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Página 1 de 4 GRUPO SER EDUCACIONAL GRADUAÇÃO EAD GABARITO FINAL - 2017.2B 06/01/2018 1. “Grice, diferentemente de Austin, diz que a linguagem é um instrumento para o locutor comunicar ao seu destinatário suas intenções e é nessas intenções que está embutido o sentido.” (SIMÕES, 2017). O que Grice concebe como sujeito a partir da ideia de intencionalidade? a) Um sujeito psicológico, social e consciente. b) Um sujeito psicológico, individual e inconsciente. c) Um sujeito psicológico, individual e consciente. d) Um sujeito psicológico. e) Um sujeito consciente. Alternativa correta: Letra C. Identificação do conteúdo: Pragmática: sentido literal e intencionalidade. possíveis abordagens de estudos linguísticos. Unidade 1, pág. 33. Comentário: Para que as máximas conversacionais sejam contempladas é necessário que o sujeito, em Grice, parta dos 3 aspectos: psicológico, individual e consciente. 2. “[...] Sob as categorias de quantidade, qualidade, relação e modo, Grice formula as máximas e estabelece as implicaturas conversacionais, geradas quando há violação das regras.” (SIMÕES, 2017). Portanto, as categorias de quantidade, qualidade, relação e modo descrevem a) as implicaturas que impedem a violação das regras. b) a existência de um sentido figurado, intimamente relacionado ao significado convencional. c) um sentido literal de acordo com as máximas estabelecidas, considerando a informação dada. d) um conjunto de raciocínios que o ouvinte faria, para deduzir, concluir ou interpretar o sentido do que o locutor disse. e) o que a informação literal diz num determinado discurso estabelecido pelas máximas, guiando para os sentidos possíveis. Alternativa correta: letra D. Identificação do conteúdo: Pragmática: sentido literal e intencionalidade possíveis abordagens de estudos linguísticos Unidade 1, pág. 33. Comentário: O ouvinte procura o sentido de acordo com as máximas estabelecidas por Grice. 3. A relação entre sentido e história ajuda no entendimento da teoria do discurso já que estuda a língua como efeito de sentido a partir de conceitos filosóficos que relacionam a língua a acontecimentos sociais. Deve-se, portanto, entender que essa teoria linguística: a) relaciona a língua com seu exterior, tomando-a como um sistema fechado sobre si mesmo. b) busca o que é exterior à língua sem considerar onde ela atua. GABARITO QUESTÕES COMENTADAS Disciplina LINGUÍSTICA AVANÇADA Professor (a) PATRÍCIA SILVA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C D C B E C D A B E Página 2 de 4 DISCIPLINA: LINGUÍSTICA AVANÇADA PROFESSOR (A): PATRÍCIA SILVA c) tenta observar a língua não como um sistema fechado, mas sim na sua relação com o que exterior a ela. d) não considera o fator sociológico ou histórico que permeia a língua. e) não reconhece a subjetividade envolvida no próprio fazer científico. Alternativa correta: letra C. Identificação do conteúdo: teorias semânticas. possíveis abordagens de estudos linguísticos Unidade 1, pág. 34. Comentário: O que está relacionado à exterioridade da língua parte de conceitos filosóficos que permitem a subjetividade, a historicidade e o psicanalítico de uma enunciação. 4. Ducrot construiu procedimentos de formalização da semântica das línguas naturais, considerando a enunciação como o acontecimento constituído pelo aparecimento do enunciado, descentralizando o sujeito, portanto: a) o sujeito é a fonte do sentido. b) o sujeito não é a fonte do sentido. c) o sujeito possui poder absoluto sobre a linguagem. d) o sujeito falante é o mesmo que o locutor. e) o sujeito não possui relevância na enunciação. Alternativa correta: letra B. Identificação do conteúdo: a enunciação de Ducrot. Noções de dialogismo e polifonia Unidade 2, pág. 54 – 55. Comentário: A partir do sujeito desfragmentado bakhtianiano, Ducrot desconstrói a ideia de unidade do sujeito enunciador e, depois passa por mudanças em seu pensamento, passando a considerar a enunciação como o acontecimento constituído pelo aparecimento do enunciado, descentralizando o sujeito, ou seja, para o autor o sujeito não é a fonte do sentido. 