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EDUCAÇÃO FISICA TEXTO

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TRABALHO DE FUNDAMENTOS METODOLOGICOS DA EDUCAÇÃO FISICA
REFLEXÃO DO CORPO NA HISTÓRIA
PRÉ-HISTÓRIA
 Na Pré-História, o corpo era arma de sobrevivência, a fim de caçar e correr dos predadores, mas nas primeiras civilizações, os treinos e as atividades sempre estiveram voltados a necessidades coletivas, como guerrear, (ARRUDA; PILETTI, 1995, p. 11).
 Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, sobe, empurra, puxa e etc. (MORAES, 2009, p.1).
 Para alguns autores, o andar bípede seria a real causa do desenvolvimento das demais características humanas. Esta particularidade humana teria permitido ao ser humano liberar as mãos para realizar outras tarefas, como construir e manipular ferramentas. Assim, os pés tornaram-se a base de sustentação de todo o corpo, e as mãos se especializaram em movimentos refinados (coordenação motora fina).
GRÉCIA ANTIGA
Desde a Grécia Antiga, o corpo é encarado como um santuário. Os Jogos Olímpicos representavam essa visão, com toda a beleza de corpos atléticos e vigorosos. Ficava clara a concepção de que um corpo bonito e saudável era sinônimo de beleza e virilidade. Mas nem sempre isso foi assim (VARGAS, 1998, p. 33). 
Platão pregava a dicotomia entre corpo-alma, para ele era fundamental fazer ginástica desde a infância e a adolescência, dessa maneira, a ginástica cuidaria do corpo e a música cuidaria da alma, criando uma harmonia entre os dois. Sócrates considerava que um corpo saudável era resultado de um corpo trabalhado e Aristóteles postulava que a educação compreendia três momentos: a vida física, o instinto e a razão.
IDADEDE MÉDIA (CRISTIANISMO)
Na Idade Média, corpos bonitos eram aqueles que, esteticamente falando, não pareciam tão atraentes assim. Ser gordo nessa época representava saúde. Para as mulheres, ser gorda significava ser uma boa reprodutora e mãe de filhos saudáveis. Além disso, a Igreja exercia forte influência nessa época, chegando até a extinguir os Jogos Olímpicos. Qualquer culto ao corpo era estritamente proibido.
 
Segundo Vargas (1998, p. 33), o corpo e a sexualidade eram vistos como sinônimos de pecado e, assim, os conceitos religiosos da educação preconizavam a elevação do poder mental e espiritual, renegando-se qualquer ação expressiva corporal. Somente as habilidades guerreiras dos cavaleiros e seus soldados eram permitidas, quando tinham como ideal a conquista de “lugares santos” e o combate às pessoas consideradas infiéis.
MODERNIDADE
Ao refletir sobre o corpo enquanto manifestação da identidade em relação ao consumo e à modernidade. O corpo constitui-se como biológico, mas a sua dinâmica se insere no social. Suas extensões tais como vestimentas, acessórios, adornos, modificações estéticas, configuram-se como uma necessidade de demarcação da diferença. 
Em função dos ideais da sociedade moderna são seguidos padrões, dificilmente atingíveis e o corpo tornou-se mais uma mercadoria a ser explorada. Novas necessidades são criadas sucessivamente, e por fim, o indivíduo torna-se refém de seu próprio corpo, e diante dos excessos, carências, e faltas o corpo entra em colapso. 
Por fim, relaciona-se aos aspectos sociais envolvidos nos transtornos alimentares, especificamente a bulimia e a anorexia, delineando a necessidade de estudos culturais que explorem esses aspectos de maneira interdisciplinar.
EXISTENCIALISMO
A noção de que o corpo está separado do psíquico extrapola os domínios da ciência e se estende à concepção do senso-comum. Expressões corriqueiras revelam o entendimento da separação do Ego em corpo e mente esta atividade é mental, Corpo e mundo unificam-se na própria existência, logo, só há uma forma de existir, isto é: amar, sofrer, montar projetos, existindo corpo e consciência no mundo.
 
Existimos em nosso corpo, estamos sempre situados, desde o nascimento e ao longo de toda a existência em algum lugar em meio aos instrumentos e utensílios e como presença ou ausência para o outro. O corpo tal como aparece em imagem ou dissecado não poderia ser vivido.
Conhecemos nosso corpo a partir destas dimensões. Portanto, é importante levá-las em consideração na tentativa de compreender a corporeidade tanto de um coletivo como de pessoas idosas, pessoas com obesidade, pessoas com deficiência, entre outras, como o impacto da corporeidade irreal no uso do fotoshop, por exemplo. Corpos irreais, modificados por instrumentos da mídia servem de modelo pela busca da perfeição. Porquanto deve ocorrer a distorção entre o real e o virtual pautada pela "loucura" de se ter um corpo perfeito, implicando um congelamento do tempo histórico enquanto "ser-na-história" que envelhece, que emagrece, que engorda entre outros.
IMAGEM CORPORAL
Vivemos em uma sociedade em que valorizamos o corpo perfeito, a magreza, as curvas torneadas e sem gordura, numa época em que muitas jovens atribuem a sua felicidade a um corpo “sem defeitos” e esculpido. Para estas moças, o conceito ideal de felicidade está no próprio corpo. Esta busca incessante pelo corpo “perfeito” na maioria das vezes vem deixando os jovens obcecados, transformando-os em reféns da “ditadura da beleza”.
Um dos fatores que reforçam essa ditadura da beleza é a indústria da mídia, em que muitos jovens são influenciados e querem ir à busca do corpo “perfeito”, exposto na mídia. Essa busca ocorre com maior incidência no público feminino, porém os homens também fazem parte deste assunto, pois muitos querem ficar com os músculos bem definidos, fortes e muitas vezes acabam utilizando substâncias que são prejudiciais à saúde, a exemplo dos anabolizantes.
Outro fator que influencia essa valorização exacerbada do corpo “perfeito” é a questão do bullying no ambiente escolar, pois é nesse ambiente, principalmente, que começam os apelidos como “bolinha”, “bola-fofa”, “Free Willy” (a baleia orca que dá o nome a este filme), entre outros, em que os alunos por sofrerem o bullying, ficam infelizes com sua aparência, e essas agressões psicológicas fazem com que muitos fiquem obcecados pelo corpo magro.

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