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RESUMO- Introdução Crítica Ao Direito Penal Brasileiro- NILO BATISTA

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Universidade de Brasília
Faculdade de Direito
Discente: Dara Aldeny Lima Alves
Matrícula: 16/0117372
 Introdução Crítica Ao Direito Penal Brasileiro- Nilo Batista
 2017
 
Introdução Crítica Ao Direito Penal Brasileiro
Cap. 1- Direito Penal e Sociedade. Sistema Penal. Criminologia. Política Criminal.
Direito Penal e Sociedade
Segundo Nilo Batista o Estado dispõe o Direito Penal na sociedade para que ele obedeça a determinados fins, realize certas funções de forma a garantir as condições necessárias para a convivência em sociedade. O Direito possui uma função de manter a ordem econômica e social chamada de função conservadora da ordem ou controle social, isso se dá por meio de estratégias para garantir a hegemonia ou para forçar a aceitação da ordem estabelecida por parte dos grupos dominados.
O Direito surge já adaptado para as necessidades da sociedade onde se desenvolve, ou seja, suas disposições serão sempre condicionadas pela realidade em que é instituído, no entanto, depois que o Direito é estabelecido ele passa a agir sobre a sociedade de forma disciplinadora e estabilizadora, ele passa a também condicionar a sociedade para a qual foi criado.
Direito Penal e Sistema Penal
O Direito Penal é constituído pelas regras que determinam quais condutas são ilícitas, assim como suas respectivas sanções e sua aplicação, a incidência e validade das normas e a estrutura do crime. Ao Direito penal atrelam-se conjuntos de normas como o Direito processual Penal, a Lei de Execução Penal, regulamentos penitenciários e a organização judiciária. O Sistema Penal, por sua vez é composto pelas instituições que aplicam o Direito Penal, são elas as instituições judiciária, penitenciária e policial. 
O autor aponta o caráter contraditório do sistema penal que, na teoria, é igualitário, agindo sobre todos igualmente segundo suas condutas, entretanto, ná prática o que se percebe é a seletividade dessas instituições que incidem, mais fortemente, sobre grupos específicos da sociedade e, nesses caos, as condutas dos indivíduos desses grupos são apenas pretextos para que o sistema aparente ter legitimidade ao atingi-los. Outra característica do sistema penal é a repressividade, ele deveria ser justo agindo somente dentro do necessário para prevenir e repreender os delitos, mas na verdade esse sistema se mostra incapaz de controlar a atuação das linhas preventivas, assim como a Lei, por vezes, é aplicada com uma intensidade que extrapola o necessário. Além disso, o que deveria ser um sistema para recuperação e reintegração de indivíduos na sociedade assume uma posição degradante e desumana, estigmatizando os que são apreendidos por ele.
Criminologia 
A criminologia estuda a criação das normas penais e sociais que estão atreladas às condutas divergentes, os processos de quebra de normas, assim como seus reflexos na sociedade. Segundo o autor, a criminologia positivista legitima a ordem estabelecida ao não questionar a construção política do direito penal, o surgimento de condutas divergentes e a realização social.
O positivismo foi, no entanto, superado pela criminologia que assumiu um caráter mais ativo, passando a questionar o Código Penal, refletir sobre comportamentos que se desviam do socialmente aceito e que, no entanto, não são classificados formalmente como crimes, analisar na prática a atuação do sistema penal, dentre outras posturas, essa pode ser chamada de Criminologia Crítica.
Política Criminal
Chama-se de política criminal o conjunto de princípios e recomendações oriundos das constantes transformações sociais, das descobertas empíricas possibilitadas pelas instituições do sistema penal, das novas propostas de direito penal e da evolução e revelações da criminologia, essa política destina-se a modificações na legislação criminal e dos órgãos que a aplicam.
O autor cita Baratta ao apontar indicações estratégicas para uma política criminal de classes dominadas. Primeiramente, em uma sociedade segmentada em classes sociais esse tipo de politica não pode se restringir ao poder punitivo estatal, deve, na verdade, desenvolver-se de forma a promover mudanças sociais e institucionais, possibilitando melhores condições de vida à sociedade e favorecendo o estabelecimento da igualdade e da democracia. Também é preciso que haja tutela penal em âmbitos relacionados aos interesses sociais, assim como o sistema punitivo deve ser reduzido, isso se relaciona com a importância de eliminar a pena privativa de liberdade, uma vez que essa sempre se mostrou ineficiente em sua tarefa de recuperar indivíduos e reinseri-los na sociedade, esse tipo de pena realiza, na verdade, efeitos contrários ao que seria sua intenção e finalidade.
Cap. II- A designação “Direito Penal” e suas acepções. Princípios básicos do Direito Penal. Missão do Direito Penal. A ciência do Direito Penal.
Direito Penal ou Direito Criminal?
Uma conduta é ilícita quando ela, por si só, ou seus efeitos contrariam as determinações de uma ou mais normas jurídicas. Cada conduta ilícita possui uma respectiva sanção, quando essa sanção é uma pena o ato ilícito corresponde a um crime. Dessa forma, entende-se que crime e pena estão diretamente interligados, o que determina se um ato ilícito é um crime é a ele caber ou não uma pena.
Em relação aos termos direito penal ou direito criminal, o uso do primeiro termo é mais recomendado pois a pena é o ponto central dessa disciplina do direito, uma vez que sua existência é determinante da condição de crime de um ato ilícito.
As três acepções da expressão “Direito Penal”
A expressão “Direito Penal” possui, segundo o autor, três acepções. A primeira é chamada de direito penal em sentido objetivo, segundo essa acepção, direito penal é um conjunto de normas que determinas os crimes infligindo penas a eles, assim como estabelecem sua própria validade e incidência, a estrutura dos crimes e aplicação e execução das penas. A segunda acepção afirma que que o direito penal é a competência do Estado de impor, executar e aplicar penas, sendo compreendida como direito subjetivo. A terceira acepção refere-se ao termo como uma ciência do direito penal, ou seja, os estudos a respeito dessas normas.
O direito penal como direito público
A finalidade do direito penal seria conservar a ordem estabelecida, eliminando, reprimindo e prevenindo condutas que possam ferir membros da sociedade e, desta forma, garantir as condições de vida mínimas necessárias aos cidadãos. Sendo assim, ao criminalizar uma conduta se está pensando em um interesse coletivo, uma vez que essa determinada conduta, se foi passível de criminalização, é um possível risco para todos os indivíduos de uma sociedade, constituindo um instrumento de defesa de um interesse social, o direito penal pode ser considerado parte do direito público. Além disso, um dos elementos do direito penal é o direito punitivo, este, por sua vez, é de competência exclusiva do Estado, só o Estado possui o direito de punir um ato ilícito e, uma vez que a pena é o ponto central do direito penal e só cabe ao Estado, então esse ramo do direito faz parte do direito público interno.
Princípios básicos do direito penal
Os princípios básicos do direito penal são o principio da legalidade (reserva legal), princípio da intervenção mínima, princípio da lesividade, princípio da humanidade, princípio da culpabilidade.
Princípio da Legalidade
Segundo esse princípio, não há crime sem lei anterior que o defina, ou seja, para uma conduta ser considerada crime é necessário que haja legislação a criminalizando.
Princípio da intervenção mínima
Segundo esse princípio, o Estado só deve se valer de sua competência penal em casos onde não há outras alternativas de resolução, desta forma consegue-se respeitar a liberdade dos indivíduos. Portanto, o direito penal é a ultima opção a que o Estado deve recorrer,fazendo-o somente em casos graves de agressão aos bens jurídicos de maior importância. 
Princípio da lesividade
Para o direito penal, a conduta ilícita de um sujeito deve estar relacionada a outro sujeito. Uma conduta só pode ser punida se ferir os direitos de outro individuo, não sendo questões morais suficiente para legitimar uma punição. 
Princípio da humanidade
Esse princípio determina que a pena deve ser racional e, de forma justa, proporcional, além de útil à sociedade. Nenhuma pena pode ser cruel e desconsiderar a condição humana do praticante do crime.
O princípio da culpabilidade
Segundo esse principio, a pena só pode ser aplicada a quem cometeu um ato reprovável, assim é, uma conduta ilícita, com dolo ou culpa.
Um direito penal subjetivo?
A existência de um direito penal subjetivo caracterizando um direito punitivo só é possível se pensando em dois contextos, no contexto do contrato social e no do direito natural. O direito de punir do Estado pode encontrar fundamentos nos princípios e determinações do direito natural, o autor também pontua que ,antes do surgimento do direito penal, não havia o que se pudesse chamar de direito subjetivo do Estado, só era possível falar de direito evocando o direito natural.
A missão (fins) do direito penal
Ao discorrer sobre as finalidades do direito penal, o autor pontua duas concepções, uma carregaria um “sinal social negativo” e outra um “sinal social positivo”. Pode-se pensar os fins do direito penal como um sinal social positivo se enxergamo-nos como as funções de proteger a sociedade, defender os bens jurídicos, solucionar casos e garantir a segurança jurídica e social. Por outro lado, pode-se perceber um sinal social negativo no direito penal ao perceber seu instrumento punitivo como uma devolução do mal praticado pelo autor do crime para, no entanto, reestabelecer a justiça, inibir os crimes ou controlar os criminosos, sendo dessa forma uma “amarga necessidade”.
A ciência do direito penal
Anteriormente foi citado que uma das três acepções do direito penal é a ciência do direito penal, essa ciência estuda o ordenamento-jurídico-penal positivo, a fim de possibilitar uma aplicação justa e equitativa das normas penais, isto é, casos semelhantes serão solucionados de forma semelhante.
REFERÊNCIAS 
 BATISTA, Nilo. Introdução Crítica Ao Direito Penal Brasileiro. 11. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007.

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