Buscar

Transtornos de Personalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

TRANSTORNOS 
DE 
PERSONALIDADE 
Adriana Furer Barreto 
 PERSONALIDADE 
PERSONALIDADE 
Conjunto de características psicológicas que 
determinam os padrões de pensar, sentir e agir. 
 
 “Jeitão de ser”... Ou “Conjunto das 
características marcantes de uma pessoa“. 
PERSONALIDADE 
 
A formação da personalidade é um processo gradual, 
complexo e único a cada indivíduo; 
 Torna-o exclusivo em sua maneira de ser. 
 
Componente inato Temperamento (base biológica 
instintiva e geneticamente determinada): características 
afetivas e volitivas como o humor, extroversão, afetividade 
e impulsividade. 
 
Componente adquirido Caráter: inclui valores éticos e 
morais e conteúdos incorporados durante o 
desenvolvimento do indivíduo. 
Porém, é difícil precisar o quanto de 
DNA e o quanto de ambiente 
existem na formação e manutenção 
da personalidade. 
 
TRAÇO DE PERSONALIDADE 
Padrões persistentes de percepção, de relacionamento 
e de pensamento sobre o ambiente e sobre si mesmo 
que são exibidos em uma ampla gama de contextos 
sociais e pessoais (DSM-V). 
 
O que diferencia uma pessoa da outra é a AMPLITUDE e 
INTENSIDADE com que cada traço é vivenciado. 
 
 
Os traços de personalidade que definem o transtorno devem ser 
diferenciados das características que surgem em resposta a 
estressores situacionais específicos ou estados mentais mais 
transitórios (intoxicação por substância ou condição médica, 
infecciosa ou traumática, transtorno bipolar, depressivo ou de 
ansiedade, etc). 
Traço de personalidade 
PERSONALIDADE E TRANSTORNO 
Transtornos de personalidade 
são alterações marcantes no 
jeito de sentir, perceber a si e o 
mundo e se relacionar, muito 
diferentes da média geral da 
comunidade na qual o indivíduo 
vive, trazendo sofrimento para si 
e para os que o cercam. 
(Martins, Junior, Cordás, 2006) 
CARACTERÍSTICAS COMUNS EM 
PACIENTES COM TP: 
• Mentiras; 
• Contradições e confabulações; 
• Falas carregadas de “conteúdo fantástico”; 
• Tentativas de manipulação; 
• Sedução; 
• Intimidade indevida; 
• Ameaças; 
• Supervalorização ou desvalorização do papel do 
profissional. 
 
PERGUNTAS ESSENCIAIS NA ANAMNESE: 
 
1. Frequentemente as atitudes que toma geram sofrimento a você ou a outras 
pessoas? 
2. Seu comportamento tem prejudicado seu desempenho pessoal ou 
profissional? 
3. Desde que idade você tem dificuldade em se relacionar com as pessoas? 
4. Você tem dificuldade em controlar seus impulsos? 
5. Você usa regularmente álcool ou outras drogas? 
6. Você se sente incompreendido pela maioria das pessoas? Elas costumam 
julgar seus atos de forma errônea? 
 
 (Martins, Junior, Cordás, 2006) 
TP E TCC 
As crenças disfuncionais são ativadas na maior parte do tempo e as estratégias 
utilizadas para lidar com essas crenças são difíceis para eles e para os outros. 
Na perspectiva da TCC indivíduos com TP apresentam esquemas inflexíveis e 
não adaptativos que são mantidos pelo processo de distorção cognitiva 
Formados na infância ou em momentos posteriores da vida 
Podem ser positivos ou negativos, adaptativos ou não adaptativos 
Esquemas: princípios organizadores que o indivíduo utiliza para entender a 
própria experiência de vida 
O QUE MUDOU NO DSM-V: 
Os critérios diagnósticos para os TP 
permaneceram os mesmos apresentados 
no DSM-IV-TR; 
 
A Sessão II do DSM-V continua reunindo 
os mesmos transtornos divididos em três 
grupos que serão apresentados adiante; 
O QUE MUDOU NO DSM-V: 
Na Sessão III foi incluído um modelo alternativo para os TP que 
apresenta uma concepção acerca do funcionamento da 
personalidade e lista traços de personalidade patológica que 
podem estar presentes em cada um dos transtornos. 
 
Também é apresentada a Escala do Nível de Funcionamento 
da Personalidade (LPFS). 
 
TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE: DSM-V 
“Padrão persistente de experiência interna e 
comportamento que se desvia acentuadamente das 
expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e 
inflexível, começa na adolescência ou no início da 
idade adulta, é estável ao longo do tempo e leva a 
sofrimento ou prejuízo”. 
CRITÉRIOS PARA TP SEGUNDO O 
DSM-V: 
CRITÉRIOS PARA TP SEGUNDO O 
DSM-V: 
TIPOS DSM-V 
Paranóide 
Esquizóide 
Esquizotípico 
 
Anti-Social 
Limítrofe / Borderline 
Histriônico 
Narcisista 
 
Evitativo / Esquiva (ansiosa) 
Dependente 
Obsessivo-compulsivo / Anancástico 
 
Sem outra especificação 
 
Grupo A 
Grupo B 
Grupo C 
GRUPO A 
“Esquisitos ou excêntricos” 
 
 
• Paranóide 
 
• Esquizóide 
 
• Esquizotípico 
 
TP PARANÓIDE - 301.0 (F60.0) 
• O “desconfiado”; 
• Tendência persistente e irrealista de interpretar as 
intenções e ações dos outros como humilhantes ou 
ameaçadoras; 
• Não apresentam sintomas psicóticos (delírios e/ou 
alucinações). 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
PARANÓIDE – DSM-V 
A. Um padrão global de desconfiança e suspeitas invasivas em relação aos 
outros, de modo que seus motivos são interpretados como malévolos, que 
começa no início da idade adulta e se apresenta em uma variedade de 
contextos, como indicado por, no mínimo, quatro dos seguintes critérios: 
 
(1) Suspeita, sem embasamento suficiente, de estar sendo explorado, 
maltratado ou enganado por outros; 
(2) Preocupa-se com dúvidas injustificadas acerca da lealdade ou 
confiabilidade de amigos e sócios; 
(3) Reluta em confiar nos outros devido a medo infundado de que as 
informações serão usadas maldosamente contra si; 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
PARANÓIDE – DSM-V 
(4) Percebe significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em 
comentários ou eventos benignos; 
(5) Guarda rancores de forma persistente (não perdoa insultos, injúrias 
ou desprezo); 
(6) Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são percebidos 
pelos outros e reage com raiva ou contra-ataca rapidamente; 
(7) Tem suspeitas recorrentes e injustificadas acerca da fidelidade do 
cônjuge ou parceiro sexual. 
 
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, 
transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro 
transtorno psicótico e não é atribuível aos efeitos fisiológicos de outra 
condição médica. 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP PARANÓIDE 
Visão de si: Cheio de razão, inocente, nobre, vulnerável. 
Visão dos outros: Interferentes, maliciosos, discriminadores, 
abusivos. 
Padrão de Comportamento: 
 Superdesenvolvido: Vigilância, desconfiança, suspeita. 
 Subdesenvolvido: Serenidade, confiança, aceitação. 
 
Crenças centrais (ou nucleares): “As pessoas são perigosas”, “Eu sou 
vulnerável às outras pessoas”, “Não podemos confiar nos outros”, “Eles 
têm más intenções em relação a mim”, “Eles são fingidos”, “Eles querem 
me depreciar”. 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP PARANÓIDE 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se eu não tomar cuidado, 
as pessoas vão me manipular, abusar ou tirar vantagem de mim”, “Se as 
pessoas agirem amigavelmente, é porque estão tentando me usar”, “Se 
as pessoas parecerem distantes, isso prova que são hostis”. 
Ameaças: ser diminuído de alguma maneira (por manipulação, 
controle, humilhação ou discriminação). 
Estratégias: Ser cauteloso, procurar motivos ocultos, acusar, contra-
atacar. 
Afetos: raiva (pelo abuso presumido), ansiedade. 
 
TRATAMENTO 
 
• Evitar contestardiretamente a paranóia; 
• Foco na relação colaborativa; 
• Aumentar a auto eficácia em relação as situações-problema 
(avaliação mais realista da capacidade de lidar com uma 
situação/melhorar habilidades de enfrentamento); 
• Aumenta a confiança vigilância e defensividade parecerão 
menos necessárias redução diminui a intensidade da 
sintomatologia técnicas convencionais. 
 
