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AULA 07

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Livro Eletrônico
Aula 07
Contabilidade Geral - Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2017.2 (Bacharel em Ciências
Contábeis)
Professor: Gilmar Possati
12502876699 - FLÁVIO RODRIGUES DE MATOS
# Contabilidade Geral: Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2017.2 # 
Aula 07 
 
 
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AULA 7: CPC 18 - Investimento em Coligada, em 
Controlada e em Empreendimento Controlado em 
Conjunto 
Sumário 
 
1. CPC 18 3 
2. Questões comentadas 30 
3. Resumo 67 
4. Lista das Questões Apresentadas 69 
5. Gabarito 87 
12502876699 - FLÁVIO RODRIGUES DE MATOS
# Contabilidade Geral: Pronunciamentos Contábeis p/ CFC 2017.2 # 
Aula 07 
 
 
Prof. Gilmar Possati www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 87 
 
 
 
 
Pessoal, hoje vamos estudar mais um Pronunciamento Contábil 
exaustivamente explorado pelas diversas bancas. Trata-se do CPC 18 (R2) 
± Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento 
Controlado em Conjunto. 
 
Bons estudos! 
Gilmar Possati 
prof.possati@gmail.com 
 
 
Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades. 
www.facebook.com.br/profgilmarpossati 
 
Inscreva-se no nosso canal no YouTube: Contabilizando 
 
 
 
 Siga-me no Instagram: @profgilmarpossati 
 
 
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS 
 
Antes de passarmos ao estudo do CPC 18, vamos ver alguns dispositivos 
presentes na Lei nº 6.404/76, pois são exigidos em prova. Inclusive, 
algumas questões mesclam conhecimentos sobre a legislação societária e 
o CPC 18. 
 
A própria Lei nº 6.404/76 já nos informa que há duas formas principais de 
avaliar os investimentos permanentes: pelo Método de Custo (MC) e pelo 
Método de Equivalência Patrimonial (MEP). 
 
Método de Custo Æ Consiste em avaliar os investimentos atribuindo-lhes 
os respectivos valores originais das transações (valor/custo de aquisição). 
Segundo a Lei nº 6.404/76, 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os 
seguintes critérios: 
 
III - os investimentos em participação no capital social de outras 
sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de 
aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu 
valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não 
será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, 
de ações ou quotas bonificadas; 
 
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão 
para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para 
redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for 
inferior; 
 
Assim, os investimentos que não sejam em coligadas ou controladas 
são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de perdas 
prováveis na realização de investimentos. 
 
 
 
CPC 18 (R2) ± Investimento em Coligada, em Controlada e 
em Empreendimento Controlado em Conjunto 
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Observações: 
 
a) Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e 
controladas, estudados a seguir; 
 
b) Com a adoção das normas internacionais de contabilidade, o termo 
³SURYLVmR´�SDVVRX�D�VHU�XWLOL]DGR�GH�IRUPD�UHVWULWD�QD�WHUPLQRORJLD�FRQWiELO��
Assim, o mais FRUUHWR� DWXDOPHQWH� p� GHQRPLQDUPRV� D� ³SURYLVmR´�
PHQFLRQDGD�QRV�GLVSRVLWLYRV�DFLPD�GH�³SHUGDV�SURYiYHLV�QD�UHDOL]DomR�GH�
LQYHVWLPHQWRV´� 
 
c) O inciso III acima refere-se a investimentos em títulos representativos 
do capital de outras sociedades. O Inciso IV refere-se a outros 
investimentos como obras de arte, propriedade para investimentos, etc. 
 
Método de Equivalência Patrimonial Æ O artigo 248 da Lei nº 6.404/76 
dispõe que os investimentos permanentes em participação no capital social 
de sociedades coligadas, sociedades controladas, sociedades 
controladas em conjunto (ou que façam parte de um mesmo grupo) e 
sociedades que estejam sob controle comum serão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial. 
 
Galera, é básico saber essa diferença entre os métodos de avaliação dos 
investimentos permanentes. Para facilitar nossa visualização elaboramos o 
seguinte esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Sociedades Controladas; 
- Sociedades Coligadas; 
- Sociedades Controladas em 
Conjunto; 
- Sociedades sob controle comum. 
Métodos de Avaliação de Investimentos Permanentes 
Método de 
Equivalência 
Patrimonial (MEP) 
 
- Demais investimentos 
permanentes. 
Método de Custo 
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É claro que estamos apenas esquentando as turbinas... na sequência da 
aula estudaremos todos os detalhes que você deve saber para resolver as 
questões com D�FRQILDQoD�GH�XP�H[tPLR�³GHWRQDGRU�GH�&3&V´�- Avante! 
 
 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS (CPC 18) 
 
Objetivo 
 
O CPC 18 estabelece a contabilização de investimentos em coligadas e em 
controladas e define os requisitos para a aplicação do método da 
equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em 
coligadas, em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto 
(joint ventures). 
 
Alcance 
 
O CPC 18 deve ser aplicado por todas as entidades que sejam investidoras 
com o controle individual ou conjunto de investida ou com influência 
significativa sobre ela. 
 
Definições 
 
O CPC 18 estabelece as seguintes definições, as quais detalharemos na 
sequência da aula. 
 
Coligada Æ é a entidade sobre a qual o investidor tem influência 
significativa. 
 
Influência significativa Æ é o poder de participar das decisões sobre 
políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o 
controle individual ou conjunto dessas políticas. 
 
Demonstrações consolidadas Æ são as demonstrações contábeis de um 
grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são 
apresentados como se fossem uma única entidade econômica. 
 
Método da equivalência patrimonial Æ é o método de contabilização 
por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a 
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partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação 
do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as 
despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da 
investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua 
participação em outros resultados abrangentes da investida. 
 
Negócio em conjunto Æ é um negócio do qual duas ou mais partes têm 
controle conjunto. 
 
Controle conjunto Æ é o compartilhamento, contratualmente 
convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando 
decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime 
das partes quecompartilham o controle. 
 
Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) Æ é um 
acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em 
conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse 
acordo. 
 
Investidor conjunto (joint venturer) Æ é uma parte de um 
empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o 
controle conjunto desse empreendimento. 
 
 
MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (MEP) 
 
Conceito 
 
Conforme já destacamos acima, o Método da Equivalência Patrimonial é o 
método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente 
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração 
pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação 
nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do 
investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da 
investida. 
 
Quais investimentos permanentes devem ser avaliados pelo MEP? 
 
Conforme já estudamos, o art. 248 da Lei nº 6.404/76 dispõe que os 
investimentos permanentes em participação no capital social de 
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sociedades coligadas, sociedades controladas, sociedades 
controladas em conjunto (ou que façam parte de um mesmo grupo) e 
sociedades que estejam sob controle comum serão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial. 
 
Agora que já sabemos quais investimentos permanentes devem ser 
avaliados pelo MEP, temos que saber alguns detalhes sobre esses tipos de 
sociedades acima destacadas. 
 
Coligadas 
 
Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência 
significativa. 
 
E o que vem a ser influência significativa? 
 
Conforme já destacado, influência significativa é o poder de participar 
das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, 
mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. 
 
Nos termos do CPC 18, se o investidor mantém direta ou 
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por 
cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele 
tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente 
demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, 
direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos 
de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que 
ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência 
possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou 
majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede 
que um investidor tenha influência significativa sobre ela. 
 
Atenção! Essa presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a 
investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida 
e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital 
votante da investida e ter influência significativa. 
 
Não entendeu? Expliquemos melhor... 
 
A participação de 20% ou mais no capital votante é um conceito relativo 
de influência, haja vista que independentemente do percentual de 
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participação no capital, sempre que a companhia investidora 
possuir influência significativa na companhia investida, as 
companhias serão coligadas e a investidora deverá avaliar o 
investimento pelo MEP. 
 
Assim, o principal conceito para definir uma coligada é a existência de 
influência significativa ou presunção de influência significativa. 
 
Portanto, caso exista influência ou presunção de influência 
significativa, o investimento será em coligada e avaliada pelo MEP. 
Não existindo influência significativa ou presunção de influência 
significativa e o investimento for permanente, a investida não será uma 
coligada e o investimento será avaliado pelo custo. 
 
Vamos ver como esse ponto já foi explorado em prova! 
 
