atividade econômica.
As sociedades históricas ou pré-históricas usavam como base a atividade econômica, porque os recursos naturais foram sempre menores do que a demanda. O homem evoluiu lentamente, começou a fazer instrumentos que facilitavam o dia-a-dia, vivendo da colheita, caça, pesca.
Há sete mil anos antes de cristo o homem começou a cultivar plantas, e criar animais, a qualidade de vida melhorou, e iniciou-se a revolução neolítica, daí então surgiram os grandes núcleos populacionais e foram formadas civilizações nas terras da mesopotâmia e rios Nilo e Indo. Com o passar do tempo, a fabricação de instrumentos de trabalho utilizando metais como o ferro, cobre e bronze, deu origem a mudanças na estrutura das sociedades, sendo assim os membros das comunidades humanas se dedicaram à agricultura.
Com a "revolução industrial", iniciada na Grã-Bretanha no século XVIII, houve significativas mudanças nas estruturas econômicas no mundo todo, até então a mão de obra que era voltada para a produção de alimentos foi direcionada para outras atividades.
Com a invenção das maquinas produzia-se mais, os moleiros e artesões usaram a energia do vento, e as quedas d'água, mais tarde a maquina a vapor, tudo isso contribuiu para aumentar a produção, mas não parou, porque a competitividade exigia do homem novas técnicas que reduziam a mão de obra e aumentava a produtividade. A história nos mostra que a ciência econômica esta relacionada com o capitalismo.
Essa visão da economia como a ciência da escassez foi criticada internamente pelo economista austríaco Joseph Schumpeter, já no início do século XX, em seu livro Teoria do Desenvolvimento Econômico. Após explicar a visão convencional de economia, sua beleza temporal e logicamente coerente, Schumpeter introduz dois conceitos que revolucionarão a visão corrente de economia. O primeiro é a noção de concorrência.
Agindo no interior dos mercados e impulsionando mudanças na organização das firmas, na estrutura produtiva, na tecnologia e em todos os outros aspectos relevantes aí, a concorrência tem uma força de destruição e de criação de todos os aspectos essenciais nas firmas e nos mercados, sejam produtivos, sejam de consumo. Mais tarde, em Capitalismo, Socialismo e Democracia, o autor denomina esse processo de “destruição criadora” e alerta para o fato de que o importante é perceber como o capitalismo cria e destrói suas estruturas e não como as mantém ao longo do tempo.
Outro aspecto importante desse último livro é a percepção, tal qual já feita no pensamento de Marx que o antecede, de que a racionalidade capitalista penetra em outras áreas da vida humana. Nesse sentido, as relações amorosas começam a se pautar por uma lógica de lucro e de vantagem, os filhos são escolhidos em função das atividades produtivas ou outras de cada membro do casal, ao mesmo tempo em que as grandes corporações destroem o mito heroico dos grandes empresários, tão bem protagonizado por John Ford. Isso cria uma tendência à mudança social e política, dando outros aspectos de cunho histórico ao capitalismo.
Mas o capitalismo tem uma força histórica, graças, também, a um elemento ausente nas formulações convencionais, que é o poder das grandes finanças. Naquelas formulações, a moeda tinha um caráter essencialmente neutro, servindo como uma roupagem para atos econômicos que não tinham origem no próprio dinheiro. Com Schumpeter isso muda, pois ele confere um papel de destaque ao crédito criado pelos bancos e fornecido às grandes empresas, quando estas possuem aqueles elementos que estão por trás de todos os processos de destruição criadora. Esse papel inovador do dinheiro antecipa concepções acerca do dinheiro que só serão mais claramente percebidas. 
Com a Teoria Geral do Emprego, de Keynes. As concepções de Schumpeter deram origem, a partir dos anos 1980, a um forte movimento de renovação do pensamento econômico, a saber, as escolas neo-schumpeterianas e evolucionistas, da mesma forma como o pensamento keynesiano se bifurcou rumo à escola clássica ou rumo ao pós-keynesianismo. (...)
Após a leitura do texto, assinale a alternativa correta em cada uma das questões abaixo relacionadas: 
Segundo o texto, qual era a visão de Schumpeter sobre o capitalismo?
Estrutura produtiva
Um novo modelo de escassez
Processo de “destruição criadora” 
Modelo econômico que predomina a concorrência
Qual é a força histórica do Capitalismo? 
 Poder das grandes finanças
 Produção em série
 Mudança social e política
 Divisão da sociedade em classes
Teoria econômica I- Aula 07
Equilíbrio de Mercado 
O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico, quando fixa impostos e subsídios, estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamentos ou, ainda, congelamento de preços e salários. 