TP ESQUIZÓIDE – 301.20 (F60.1) 
• O “isolado”; 
 
• Grave restrição na interação emocional; funciona bem com máquinas, 
tarefas; o “ser humano” incomoda, o “abraço” invade; falta de interesse 
em relações sociais, tendência ao isolamento e à introspecção, e frieza 
emocional; 
 
• Difere de esquizofrenia - ainda que ambos compartilhem características 
como distanciamento ou embotamento afetivo - o esquizofrênico perde o 
senso de realidade (psicose). 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
ESQUIZÓIDE – DSM-V 
A. Um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita 
de expressão de emoções em contextos interpessoais que surgem no início da 
vida adulta e estão presentes em uma variedade de contextos, indicado por, 
no mínimo, quatro dos seguintes critérios: 
 
(1) Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma 
família; 
(2) Quase sempre opta por atividades solitárias; 
(3) Manifesta pouco ou nenhum interesse em ter experiências sexuais com outra 
pessoa; 
(4) Tem prazer em poucas atividades, por vezes em nenhuma; 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
ESQUIZÓIDE – DSM-V 
 
(5) Não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de 
primeiro grau; 
(6) Mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outro; 
(7) Demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo. 
 
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, transtorno 
bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico 
ou transtorno do espectro autista e não é atribuível aos efeitos psicológicos 
de outra condição médica. 
PERFIL COGNITIVO DO TP ESQUIZÓIDE 
Visão de si: Autossuficiente, solitário. 
Visão dos outros: Intrusivo. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Autonomia, isolamento. 
Subdesenvolvido: Intimidade, reciprocidade. 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu preciso de muito espaço”, “Eu sou, 
basicamente, uma pessoa sozinha”, “Relacionamentos íntimos com as 
pessoas são frustrantes e complicados”, “Eu consigo fazer melhor as 
coisas se não for perturbado pelos outros”, “Relacionamentos íntimos são 
indesejáveis porque interferem na minha liberdade de ação”. 
 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP ESQUIZÓIDE 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se eu me aproximar muito das pessoas, elas vão 
querer tomar conta”, “Não poderei ser feliz se não tiver mobilidade completa”. 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se eu me aproximar 
muito das pessoas, elas vão querer tomar conta”, “Não poderei ser 
feliz se não tiver mobilidade completa”. 
 
Ameaças: qualquer ação que represente intromissão em seu espaço. 
Estratégias: Manter distância. 
Afetos: níveis baixos de tristeza, ansiedade (não demonstram). 
 
TRATAMENTO 
• Não são empáticos; 
• Respostas monossilábicas; 
• Iniciar pela ansiedade e humor deprimido; 
• Lista de problemas e de objetivos; 
• Trabalhar crenças sobre mudança e motivação para tal; 
• Vantagens e desvantagens de mudar/ fazer terapia, etc; 
• Registro de coisas positivas que faz; 
• Trabalhar embotamento e distanciamento afetivo: quando possível treino 
comportamental (pedir informação a alguém na fila do banco). 
 
TP ESQUIZOTÍPICO – 301.22 (F21) 
• O “excêntrico”; 
• Grave desconforto na interação emocional (como o 
esquizóide); 
• Dificuldade em manter relacionamentos saudáveis; 
suas conversas geralmente são excessivamente 
elaboradas e difíceis de acompanhar; 
• Podem ter sofrido abuso; 
• Fortes crenças no sobrenatural inapropriadas a seu 
contexto social, percepções inusitadas; 
• Desconfiança e medo sem evidências de ameaça. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
ESQUIZOTÍPICO – DSM-V 
A. Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por 
desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, 
além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, 
que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, 
conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 
 
(1) Ideias de referência (excluindo delírios de referência); 
(2) Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o 
comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais 
(superstições, crenças em clarividência, telepatia ou sexto sentido; em 
crianças e adolescentes, fantasias e preocupações bizarras); 
(3) Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais; 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
ESQUIZOTÍPICO – DSM-V 
(4) Pensamento e discurso estranhos (vago, metafórico, excessivamente 
elaborado ou estereotipado); 
(5) Desconfiança ou ideação paranóide; 
(6) Afeto inadequado ou constrito; 
(7) Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar; 
(8) Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de 
primeiro grau; 
(9) Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a 
estar associada mais a temores paranóides do que julgamentos negativos 
sobre si mesmo. 
 
