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20/05/2013 1 DIREITO PENAL IVDIREITO PENAL IV CRIMES CONTRA A CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAPÚBLICA Prof. Hélio RamosProf. Hélio Ramos ESPÉCIESESPÉCIES • Crimes praticados por funcionários públicos (Art. 312-327) • Crimes praticados por particulares (Art. 328-337-A) • Crimes praticados por particular contra a adm. estrangeira (Art. 337-B e 337-C) • Crimes contra a Administração da Justiça (Art. 338-359) • Crimes contra as finanças públicas (Art. 359-A a 359-H) Equiparação Conceito de Funcionário PúblicoConceito de Funcionário Público (Art. 327 caput)(Art. 327 caput) “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.” Vinculado ao Poder Público de forma indireta. (Art. 327 § 1º - Primeira Parte) Vinculado diretamente a empresa privada e ao Poder Público por contrato ou convênio. (Art. 327 § 1º - Parte final) Conceito de Funcionário PúblicoConceito de Funcionário Público • são funcionários públicos, por equiparação: quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal e quem trabalha para empresa, prestadora de serviço, contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. • Entidade paraestatal, entende-se majoritariamente, como a administração indireta:autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública. Uma posição minoritária, restritiva, entende que entidade paraestatal é somente a autarquia. • O conceito de equiparação, para a doutrina majoritária, só abrange os casos em que o funcionário for autor do crime. A comparação não pode ser aplicada quando o funcionário for vítima. 20/05/2013 2 Conceito de Funcionário PúblicoConceito de Funcionário Público • Síndico da massa falida, inventariante, curador e tutor, não são funcionários públicos. • Funcionário de cartório é funcionário público. • Funcionário do Banco do Brasil é funcionário público, pois o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista. • Funcionário dos Correios é funcionário público, pois Os Correios é uma empresa pública. • Se o interesse for o da União:competência Justiça Federal. FUNCIONÁRIO PÚBLICO FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTRANGEIROESTRANGEIRO (Art. 337(Art. 337-- D)D) Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. Esse conceito somente tem importância aos crimes definidos no Capítulo II – A - “Dos crimes praticados por particular contra a administração pública estrangeira”. CRIMES PRATICADOS POR CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOSFUNCIONÁRIOS PÚBLICOS • Crimes próprios; • Sujeito ativo: Funcionário público (intraneus) e particulares (somente nos casos de co- autoria ou participação) – extraneus. • Sujeito passivo: Administração pública, Estado e a pessoa que sofrer prejuízo patrimonial. • Objetividade jurídica: probidade administrativa, o patrimônio público; CRIMES FUNCIONAISCRIMES FUNCIONAIS Conceito: aqueles em que a condição de funcionário público figura como elementar ou circunstância especial do tipo. PRÓPRIOS: Ausente a condição de funcionário público desaparece o delito. (ex prevaricação) IMPRÓPRIOS: Ausente a condição de funcionário público, transforma-se o fato típico. (atipicidade relativa), ou seja, quando os não-funcionários realizam ações ou omissões semelhantes. (ex. Peculato-Furto) Diferença entre Crimes de Responsabilidade e Crimes Funcionais Nos Crimes de Responsabilidade as infrações político-administrativas, que não acarretam a imposição de pena criminal, mas de perda do cargo ou mandato e suspensão dos direitos políticos. Art. 85 e 86 da CF. Lei n. 1.079/50 20/05/2013 3 Causas de aumento de pena: Art. 327, § 2º - Cargos comissionados. § 2º - A pena será aumentadaaumentada dada terçaterça parteparte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. Cargos de livre nomeação e exoneração, cargos de chefia direção e assessoramento superior (DAS, DGA, DAM, D...., ETC) Efeitos da