 
1. (IADES/Analista Técnico/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP/2014) 
Para fins de contabilização dos investimentos em coligadas e em 
controladas pelo método de equivalência patrimonial, considera-se o 
critério de influência significativa. No que se refere a esse assunto, assinale 
a alternativa correta. 
a) A influência significativa define-se da mesma forma que o critério de 
relevância, ou seja, investimentos cujo valor contábil, em conjunto, seja 
maior que 15% do patrimônio líquido da investidora. 
b) A influência significativa é presumida em participações acima de 20% na 
coligada ou controlada, mas pode-se reconhecer um investimento pelo 
método de equivalência patrimonial com participação inferior a esse 
percentual. 
c) Todo investimento em coligadas ou em controladas superior a 20% será 
obrigatoriamente reconhecido pelo método de equivalência patrimonial. 
d) A influência significativa define-se objetivamente. Portanto, se a 
participação na coligada ou controlada é superior a 20%, então, 
necessariamente, está caracterizada a influência significativa. 
e) O critério de relevância é determinante para fins de aplicação do método 
de equivalência patrimonial. 
 
Vamos analisar as assertivas. 
 
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a. Errado. Influência significativa é o poder de participar das decisões 
sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que 
haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. 
 
b. Certo. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio 
de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de 
voto da investida, presume-se que ele tenha influência 
significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o 
contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou 
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte 
por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não 
tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser 
claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da 
investida por outro investidor não necessariamente impede que um 
investidor tenha influência significativa sobre ela. 
 
c. Errado. A presunção de influência significativa é relativa, ou seja, a 
investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da investida 
e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do capital 
votante da investida e ter influência significativa. 
 
d. Errado. Para fixar! A presunção de influência significativa é relativa, ou 
seja, a investidora pode ser titular de mais de 20% do capital votante da 
investida e não ter influência significativa e ser titular de menos de 20% do 
capital votante da investida e ter influência significativa. 
 
e. Errado. O critério de relevância era determinante antes das alterações 
promovidas na Lei das SAs. Com as alterações no art. 248 da Lei nº 
6.404/76, o método de equivalência patrimonial é aplicável aos 
investimentos em controladas e coligadas (por efetiva influência ou 
influência presumida), independentemente de serem relevantes. 
 
Gabarito: B 
 
O CPC 18 informa que a existência de influência significativa por 
investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes 
formas: 
a) representação no conselho de administraçãoou na diretoria da investida; 
b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em 
decisões sobre 
dividendos e outras distribuições; 
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c) operações materiais entre o investidor e a investida; 
d) intercâmbio de diretores ou gerentes; 
e) fornecimento de informação técnica essencial. 
 
Esses indicativos de influência significativa são explorados em prova. 
Vamos ver uma exigência recente da FCC nesse sentido. 
 
 
2. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT23/2016) A empresa Ilha do 
Mel S.A. não possui participação acionária na Ubatuba S.A.. No entanto, 
precisa definir se tem poder sobre a Ubatuba. Assim, pode ser considerado 
como uma atividade relevante que estabelece poder da Mel sobre a 
Ubatuba, a 
a) Ilha do Mel tem 1% de seu faturamento decorrente de vendas para a 
Ubatuba. 
b) Ubatuba efetua toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos 
para a Ilha do Mel. 
c) Ubatuba mantém contratos com a Cia Angra que também, 
esporadicamente, vende serviços para Ilha do Mel S.A. 
d) Ilha do Mel tem o seu diretor financeiro no Conselho Fiscal da Ubatuba. 
e) Ilha do Mel comprou à vista o imóvel onde está instalada a nova marina 
da Ubatuba. 
 
Vamos analisar as assertivas. 
 
a. Errado. Apenas 1% do faturamento se mostra insuficiente para que a 
empresa Ilha do Mel tenha poder sobre a empresa Ubatuba. 
 
b. Certo. Veja que a Ubatuba efetua toda a pesquisa e desenvolvimento 
de novos produtos para a Ilha do Mel. Logo, podemos enquadrar esse fato 
como uma operação material, ou seja, de grande relevância entre o 
investidor e investida, presumindo-se, nos termos do CPC 18 a influência 
significativa. 
 
c. Errado. O simples fato de a Ubatuba manter contrato com outra empresa 
que, por sua vez, presta serviços para a Ilha do Mel não configura poder 
algum. Trata-se de transações normais de mercado. 
 
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d. Errado. O fato de a Ilha do Mel ter o seu diretor financeiro no Conselho 
Fiscal da Ubatuba não é indicativo de poder (veja que não é representação 
no conselho de administração, o que evidenciaria influência significativa, 
nos termos do CPC 18). Trata-se de apenas um colaborador, apenas uma 
voz no conselho fiscal, insuficiente para exercer influência significativa. 
 
e. Errado. O fato de a Ilha do Mel ter comprado à vista o imóvel onde está 
instalada a nova marina da Ubatuba também não configura influência 
significativa. 
 
Gabarito: B 
 
Controladas 
 
Segundo o CPC 18, controlada é a entidade, incluindo aquela não 
constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a 
controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de 
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância 
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 
 
De acordo com o art. 243, §2º, Lei nº 6.404/76, considera-se controlada a 
sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras 
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger 
a maioria dos administradores. 
 
Assim, pelos dispositivos acima descritos, para que ocorra o controle a 
investidora (controladora) tem que ter direta ou indiretamente mais de 
50% das ações com direito a voto da investida (controlada). 
 
Nesse ponto, vale destacar que o capital social de uma companhia pode ser 
formado por ações preferenciais (que não tem direito a voto) e por ações 
ordinárias (que tem direito a voto). 
 
Capital Votante Æ ações ordinárias 
Capital Não Votante Æ ações preferenciais 
 
Segundo o art. 15, § 2º da Lei nº 6.404/76, o percentual máximo de ações 
preferenciais é de 50% do capital social. Logo, o percentual mínimo de 
ações ordinárias corresponde a 50% do capital social. 
 
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Outro ponto que devemos saber é que o controle pode ser exercido 
diretamente ou indiretamente. Temos controle direto quando a investidora 
é proprietária de mais de 50% do capital votante da investida. 
 
O controle indireto, por sua vez, ocorre quando a investidora exerce o 
controle de uma companhia por meio de outra companhia, que é controla 
por essa investidora. 
 
 
 
 
1D� ILJXUD� DFLPD�� REVHUYH� TXH� D� LQYHVWLGRUD� ³$´� FRQWUROD� GLUHWDPHQWH� D�
FRPSDQKLD�³%´�TXH��SRU�VXD�YH]��H[HUFH�FRQWUROH�GLUHWR�VREUH�D�FRPSDQKLD�
³&´��/RJR��D� LQYHVWLGRUD�³$´�FRQWUROD� LQGLUHWDPHQWH�D�FRPSDQKLD�³&´�SRU�
PHLR�GR�FRQWUROH�GLUHWR�TXH�H[HUFH�VREUH�D�FRPSDQKLD�³%´� 
 
Vale destacar que enquanto nas controladas existe o controle direto e 
indireto, nas coligadas existe apenas a coligação direta. 
 
Sociedades integrantes de um mesmo grupo 
 
Ocorre quando a investidora e a investida tiverem um controlador comum. 
Nesse caso, o investimento será avaliado pelo MEP, independentemente do 
percentual de participação da investidora no capital da investida. Exemplo: 
A companhia Alfa controla diretamente as companhias Bravo e Charlie. 
Considere que Bravo detenha 1% do capital social de Charlie. Logo, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bravo Charlie 
Controle 
Direto 
Controle 
Direto 
1% 
MEP 
Alfa 
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Observe que as companhias Bravo e Charlie estão sob controle comum da 
companhia Alfa. Nesse caso, a companhia Bravo mesmo possuindo apenas 
1% do capital social de Charlie, deverá ter seu investimento em Charlie 
avaliado pelo MEP. 
 
Sociedades sob Controle Comum (conjunto) 
 
Segundo o CPC 18, empreendimento controlado em conjunto (joint 
venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o 
controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos 
líquidos desse acordo. 
 
Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente 
convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando 
decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime 
das partes que compartilham o controle. 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que nenhuma companhia tem o controle da companhia Charlie. 
Assim, as companhias Alfa e Bravo detêm o controle conjunto da 
companhia Charlie. 
 
Por fim, vale destacar que atualmente a relevância não tem mais 
aplicação, pois independentemente dos investimentos em coligadas ou 
controladas serem ou não relevantes, se o investimento é em coligada ou 
em controlada, deve ser contabilizado pelo MEP. 
 
Exceções à aplicação do método da equivalência patrimonial 
 
O CPC 18 destaca as seguintes exceções à aplicação do MEP. Apesar de 
ainda não ter identificado exigência sobre essas exceções, creio ser 
oportuno tratarmos aqui. 
 