É interessante observar o enfoque microeconômico da tributação, que ressalta a questão da incidência do tributo, ou seja, é sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não quer dizer que é ela quem efetivamente o paga. 
Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria:
Impostos indiretos: São aqueles que incidem sobre o consumo ou sobre as vendas. Ex: Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMs), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
Impostos diretos: são impostos que incidem sobre a renda. Ex: Imposto de renda (IR) 
Imposto específico: Recai sobre a unidade vendida. Ex: para cada unidade de carro vendido, recolhe-se, a título de imposto, R$ 5.000,00 ao governo ( esse valor é fixo e independe do valor da mercadoria) 
Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor da venda. Ex: supondo a alíquota do IPI sobre automóveis de 10%, se o valor do automóvel for de R$ 50.000,00, o valor do IPI será de R$ 5.000,00; se o valor aumentar para R$ 60.000,00, o IPI será de R$ 6.000,00, ficando inalterada a alíquota de 10%.
No Brasil, há poucos impostos específicos, sendo que a grande totalidade são impostos do tipo ad valorem que incidem sobre o consumo. No ato do recolhimento, um aumento de impostos representa um aumento de custos de produção para a empresa. Se ela quiser continuar vendendo as mesmas quantidades anteriores, terá de elevar o preço de seu produto, ou seja, procurará repassar o imposto para o consumidor final. Caso contrário terá que reduzir seu volume de produção. O produtor procurará repassar a totalidade do imposto ao consumidor. Caso contrário, terá de reduzir seu volume de produção. 
O produtor procurará repassar a totalidade do imposto ao consumidor, entretanto, a margem de manobra de repassá-lodependerá da grua de sensibilidade deste a alteração de preço do bem. E essa sensibilidade ( ou elasticidade ) dependerá do tipo de mercado. Quanto mais competitivo o mercado, maior a parcela paga pelo produtor, pois não poderão embutir os tributos nos produtos.
Em contrapartida, quanto mais concentrado o mercado ( com menos empresas produzindo ) , maiores serão os repasses de tributos aos consumidores finais. 
Política de preço mínimo
Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola, com o propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e consequentemente da renda agrícola. O governo, antes do plantio, garante um preço que ele pagará após a colheita do produto. 
Se os preços de mercado forem superiores aos preços mínimos, o agricultor venderá seus produtos ao mercado. Caso, contrário (preços mínimos maiores que os do mercado), o produtor preferencialmente os venderá ao governo. (preço mínimo acima do preço de equilíbrio, teremos excedente de produção – o governo compra e forma estoques reguladores). 
Do gráfico o governo tem 02 alternativas:
a) comprar o excedente (Q – Q’) ao preço mínimo – política de compras c/ estoques.
b) pagar subsídios no preço (pol. Subs.), ou seja: o governo deixa os produtores colorarem no mercado toda a produção Q’ o que provocará uma grande queda no preço pago pelos consumidores (p cons.), os produtores recebem o p min. E o governo banca a diferença (p mim – p cons._).
Tabelamento
Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário, como já foi adotado no Brasil nos planos cruzado, Bresser, etc., aplicando o congelamento de salários e preços. 
Teoria econômica I- Aula 08
Mercados 
Mercado é o local onde as pessoas vendem e compram bens ou serviços. Pode ser um local físico, como o Mercado Municipal, por exemplo. Ou pode ser uma região ou zona, como a Zona Franca ou o mercado Paulista, por exemplo. A palavra mercado pode ainda ser utilizada para definir um tipo específico de consumidor ou de fornecedor, independentemente de local físico, como o mercado de automóveis, mercado de ações, mercado imobiliário ou de trabalho. 
No fundo, o mercado representa um conjunto de transações, havendo de um lado a oferta – isto é, as pessoas ou empresas que desejam vender bens ou serviços – e, de outro, a procura – isto é, as pessoas ou empresas que desejam comprar bens ou serviços. Nem sempre a oferta e a procura são equivalentes ou equilibradas. Uma delas pode ser maior que a outra. Assim, o mercado é de oferta quando os ofertantes dispõem de produtos e serviços em quantidade maior do que a sua procura pelos compradores ou consumidores. Por outro lado, o mercado é de procura quando os consumidores ou compradores querem comprar mais do que existe em termos de oferta e disponibilidade. 