5. Ducrot diz que a enunciação é o evento histórico do aparecimento do enunciado e, a partir dessa definição, Guimarães parte para elaborar sua proposta de teoria da enunciação no Brasil. Sobre essa proposta de Guimarães acerca da enunciação, pode-se afirmar que: a) a enunciação não diz respeito apenas à situação de fala. A enunciação é homogênea, não é uma dispersão que a relação com o interdiscurso, as outras vozes, produz. b) a enunciação diz respeito apenas à situação de fala. A enunciação é homogênea, é uma dispersão que a relação com o interdiscurso, as outras vozes, produz. c) a enunciação não diz respeito à situação de fala. A enunciação não é heterogênea, e não é uma dispersão que a relação com o interdiscurso, as outras vozes, produz. d) a enunciação diz respeito apenas à situação de fala. A enunciação é homogênea, e não é uma dispersão que a relação com o interdiscurso, as outras vozes, produz. e) a enunciação não diz respeito apenas à situação de fala. A enunciação não é homogênea, é uma dispersão que a relação com o interdiscurso, as outras vozes, produz. Alternativa correta: letra E. Identificação do conteúdo: enunciação no Brasil. Noções de dialogismo e polifonia Unidade 2, pág. 58. Comentário: Para Guimarães, nos estudos brasileiros quanto à enunciação, é um acontecimento histórico, um acontecimento de linguagem perpassado pelo interdiscurso (origem de todo o dizer (exterior)). 6. A noção de gêneros do discurso é fundada sobre a noção de enunciado. Para Bakhtin (2010), a comunicação se dá pelo emprego da língua em forma de enunciados. Esses refletem condições específicas, bem como finalidades, com isso cada campo de utilização da língua elabora os gêneros do discurso, ou seja, a) a função da comunicação discursiva gera os gêneros sem levar em consideração as condições de produção discursiva. b) são a riqueza e a diversidade infinitas e a homogeneidade que geram os gêneros do discurso. c) são a função e as condições de comunicação discursiva que geram certos gêneros do discurso. d) são a função e a riqueza na comunicação discursiva que geram certos gêneros do discurso. e) são a diversidade e homogeneidade que geram os gêneros do discurso. Alternativa correta: letra C. Identificação do conteúdo: Enunciado e gêneros do discurso gêneros discursivos primários e secundários Unidade 3, pág.97. Comentário: os gêneros do discurso são um reflexo das mudanças na vida social dado à sua natureza de produção vinculada à função e condições de comunicação. Página 3 de 4 DISCIPLINA: LINGUÍSTICA AVANÇADA PROFESSOR (A): PATRÍCIA SILVA 7. Em relação aos gêneros primários e secundários, sabe-se que os primeiros são constituídos por aqueles da vida cotidiana, ou seja, têm-se um conhecimento intuitivo deles, já os segundos aparecem nas circunstâncias de troca cultural, principalmente escrita, ou seja, repousam sobre instituições sociais. Pode-se, portanto, afirmar que: a) os gêneros primários, como um processo de formação histórica, surgem nas condições de um convívio social mais complexo e os secundários se formam nas condições da comunicação discursiva imediata, predominantemente escrito. b) os gêneros primários se valem dos secundários (por exemplo,um texto literário – primário – que apresenta um diálogo cotidiano – secundário). c) os gêneros secundários mantêm uma relação imediata com as situações nas quais são produzidos e os primários repousam sobre as instituições sociais. d) os gêneros primários se formam nas condições da comunicação discursiva imediata e os secundários, como um processo de formação histórica, surgem nas condições de um convívio social mais complexo, predominantemente escrito. e) os gêneros primários e secundários não possuem distinção, pois estão na mesma instância de formação histórica, sendo um a completude do outro. Alternativa correta: letra D. Identificação do conteúdo: Gêneros primários e secundários. gêneros discursivos primários e secundários Unidade 3, pág.98. Comentário: Os gêneros secundários tendem a explorar e recuperar os discursos primários, que perdem sua relação direta com o real, tornando-se secundário: literatura ou teatro. 8. Pensando a respeito do significado de cultura, percebe-se que muitos autores se debruçaram sobre tal conceituação. Dentre as várias, há a visão de Gramsci (apud ESTEVES, 2013), que diz: a) todo sujeito é um produtor de cultura, porque todo sujeito produz uma atividade intelectual, qualquer que seja essa atividade. b) a cultura pode ser descrita como conhecimento adquirido socialmente, ou seja, como o conhecimento que uma pessoa tem em virtude de ser membro de determinada sociedade. c) a cultura é “[...] mais ou menos sinônimo de civilização e, numa formulação mais antiga e extrema do contraste, oposta ao barbarismo [...] baseado em uma concepção clássica do que constitui excelência em arte, literatura, maneiras e instituições sociais [...]”. d) cultura é a percepção ou compreensão de mundo de determinado meio ou época, bem como os comportamentos, instituições, ideologias e mitos que compõem e caracterizam uma sociedade. e) cultura é a percepção ou compreensão de mundo de determinado meio ou época baseado em uma concepção clássica do que constitui excelência em arte, literatura, maneiras e instituições sociais Alternativa correta: letra A. Identificação do conteúdo: cultura. ideologia, cultura e discurso Unidade 4, pág. 108. Comentário: Há várias visões na definição de cultura entre os autores. Essas visões tocam em pontos em comum, mas possuem suas particularidades. No caso do autor solicitado Gramsci, cabe, apenas a alternativa que diz: “todo sujeito é um produtor de cultura, porque todo sujeito produz uma atividade intelectual, qualquer que seja essa atividade.” As outras alternativas contemplam as visões de outros autores tais como Lyons e Certeau. 9. A noção de sujeito na AD trata de um lugar determinado na estrutura de uma formação social, o sujeito só existe no âmbito social. Dessa proposta de Pêcheux pode-se, em outras palavras, dizer: a) o sujeito é a fonte do seu dizer e responsável pelo que diz, pois não está submetido a uma ordem ideológica. b) não há sujeitos autônomos, pois a determinação da vontade é pura ilusão. O sujeito está submetido a ordem ideológica e ao inconsciente. c) todo sujeito imagina que o que diz se origina em si mesmo e que somente a ele pode ser imputada a responsabilidade pelo seu dizer. d) não há sujeitos autônomos, embora haja a vontade de se dizer algo não submetido a uma ordem ideológica. e) o sujeito não está submetido a uma ordem ideológica, embora seja dono do seu dizer. Alternativa correta: letra B. Identificação do conteúdo: sujeito e sentido na análise do discurso. Marcas discursivas do sujeito Unidade 4, pág. 118. Página 4 de 4 DISCIPLINA: LINGUÍSTICA AVANÇADA PROFESSOR (A): PATRÍCIA SILVA Comentário: Para a AD não há um sujeito intencional que decide sobre sua fala, seus atos, mas um sujeito constituído no corpo social de acordo com a ideologia que o determina. 10. Segundo Indursky, a partir da teoria da enunciação, o texto pode ser visto como equivalente ao enunciado, afastando-se da noção de língua, enquanto sistema, passando a considerar as relações externas a esse sistema. Dessa maneira, pode-se considerar contexto, na teoria da enunciação: a) os limites internos ao texto sem considerar a exterioridade como parte integrante do texto. b) apenas o tempo e o espaço da enunciação. c) apenas o locutor e o interlocutor da enunciação. d) apenas o aqui e o agora da enunciação. e) como o aqui, o agora, o enunciador e o enunciatário da situação de enunciação. Alternativa correta: letra E. Identificação do conteúdo: Texto e contexto na enunciação. sujeito, ideologia, texto e contexto, sentidos Unidade 4, pág. 138. Comentário: Afastando-se da noção de língua enquanto sistema a AD toma o contexto, considerando os elementos externos locutor, interlocutor, tempo e espaço.
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