A entidade não precisa aplicar o método da equivalência patrimonial aos 
investimentos em que detenha o controle individual ou conjunto 
 Bravo Alfa 
 Charlie 
50% 50% 
12502876699 - FLÁVIO RODRIGUES DE MATOS
==c6880==
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(compartilhado), ou exerça influência significativa, se a entidade for uma 
controladora, que, se permitido legalmente: 
 
Æ estiver dispensada de elaborar demonstrações consolidadas; ou 
 
Æ se todos os seguintes itens forem observados: 
 
a) a entidade é controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, 
em conjunto com os demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles sem 
direito a voto, foram informados a respeito e não fizeram objeção quanto 
à não aplicação do método da equivalência patrimonial; 
 
b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são 
negociados publicamente (bolsas de valores domésticas ou estrangeiras ou 
mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais); 
 
c) a entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento de 
suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
ou outro órgão regulador, visando à emissão e/ou distribuição pública de 
qualquer tipo ou classe de instrumentos no mercado de capitais; e 
 
d) a controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade 
disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis, elaboradas em 
conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do 
CPC, em que as controladas são consolidadas ou são mensurados ao valor 
justo por meio do resultado de acordo com o CPC 36. 
 
Além dessas exceções, o CPC 18 informa que alguns investimentos podem 
VHU�HQTXDGUDGRV�FRPR�³PDQWLGR�SDUD�YHQGD´��1HVVH�FDVR��GHYH�DSOLFDU�R�
CPC 31 (e, portanto, não é aplicável o MEP). Vamos ver esse item do CPC 
18: 
 
A entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 31 em investimento, ou parcela de 
investimento, em coligada ou em controlada, ou em empreendimento controlado em 
FRQMXQWR�TXH�VH�HQTXDGUH�QRV�FULWpULRV�UHTXHULGRV�SDUD�VXD�FODVVLILFDomR�FRPR�³PDQWLGR�
SDUD�YHQGD´��4ualquer parcela retida de investimento em coligada ou em controlada, ou 
em empreendimento controlado em conjunto, que não tenha sido classificada como 
³PDQWLGR�SDUD�YHQGD´��GHYH�VHU�FRQWDELOL]DGD�SRU�PHLR�GR�XVR�GR�PpWRGR�GD�HTXLYDOrQFLD�
patrimonial até o momento da baixa efetiva da parcela classificada como mantido para 
venda. Após a baixa efetiva, a entidade deve contabilizar qualquer interesse remanescente 
no investimento em coligada, em controlada, ou em empreendimento controlado em 
conjunto, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 38, a menos que o interesse 
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remanescente qualifique-se para a aplicação do método da equivalência patrimonial, o 
qual deverá ser adotado nesse caso. 
 
Além disso, o CPC 18 destaca que quando o investimento, ou parcela de 
investimento, em coligada, em controlada ou em empreendimento 
controlado em conjunto, SUHYLDPHQWH� FODVVLILFDGR� FRPR� ³PDQWLGR� SDUD�
YHQGD´�� QmR� PDLV� VH� HQTXDGUDU� QDV� FRQGLo}HV� UHTXHULGDV� SDUD� VHU�
classificado como tal, a ele deve ser aplicado o método da equivalência 
patrimonial de modo retrospectivo, a partir da data de sua classificação 
FRPR�³PDQWLGR�SDUD�YHQGD´. As demonstrações contábeis para os períodos 
DEUDQJLGRV� GHVGH� D� FODVVLILFDomR� GR� LQYHVWLPHQWR� FRPR� ³PDQWLGR� SDUD�
YHQGD´�GHYHUmR�VHU ajustadas de modo a refletir essa informação. 
 
Descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial 
 
Segundo o CPC 18, a entidade deve descontinuar o uso do método da 
equivalência patrimonial a partir da data em que o investimento deixar de 
se qualificar como coligada, controlada, ou como empreendimento 
controlado em conjunto. Bem lógico, não é mesmo? 
 
É claro que alguns procedimentos devem ser adotados nesse caso. Esses 
procedimentos são bem específicos e creio ser difícil de ser exigido em 
provas. De qualquer forma, objetivamente é o seguinte: 
 
Se o interesse remanescente no investimento, antes qualificado como 
coligada, controlada, ou empreendimento controlado em conjunto, for um 
ativo financeiro, a entidade deve mensurá-lo ao valor justo (aplicação do 
CPC 38). Nesse caso, a entidade deve reconhecer na demonstração do 
resultado do período, como receita ou despesa, qualquer diferença entre: 
(i) o valor justo de qualquer interesse remanescente e qualquer 
contraprestação advinda da alienação de parte do interesse no 
investimento; e 
 
(ii) o valor contábil líquido de todo o investimento na data em que houve a 
descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial. 
 
Que tal os termos técnicos empregados pelo CPC? Vamos tentar traduzir 
isso aí... 
 
Vamos supor que a investidora X possui um investimento na coligada Y. 
Esse investimento deixou de se qualificar como coligada e, portanto, deve 
descontinuar o uso do MEP. Nesse caso, considerando que esse 
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investimento se enquadre como ativo financeiro, ele deve ser avaliado pelo 
valor justo. Além disso, a diferença entre o valor contábil registrado na 
contabilidade (o valor do investimento na coligada Y) e o valor justo (algo 
próximo do valor de mercado) deve ser reconhecido como receita ou 
despesa, conforme o caso. 
 
Valor justo > valor contábil = receita 
Valor justo < valor contábil = despesa 
 
Além disso, o CPC 18 destaca que a entidade deve contabilizar todos os 
montantes previamente reconhecidos em seu patrimônio líquido em rubrica 
de outros resultados abrangentes, e que estejam relacionados com o 
investimento objeto da mudança de mensuração contábil, na mesma base 
que seria requerido caso a investida tivesse diretamente se desfeito dos 
ativos e passivos relacionados. 
 
Desse modo, assim como a receita ou a despesa previamente reconhecida 
em outros resultados abrangentes pela investida seria reclassificada para a 
demonstração do resultado do período como receita ou despesa quando da 
baixa e da liquidação de ativos e passivos relacionados, a entidade deve 
reclassificar a receita ou a despesa reconhecida no seu patrimônio 
líquido para a demonstração do resultado (como um ajuste de 
reclassificação) quando o método da equivalência patrimonial for 
descontinuado. Por exemplo, se a coligada, controlada, ou o 
empreendimento controlado em conjunto tiver diferenças de conversão 
acumuladas relacionadas à entidade no exterior e a investidora decidir 
descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial, a investidora 
deve reclassificar para a demonstração do resultado do período, como 
receita ou despesa, a receita ou despesa previamente reconhecida de forma 
reflexa em outros resultados abrangentes relacionada à entidade no 
exterior. 
 
Traduzindo... 
 
2�TXH�WLYHU�FODVVLILFDGR�FRPR�³2XWURV�5HVXOWDGRV�$EUDQJHQWHV´�decorrentes 
dos investimentos na coligada Y (usando nosso exemplo anterior) deverão 
ser reclassificados para o resultado (DRE) como receita ou despesa como 
ajuste de reclassificação. 
 
 
 
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Sistemática de Contabilização do MEP 
 
Pessoal, esse ponto é o mais importante da aula. Aqui se concentra a 
grande maioria das exigências em provas referentes ao CPC 18. 
 
Vimos no conceito que o investimento avaliado pelo MEP é inicialmente 
reconhecido ao custo e posteriormente ajustado pela aplicação do 
percentual de participação no capital da investida nos lucros ou 
prejuízos do período apurados pela investida.Essas variações são reconhecidas no resultado do exercício da 
investidora. Assim, quando a investida apura um lucro líquido a 
investidora reconhecerá no resultado do exercício um Ganho de 
Equivalência Patrimonial (GEP). Por outro lado, quando a investida 
apura um prejuízo líquido a investidora reconhecerá no seu resultado 
uma Perda de Equivalência Patrimonial (PEP). 
 
GEP Æ percentual de participação no capital social* da investida x 
Lucro Líquido da Investida. 
 
PEP Æ percentual de participação no capital social* da investida x 
Prejuízo Líquido da Investida. 
* Observe que é o percentual do capital social e não o percentual do capital votante! 
 
E as demais variações? 
 
Em relação às demais variações ocorridas no patrimônio líquido da 
investida (exemplo, ajustes de avaliação patrimonial, diferenças de 
conversão em moeda estrangeira, etc.) o investidor reconhecerá essas 
variações de forma reflexa diretamente no seu patrimônio líquido, em 
outros resultados abrangentes. 
 