O mercado é a arena de operações da empresa. É onde se travam as batalhas não só para conquistar o cliente disputado entre vários concorrentes, mas também para descobrir as necessidades do cliente, a fim de desenhar e projetar mercadorias e serviços adequados a essas necessidades, fazendo com que ele escolha o seu produto ou serviço e não o dos concorrentes. Isto significa fazer a empresa voltar para o mercado e para o cliente, bem como para a competição. Assim, existe mercado em toda situação em que haja compra e venda de alguma coisa, seja essa real ou potencial. Quando se dispõe a abrir um negócio, o empreendedor passa a atuar no mercado, no lado da oferta de bens ou serviços. Nesse novo papel de empreendedor, você precisa estar bem atento aos diversos componentes do mercado que serão críticos para o seu sucesso futuro. É no mercado consumidor que estão os clientes para quem você produz e vende mercadorias ou presta seus serviços. 
Existem três tipos de mercados mais importantes a considerar, são eles:
A) MERCADO CONSUMIDOR
B) MERCADO FORNECEDOR 
C) MERCADO CONCORRENTE
Mercado consumidor: é o conjunto de pessoas ou organizações que procuram bens ou serviços que uma empresa vende para satisfazer suas necessidades. 
É no Mercado fornecedor que estão as empresas que oferecem equipamentos, matérias-primas, materiais, embalagens, etc. de que você necessita para produzir ou vender mercadorias ou prestar os serviços pretendidos. É o conjunto de pessoas ou organizações que suprem a sua empresa de insumos e serviços necessários ao seu funcionamento
É no Mercado concorrente que estão as demais empresas que produzem e vendem mercadorias ou prestam serviços idênticos ou similares aos que você pretende oferecer. Como o mercado é muito complexo, enorme e altamente diferenciado, você precisa estudá-lo ou pesquisá-lo para melhor trabalhar nele. 
O estudo de mercado, ou pesquisa de mercado, é o levantamento e a investi- gação dos fenômenos que ocorrem no processo de trocas e de intercâmbios de mercadorias do produtor ao consumidor. Representa a coleta de informações úteis para que se possa conhecer o mercado, seja para comprar matérias-primas ou mercadorias, seja para vender produtos ou serviços. 
Para compra, a empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado de fornecedores, a fim de conhecê-los melhor e escolher os fornecedores mais adequados em função do preço, qualidade e condições de pagamentos. A pesquisa de mercado de fornecedores indica quais são os fornecedores atuais e potenciais da empresa, onde estão localizados, os produtos e serviços com melhores preços e condições de pagamento.
Para vender a empresa precisa fazer uma pesquisa de mercado consumidores, a fim de saber onde estão localizados, onde e como compram , suas preferências e hábitos de consumo, para adequar suas operações e conquistar os clientes. Em outros termos, responde à seguinte pergunta: para quem você vai produzir ou vender mercadorias ou prestar serviços? 
A melhor pesquisa de mercado de consumidores é aquela feita face a face com cada cliente que é atendido pela empresa. Porém, é importante pesquisar o cliente potencial – aquele que ainda não comprou nada da empresa – e saber por que ainda não o fez. Esses motivos precisam ser descobertos e transformados em atrativos de vendas. 
O estudo de mercados é feito mediante informações através de questionários, informações dos próprios consumidores ou fornecedores de forma direta. Ou de forma indireta, através de informações dos anuários do IBGE, dados estatísticos de prefeituras, órgãos públicos do estado, entre outros. Quanto maior o estudo e pesquisa de mercado, mais informações a empresa consegue a respeito de seu mercado, melhor é seu desempenho em relação aos concorrentes que disputam os mesmos fornecedores e os mesmos consumidores e menor é a incerteza da empresa com relação ao complexo mundo que o cerca.
Teoria econômica I- Aula 09
O Mercado e a Concorrência
A concorrência está associada, normalmente, à idéia de rivalidade ou oposição entre dois ou mais sujeitos para conseguir um objetivo, como a utilidade pessoal ou a ambição econômica privada.
Em economia, essa concepção foi complementada por outra que considera a concorrência como um mecanismo da organização dos mercados, ou seja: Como uma forma de determinar os preços e as quantidades de equilíbrio.A concorrência é uma forma de organizar os mercados que permite determinar os preços e as quantidades de equilíbrio. 
O critério mais frequentemente utilizado para classificar os diferentes tipos de mercados é o que faz referência ao número de participantes dele. A concorrência existente entre um grande número de vendedores (concorrência perfeita) será diferente da que gera um mercado onde concorre um número reduzido de vendedores (oligopólio). Como caso extremo, onde a concorrência é inexistente, destaca-se aquele mercado controlado por um só produtor (monopólio). 
