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Apostila HACA88

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA/ESCOLA 
POLITÉCNICA 
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIENCIAS 
BACHARELADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 
 
Rua Professor Aristides Novis, nº 02 – Federação – EP/UFBA 
CEP 40.210-630 – Salvador - Bahia 
Tel: 3283-9800 – Fax: 3283-9802 – e-mail: pei@ufba.br – url: http://www.pei.ufba.br 
 
 
HACA 88 
 
 
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO E PRODUÇÃO 
INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROF. ADEMAR NOGUEIRA DO NASCIMENTO 
 
 
 
1. A FUNÇÃO PRODUÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
A função produção é central para as Organizações porque produz bens e serviços que 
são a razão de sua existência, mas não é a única, nem necessariamente é a mais 
importante. Todas as Organizações possuem outras funções com suas responsabilidades 
específicas. Embora essas funções tenham sua parte a executar nas atividades da 
instituição, são ou devem ser ligadas com a função produção, por objetivos 
organizacionais comuns. 
 
Além da função produção, em geral as Organizações dispõem de outras funções, 
igualmente importantes. Neste contexto, pode-se apresentar as seguintes funções: 
 
 Marketing 
 Contábil-Financeira 
 Desenvolvimento de Produtos/Serviços 
 Recursos Humanos 
 Compras/Vendas 
 Engenharia/Suporte Técnico 
 
Os nomes dessas funções, suas fronteiras e responsabilidades, podem variar entre as 
Organizações, entretanto direta ou indiretamente todas elas estão associadas à Função 
Produção, conforme pode ser visualizado no diagrama sugerido abaixo: 
 
 
1.1. PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 
 
Qualquer operação produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, através dos seus 
respectivos Processos de Transformação. Assim, procura-se definir como 
transformações, o emprego de recursos para mudar o estado ou condição de algo para 
produzir outputs. Em resumo, a produção envolve um conjunto de recursos de inputs 
usado para transformá-los em outputs. 
 
Os recursos de imputs podem ser divididos em dois grupos: Recursos a serem 
Transformados (RAT’s) e Recursos de Transformação (RT’s). Os RAT’s, como o seu 
nome já sugere, referem-se aos recursos que serão diretamente processados, e portanto 
convertidos em outputs. Por sua vez, os RT’s, são os recursos de apoio necessários à 
conversão dos RAT’s. 
 
Os Recursos a Serem Transformados, são classificados em três tipos: Matéria-Prima, 
Informações e Consumidores. De outro lado, os Recursos de Transformação podem ser: 
Equipamentos, Instalações e Operários/Profissionais, indispensáveis à conversão do 
RAT. 
 
A caracterização do processo de transformação vai depender do tipo de RAT que 
encontra-se em processamento. Assim, serão listados a seguir as características dos 
processos de transformação de acordo com cada tipo de RAT. 
 
 
QUANDO O RAT É UMA MATÉRIA-PRIMA 
 
Quando uma matéria-prima é processada pode-se ter mudanças em suas propriedades 
físicas (conversão de um líquido em um gás), mudança na localização (transporte de 
cargas), mudança de posse (comércio varejista), ou simplesmente estocam o produto 
(almoxarifados e armazéns). 
 
QUANDO O RAT É UMA INFORMAÇÃO 
 
Neste caso uma informação bruta pode ser tecnicamente tratada agregando valor à sua 
propriedade informativa (serviços de contabilidade). Outra possibilidade é a mudança 
de posse da informação (pesquisa de mercado). Tem-se ainda a estocagem ou 
acomodação (bibliotecas) e a mudança de localização da informação (empresas de 
telecomunicações). 
 
QUANDO O RAT É UM CONSUMIDOR 
 
Os consumidores são também processados. Pode ocorrer mudança no estado físico 
(cabeleireiros e cirurgiões plásticos), estocagem (hotéis), mudança da localização 
(transporte de pessoas), mudança do estado fisiológico (hospitais) ou ainda mudanças 
no estado psicológico (serviço de psicologia e de entretenimento). 
 