B. Não ocorre exclusivamente durante o curso da esquizofrenia, transtorno 
bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos ou outro transtorno psicótico 
ou transtorno do espectro autista. 
 
 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP ESQUIZOTÍPICO 
Visão de si: Irreal, isolado, solitário, vulnerável, socialmente 
conspícuo, sobrenaturalmente sensível e talentoso. 
Visão dos outros: Inconfiáveis, malevolentes. 
Crenças caracterizam-se mais pela peculiaridade de pensamento 
(supersticioso, mágico (clarividência, telepatia ou sexto sentido): “É 
melhor ficar isolado dos outros”. 
Principais estratégias: Ficar atento e neutralizar a atenção malevolente 
dos outros, ficar consigo mesmo, estar vigilante quanto a forças ou 
eventos sobrenaturais. 
TRATAMENTO 
• Pensamento mágico dificulta o entendimento; 
• Trabalhar crenças sobre confiança; 
• Exame de evidências; 
• Redução da ansiedade; 
• Lista de problemas e metas; 
• Experimentos comportamentais; 
• Registro de dados positivos sobre si; 
• Treino de assertividade. 
 
 
GRUPO B 
“Dramáticos, emotivos e erráticos”. 
 
 
• Antissocial 
 
• Borderline 
 
• Histriônico 
 
• Narcisista 
 
 
 
 
TP ANTISSOCIAL – 301.7 (F 60.2) 
• O “fora da lei”; 
• Indiferença/descaso aos direitos e sentimentos dos outros; 
• Na infância ou na adolescência são denominados transtornos de conduta; 
• Desprezo por normas sociais, sabem o que não é certo; 
• São frios e calculistas; alta inteligência; usa o outro e gosta deste poder. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
ANTISSOCIAL – DSM-V 
A. Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras 
pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por 
três (ou mais) dos seguintes: 
 
(1) Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos 
legais, conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos 
de detenção; 
(2) Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de 
nomes falsos ou de trapaça para ganhos ou prazer pessoal; 
(3) Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro; 
(4) Irritabilidadee agressividade, conforme indicado por repetidas lutas 
corporais ou agressões físicas; 
(5) Descaso pela segurança de si e de outros; 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O 
TP ANTISSOCIAL – DSM-V 
(6) Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em 
manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações 
financeiras; 
(7) Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou 
racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas. 
 
B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade. 
C. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos 15 
anos de idade. 
D. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente 
durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar. 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP ANTISSOCIAL 
Visão de si: Solitário, autônomo, forte. 
Visão dos outros: Vulneráveis, exploradores. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Combatividade, exploração, predação. 
Subdesenvolvido: Empatia, reciprocidade, Sensibilidade social. 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu tenho direito de quebrar as 
regras”, “Tenho de ser o agressor para não ser a vítima”, “Os outros são 
otários ou fracos”, “Os outros são exploradores e, portanto, justifica-se 
explorá-los também”. 
PERFIL COGNITIVO DO TP ANTISSOCIAL 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se eu não pressionar 
(manipular, pressionar ou atacar) os outros, jamais conseguirei o que 
mereço”, “Se me fizerem algo de que eu não goste, tenho todo o direito 
de dar o troco”. 
Principais estratégias: Atacar, roubar, enganar, manipular. 
Afeto: raiva (quando existe!). 
TRATAMENTO 
 Contrato rígido; 
 Redução de danos; 
 Lista de problemas e objetivos; 
 Auto monitoramento - Melhor controle dos comportamentos disruptivos; 
 Manejo da raiva e estratégias de enfrentamento; 
 Psicoeducação; 
 Habilidades sociais; 
 Vantagens e desvantagens. 
TP BORDERLINE – 301.83 (F 60.3) 
• O “instável”; 
• TP Limítrofe; 
• Imaturidade emocional. Difícil conter a raiva; 
• Comportamentos de automutilação (cortes, drogas, comida); 
• Conduta suicida (ou ameaça) e sentimentos crônicos de vazio e tédio; 
• Aparentemente vistos como rebeldes, problemáticos, geniosos e 
temperamentais; 
• Frequentemente confundido com depressão e tr. bipolar; 
• Medicação pode ajudar a evitar um descontrole emocional intenso. 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O 
TP BORDERLINE – DSM-V 
Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e 
dos afetos e de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e 
está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos 
seguintes: 
 
1. Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário. (Nota: não 
incluir comportamento suicida ou de automutilação coberto pelo Critério 5); 
2. Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos 
caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e 
desvalorização; 
3. Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da 
autoimagem ou da percepção de si mesmo; 
 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
BORDERLINE – DSM-V 
4. Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas 
(gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão 
alimentar) . (Nota: não incluir comportamento suicida ou de automutilação 
coberto pelo Critério 5); 
5. Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de 
comportamento automutilante; 
6. Instabilidade afetiva devida a uma acentuada relatividade de humor (disforia 
episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de 
poucas horas e apenas raramente de mais alguns dias). 
7. Sentimentos crônicos de vazio; 
8. Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (mostras 
frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes); 
9. Ideação paranóide transitória associada a estresse ou sintomas 
dissociativos intensos. 
 
 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP BORDERLINE 
Visão de si: Vulnerável (à rejeição, à traição, à dominação), destituído 
do apoio emocional necessário, desamparado, fora de controle, 
defeituoso, indigno de amor, mau. 
Visão dos outros: (Idealizada) poderosos, amorosos, perfeitos, 
(Desvalorizada) rejeitadores, controladores, traidores, abandonadores. 
 Miscelânea de crenças. 
Crenças centrais (ou nucleares): “Não consigo enfrentar as coisas 
sozinho”, “Preciso de alguém em quem confiar”, “Não tolero sentimentos 
desagradáveis”, “A pior coisa possível seria o abandono”, “É impossível 
me controlar”, “Eu mereço ser punido. 
PERFIL COGNITIVO DO TP BORDERLINE 
Crenças intermediárias (subjacentes): “Se confiar em alguém serei 
maltratado, considerado insignificante e me abandonarão”. 
Principais estratégias: Protestar dramaticamente, manipular, ameaçar 
ou tornar-se punitivo em relação àqueles que sinalizam possível rejeição, 
aliviar a tensão por meio de automutilação e do comportamento 
autodestrutivo, agir por impulso, tentar o suicídio como escape. 
TRATAMENTO 
 Definir o tipo de trabalho a ser feito (intervenção em situação de crise X 
acompanhamento a longo prazo); 
 Hierarquia de problemas; 
 Crise: falar brevemente ao telefone, gravar áudio com frases tranquilizadoras ; 
 Trabalhar limites; 
 Cartões de enfrentamento; 
 Diário de emoções; 
 Role play, cadeira vazia; 
 Trabalhar pensamentos dicotômicos (amplitude e flexibilização); 
 Experienciar emoções (treino e manejo); 
 Terapia do Esquema. 
 
TP HISTRIÔNICO – 301.50 (F60.4) 
• O “dramático”; 
• Procura de aprovação/admiração; 
• São vívidos, dramáticos, animados, flertadores e alternam seus estados entre 
entusiásticos e pessimistas; 
• Inapropriadamente provocativos sexualmente, expressam emoções de uma 
forma impressionável e facilmente influenciados por outros; 
• Egocentrismo; 
• Homens com sintomas similares tendem a ser diagnosticados com TP 
narcisista. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
HISTRIÔNICO – DSM-V 
Um padrão difuso de emocionalidade e busca de atenção em excesso que surge 
no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado 
por cinco (ou mais) dos seguintes: 
 
1. Desconforto em situações em que não é o centro das atenções; 
2. A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento 
sexualmente sedutor inadequado ou provocativo; 
3. Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções; 
4. Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si; 
5. Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de 
detalhes; 
6. Mostra auto dramatização, teatralidade e expressão exagerada das emoções; 
7. É sugestionável (facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias); 
8. Considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são. 
PERFIL COGNITIVO DO TP HISTRIÔNICO 
Visão de si: Glamuroso, impressionante. 
Visão dos outros: Seduzíveis, receptivos, admiradores. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Exibicionismo, expressividade, impressionismo. 
Subdesenvolvido: Reflexão, controle, sistematização. 
 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu preciso impressionar”, “Eu sou, 
basicamente, pouco atraente”, “Eu preciso que as outras pessoas me admirem 
para que eu possa ser feliz”, “Sou adorável, divertido e interessante”, “Mereço ser 
admirado”, “As pessoas existem para me admirar e fazer o que eu quero”. 
 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP HISTRIÔNICA 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se euimpressionar as pessoas, terei 
valor”, “A menos que eu cative as pessoas, não serei nada”, “Se eu não for capaz 
de entreter as pessoas, elas me abandonarão”, “Se eu não cativar as pessoas, 
estarei desamparado”. 
Principais estratégias: Usar dramaticidade, charme, ter ataques de raiva, chorar, 
gestos suicidas”. 
Afetos: alegria (e outros estados animados) quando estão entretendo as pessoas, 
ansiedade (medo de rejeição) e raiva ou tristeza (quando frustrados). 
TRATAMENTO 
 Agenda: foco; 
 Estabelecer benefícios de curto prazo – motivador; 
 RPD; 
 Vantagens e desvantagens; 
 Assertividade e empatia; 
 Treino de habilidades sociais. 
TP NARCISITA – 301.81 (F6G.81) 
• O “apaixonado por si mesmo”; 
 