Em qualquer dessas situações, cabe aos produtores compartilhar o mercadocom grande número de compradores, com poucos ou com um só; normalmente supõe-se que o seu número seja elevado, como faremos.
Os mercados em concorrência imperfeita são aqueles nos quais o produtos ou produtores são suficientemente grandes para ter efeitos notáveis sobre o preço. 
A diferença fundamental entre os mercados em concorrência perfeita e os em concorrência imperfeita é que, as empresas ofertantes têm capacidade de controlar o preço. 
Nos mercados em concorrência imperfeita, não se aceita o preço como um dado exógeno (determinado fora do mercado), e sim na intervenção ativa dos ofertantes na sua determinação. Dentro desse tipo de mercado, destacam-se o MONOPÓLIO e o OLIGOPÓLIO. Em geral pode-se afirmar que quanto mais elevado é o número de participantes, mais competitivo será o mercado. 
A concorrência Perfeita
A concorrência perfeita é uma representação idealizada dos mercados de bens e serviços. Nesse mercado, a interação da oferta e demanda determina o preço. Um mercado em concorrência perfeita é aquele no qual existem muitos compradores e muitos vendedores, de forma que nenhum comprador ou vendedor individual exerce influência sobre o preço. 
Para que esse processo ocorra de maneira correta, a criação formal dos mercados perfeitamente competitivos requer que se cumpram as quatro condições seguintes:
1- Homogeneidade do produto. Supõe que não existe diferença entre o produto que vende um ofertante e o que vende os demais. 
2- Existência de elevado número de ofertantes e demandantes. Implica que a decisão individual de cada um deles exercerá pouca influência sobre o mercado global. Assim, se um produtor individual decide aumentar ou reduzir a quantidade produzida, esta decisão não influi sobre o preço de mercado do bem que produz. 
3- Transparência do mercado. Requer que todos os participantes tenham pleno conhecimento das condições gerais em que opera o mercado. 
4- Liberdade de entrada e saída de empresas: Todas as empresas participantes poderão entrar e sair do mercado de forma imediata. Assim, por exemplo, se uma empresa está produzindo calçados esportivos e não obtém lucros, abandonará esta atividade e começará a produzir outros bens mais lucrativos. 
Quando se cumprem simultaneamente todas as condições anteriores, dir-se-á que é um mercado de concorrência perfeita, cuja essência não está na rivalidade nem na dispersão da capacidade de controle que os agentes econômicos podem exercer sobre a marcha do mercado. Isto se deve ao fato de que quanto mais repartido o poder de influir nas condições do mercado, menos eficazes serão aquelas ações discricionárias que objetivam manipular a quantidade disponível de produtos e preços do mercado. 
Ainda que as restrições citadas sejam muito restritivas e poucos os produtos sujeitos a esses mercados, o modelo de concorrência perfeita é útil não só porque é aplicável a certos produtos agropecuários, mas também porque muitos outros mercados se aproximam desse modelo, de forma que as predições derivadas dele têm amplas aplicações. 
Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no número de empresas), os preços tenderão a cair e por consequência os lucros também, até chegar à situação de lucros normais, acabando com os novos entrantes. (hortifrutigranjeiros)
Teoria econômica I- Aula 10 
Concorrência Imperfeita- Estrutura de Mercados
Identificando a concorrência perfeita:
Grande número de compradores e vendedores atuando isoladamente, que se comparando ao tamanho do mercado, não consegue influenciar nos preços.
Produtos substitutos, homogêneos, perfeitos entre si. O concorrente colocará o preço de seu produto igual ao do concorrente. (os consumidores não estão dispostos a pagar mais).
Entrada e saída de empresas sem barreiras legais ou econômicas. 
Quando se processa dentro do respeito às regras jurídicas e aos direitos do consumidor, a concorrência é positiva porque promove a qualidade do produto e às vezes influi na baixa dos preços. A concorrência entre os produtores de bens ou prestadores de serviços tanto pode estimular o aperfeiçoamento tecnológico e a produtividade, quanto influir positivamente sobre o custo de vida da sociedade. 
Entendendo as estruturas Clássicas:
Concorrência Monopolista ou Imperfeita (MONOPÓLIO):
Em linhas gerais, monopólio significa ausência de concorrência e existências de um único fornecedor. No Monopólio, o fornecedor de produtos pode impor qualquer preço a suas mercadorias ficando, entretanto, sujeito ao nível de vendas dele decorrente.