Os quadros nas páginas seguintes apresentam os fatores que são afetados pelas 
transformações dos diferentes tipos de RAT. Aproveite o espaço abaixo, para fazer a 
ilustração do diagrama que envolve todos esses conceitos. 
 
 
 Processadores de 
Matéria-Prima 
Processadores de 
Informações 
Processadores de 
Consumidores 
Propriedades 
Físicas 
Manufatura 
Mineração 
Extração 
 Cabeleireiros 
Cirurgiões 
Propriedades 
Informativas 
 Banco 
Contadores 
Arquitetos 
 
Posse Operações de 
Varejo 
Financeiras 
Pesquisas 
Universidades 
Imprensa 
 
Localização Operadores 
Logísticos 
(postais, carga) 
Empresas de 
Telecomunicações 
Transporte Coletivo 
Serviços de Táxis 
Estocagem 
 
Armazéns 
 
Bibliotecas 
Arquivos 
Hotéis 
Estado 
Fisiológico 
 Hospitais 
Clínicas Médicas 
Estado 
Psicológico 
 Educação 
Psicólogos 
Teatros 
Fonte: Slack et al, 1998 
Com base nessas informações, sugere-se construir, no espaço abaixo, um diagrama de 
fluxo de processo na sequência input Processo de Transformação Ouput, 
sistematizando, de um modo geral, as operações de transformação nas organizações. 
 
O quadro abaixo apresenta a estrutura do processo de transformação para três tipos de 
operações as quais envolvem o processamento de matéria-prima, informações e 
consumidores, identifica a formação dos possíveis estoques de entrada (input’s) e saída 
(output’s), bem como as características da transformação. 
 
OPERAÇÃO INPUT’S CARACTERÍSTICA 
DA 
TRANSFORMAÇÃO 
 OUTPUT’S 
RECURSOS ESTOQUE PRODUTO/ 
SERVIÇO 
ESTOQUE 
 
 
 
 
FABRICÃO DE 
GASOLINA EM 
REFINARIA 
Petróleo 
 
Vapor de 
processo 
 
Equipamentos 
de processo 
 
Engenheiros e 
operários 
 
 
 
 
 
 
 
Petróleo 
 
 
 
 
Modificação das 
propriedades físicas 
dos RAT’s 
 
 
 
 
 
Gasolina 
 
 
 
 
 
Gasolina 
 
 
 
 
CORRETAGEM 
EM MERCADO 
DE CAPITAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Escritório 
 
Informações 
brutas de 
valorização 
cambial 
 
Especialistas 
em mercado 
de capitais 
 
 
 
Informações 
brutas 
dispersas 
em 
diferentes 
fontes 
 
 
 
Modificação das 
propriedades 
informativas 
 
 
 
Informações 
tratadas e 
contidas em 
forma de 
relatórios 
 
 
 
Relatórios 
com 
informações 
 
 
 
EXIBIÇÃO DE 
FILME EM 
CINEMA 
 
 
 
 
Sala de 
Projeção 
 
Filme 
 
Operários 
 
Pessoas que 
assistem ao 
filme 
(clientes) 
 
 
 
 
Clientes em 
fila de 
espera 
 
 
 
Modificação das 
propriedades 
psicológicas 
 
 
 
Clientes 
liberados 
após filme 
 
 
 
 
Não há 
estoque de 
output 
 
Após a compreensão da estrutura funcional generalizada do processamento das três 
categorias de input’s, pede-se ao aluno desagregar e compor o processo de 
transformação para uma operação de fabricação de grades de ferro por uma 
serralheria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.COMO DIFERENCIAR UM PRODUTO DE UM SERVIÇO? 
 
O RAT uma vez processado, converte-se em output, podendo ser um bem, 
habitualmente chamado de produto, ou um serviço. O que caracteriza,e portanto pode 
diferir um produto de um serviço, nem sempre é suficientemente esclarecedor. Por 
exemplo, as organizações que trabalham com energia elétrica têm como resultado um 
produto ou um serviço? E um restaurante self-service, como você classificaria? A 
resposta a essas questões poderá ser melhor formulada com base nos critérios a seguir 
que ajudam na elucidação deste conflito. 
 