Condenação: Efeitos penais: a.1) Principais: imposição das penas privativas de liberdade (reclusão, detenção e prisão simples), restritivas de direito, pecuniárias e eventual medidade segurança. a.2) SECUNDÁRIOS: •Enseja reincidência (CP, art. 63) •Revogação facultativa ou obrigatória do sursis anteriormente concedido (81, I e § 1º) •Revogação facultativa ou obrigatória do livramento condicional ( art. 86); •Aumenta o prazo da prescrição da pretensão executória, da prescrição retroativa e da prescrição intercorrente quando caracteriza a reincidência. (art. 1l0, caput). •Revoga a reabilitação (art. 95), quando se tratar de reincidente. Nome inclusono rol dos culpados. Efeitos da Condenação: Efeitos extrapenais: b.1) Genéricos: b.2) Específicos: são os que repercutem em outro ramo do direito, que não o penal, e que só se aplicam a alguns crimes, sempre mediante expressa declaração na sentença. (Art. 92, I do CP) b.3) Permanente: quando o agente não só perde o cargo ou função, mas se torna também incapacitado in genere para o exercício de outro cargo ou função pública. Somente por meio da reabilitação criminal (Art. 93 a 95 – CP), poderá readquirir sua capacidade de ocupar novo cargo ou função, vedando, o restabelecimento da situação anterior, ou seja, o retorno ao cargo ou função pública antes ocupados. Ação Penal Pública Incondicionada: ArtArt.. 100100,, caputcaput dodo CPCP:: “ A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.” ArtArt.. 2424,, §§ 22ºº CPPCPP:: “Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.” Aspectos processuais: Art. 513 a 518 do CPP Defesa preliminar 20/05/2013 4 PECULATO PECULATO (Art. 312 a 313)(Art. 312 a 313) • Doloso •Apropriação: Art. 312, caput 1ª parte • Desvio: Art. 312, caput 2ª parte • Furto (crime funcional impróprio): Art. 312 § 1º • Estelionato ou mediante erro de outrem: Art. 313 • Pirataria de dados: Art. 313 – A • Hacker: Art. 313 – B •Culposo: Art. 312, § 2º Por equiparação: Art. 552 da CLT (Associações ou Entidades Sindicais) CONCURSO DE AGENTESCONCURSO DE AGENTES Sujeito ativo: dolo e consciência Art. 30 do CP – Particular - Extraneus PECULATO APROPRIAÇÃOPECULATO APROPRIAÇÃO Crime de ação ou forma livre, própria, material. Elementos objetivos: apropriar-se, age como se fosse o dono. Bens móveis, dinheiro, energia elétrica. (Art. 83, I, CC). Não se aplica o princípio da insignificância. Dolo Específicoanimus rem sibi habendi Se o bem é particular e encontra-se em custódia da Administração Pública temos o Peculato Malversação. Requisitos: a) Posse ou detenção lícitas b) Posse ou detenção obtidas em razão do cargo c) Inversão do ânimo da posse – Proveito próprio/alheio Se houver fraude na entrega do bem Estelionato Se houver violência ou grave ameaça Roubo ou extorsão Se houver engano na entrega Peculato mediante erro (Art. 313) Inverter Ânimo posse Negativa de restituição PECULATO DE USOPECULATODE USO Não ocorre o delito. Há improbidade administrativa (Art. 9º, IV, da Lei 8.429/92) Se o bem era fungível, há Peculato Desvio. Exemplo: Emprego de recursos públicos do Estado para fins particulares. Se Prefeito Municipal: Decreto Lei n. 201/67, Art. 1º, II. Consuma-se com a inversão do ânimo da posse. Tentativa: possível, salvo na hipótese de negativa de restituição. 20/05/2013 5 PECULATO DESVIOPECULATO DESVIO Desviar - Benefício Alterar a finalidade, o destino. Exemplo: pagamento de um contrato sem a obra ser realizada, liberação de $$$$ para obra superfaturada. (Se desvio beneficia a Administração Pública – Art. 315) Moral Material Prestígio político Para si ou Para 3º - Aprovação do Tribunal de Contas: não elide o crime - Consumação: com o desvio, independe de obtenção da vantagem - Tentativa: possível PECULATO FURTOPECULATO FURTO Não basta ser funcionário público, precisa-se valer da condição de “facilidade” que essa qualidade proporciona. Exemplo: crachá, segredo, senhas, chaves, etc. -Consuma-se: com a retirada da “res” da vigilância da administração pública. - Tentativa: é possível. PECULATO CULPOSOPECULATO CULPOSO Art. 312, § 3º - Aplicação Art. 16 CPB – Arrependimento Posterior. Atenuante genérica Art. 65, III, b e Art. 66 PECULATO ESTELIONATO OU PECULATO ESTELIONATO OU MEDIANTE ERRO DE OUTREMMEDIANTE ERRO DE OUTREM Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Classificação: Ação livre, Próprio, Material, Instantâneo, Unissubjetivo ou de concurso eventual, Plurissubsistente Objetos materiais: dinheiro ou qualquer utilidade, recebidos no exercício do cargo mediante erro de outrem. O erro pode recair sobre a coisa que é entregue, a pessoa que a recebe ou a obrigação da qual se origina, deve ter sido espontâneo. Se o funcionário o provocou, comete estelionato. Consumação e tentativa: por ser crime material, somente se dará por consumado com a efetiva apropriação (mediante cometimento de atos de disposição ou negativa de restituição). E admissivel a forma tentada. PECULATO ELETRÔNICO (Pirataria de PECULATO ELETRÔNICO (Pirataria de Dados)Dados) Art. 313-A - Inserir ou facilitar o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevidapara si ou para outrem ou para causar dano: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. PECULATO ELETRÔNICO (Hacker)PECULATO ELETRÔNICO (Hacker) Art. 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, Sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. 20/05/2013 6 EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTODE LIVRO OU DOCUMENTO (Art. 314 do CPB)(Art. 314 do CPB) Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave. EMPREGO IRREGULAR DE RENDAS EMPREGO IRREGULAR DE RENDAS PÚBLICASPÚBLICAS (Art. 315 do CPB)(Art. 315 do CPB) Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa CONCUSSÃOCONCUSSÃO (Art. 316 do CPB)(Art. 316 do CPB) CONCUTERECONCUTERE:: sacudirsacudir aa árvoreárvore parapara queque osos frutosfrutos caiamcaiam ClassificaçãoClassificação:: de ação ou forma livre, próprio, formal, instantâneo, unissubjetivo. ConceitoConceito:: trata-se de uma “espécie de extorsão praticada por funcionário público, com abuso de autoridade, contra o particular que cede, ou virá ceder, metus publicae potestatis”, o temor de represálias do agente. (RT 492/309). Exemplo: médico do SUS – exigência – honorários – não atendimento delegado – funcionamento de prostíbulos – exigência de dinheiro para funcionamento. ObjetividadeObjetividade JurídicaJurídica:: regularidade administrativa, probidade administrativa, 2º interesse particular. TipoTipo dede ObjetoObjeto:: EXIGIR, impor, determinar, constranger alguém de modo direto ou indireto. Em razão da função deve existir nexo causal entre a exigência e a função. Vantagem indevida (Patrimonial – Majoritária) ConsumaçãoConsumação:: no momento do conhecimentoda exigência: Formal TentativaTentativa:: Possível. Exemplo: por escrito, fita da secretaria eletrônica. TipoTipo subjetivosubjetivo:: Vontade de exigir, prevalecendo-se da função, dolo específico: para si ou para outrem. 20/05/2013 7 DIFERENÇASDIFERENÇAS CONCUSSÃOCONCUSSÃO CORRUPÇÃO PASSIVACORRUPÇÃO PASSIVA Exigência Solicitação (Art. 317 CP. Obs.: Quanto à pena) EXTORSÃOEXTORSÃO Violência ou grave ameaça à pessoa Ex.: Falso fiscal de ICMS – Auto de Infração – Comerciante – Exigência de $$$ CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIACRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (não) Lançamento ou cobrança de tributo ou contribuição social 3 a 8 anos de reclusão Art. 3º, II da Lei n. 8.137/90 EXCESSO DE EXAÇÃOEXCESSO DE EXAÇÃO Excesso de “cobrança rigorosa de impostos”. Crime formal ou de mera conduta.Crime formal ou de mera conduta. 