Datas de Avaliação pelo MEP 
 
Ocorre avaliação pelo MEP em duas ocasiões, quais sejam: na data de 
aquisição do investimento e no encerramento do exercício, antes da 
apuração do resultado do exercício da investidora. 
 
 
 
 
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Data de aquisição 
 
Nesse momento, a investidora realiza a sua primeira avaliação, a fim de 
contabilizar o investimento avaliado pelo MEP inicialmente ao custo de 
aquisição, além de identificar os ágios ou deságios decorrentes da diferença 
entre o valor pago e o valor patrimonial do investimento, caso exista. 
 
Na data de aquisição podem ocorrer as seguintes situações: 
 
1ª) Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 
Æ representado pela diferença positiva entre o valor pago (ou 
valores a pagar) e o montante líquido proporcional adquirido do valor 
justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. 
 
Goodwill = Valor Pago no Investimento (ou Custo de Aquisição) ± 
Valor Justo do Investimento 
 
Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) 
 
2ª) Mais-Valia de Ativos Líquidos Æ representado pela diferença 
positiva entre o valor justo e o montante líquido proporcional 
adquirido do valor contábil dos ativos e passivos da entidade 
adquirida. 
 
Ativos Líquidos = Patrimônio Líquido 
 
Mais Valia = Valor Justo do Investimento ± Valor Contábil do 
Investimento 
 
Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) 
 Valor Contábil do Investimento = % x PL (Valor Contábil da Investida) 
 
3ª) Ganho por Compra Vantajosa Æ É o contrário do Goodwill (deságio), 
ou seja, representado pela diferença positiva entre o valor justo dos 
ativos e passivos da entidade adquirida e o valor pago (ou valores a 
pagar) e o montante líquido proporcional adquirido. 
 
Compra Vantajosa = Valor Justo do Investimento ± Valor Pago no 
Investimento (ou Custo de Aquisição) 
 
Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) 
 
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Os ganhos por compra vantajosa são reconhecidos imediatamente no 
resultado do exercício da investidora como receitas. 
 
Exemplo: A companhia Alfa adquiriu 100% da companhia Bravo por R$ 
100.000,00. O valor justo do ativo líquido (PL) da Cia Bravo é de R$ 
70.000,00 e o valor contábil é de R$ 60.000,00. 
 
Mais-Valia Æ 70.000,00 ± 60.000,00 = 10.000,00 
Goodwill Æ 100.000,00 ± 70.000,00 = 30.000,00 
 
Nas demonstrações individuais da investidora, a Mais-Valia e o Goodwill 
ficam classificados no Ativo Não Circulante ± Investimentos em subcontas 
específicas. No balanço consolidado, a Mais- Valia será eliminada contra os 
ativos e passivos que lhe deram origem. O Goodwill, por sua vez, será 
transferido para o intangível, em conta específica. Destaca-se que o 
Goodwill não é amortizado, porém deve ser submetido ao teste de 
recuperabilidade. 
 
Data de Encerramento do Exercício Social 
 
Na data de encerramento do exercício social o investimento avaliado pelo 
método de equivalência patrimonial terá o seu valor contábil aumentado ou 
diminuído pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor 
no lucro líquido ou prejuízo líquido do período, gerados pela investida após 
a aquisição. 
 
Assim, conforme já estudamos, quando a investida apura um lucro 
líquido a investidora reconhecerá no resultado do exercício um Ganho de 
Equivalência Patrimonial (GEP). Por outro lado, quando a investida 
apura um prejuízo líquido a investidora reconhecerá no seu resultado 
uma Perda de Equivalência Patrimonial (PEP). 
 
GEP Æ percentual de participação no capital social* da investida x 
Lucro Líquido da Investida. 
 
PEP Æ percentual de participação no capital social* da investida x 
Prejuízo Líquido da Investida. 
* Observe que é o percentual do capital social e não o percentual do capital votante! 
 
9DPRV�YHU�XPD�TXHVWmR�³QtYHO�KDUG´�GD�)&&�TXH�DGRWDUHPRV�DTXL�FRPR�
XP�³H[HPSOR�UHDO´�GH�H[LJrQFLD�� 
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3. (FCC/AFRE-RJ/2014) A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das 
ações da Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu 
influência significativa na administração. Na data da aquisição, o Patrimônio 
Líquido da Cia. Copa era R$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos 
e passivos identificáveis desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi 
decorrente de um terreno que a Cia. Copa havia adquirido em 2010. 
 
No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as 
seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: 
 
- Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00 
- Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor) 
 
Com base nestas informações, os valores evidenciados no Balanço 
Patrimonial da Cia. Carioca, em Investimentos em Coligadas, em 
31/12/2012 e 30/06/2013, foram, respectivamente, 
 
a) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.760.000,00. 
b) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.700.000,00. 
c) R$ 3.600.000,00 e R$ 3.800.000,00. 
d) R$ 2.400.000,00 e R$ 2.600.000,00. 
e) R$ 4.500.000,00 e R$ 4.660.000,00. 
 
Sempre que se deparar com esse tipo de questão, na qual somos 
bombardeados por um monte de informações concentre-se naquilo que o 
examinador solicita. Nesse caso, ele quer duas informações: 
 
a) Valor evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em 
Investimentos em Coligadas, em 31/12/2012. 
 
b) Valor evidenciado no Balanço Patrimonial da Cia. Carioca, em 
Investimentos em Coligadas, em 30/06/2013. 
 
Veja que para chegarmos ao valor da primeira informação solicitada não 
vamos trabalhar com nenhuma informação após a data de 31/12/2012. 
 
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Assim, vamos nos concentrar no seguinte: 
 
A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Cia. Copa por 
R$ 4.500.000,00 à vista, o que lhe conferiu influência significativa na 
administração. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Copa eraR$ 6.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis 
desta Cia. era R$ 9.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um terreno 
que a Cia. Copa havia adquirido em 2010. 
 
Conforme estudamos, o Método da Equivalência Patrimonial é o método de 
contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente 
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração 
pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida. 
 
De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Carioca reconheceu 
no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da 
aquisição, o valor de R$ 4.500.000,00. Simples assim! É o que diz o início 
GD�TXHVWmR��³A Cia. Carioca adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da 
Cia. Copa por R$ 4.500.000,00 à vista´�� 
 
Observe que somente com esse raciocínio ficaríamos com apenas com as 
RSo}HV�³%´�H�³(´� 
 
Veja que o examinador inseriu outras informações apenas para confundir 
os menos preparados. Essas outras informações seriam necessárias caso 
fosse solicitado o valor do Goodwill e da Mais-Valia. 
 
É claro que, para fins didáticos, nós vamos aproveitar essa questão aqui 
para efetuarmos o cálculo do Goodwill e da Mais-Valia (lembrando que isso 
não era necessário na hora da prova, ok?) 
 
Mais Valia = % × PL (Valor Justo da Investida) ± % x PL (Valor Contábil 
da Investida) 
Mais Valia = (9.000.000,00 x 40%) ± (6.000.000,00 x 40%) = 
3.600.000,00 ± 2.400.000,00 = 1.200.000,00 
 
Ágio por Rentabilidade Futura (Goodwill) = Valor pago no 
investimento ± % × PL (Valor Justo da Investida) = 4.500.000,00 ± 
3.600.000,00 =900.000,00 
 
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Assim, o lançamento na data de aquisição é o seguinte: 
 
D - Investimentos Coligadas .................................... 2.400.000,00 
D ± Investimentos Coligadas (mais valia)...................1.200.000,00 
D ± Investimentos Coligadas (goodwill) ....................... 900.000,00 
C ± Bancos ........................................................... 4.500.000,00 
 
Nesse sentido, o saldo de investimentos em coligada da Cia Carioca, em 
31/12/2012, era de R$ 4.500.000,00. 
 