TANGIBILIDADE 
 
Os bens (produtos), de um modo geral são tangíveis, ou seja pode-se tocar, e avaliar 
suas características físicas. Nesse sentido, os serviços são intangíveis. Não se pode tocar 
no processo de corte de um cabelo, muito embora possamos ver e avaliar os resultados. 
 
ESTOCABILIDADE 
 
Em geral os produtos são passíveis de serem estocados, enquanto que um serviço quase 
sempre não pode ser. Você não pode, por exemplo, estocar os clientes que acabaram de 
assistir ao filme. 
 
TRANSPORTABILIDADE 
 
É bastante compreensível que pode-se transportar um automóvel, uma geladeira ou um 
mesmo um barril de gasolina. Entretanto, os serviços, são geralmente intransportáveis. 
Transportar os meios para a execução do serviço não há maiores impedimentos, porém 
o serviço só é executado quando demandado. 
 
SIMULTANEIDADE 
 
Como consequência da característica anterior, os bens podem ser produzidos antes do 
consumidor solicitar (uma bicicleta usada hoje, pode ter sido fabricada anos atrás). Por 
sua vez o serviço da venda de um CD ocorreu ao mesmo tempo da compra, e foi 
“consumido” naquela ocasião. 
 
CONTATO COM O CONSUMIDOR 
 
Após estabelecidos os critérios acima, fica evidente que os consumidores apresentam 
baixo nível de contato com as operações que produzem bens, entretanto, no caso de 
serviços, em função da simultaneidade, deve haver alto nível de contato entre o 
consumidor e a operação. 
 
 
Deve-se entretanto, chamar a atenção de que cada vez mais as Organizações procuram 
mesclar características de produtos nos serviços e vice-versa. O que se deseja com essa 
estratégia é agregar valor ao seu negócio como um todo e, particularmente ao seu 
output. Quando uma fábrica de televisores procura ouvir comedidamente o seu nicho de 
mercado, busca com isso incorporar na sua produção características de simultaneidade e 
contato com o consumidor, ações essas que são mais vinculadas às atividades de 
serviço. Por sua vez, quando firmas de consultorias especializadas, a exemplo de 
contadores de grandes corporações, aumentam a capacidade de memória de seus 
computadores, muitas vezes não apenas buscam aumentar a velocidade do 
processamento da informação, mas também ampliação da capacidade de estocagem, que 
mesmo sendo virtual é mais condizente com o segmento da área de manufatura e, não 
de serviços. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
 
Com base na classificação sugerida por Slack (1998), os tipos de sistemas produtivos 
dependem do continum volume-variedade. Assim, as operações de transformação geram 
outputs que podem oscilar desde uma produção com irrelevante variação (a exemplo de 
geração de eletricidade) a até mesmo uma expressiva variação (a exemplo de fabricação 
de móveis sob encomenda). Observe que nesses casos o volume gerado nos outputs são 
muito expressivos no primeiro exemplo, mas muito menores no segundo. 
 
Com base no contexto volume-variedade, bem como em um conjunto de características 
que se repetem nas operações de produção, essas podem ser agrupadas em cinco 
diferentes tipos já consolidados, quais sejam: Projeto, Jobbing, Lotes, Massa e 
Contínuo. De acordo com o contínum volume-variedade, pode-se estruturar o diagrama 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme anteriormente mencionado, não apenas o volume e a variedade são 
indicadores da classificação dos sistemas produtivos. Que outras características de 
produção são complementares? 
 
Anote no espaço abaixo as principais características de cada um desses sistemas. 
Pesquise e construa o diagrama volume-variedade equivalente para a área de serviços. 
 
 
 
PROJETO 
JOBBING 
LOTES OU BATELADAS 
EM MASSA 
CONTÍNUO 
 
Volume + 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V
ar
ie
d
ad
e 
 
 
 
 
 
 +
 
3. PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE 
 
De um modo geral pode-se definir capacidade como sendo a máxima produção que um 
sistema pode gerar em suas condições normais de operação. Assim sendo, se 5 operários 
de uma determinada linha de montagem de motores em máquinas agrícolas, que 
trabalha 20 dias por mês, instalam 10 equipamentos por operário e por dia, terá 
capacidade de instalar 1000 motores por mês. Nesse exemplo, como interpretar uma 
produção de 120% da capacidade, ou seja 1200 unidades/mês? 
 
3.1. FATORES QUE INFLUENCIAM NA CAPACIDADE 
 
a) Instalações 
 
 Previsão de ampliação Economia de escala 
 
b) Composição dos Produtos/Serviços 
 Uniformização de Produtos Padronização de Serviços 
 
c) Projeto do Processo 
 
 Processos Manuais Processos Automatizados Semi-Automatizados 
d) Fatores Humanos 
 
 Capacitação Experiência Motivação 
e) Fatores Operacionais 
 
 Equipamento Lento Determina Velocidade do Processo (Gargalo) 
 
f) Fatores Externos 
 Ex: Legislação Ambiental 
 
3.2. IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES NA CAPACIDADE 
a) Previsão de Demanda 
 
 Atender demanda futura 
b) Equilíbrio Oferta/demanda 
 
 O desequilíbrio entre essas funções implicam em custos operacionais 
 
c) Consistência nas Decisões 
 
 Decisões inconsistentes geralmente implicam altos custos 
 
3.3. UNIDADES DE MEDIDA DA CAPACIDADE 
a) Através da produção 
 
 Unidades Comuns (l, t, Kg.../mês, dia....) Unidades (Produtos Heterogêneos) 
b) Através de Insumos 
 
Hospitais: A capacidade é geralmente avaliada em número de leitos 
Hotel: A capacidade é geralmente medida em número de quartos ou apartamentos 
 
3.4. EXPANSÃO DA CAPACIDADE 
 
 Usar capacidade ociosa do equipamento ou Substituí-lo por mais moderno? 
 Usar Técnicas de PCP (Programação e Controle da Produção) 
 Racionalizar Espaços 
 
3.1. INDICADORES DE CAPACIDADE DAS INSTALAÇÕES 
 
Os principais indicadores que revelam a capacidade das instalações, são: capacidade de 
projeto, capacidade efetiva, taxa de utilização e eficiência. O exercício a seguir será 
utilizado para compreender essas medidas. 
 
INDICADORES DE CAPACIDADE: EXERCÍCIO 
 
 
Determinado processo industrial foi projetado para processar 1.000 t/dia de matéria-
prima. Entretanto, por razões como paradas para manutenção preventiva e tomada de 
amostragens para exame de qualidade, tem capacidade de processar apenas 900 t. Por 
sua vez, necessidades de paradas para manutenção corretiva e por falta de estoque 
reduziu a capacidade para 750 toneladas diárias. Para esse processo pede-se determinar: 
a) Capacidade de projeto; b) Taxa de Utilização; c) Capacidade efetiva; d) eficiência 
desse processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CURVA DE APRENDIZAGEM DO TRABALHADOR X CAPACIDADE DAS 
INSTALAÇÕES 
Este conceito assegura que à medida que um operário executa rotineiramente 
determinada atividade, o tempo médio por unidade obtida, diminui em função do 
número de unidades produzidas. Em outras palavras, o tempo requerido para executar 
uma tarefa decresce com a repetição. 
 
Esta na verdade foi uma constatação científica formulada pela primeira vez pelo norte-
americano T. P. Wright, em 1936, quando descreveu como o custo demão-de-obra para 
a montagem de aeroplanos declinava à medida que os operários rotineiramente 
executavam suas atividades de montagens. 
 
Confirma-se atualmente que se a tarefa for curta e pouco rotineira, as melhorias serão 
apenas modestas. Entretanto, se a tarefa for mais complexa e exigir um maior número 
de repetições, as melhorias, ou seja a diminuição do tempo por unidade obtida, serão 
mais evidentes. 
 
A formulação matemática desta observação, assinala que dobrando-se as repetições, o 
tempo de duração por repetição passa a apresentar um percentual de declínio constante. 
Portanto, se o tempo de montagem do segundo aeroplano for de 80% do primeiro, e se o 
tempo de montagem do quarto for de 80% do segundo, e ainda o do oitavo for também 
80% do quarto, e assim sucessivamente, diz-se que a montagem deste produto ocorre 
segundo uma curva de aprendizagem de 80%. 
 
Observa-se porém, que o decaimento do tempo unitário não é linear, mas sim que 
diminui exponencialmente com o número de repetições. A investigação matemática 
deste fenômeno culminou na formulação abaixo: 
 
2/
1 .
LnLnP
n ntt 
, onde: 
 
tn = Tempo para fazer a n-ésima unidade 
t1 = Tempo para se fazer a primeira unidade 
P = Coeficiente de aprendizagem 
 
O gráfico da relação tn versus n, deverá ser representado conforme a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concluindo, pode-se afirmar que uma curva de aprendizagem de 90%, corresponde a 
um decréscimo de 10% no tempo unitário a cada duplicação de repetições. 
 
A medida do aprendizado também pode ser mensurado com base na produtividade do 
operário, calculando-se a produção por unidade tempo (output/tempo). Um modelo 
matemático simplificado para tanto, é: 
 
𝑄(𝑡) = 𝐵 − 𝐴. 𝑒−𝐾.𝑡, onde A, B e K, são constantes características da operação de 
produção, enquanto que e (aproximadamente 2,7182) refere-se à constante de Euler. 
 
CURVA DE APRENDIZAGEM: EXERCÍCIOS 
 
1. Uma atividade leva 20 horas para ser completada da primeira vez. Assumindo que a 
aprendizagem se faça segundo uma curva de 80%, determinar: 
 
a) O tempo para fazer a 2
a
 a 4
a
 e a 8
a
 unidade 
b) O tempo para fazer a 3
a
 a 6
a
 e a 12
a
 unidade 
 
2. Na montagem de um novo item, pode-se assumir uma curva de aprendizagem de 
85%. A unidade inicial requereu 30 horas para a montagem. Determinar o tempo 
necessário para: 
 
a) Completar a 10a unidade (17,49 horas) 
b) Completar as 20 primeiras unidades (372,06 horas) 
c) Completar as unidades de 15 a 20 (92,13 horas) 
 
 
3) A taxa segundo a qual um funcionário do correio classifica a correspondência é 
função da sua experiência. Calcula-se que o funcionário, após t meses de trabalho, 
consiga classificar Q(t) = 700 – 400e
-0,5t
 cartas por hora. 
 
a) Quantas cartas um funcionário novo classificará/hora ( Resp. 300) 
b) Quantas cartas um funcionário com 6 meses de experiência classificará/hora( 
Resp.680) 
c) Qual é o número máximo de cartas que o funcionário classificará/hora (Resp.700) 
 
4) A produção diária de um operário que trabalhará t semanas é dada pela função Q(t) = 
40 – A.e
-kt
. Inicialmente, o operário produz 20 unidades por dia e, após 1 semana o 
operário produz 30 unidades por dia. Quantas unidades o operário produzirá por dia, 
após 3 semanas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela de Coeficientes da Curva de Aprendizagem
Unidade
b b b b
(ordinal) n Total n Total n Total n Total
1 1 1 1 1 1 1 1 1
2 0,8 1,8 0,85 1,85 0,9 1,9 0,95 1,95
3 0,702 2,502 0,773 2,623 0,846 2,746 0,922 2,872
4 0,64 3,142 0,722 3,345 0,81 3,556 0,903 3,774
5 0,596 3,738 0,686 4,031 0,783 4,339 0,888 4,662
6 0,562 4,299 0,657 4,688 0,762 5,101 0,876 5,538
7 0,534 4,834 0,634 5,322 0,744 5,845 0,866 6,404
8 0,512 5,346 0,614 5,936 0,729 6,574 0,857 7,261
9 0,493 5,839 0,597 6,533 0,716 7,29 0,85 8,111
10 0,477 6,315 0,583 7,116 0,705 7,995 0,843 8,955
11 0,462 6,777 0,57 7,686 0,695 8,689 0,837 9,792
12 0,449 7,227 0,558 8,244 0,685 9,375 0,832 10,624
13 0,438 7,665 0,548 8,792 0,677 10,052 0,827 11,451
14 0,428 8,092 0,539 9,331 0,67 10,721 0,823 12,274
15 0,418 8,511 0,53 9,861 0,663 11,384 0,818 13,092
16 0,41 8,92 0,522 10,383 0,656 12,04 0,815 13,907
17 0,402 9,322 0,515 10,898 0,65 12,69 0,811 14,717
18 0,394 9,716 0,508 11,405 0,644 13,334 0,807 15,525
19 0,388 10,104 0,501 11,907 0,639 13,974 0,804 16,329
20 0,381 10,485 0,495 12,402 0,634 14,608 0,801 17,13
21 0,375 10,86 0,49 12,892 0,63 15,237 0,798 17,929
22 0,37 11,23 0,484 13,376 0,625 15,862 0,796 18,724
23 0,364 11,594 0,479 13,856 0,621 16,483 0,793 19,517
24 0,359 11,954 0,475 14,33 0,617 17,1 0,79 20,307
25 0,355 12,309 0,47 14,801 0,613 17,713 0,788 21,095
26 0,35 12,659 0,466 15,266 0,609 18,323 0,786 21,881
27 0,346 13,005 0,462 15,728 0,606 18,929 0,784 22,665
28 0,342 13,347 0,458 16,186 0,603 19,531 0,781 23,446
29 0,338 13,685 0,454 16,64 0,599 20,131 0,779 24,226
30 0,335 14,02 0,45 17,09 0,596 20,727 0,777 25,003
31 0,331 14,351 0,447 17,537 0,593 21,32 0,776 25,779
32 0,328 14,679 0,444 17,981 0,59 21,911 0,774 26,553
33 0,324 15,003 0,441 18,422 0,588 22,499 0,772 27,325
34 0,321 15,324 0,437 18,859 0,585 23,084 0,77 28,095
35 0,318 15,643 0,434 19,294 0,583 23,666 0,769 28,864
36 0,315 15,958 0,432 19,725 0,58 24,246 0,767 29,631
37 0,313 16,271 0,429 20,154 0,578 24,824 0,766 30,396
38 0,31 16,581 0,426 20,58 0,575 25,399 0,764 31,16
39 0,307 16,888 0,424 21,004 0,573 25,972 0,763 31,923
40 0,305 17,193 0,421 21,425 0,571 26,543 0,761 32,684
41 0,303 17,496 0,419 21,844 0,569 27,112 0,76 33,444
42 0,3 17,796 0,416 22,26 0,567 27,678 0,758 34,202
43 0,298 18,094 0,414 22,674 0,565 28,243 0,757 34,959
44 0,296 18,39 0,412 23,086 0,563 28,805 0,756 35,715
45 0,294 18,683 0,41 23,495 0,561 29,366 0,755 36,469
46 0,292 18,975 0,408 23,903 0,559 29,925 0,753 37,223
47 0,29 19,265 0,405 24,308 0,557 30,482 0,752 37,975
48 0,288 19,552 0,403 24,712 0,555 31,037 0,751 38,726
49 0,286 19,838 0,402 25,113 0,553 31,59 0,75 39,475
50 0,284 20,122 0,4 25,513 0,552 32,142 0,749 40,224
95%80% 85% 90%
5. ARRANJO FÍSICO DE INSTALAÇÕES (LAYOUT) 
 
De um modo geral o layout de uma instalação pode ser definido como as diferentes 
maneiras de se organizar os recursos de transformação em função do que será 
processado, ou seja os recursos a serem transformados. Assim compreendido, fica 
evidente que o arranjo físico é uma conseqüência do tipo de sistema de produção, 
portanto o recomendável seria primeiro classificar o tipo de processo que se está 
projetando, para depois se configurar o arranjo mais indicado. 
 