1ª) Configura delito mais grave; 2ª) A exigência ocorre a favor da própria ordem; 3ª) A exigência refere-se a tributo ou contribuição social, que o agente sabe ou deverá saber que é indevido. Admite tentativa. Forma qualificada: Art. 316 § 2º - Pena base menor. § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. CORRUPÇÃO PASSIVACORRUPÇÃO PASSIVA (Art. 317 do CPB)(Art. 317 do CPB) Crime de forma ou ação livre, próprio, formal (na modalidade “Solicitar”) e Material (“Receber”), instantâneo, unissubjetivo. Tipo objetivo: Tipo objetivo: Solicitar (pedir, requerer). Receber (obter, entrar na posse ou detenção) Aceitar (concordar, anuir) Na 1ª conduta: iniciativa do Intraneus. Na outra 2ª conduta: iniciativa do Extraneus. Corrupção ativa (Art. 333 CP) Exceção: Exceção: Artigo 29 CPB – Teoria Unitária – Crimes Diversos Tipo Subjetivo: Tipo Subjetivo: prática da conduta + elemento subjetivo específico. “Para si ou para outrem”. Necessário o M.P. descrever na Denúncia se o ato é legal ou não. Corrupção PrópriaCorrupção Própria dá-se quando o ato que pretende ofuncionário público é ilegal. Corrupção imprópriaCorrupção imprópria dá-se quando o ato que pretende ofuncionário público é lícito. Corrupção antecedenteCorrupção antecedente a vantagem é recebida antes do ato. Corrupção subsequenteCorrupção subsequente a vantagem é entregue após o ato. 20/05/2013 8 CONSUMAÇÃO:CONSUMAÇÃO: no momento da solicitação, aceitação ou recebimento. TentativaTentativa:: só na forma escrita. Causa de aumento da pena: § 1º Art. 317 CPB Forma Privilegiada: § 2º Art. 317 CPB – Infração de menor potencial ofensivo. – Não há intenção de recebimento de vantagem. TIPOS ESPECIAISTIPOS ESPECIAIS a) Corrupção visando deixar de lançar ou cobrar tributo: Art. 3º, II da Lei n. 8.137/90; b) Corrupção de testemunha, perito, tradutor ou intérprete judicial: § 1º, Art. 342 do CPB; c) Corrupção passiva praticada por policial militar: crime militar. Art. 308 e 309; d) Corrupção em eleições: Art. 299 Código Eleitoral FACILITAÇÃO DE CONTRABANDOOU FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHODESCAMINHO Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (Art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. CONTRABANDO: importação ou exportação de mercadoria proibida DESCAMINHO: contrabando impróprio, mercadoria permitida Só pode ser cometido por quem tem como atribuição específica prevenir e reprimir contrabando e descaminho (Caso o agente não tenha essa função poderá ser considerado co-autor ou partícipe do art. 334 do CP). ExceçãoExceção::Artigo 29 CPB – Teoria Unitária – Crimes Diversos, art.334 PREVARICAÇÃO Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Observações: • Infração de menor potencial ofensivo; • Requer elemento subjetivo específico “para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”; • Autocorrupção própria 20/05/2013 9 CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa Consumação: com a simples conduta negativa Tentativa: inadmissível O agente atua com indulgência, brandura,perdão, compaixão ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Consumação: com o primeiro ato inequívoco de patrocínio Tentativa: possível ABANDONO DE FUNÇÃO Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa. TIPOS QUALIFICADOS § 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Consumação: com o abandono, por tempo juridicamente relevante. Tentativa: inadmissível. EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa. Consumação: com a prática do primeiro ato de ofício antes de entrar no exercício da função ou depois da comunicação oficial da exoneração, remoção, suspensão ou substituição. Tentativa: admissível. 20/05/2013 10 VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhea revelação: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. § 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; II - se utiliza, indevidamente,do acesso restrito. § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Consumação: Quando o terceiro toma conhecimento do segredo revelado. Tentativa: admissível.
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