Bem... agora vamos partir para a segunda informação solicitada pelo 
examinador. Para tanto, vamos nos concentrar nas seguintes informações 
disponibilizadas: 
 
No período de 01/01/2013 a 30/06/2013, a Cia. Copa reconheceu as 
seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: 
 
- Lucro líquido do semestre: R$ 400.000,00 
- Ajustes de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (credor) 
 
No dia 01/01/2013 a empresa deve reconhecer a participação no lucro 
líquido (resultado MEP). Assim, temos: 
 
Ganho (receita) de Equivalência Patrimonial = 400.000,00 x 40% = 
160.000,00 
 
Além disso, no dia 30/06/2013 a investidora deve reconhecer o ajuste de 
conversão de investida no exterior, o qual irá refletir no seu PL na conta 
³2XWURV�5HVXOWDGRV�$EUDQJHQWHV´� 
 
Ajuste Acumulado de Conversão (Outros resultados abrangentes - PL) = 
100.000,00 x 40% = 40.000,00 
 
Esses ajustes (Ajustes de Conversão de Investida no exterior) estão 
previstos no CPC 02 (R2), item 32, senão vejamos: 
 
³�������1DV�GHPRQVWUDo}HV�FRQWiEHLV�TXH�LQFOXHP�D�HQWLGDGH�QR�H[WHULRU�H�
a entidade que reporta a informação (por exemplo: demonstrações 
contábeis individuais com avaliação das investidas por equivalência 
patrimonial, ou demonstrações contábeis consolidadas quando a entidade 
no exterior é uma controlada), tais variações cambiais devem ser 
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reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta 
específica do patrimônio líquido, e devem ser transferidas do patrimônio 
líquido para a demonstração do resultado quando da baixa do investimento 
OtTXLGR������´ 
 
Os lançamentos contábeis desses fatos são os seguintes: 
 
Reconhecimento de participação do Lucro Líquido pelo MEP (01/01/2013): 
 
D ± Investimento em Coligadas 
C ± Receita de Equivalência Patrimonial ... 160.000,00 (400.000,00 x 40%) 
 
Ajustes de Conversão de Investida no exterior (30/06/2013): 
 
D ± Investimento em Coligadas 
C ± Ajuste Acumulado de Conversão (Outros resultados abrangentes - 
PL)..... R$ 40.000,00 (100.000,00 x 40%) 
 
Logo, o saldo de investimentos em coligada da Cia Carioca, em 
30/06/2013, era de R$ 4.700.000,00 (4.500.000 + 160.000 + 40.000). 
 
Nobre estudante, veja que não há mistérios. Basta uma pequena dose de 
sabedoria para acertarmos questões consideradas difíceis se comparadas 
FRP�RXWUDV�PDLV�³GHFRUHEDV´��7HQKR�FHUWH]D�TXH�YRFr�YDL�YLEUDU�TXDQGR�
encontrar uma questão sobre MEP em sua prova. Não tem erro! Ao final 
dessa aula você estará detonando o assunto. Mantenha-se motivado e 
vamos avante! Lembre-se da máxima castrenVH��³Um corpo que não vibra 
é um esqueleto que se arrasta´�� 
 
Gabarito: B 
 
Lucros Não Realizados 
 
Pessoal, apesar desse assunto estar discriminado com maiores detalhes 
na Interpretação Técnica ICPC 09, vamos abordar aqui, haja vista estar 
relacionado com o assunto presente no CPC 18. 
 
Não é um ponto muito explorado em provas. De qualquer forma, não 
podemos nos furtar em uma preparação de alto nível de estudar esse 
detalhe. 
 
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Com o alinhamento das normas contábeis brasileiras às normas 
internacionais, os lucros não realizados decorrentes de venda da 
investida para a investidora (upstream) ou da investidora para a 
investida (downstream) são eliminados para o cálculo da 
equivalência patrimonial. 
 
Lucros não realizados - Coligadas 
 
Segundo a Interpretação Técnica ICPC 09, nas operações de vendas de 
ativos de uma investidora para uma coligada (downstream), são 
considerados lucros não realizados, na proporção da participação da 
investidora na coligada, aqueles obtidos em operações de ativos que, à 
época das demonstrações contábeis, ainda permaneçam na coligada. Por 
definição, essa coligada deve ter um controlador que não seja essa 
investidora, ou não deve ter controlador, a fim de que entre a investidora 
e a coligada possa existir apenas relação de significativa influência e não 
de controle, e para que ambas não sejam consideradas sob controle 
comum. Equiparam-se à venda, para fins de lucro não realizado, os aportes 
de ativos para integralização de capital na investida. 
 
Dessa forma, na venda da investidora para a coligada, deve ser considerada 
realizada, na investidora, a parcela do lucro proporcional à participação dos 
demais sócios na coligada que sejam partes independentes da investidora 
ou dos controladores da investidora. Afinal, a operação de venda se dá 
entre partes independentes, por ter a coligada um controlador diferente do 
controlador da investidora. Esses procedimentos também devem ser 
aplicados para o caso de coligada e/ou investidora sem sócio controlador. 
Por exemplo, um ativo com valor contábil de $ 1.000.000 é vendido pela 
empresa A por $ 1.400.000 para a coligada B, na qual A participa com 20% 
do capital votante. O tributo sobre esse lucro é de $ 150.000, de forma que 
o resultado da investidora está afetado pelo valor líquido de $ 250.000. Ao 
vender à coligada, é como se estivesse vendendo com lucro apenas na 
parte da vendaaos detentores que têm 80% do capital votante de B. A 
empresa A não deve considerar realizada a parcela relativa à sua própria 
participação, ou seja, 20% de $ 250.000 = $ 50.000. 
 
O lucro não realizado deverá ser reconhecido à medida que o ativo for 
vendido para terceiros, for depreciado, sofrer impairment ou sofrer baixa 
por qualquer outro motivo. 
 
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A operação de venda deve ser registrada normalmente pela investidora e 
o não reconhecimento do lucro não realizado se dá pela eliminação, 
no resultado individual da investidora (e se for o caso no resultado 
consolidado), da parcela não realizada e pelo seu registro a crédito 
da conta de investimento, até sua efetiva realização pela baixa do 
ativo na coligada. No exemplo anterior, debita-se o resultado e credita-
se a conta retificadora do investimento em B pelos $ 50.000 de lucro não 
realizado. Não devem ser eliminadas na demonstração do resultado da 
investidora as parcelas da venda, custo da mercadoria ou produto vendido, 
tributos e outros itens aplicáveis, já que a operação como um todo se dá 
com genuínos terceiros, ficando como não realizada apenas a parcela 
devida do lucro. Devem ser reconhecidos, quando aplicável, conforme 
Pronunciamento Técnico CPC 32 ± Tributos sobre o Lucro, os tributos 
diferidos. 
 
Na investidora, em suas demonstrações individuais e, se for o caso, nas 
consolidadas, a eliminação da parcela não realizada se dá em linha logo 
após o resultado da equivalência patrimonial (suponha-se de $ 500.000, 
para fins de exemplo), com destaque na própria demonstração do resultado 
ou em nota explicativa. 
 
Exemplo: 
Resultado da equivalência patrimonial sobre investimentos em coligadas, 
controladas e joint ventures ................................................ $ 500.000 
(-) Lucro não realizado em operações com coligadas .............. $ (50.000) 
 $ 450.000 
 
Visto o que dispõe a Interpretação Técnica ICPC 09, vejamos um exemplo: 
 
A Cia Alfa adquiriu à vista 50% do capital social da Cia Bravo por R$ 
100.000,00. A Cia Alfa vendeu mercadorias para a Cia Bravo com um lucro 
de R$ 20.000,00. Referidas mercadorias permaneciam nos estoques da Cia 
Bravo ao final do exercício (não foram vendidos a terceiros). Sabe-se que 
a Cia Bravo é coligada da Cia Alfa e apurou um lucro líquido de R$ 
90.000,00. Qual o valor da equivalência patrimonial? 
 
Lucro Líquido da Coligada .................................................. 90.000,00 
(-) Lucro Não Realizado ................................................... (20.000,00) 
(=) Lucro Líquido da coligada líquido do lucro não realizado .... 70.000,00 
(x) Percentual de Participação ............................................ 50% 
(=) Ganho de Equivalência Patrimonial ................................ 35.000,00 
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Lucros não realizados - Controladas 
 
Segundo a Interpretação Técnica ICPC 09, nas operações com 
controladas os lucros não realizados são totalmente eliminados 
tanto nas operações de venda da controladora para a controlada, 
quanto da controlada para a controladora ou entre as controladas. 
 
Nas demonstrações individuais, quando de operações de vendas de ativos 
da controlada para a controladora ou entre controladas, a eliminação do 
lucro não realizado se faz no cálculo da equivalência patrimonial, 
deduzindo-se, do percentual de participação da controladora sobre o 
resultado da controlada, 100% (cem por cento) do lucro contido no ativo 
ainda em poder do grupo econômico. 
 
Nas demonstrações consolidadas, o excedente desses 100% sobre o valor 
decorrente do percentual de participação da controladora no resultado da 
controlada é reconhecido como devido à participação dos não 
controladores. 
 