A classificação do arranjo para a área de manufatura, nesse plano, adéqua-se à 
classificação dos sistemas de produção, sendo resumidamente denominados de: 
posicional, funcional (ou por processo), celular e por produto. O quadro a seguir 
apresenta os tipos de arranjo no plano do continum volume-variedade. 
 
 
 
Fonte: Slack et al, 1998. 
 
Considerando-se que os arranjos funcionais ocorrem em uma quantidade muito mais 
expressiva do que os demais, em razão do expressivo número de processos em lote, bem 
como considerando-se as possibilidades de modificações nas posições dos recurso de 
transformação, este curso está planejado para apresentar a metodologia de avaliação de 
escolha do melhor layout funcional, a partir da otimização (minimização) dos custos 
totais (CT) envolvidos, sendo calculado por: 
 
𝑪𝑻 = 𝑪𝑨𝑹𝑮𝑨 𝑿 𝑫𝑰𝑺𝑻Â𝑵𝑪𝑰𝑨 𝑿 𝑪𝑼𝑺𝑻𝑶 𝑼𝑵𝑰𝑻Á𝑹𝑰𝑶 
 
 
 
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DE OTIMIZAÇÃO DE LAYOUT FUNCIONALNa figura abaixo são apresentadas duas opções de Lay Out para os departamentos A, B 
e C, cujos volumes de carga mensais (t) entre eles estão na tabela ao lado. Esses 
departamentos devem ocupar uma área de 50 m x 30 m, igualmente distribuídas. As 
medidas devem ser tomadas de centro a centro e não são permitidos deslocamentos na 
diagonal. Sabendo-se ainda que o custo unitário de movimentação de carga é de $2/t.m, 
pede-se: a) Calcular o custo total de movimentação no layout atual; b) Calcular o custo 
total de movimentação da opção 1; c) Desenhar todas as opções de layout; d) Com base 
no item c, calcule o custo total da melhor opção de layout existente. 
 
 Atual Opção 1 
De/Par A B C 
A 20 30 
B 10 20 
C 20 20 
 
 
SISTEMATIC LAYOUT PLANNING: UMA ABORDAGEM QUALITATIVA DO 
ARRANJO FÍSICO 
 
Em muitas operações, a quantificação do fluxo de materiais entre células de trabalho 
nem sempre é o que mais interessa, mas sim a conveniência da proximidade ou 
distanciamento entre elas, por razões tais como, ocorrência de barulho, intensidade de 
luz e o odor, dentre outros fatores, geralmente relativos às especificidades necessárias 
ao bom funcionamento destas células, é o que de fato faz a diferença. 
 
Na verdade esses são parâmetros subjetivos e, em muitos casos, bastante difíceis de 
serem mensurados. Objetivando dar um tratamento mais generalizado para tais 
situações, Richard Muther (1962), propôs uma abordagem qualitativa para tratá-los, 
denominando-a de Sistematic Layout Planning (SLP). Essas informações, baseadas na 
conveniência ou não da proximidade entre diferentes células de trabalho foram 
convencionadas com base na legenda e seu correspondente diagrama (Grade de Muther) 
conforme abaixo: 
 
Exercício 
 
Uma Organização precisa alocar cinco departamentos (de I a V), com espaços 
supostamente iguais, em cinco áreas disponíveis (de 1 a 5), conforme consta no desenho 
abaixo. A necessidade de proximidade entre cada par desses departamentos, sob a forma 
de Grade de Muther, encontra-se ao lado do desenho. Pede-se sugerir a alocação mais 
racional de cada departamento nas correspondentes áreas disponíveis. 
 
 
 
1 
 
2 
 
3 
 
 
4 
 
5 
A 
50 
B 
B C 
C A 
30

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