O monopolista fixa o preço que lhe dá maior lucro tendo em vista a relação entre custo e produção. Ao reduzir a produção, o monopolista pode aumentar o preço já que é o único fornecedor. Se o monopolista não teme a entrada de nenhum concorrente, optará pelo preço que maximize o lucro puxando-o para cima. O monopolista pode ser o “dono do mercado” optando por fixar um preço desestimulador para a entrada de novos concorrentes. Por essa e outras razões, os monopólios não são muito bem vistos por grande parte dos consumidores. Ex: Serviço médico-hospitalar particular de nossa cidade e região. A Petrobrás antes do governo COLLOR (exploração do petróleo). 
Oligopólios: Combinam as características do monopólio e da concorrência. Nos oligopólios há poucos fornecedores e cada um detém uma parcela grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir. Por exemplo, se um fornecedor reduzir o preço abaixo do nível do mercado, ele atraí os clientes dos concorrentes. Se os poucos concorrentes baixarem os preços na mesma proporção, de modo que nenhum deles fique em vantagem em relação aos demais, provavelmente o nível geral de lucro se reduzirá. Por isso, numa oligarquia às vezes acontece dos fornecedores fazerem “acordos de cavalheiros” (cartel) e fixarem os mesmos como se fossem um monopólio. 
Para acontecer o oligopólio são necessários os seguintes elementos:
a) Existência de poucas firmas (duas, três, doze ou mais, dependendo da natureza do mercado). Mas o número deve ser pequeno, lembrando que existe uma interdependência econômica, ou seja: a decisão de um vendedor influi no comportamento econômico dos outros. 
b) produto homogêneo ou diferenciado. Quando o oligopólio oferece produtos homogêneos (substitutos perfeitos entre si) ele é considerado Oligopólio “Puro” (cimento, aço, etc.). Caso contrário será considerado Oligopólio diferenciado (indústria automobilística e de fumo) concorre com base na qualidade, design do produto, serviço ao cliente, propaganda.
c) Presença de barreiras para entrada de novas firmas. É exercida com o controle de matérias-primas, registro de patentes, etc. Ex: Indústria de refrigerantes e cervejas no Brasil (AMBEV). Produtores de álcool combustível. Serviços de telefonia
Obs. Importante: O que é o CADE? Conselho Administrativo de Defesa Econômica, criado em 1.962 e em 1.994 transformado em autarquia vinculada ao Ministério da Justiça- Lei 8.884/94.
Qual o papel do CADE: Corresponde basicamente á análise dos atos de concentração, ou fusões, incorporações e associações de qualquer natureza. Tem a finalidade de orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico. Caso um negócio seja danoso à concorrência, o CADE tem o poder de impor obrigações severas aos envolvidos. 
Temos ainda o Monopsônio que é uma estrutura de mercado caracterizada pela existência de muitos vendedores e um único comprador. Prevalece especialmente no mercado de trabalho. Ex: uma grande empresa se instala numa cidade do interior e, por ser única, torna-se demandante da mão-de-obra local. ( caso contrário precisam sair da cidade) 
Oligopsônio: Estrutura de mercado caracterizada pela existência de poucos compradores, que dominam o mercado, para muitos vendedores. Ex: o setorautomobilístico comprando das inúmeras firmas de autopeças. 
OS MERCADOS E A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 
O MODELO DE MICHAEL PORTER- OS CAMINHOS
Michael Porter indica dois caminhos para a análise do ambiente:
1º Análise da Indústria – modelo das 05 forças: bens substitutos, novos entrantes, poder dos clientes em negociar, poder dos fornecedores em negociar e o poder dos concorrentes atuais (internos).
2º Vantagem Competitiva – Estratégicas específicas que podem ser: o baixo custo e o diferencial.
Fluxo econômico
Fluxo Real da Economia
Mercados de Bens e Serviços
famílias
Empresas
Mercados de fatores de produção
demanda
oferta
demanda
oferta
Fluxo Monetário
Fluxo Monetário da Economia
famílias
Empresas
Pagamento dos bens e serviços
Remuneração dos fatores de produção
Fluxo Circular de Renda
........ Fluxo monetário
_______ Fluxo de Bens e serviços
Famílias
Empresas
Mercado de bens e serviços
Mercado de fatores de Produção
O que e quanto produzir
Como produzir
Para quem produzir
Demanda de bens e serviços
Oferta de serviços dos fatores de produção
Oferta de bens e serviços
Demanda de serviços dos fatores de produção

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