Exemplo: A Cia Alfa adquiriu à vista 50% do capital social da Cia Bravo por 
R$ 100.000,00. A Cia Alfa vendeu mercadorias para a Cia Bravo com um 
lucro de R$ 20.000,00. Referidas mercadorias permaneciam nos estoques 
da Cia Bravo ao final do exercício (não foram vendidos a terceiros). Sabe-
se que a Cia Alfa é controladora da Cia Bravo e apurou um lucro líquido de 
R$ 90.000,00. Qual o valor da equivalência patrimonial? 
 
Lucro líquido da controlada .............................. 90.000,00 
(x) Percentual de participação .......................... 50% 
(=) Lucro Líquido Proporcional ......................... 45.000,00 
(-) 100% x Lucro Não Realizado (20.000,00)....... 20.000,00 
(=) Ganho de Equivalência Patrimonial .............. 25.000,00 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS 
 
Método de Custo x Distribuição de Dividendos 
 
Regra Æ Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, 
quando da distribuição. 
 
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Exceção Æ os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a 
aquisição do investimento são considerados como uma recuperação 
de parte do investimento. Segundo a doutrina, justifica-se esse 
procedimento, pois o valor da compra, nesse caso, já inclui o lucro que 
seria posteriormente distribuído. 
 
Os seguintes lançamentos se aplicam: 
 
a) Dividendos Recebidos até 6 meses 
 
D - Disponível (Caixa/Bancos) ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
C - Participações Societárias (AÑC ± Investimentos) 
 
b) Dividendos Recebidos após 6 meses 
 
D - Disponível (Caixa/Bancos) ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
C ± Receita de Dividendos (Resultado ± Receita) 
 
Método de Equivalência Patrimonial x Distribuição de Dividendos 
 
Quando a investida distribuir dividendos, seu PL sofrerá uma redução no 
valor dos dividendos distribuídos. Logo, o valor dos investimentos 
contabilizados na investidora sofrerá uma redução proporcional ao 
percentual de participação que a investidora tem no capital da investida. 
 
Dividendos a receber = % de participação no capital da investida x 
dividendos a pagar pela investida. 
 
Nos investimentos avaliados pelo MEP, quando 
ocorrer distribuição de dividendos pela 
investida, a investidora efetuará um crédito 
em investimentos, tendo como contrapartida um débito em 
disponibilidades ou dividendos a receber. 
 
D ± Disponibilidades/Dividendos a receber 
C ± Investimentos em coligadas/controladas 
 
Vamos ver como esse assunto já foi explorado em prova! 
 
 
 
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4. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2014) Em janeiro de 
2011, a Cia. Amazônia subscreve 60% do capital ordinário da Cia. Mamoré, 
registrando essa Participação Societária, em seus ativos, pelo valor de 
R$720.000. Nesse mesmo período, a empresa controlada vende à vista 
para a Cia. Amazônia estoques no valor de R$200.000, obtendo nessa 
transação um lucro de R$50.000. Ao final desse exercício, o Patrimônio 
Líquido da controlada ajustado correspondia a R$1.230.000 e a investidora 
repassou para terceiros 70% dos estoques adquiridos da Cia. Mamoré pelo 
valor à vista de R$250.000. 
 
Considerando estas informações, responda à questão. 
 
Ao final de dezembro, no encerramentodo exercício social, a Cia. Amazônia 
deve efetuar o lançamento contábil de: 
a) débito na conta Resultado de Investimentos a crédito na conta de 
Participações Societárias ± Cia. Mamoré no valor de R$18.000. 
b) débito na conta Participações Societárias ± Cia. Mamoré a crédito de 
Receitas de Investimentos no valor de R$15.000. 
c) débito na conta de Resultado de Equivalência Patrimonial a crédito de 
Participações Societárias ±Cia. Mamoré no valor de R$12.500. 
d) débito na conta de Resultado de Equivalência Patrimonial a crédito de 
Participações Societárias ±Cia. Mamoré no valor de R$5.000. 
e) débito na conta de Participações Societárias ± Cia. Mamoré a crédito de 
Resultado de Equivalência Patrimonial no valor de R$3.000. 
 
Conforme estudamos, nas operações com controladas os lucros não 
realizados são totalmente eliminados tanto nas operações de venda 
da controladora para a controlada, quanto da controlada para a 
controladora ou entre as controladas. 
 
Efetuando os cálculos, temos: 
 
Valor inicial do investimento 720.000,00 
 
Valor final do PL (Cia Mamoré) 1.230.000,00 
(x) percentual de participação (60%) 738.000,00 
 
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Observe que houve uma valorização de 18.000,00 (738.000 ± 720.000) 
que deve ser reconhecida como resultado de equivalência patrimonial. Além 
disso, temos que deduzir o valor dos lucros não realizados, conforme vimos 
acima. 
 
Lucro não realizado = 50.000,00 x 30%* = 15.000,00 
 
* Considera-se realizado o lucro quando o ativo for vendido para terceiros. 
Logo, no caso da questão, consideramos realizado 70%, restando 30% não 
realizado. 
 
Assim, a Cia. Amazônia deve reconhecer como Resultado de Equivalência 
Patrimonial o valor de: 
 
18.000,00 ± 15.000,00 = 3.000,00 
 
Para tanto, deverá realizar o seguinte lançamento: 
 
D ± Participações Societárias ± Cia. Mamoré 
C ± Resultado de Equivalência Patrimonial ... 3.000,00 
 
Gabarito: E 
 
 
 
 
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A seguir fizemos uma criteriosa seleção de questões das diversas bancas, 
para que você fixe os conhecimentos estudados na parte teórica da nossa 
aula. 
 
 
 
 
5. (FCC/Auditor Fiscal da Receita Municipal/Teresina/2016) No dia 
30/04/2015, a empresa Sempre Comprando S.A. adquiriu 80% das ações 
da empresa Perspectiva S.A. por R$ 80.000.000,00 e passou a deter 
controle sobre esta. O valor pago corresponde a 80% do valor justo líquido 
dos ativos e passivos adquiridos pela empresa Sempre Comprando S.A. No 
ano de 2015, a empresa Perspectiva S.A. apurou um lucro líquido de R$ 
24.000.000,00. 
 
Os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2015 e na 
Demonstração do Resultado do ano de 2015, nas demonstrações contábeis 
individuais da empresa Sempre Comprando S.A., foram, respectivamente, 
em reais, 
a) Dividendos a Receber = 19.200.000,00 e Resultado de Participação 
Societária = 19.200.000,00. 
b) Investimentos = 99.200.000,00 e Resultado de Participação Societária 
= 19.200.000,00. 
c) Dividendos a Receber = 24.000.000,00 e Resultado de Participação 
Societária = 24.000.000,00. 
d) Investimentos = 104.000.000,00 e Resultado de Participação Societária 
= 24.000.000,00. 
e) Investimentos = 80.000.000,00 e Resultado de Participação Societária 
= 0. 
 
Na data da aquisição, temos que registrar o valor do investimento no 
balanço patrimonial. Para tanto, basta registrar o valor do custo, conforme 
já destacamos na parte teórica. O lançamento é o seguinte: 
 
D ± Investimentos em Controladas 
C ± Caixa/Banco ... 80.000.000,00 
 
Questões Comentadas 
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Posteriormente, devemos atualizar o valor desse investimento a partir do 
resultado apurado pela investida. Assim, temos: 
 
Resultado MEP = 24.000.000,00 x 80% = 19.200.000,00 
 
Esse valor seri�UHFRQKHFLGR�FRPR�³*DQKR�GH�HTXLYDOrQFLD�SDWULPRQLDO´�QD�
DRE (resultado do exercício) e também aumentará o valor do investimento 
inicial registrado no balanço patrimonial. O lançamento é o seguinte: 
 
D ± Investimentos em Controladas 
C ± Resultado de Equivalência Patrimonial (receita) ... 19.200.000,00. 
 