• Quer tudo “O mais”, “O melhor”; 
 
• O mundo gira em torno deles; 
 
• Se dá certo, eles têm o crédito; se não dá, justificam com algo 
externo. 
 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
NARCISISTA – DSM-V 
Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), 
necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta 
e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos 
seguintes: 
 
1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (exagera conquistas e 
talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas 
correspondentes); 
2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou 
amor ideal; 
3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser compreendido por, ou 
associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição 
elevada; 
4. Demanda admiração excessiva; 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
NARCISISTA – DSM-V 
5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (expectativas irracionais de 
tratamento especialmente favorável ou que estejam automaticamente de 
acordo com as próprias expectativas); 
6. É explorador em relações interpessoais (tira vantagens de outros para 
atingir os próprios fins); 
7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os 
sentimentos e as necessidades dos outros; 
8. Frequentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da 
inveja alheia; 
9. Comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes. 
 
PERFIL COGNITIVO DO TP NARCISISTA 
Visão de si: Especial, único, merecedor de regras especiais, acima das regras. 
Visão dos outros: Inferiores, admiradores. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Auto engrandecimento, competitividade. 
Subdesenvolvido: Compartilhamento, identificação com o grupo. 
 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu sou especial”, “Já que sou especial, 
mereço atenções, privilégios e prerrogativas especiais”, “Sou superior aos outros 
e eles devem reconhecer isso”, “Eu estou acima das regras”. 
PERFIL COGNITIVO DO TP NARCISISTA 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se os outros não reconhecerem o 
meu status especial, eles merecem ser castigados”, “Para que eu possa manter 
meu status superior, devo esperar subserviência dos outros”, “Se eu não estiver no 
topo, serei um fiasco”, “ 
Crenças sobre incapacidade ou não merecimento de amor podem surgir após um 
fracasso significativo que pode levar a depressão. 
 Estratégias: Usar os outros, transcender as regras, manipular, competir. 
 Afetos: raiva (quando não são admirados ou são frustrados). 
TRATAMENTO 
 
 Reestruturação cognitiva busca de estratégias mais 
adaptativas; 
 Sintomas de ansiedade e depressão; 
 Identificar e testar crenças desadaptativas sobre si; 
 Vantagens e desvantagens de seus comportamentos; 
 Habilidades sociais; 
 Conquistar metas ao invés de apenas fantasiá-las. 
GRUPO C 
“Ansiosos e Medrosos” 
 
 
• Evitativo (Esquiva) 
 
• Dependente 
 
• Obsessivo-Compulsivo 
 
TP EVITATIVO – 301.82 (F60.6) 
• O “sensível”; 
• Sensitividade extrema a críticas ou 
repreensões e tendência à solidão ou 
isolamento; 
• Veem a si como socialmente inaptas e 
não atraentes e evitam contato social por 
medo de serem ridicularizadas, 
humilhadas ou desprezadas; 
• Relatam o sentimento de distanciamento 
da sociedade. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
EVITATIVO – DSM-V 
Um padrão difuso de inibição social, sentimentos de inadequação e 
hipersensibilidade a avaliação negativa que surge no início da vida adulta e 
está presente em vários contextos, conforme indicado por quatro (ou mais) 
dos seguintes: 
 