Assim, no balanço patrimonial ao final de 2015 teremos: 
 
Investimentos em controladas = 80.000.000,00 + 19.200.000,00 Æ 
99.200.000,00 
 
Gabarito: B 
 
6. (FCC/Técnico em Contabilidade/DPE-RR/2015) A empresa Francesa S.A. 
detém participação de 70% na Empresa Paris S.A. e de 8% na Empresa 
Lion S.A., sendo que o investimento na Empresa Paris S.A. é avaliado pelo 
Método da Equivalência Patrimonial e o investimento na Empresa Lion S.A. 
é avaliado pelo Método de Custo. Os valores contábeis dos investimentos, 
evidenciados no Balanço Patrimonial da Empresa Francesa S.A. em 
31/12/2013, eram, em reais, os seguintes: 
 
Investimento na Empresa Valor contábil em 31/12/2013 
Paris 6.000.000,00 
Lion 800.000,00 
 
Os resultados líquidos apurados em 2014 pelas empresas investidas e os 
dividendos que cada empresa pagou para a Empresa Francesa S.A. durante 
o ano de 2014 são apresentados na tabela a seguir: 
 
Empresa 
Lucro Líquido apurado 
em 2014 
Dividendos pagos para a Empresa 
Francesa em 2014 
Paris R$ 1.000.000,00 R$ 400.000,00 
Lion R$ 400.000,00 R$ 100.000,00 
 
Os valores contábeis correspondentes aos investimentos na Empresa Paris 
S.A. e na Empresa Lion S.A. evidenciados em 31/12/2014, no Balanço 
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Patrimonial individual da Empresa Francesa S.A., são, respectivamente, em 
reais, 
a) 6.700.000,00 e 800.000,00. 
b) 6.700.000,00 e 832.000,00. 
c) 6.300.000,00 e 832.000,00. 
d) 6.300.000,00 e 800.000,00. 
e) 6.300.000,00 e 732.000,00. 
 
Questão bem interessante, pois exige os dois métodos de avaliação de 
investimentos: MEP e custo. Vamos aos cálculos: 
 
Investimento avaliado pelo MEP (Empresa Paris) 
 
Investimento inicial 6.000.000,00 
(+) 70% Lucro Líquido 700.000,00 
(-) Dividendos (400.000,00) 
(=) Participação empresa Paris 6.300.000,00 
 
Investimento avaliado pelo Custo (Empresa Lion) 
 
Conforme estudamos, no método do custo o investimento não sofre 
impacto em decorrência do resultado apurado pela investida. Além disso, 
os dividendos são contabilizados como receita. Logo, o valor do 
investimento permanecerá ao final do exercício pelo valor de 800.000,00. 
 
Gabarito: D 
 
7. (FCC/Analista/Contabilidade/CNMP/2015) O Patrimônio Líquido contábil 
da Empresa Riacho Fundo S.A., em 31/12/2012, era R$ 10.000.000,00. A 
Cia. Grande Rio adquiriu, em 31/12/2012, 40% das ações da Empresa 
Riacho Fundo S.A., pagando à vista o valor de R$ 6.000.000,00 e passando 
a ter influência significativa sobre a empresa investida. Sabe-se que na 
data da aquisição das ações, o valor justo líquido dos ativos e passivos 
identificáveis da Empresa Riacho Fundo S.A. era R$ 12.000.000,00, e a 
diferença para o Patrimônio Líquido contábil decorre do valor contabilizado 
pelo custo e o valor justo de um terreno. 
No período de 01/01/2013 a 31/12/2013, a Empresa Riacho Fundo S.A. 
reconheceu asseguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: 
í�/XFUR�OtTXLGR�GH�������������������������������������������������������5������������ 
í�3DJDPHQWR�GH�GLYLGHQGRV����������������������������............... R$ 200.000,00 
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Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em 
Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Grande Rio, em 
31/12/2014, foi, em reais, 
(A) 4.360.000,00. 
(B) 6.360.000,00. 
(C) 4.280.000,00. 
(D) 6.280.000,00. 
(E) 5.080.000,00. 
 
2� YDORU� UHFRQKHFLGR� HP� ,QYHVWLPHQWRV� HP� &ROLJDGDV�� QR� %DODQoR�
3DWULPRQLDO�LQGLYLGXDO�GD�&LD��*UDQGH�5LR��HP�������������DSUHVHQWDGR�DR�
ILQDO�GR�H[HUFtFLR�p�REWLGR�DSOLFDQGR�VH�R�SHUFHQWXDO�GH�SDUWLFLSDomR�������
VREUH�R�OXFUR�OtTXLGR�DMXVWDGR��5�������������±��������������VRPDGR�DR�
YDORU�FRQWiELO�DQWHULRU��$VVLP��WHPRV� 
 
�����������[����� ����������� 
 
(VVH�YDORU�LUi�DXPHQWDU�R�LQYHVWLPHQWR��SRU�PHLR�GR�VHJXLQWH�ODQoDPHQWR� 
 
'�±�,QYHVWLPHQWR 
&�±�5HFHLWD�GH�(TXLYDOrQFLD�3DWULPRQLDO��������������� 
 
3RUWDQWR��R�YDORU�GR�LQYHVWLPHQWR�DSUHVHQWDGR�QR�%DODQoR�3DWULPRQLDO�GH�
�����������VHUi�R�YDORU�SDJR�QD�GDWD�GD�DTXLVLomR������������������RV�
�����������UHIHUHQWHV�j�SDUWLFLSDomR�QR�OXFUR�OtTXLGR� 
 
,QYHVWLPHQWR� ��������������������������� ������������� 
 
Gabarito: D 
 
8. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) A Cia. Europeia 
adquiriu 40% das ações da Cia. Sem Cheiro por R$ 5.500.000. Na data da 
aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Sem Cheiro era R$ 6.000.000 e o 
valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Sem Cheiro 
era R$ 9.000.000. 
 
Sabendo que a Cia. Sem Cheiro, em 2013, apurou um lucro líquido de R$ 
800.000 e distribuiu e pagou dividendos no valor de R$ 300.000, a Cia. 
Europeia reconheceu, em 2013, receita de 
a) equivalência patrimonial de R$ 200.000. 
b) dividendos de R$ 120.000. 
c) equivalência patrimonial de R$ 320.000. 
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d) equivalência patrimonial de R$ 200.000 e receita de dividendos de R$ 
120.000. 
e) equivalência patrimonial de R$ 320.000 e receita de dividendos de R$ 
120.000. 
 
Antes de comentarmos a questão, uma ressalva: 
 
A questão não deixa claro que o método de avaliação é por equivalência 
patrimonial, pois deveria indicar ser uma coligada ou controlada ou ao 
menos inserir informações que permitam chegar a essa conclusão, por 
exemplo, "sabendo-se que a investidora possui influência significativa nas 
decisões da investida" ou se fosse inserido "40% das ações com direito a 
voto". Assim, na hora da prova tente ser flexível. Observe que nas 
alternativas fala-se em "equivalência patrimonial". Nesse caso resolva por 
MEP. 
 
Feita a ressalva, observe que para resolvermos a questão, basta aplicarmos 
40% (referentes ao percentual de participação da Cia Europeia na Cia Sem 
Cheiro) sobre o valor do lucro líquido apurado pela Cia Sem Cheiro 
(800.000). Assim, temos: 
Receita de equivalência patrimonial = 800.000 x 40% Æ 320.000,00 
 
Lembre-se que nos investimentos avaliados pelo MEP, quando ocorrer 
distribuição de dividendos pela investida, a investidora efetuará um crédito 
em investimentos, tendo como contrapartida um débito em disponibilidades 
ou dividendos a receber. 
 
D ± Disponibilidades/Dividendos a receber 
C ± Investimentos em coligadas/controladas 
 
9HMD�TXH�VRPHQWH�FRP�HVVH�FRQKHFLPHQWR�H[FOXLUtDPRV�DV�DOWHUQDWLYDV�³%´��
³'´�H�³(´� 
 
Por oportuno, vamos aproveitar essa questão para visualizar como ficaria 
os lançamentos da Mais-Valia e do Goodwill. 
 
Mais Valia = Valor Justo do Investimento ± Valor Contábil do Investimento 
Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) 
Valor Contábil do Investimento = % x PL (Valor Contábil da Investida) 
 
Valor Justo do Investimento = 40% x 9.000.000 = 3.600.000 
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Valor Contábil do Investimento = 40% x 6.000.000 = 2.400.000 
 
Mais-Valia = 3.600.000 ± 2.400.000 = 1.200.000 
 
Goodwill = Valor Pago no Investimento (ou Custo de Aquisição) ± Valor 
Justo do Investimento 
Sendo, Valor Justo do Investimento = % × PL (Valor Justo da Investida) 
 
Valor Pago no Investimento = 5.500.000 
Valor Justo do Investimento = 40% x 9.000.000 = 3.600.000 
Goodwill = 5.500.000 ± 3.600.000 = 1.900.000 
 
Lançamento: 
D ± Ações da Cia. Sem Cheiro ........................... 2.400.000 
D ± Mais-Valia a amortizar ................................ 1.200.000 
D ± Goodwill ................................................... 1.900.000 
C ± Caixa ....................................................... 5.500.000 
 
No balanço da Cia. Europeia: 
 
Ativo Não Circulante ± Investimentos 
Ações da Cia. Sem Cheiro ........................... 2.400.000 
Mais-Valia a amortizar ................................ 1.200.000 
Goodwill ................................................... 1.900.000 
 
Observe que a soma dos três componentes totaliza o custo de aquisição da 
empresa Cia. Sem Cheiro. Assim, 
 
Custo de aquisição = valor contábil + mais-valia + goodwill 
 
Custo de aquisição = 2.400.000 + 1.200.000 + 1.900.000 = 5.500.000 
 
Gabarito: C 
 
Instruções: Para responder às questões de números 18 e 19, considere as 
informações a seguir: 
 
Em 31/12/2013, a Cia. Europeia adquiriu 80% das ações da Cia. Americana 
por R$ 6.400.000,00 com pagamento à vista. Na data da aquisição, o 
Patrimônio Líquido da Cia. Americana era R$ 7.000.000,00 e o valor justo 
líquido dos seus ativos e passivos identificáveis era R$ 7.500.000,00, sendo 
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que a diferença foi decorrente de um ativo intangível com vida útil 
indefinida registrado pela Cia. Americana. 
 
No período de 01/01/2014 a 30/06/2014, a Cia. Americana reconheceu as 
seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: 
 
í Lucro líquido do primeiro semestre de 2014: R$ 600.000,00 
í Distribuição de dividendos: R$ 150.000,00 
í Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 80.000,00 
(devedor) 
 
9. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) No primeiro semestre de 
2014, o impacto reconhecido na Demonstração do Resultado da Cia. 
Europeia referente ao Investimento que detém na Cia. Americana foi, em 
reais, 
 
a) 296.000,00 
b) 480.000,00 
c) 120.000,00 
d) 450.000,00 
e) 360.000,00 
 
Basta aplicarmos o percentual de participação (80%) sobre o lucro líquido. 
Assim, temos: 
 
 600.000,00 X 0,8 = 480.000,00 
 
Cabe destacar que os dividendos, em se tratando de investimentos 
avaliados pelo MEP, não afetam o resultado do exercício da investidora, 
mas sim o próprio investimento, reduzindo-o. Ademais, o reconhecimento 
no resultado dos valores registrados na conta Ajustes Acumulados de 
Conversão ocorrerá apenas quando da baixa do investimento. 
 
Gabarito: B 
 
10. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) O valor que a Cia. Europeia 
reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na 
data da aquisição, foi, em reais, 
 
a) 6.000.000,00 
b) 5.600.000,00 
c) 6.400.000,00 
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d) 7.000.000,00 
e) 7.500.000,00 
 
Conforme estudamos na parte teórica, segundo o CPC 18 ± Investimento 
em Controlada e em Coligada, o Método da Equivalência Patrimonial é o 
método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente 
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração 
pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida. 
 
De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Europeia reconheceu 
no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na data da 
aquisição, o valor de R$ 6.400.000,00. 
 
Gabarito: C 
 
11. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT-MG/2015) A Cia. Horizonte 
adquiriu, em 31/12/2013, 80% das ações da Cia. Verdejante por R$ 
16.000.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. 
Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Verdejante era R$ 
18.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis 
desta empresa era R$ 19.000.000,00. A diferença entre estes dois últimos 
valores foi decorrente da atualização do valor de um terreno que a Cia. 
Verdejante havia adquirido em 2012. No exercício de 2014, a Cia. 
Verdejante reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: 
 
Lucro líquido: R$ 1.000.000,00 
Distribuição de dividendos: R$ 200.000,00 
 
Com base nestas informações e sabendo que não ocorreram resultados não 
realizados entre a controladora e a controlada, o valor evidenciado como 
Investimentos em Controladas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. 
Horizonte de 31/12/2014, foi, em reais, 
(A) 17.000.000,00 
(B) 19.960.000,00 
(C) 15.840.000,00 
(D) 15.040.000,00 
(E) 16.640.000,00 
 
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Como a Cia. Horizonte passou a deter o controle da Cia. Verdejante, esse 
investimento deverá ser avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial 
(MEP). 
 
Conforme estudamos, o MEP é o método de contabilização por meio do qual 
o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é 
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do 
investidor sobre os ativos líquidos da investida. 
Assim, na data da aquisição (31/12/2013), a Cia. Horizonte reconheceu no 
Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas o valor de R$ 
16.000.000,00. 
 
No exercício de 2014, a Cia. Horizonte deve reconhecer o percentual 
apurado de lucro pela Cia. Verdejante no valor de R$ 1.000.000,00. Logo, 
temos: 
 
1.000.000,00 x 80% = 800.000,00 
 
Esse valor irá aumentar o investimento em controladas. 
 
Por fim, temos que verificar o reflexo dos dividendos distribuídos pela Cia. 
Verdejante. Cabe destacar que os dividendos, em se tratando de 
investimentos avaliados pelo MEP, não afetam o resultado do exercício da 
investidora, mas sim o próprio investimento, reduzindo-o. Logo: 
 
200.000,00 x 80% = 160.000,00 
 
Do exposto, em 31/21/2014, o valor evidenciado como Investimentos em 
Controladas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Horizonte foi de: 
 
R$ 16.000.000,00 + 800.000,00 ± 160.000,00 = 16.640.000,00 
 
Gabarito: E 
 
12. (FCC/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRT-MG/2015) A Cia. Belas 
Artes adquiriu, em 31/12/2013, 70% das ações da Cia. Astor por R$ 
9.000.000,00 à vista, passando a deter o controle da empresa adquirida. 
Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da Cia. Astor era R$ 
10.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis 
desta empresa era R$ 12.000.000,00. Sendo assim, no Balanço individual 
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da Cia. Belas Artes, o investimento na Cia. Astor, na data da aquisição, 
deve ser reconhecido por, em reais, 
(A) 9.000.000,00 
(B) 8.400.000,00 
(C) 12.000.000,00 
(D) 10.000.000,00 
(E) 7.000.000,00 
 
Segundo o CPC 18 ± Investimento em Controlada e em Coligada, o Método 
da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual 
o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é 
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do 
investidor sobre os ativos líquidos da investida. 
De posse desse conhecimento, percebe-se que a Cia. Belas Artes 
reconheceu no Balanço Patrimonial em Investimentos em Controladas, na 
data da aquisição, o valor de R$ 9.000.000,00. 
 
Gabarito: A 
 
13. (FUNDEP/Analista/Contabilista/Uberaba/2016) Analise a situação 
hipotética a seguir. 
 
A empresa Dora S.A. adquiriu em 2013 a participação de 70% do 
Patrimônio Líquido da Cia. Ada S.A. por R$ 2.100.000,00. O Patrimônio 
Líquido da Cia Ada S.A. totalizava R$ 3.000.000,00 em 2013 e fechou o 
ano de 2014 totalizando R$ 2.500.000,00. 
 
Considerando esses fatos, a empresa Dora S.A. deve efetuar qual 
lançamento para o encerramento do exercício de 2014? 
a) Resultado de Equivalência Patrimonial 
 a Investimento em Ada S.A. ± R$350.000,00 
b) Resultado de Equivalência Patrimonial 
 a Investimento em Ada S.A. ±R$500.000,00 
c) Investimento em Ada S.A. 
 a Saldo em Tesouraria ± R$500.000,00 
d) Investimento em Ada S.A. 
 a Resultado de Equivalência Patrimonial ± R$350.000,00 
 
Efetuando os cálculos, temos: 
 
 
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Investimento inicial = 70% x 3.000.000,00 Æ 2.100.000,00 
 
A questão informa que o PL da empresa Ada S.A que era de 3.000.000,00 
passou ao final do exercício para 2.500.000,00. Logo, observa-se que 
houve um prejuízo de 500.000,00. Sobre esse valor temos que aplicar os 
70% de participação, a fim de identificar o resultado de equivalência 
patrimonial. 
 
Resultado de Equivalência Patrimonial = 70% de 500.000,00 Æ 
350.000,00 (perda) 
 
O lançamento da perda é o seguinte: 
 
D ± Perda de Equivalência Patrimonial 
C ± Investimento em Ada S.A ... 350.000,00 
 
Gabarito: A 
 
14. (CS UFG/Auditor de Tributos do Município de Goiânia/2016) O método 
de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente 
reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração 
pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida é denominado: 
a) rentabilidade futura. 
b) valor recuperável. 
c) valor contábil líquido. 
d) equivalência patrimonial. 
 
Segundo o CPC 18 (R2), 
 
Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização 
por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo 
custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-
aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da 
investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua 
participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados 
Dora 
S.A 
Ada 
S.A 
70% 
PL = 3.000.000,00 
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abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados 
abrangentes da investida." 
 
Gabarito:

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