1. Evita atividades profissionais que envolvam contato interpessoal 
significativo por medo de crítica, desaprovação ou rejeição; 
2. Não se dispõe a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza 
que será recebido de forma positiva; 
3. Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos devido a medo de 
passar vergonha ou de ser ridicularizado; 
4. Preocupa-se com críticas ou rejeição em situações sociais; 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
EVITATIVO – DSM-V 
5. Inibe-se em situações interpessoais novas em razão de 
sentimentos de inadequação; 
6. Vê a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos 
pessoais ou inferior aos outros; 
7. Reluta de forma incomum em assumir riscos pessoais ou se 
envolver em quaisquer novas atividades, pois estas podem ser 
constrangedoras. 
PERFIL COGNITIVO DO TP EVITATIVO 
Visão de si: Vulnerável à rejeição, socialmente inepto, incompetente. 
Visão dos outros: Críticos, exigentes, superiores. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Vulnerabilidade social, evitação, inibição. 
Subdesenvolvido: Auto assertividade, agregacionismo. 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu não presto (não tenho valor, não 
sou digno de amor)”, “Não consigo tolerar sentimentos desagradáveis”. 
PERFIL COGNITIVO DO TP EVITATIVO 
. 
 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se as pessoas 
conhecessem o meu „verdadeiro‟ eu, elas me rejeitariam”, “Se eu 
tentasse fazer uma coisa nova e fracassasse, isso seria devastador”. 
Ameaças: serem revelados como uma “fraude”, serem 
desprezados, humilhados ou rejeitados 
Estratégias: Evitar situações de avaliação, evitar sentimentos ou 
pensamentos desagradáveis. 
Afetos: disforia (ansiedade + tristeza). 
TRATAMENTO 
 
 Identificar e testar crenças disfuncionais; 
 RPD sobre situações de evitação; 
 Hierarquia de tarefas para aumentar a tolerância a emoções 
negativas; 
 Treino de assertividade e habilidades sociais; 
 Relacionamento terapêutico laboratório. 
TP DEPENDENTE 301.6 (F60.7) 
• O “apegado”; 
• Dependência afetiva e física de outras pessoas. Grave submissão ao outro 
na espera de proteção e cuidados; 
• Acreditam que estão em um mundo frio e perigoso e são incapazes de lidar 
sozinhos; 
• Evitam situações que os obriguem a aceitar responsabilidade e acreditam 
que falta habilidades, virtudes e atrativos; 
• Nas relações de proteção, eles negam a sua individualidade e subordinam 
seus desejos aos de outras pessoas significativas; 
• Sua percepção limitada permite que eles sejam ingênuos e acríticos. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
DEPENDENTE – DSM-V 
Uma necessidade difusa e excessiva de ser cuidado que leva a 
comportamento de submissão e apego que surge no início da vida adulta e 
está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos 
seguintes: 
 
1. Tem dificuldade em tomar decisões cotidianas sem uma quantidade 
excessiva de conselhos e reasseguramento de outros; 
2. Precisa que outros assumam responsabilidade pela maior parte das 
principais áreas de sua vida; 
3. Tem dificuldade em manifestar desacordo com outros devidoa medo de 
perder apoio ou aprovação. (Nota: não incluir medos reais de retaliação); 
4. Apresenta dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria 
(devido mais a falta de autoconfiança em seu julgamento ou em suas 
capacidades do que a falta de motivação ou energia); 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
DEPENDENTE – DSM-V 
5. Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de 
voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis; 
6. Sente-se desconfortável ou desamparado quando sozinho devido a 
temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si mesmo; 
7. Busca com urgência outro relacionamento como fonte de cuidado e 
amparo logo após o término de um relacionamento íntimo; 
8. Tem preocupações irreais com medos de ser abandonado a própria sorte. 
PERFIL COGNITIVO DO TP DEPENDENTE 
Visão de si: Carente, frágil, incapaz, incompetente. 
Visão dos outros: (Idealizada) Nutridores, apoiadores, competentes. 
Padrão de C : 
Superdesenvolvido: Busca de ajuda, apego extremo. 
Subdesenvolvido: Autossuficiência, mobilidade. 
Crenças centrais: “Eu sou completamente incapaz”, “Eu preciso de 
outras pessoas – especificamente uma pessoa forte, para sobreviver”, “Eu 
não posso viver sem um homem (mulher)”, “Eu sou totalmente sozinho”. 
PERFIL COGNITIVO DO TP DEPENDENTE 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Eu só serei feliz se for 
amada”, “Eu só consigo funcionar se tiver acesso a alguém 
competente”, “Se for abandonado, morrerei”. 
 Estratégias: Cultivar relacionamentos dependentes. 
 Ameaça: rejeição ou abandono. 
 Afeto: ansiedade; esporadicamente, tristeza e euforia. 
 
TRATAMENTO 
 Trabalhar autonomia (vantagens X desvantagens, crenças relacionadas 
etc); 
 Aumentar auto confiança e auto eficácia; 
 Questionamento socrático e descoberta guiada; 
 PA e Erros cognitivos; 
 Lista de metas; 
 Exposição gradual; 
 Iniciar tarefas na sessão; 
 
 
TP OBSESSIVO-COMPULSIVO – 301.4 (F60.5) 
• O “perfeccionista”; 
• Constante preocupação com pormenores, prudência e rigidez 
excessivas; 
• Atenção extenuante a regras, detalhes triviais, 
procedimentos, listas, horários ou formalidades, resultando 
desgaste emocional a si e aos outros; 
• Não percebem o quanto os outros ficam incomodados com o 
seu comportamento; 
• Ansiedade de desempenho. 
• Na fúria podem ser perversos, cruéis – com boa intenção; 
• Os/As companheiros(as) usualmente são masoquistas, 
dependentes e/ou deprimidos. 
 
 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
OBSESSIVO-COMPULSIVO – DSM-V 
Um padrão difuso de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle 
mental e interpessoal à custa de flexibilidade, abertura e eficiência que surge 
no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme 
indicado por quatro (ou mais), dos seguintes: 
 
1. É tão preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou 
horários a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido; 
2. Demonstra perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (não 
consegue completar um projeto porque seus padrões próprios 
demasiadamente rígidos não são atingidos); 
3. É excessivamente dedicado ao trabalho e à produtividade em detrimento 
de atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia 
necessidade financeira); 
4. É excessivamente consciencioso, escrupuloso e inflexível quanto a 
assuntos de moralidade ética ou valores (não explicado por identificação 
cultural ou religiosa); 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O TP 
OBSESSIVO-COMPULSIVO – DSM-V 
5. É incapaz de descartar objetos usados ou sem valor mesmo quando 
não têm valor sentimental; 
6. Reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos 
que elas se submetam à sua forma exata de fazer as coisas; 
7. Adota um estilo miserável de gastos em relação a si e a outros: o 
dinheiro é visto como algo a ser acumulado para futuras catástrofes; 
8. Rigidez e teimosia. 
PERFIL COGNITIVO DO TP OBSESSIVO-
COMPULSIVO 
Visão de si: Responsável, confiável, meticuloso, competente. 
Visão dos outros: Irresponsáveis, casuais, incompetentes, 
autoindulgentes. 
Padrão de C: 
Superdesenvolvido: Controle, responsabilidade, sistematização. 
Subdesenvolvido: Espontaneidade, divertimento. 
Crenças centrais (ou nucleares): “Eu poderia ficar sobrecarregado”, 
“Eu sou, basicamente, desorganizado ou desorientado”, “Eu preciso de 
ordem, sistemas e regras, para sobreviver”. 
PERFIL COGNITIVO DO TP OBSESSIVO-
COMPULSIVO 
Estratégias: Aplicar regras, perfeccionismo, avaliar, controlar o que “deveria” 
fazer, criticar, punir. 
Ameaças: falhas, erros, desorganização ou imperfeições.. 
Afeto: ansiedade ou raiva; tristeza. 
Crenças intermediárias (ou subjacentes): “Se eu não tiver um roteiro, nada 
vai funcionar”, “Qualquer falha ou defeito no desempenho produzirá uma 
catástrofe”, “Se eu ou os outros não tivermos um desempenho, segundo os mais 
altos padrões, fracassaremos”, “Se eu falhar nisso, serei um fracasso como 
pessoa”. 
. 
 
TRATAMENTO 
 Lista de metas e ordem de prioridades; 
 Identificação de esquemas e crenças relacionados ao problema; 
 RPD; 
 Relaxamento e meditação – ansiedade; 
 Treino de assertividade; 
 Controle do estresse e manejo da raiva. 
PARA TODOS: 
 
Conceitualização cognitiva  Permite: 
 
 Compreender comportamentos passados + 
 Predizer as respostas comportamentais futuras + 
 Explorar os fatores precipitantes dos problemas. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 OBRIGADA! 
 
 
 
 
www.adrianafurer.com.br 
(11) 98257-6481 
adriana.furer@gmail.com

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes