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06 - Direitos Individuais e Coletivos - Parte 1 - Versão Aluno

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado 
pelo professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da 
disciplina não exclui a leitura da legislação, jurisprudência, bibliografia 
básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, complemente seu estudo 
realizando a leitura da bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer 
contribuição para a melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria 
escreva para o professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS – PARTE 1 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
Nesta e na próxima aula trataremos dos direitos individuais 
e coletivos alçados a direitos fundamentais em nosso 
Direito. Nossa base de exposição será o artigo 5o da 
Constituição Federal. 
 
Este artigo, ao longo dos seus incisos, lista os direitos 
fundamentais, compondo uma lista não taxativa, ou seja, 
são acolhidos outros direitos que possam não estar ali 
citados expressamente. 
 
“TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:” 
• O Direito à vida (caput): 
 
“O direito à vida, previsto de forma genérica no art. 5.º, 
caput, abrange tanto o direito de não ser morto, 
privado da vida, portanto, o direito de continuar vivo, 
como também o direito de ter uma vida digna. 
 
Em decorrência do seu primeiro desdobramento 
(direito de não se ver privado da vida de modo 
artificial), encontramos a proibição da pena de morte, 
salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 
84, XIX. 
Assim, mesmo por emenda constitucional é vedada a 
instituição da pena de morte no Brasil, sob pena de se 
ferir a cláusula pétrea do art. 60, § 4.º, IV, lembrando, 
ainda, a doutrina moderna que impede, ainda, a 
evolução reacionária ou o retrocesso social, e, nesse 
sentido, não admitiria a previsão da pena de morte, nem 
mesmo diante da manifestação do poder constituinte 
originário. 
 
O segundo desdobramento, ou seja, o direito a uma vida 
digna, garantindo -se as necessidades vitais básicas do 
ser humano e proibindo qualquer tratamento indigno, 
como a tortura, penas de caráter perpétuo, trabalhos 
forçados, cruéis etc.” (LENZA, 2012, p. 970) 
• Direito a igualdade/Princípio da Igualdade (caput e 
inciso I): 
 
“Deve -se, contudo, buscar não somente essa aparente 
igualdade formal (consagrada no liberalismo clássico), 
mas, principalmente, a igualdade material, uma vez que 
a lei deverá tratar igualmente os iguais e desigualmente 
os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
 
Isso porque, no Estado Social ativo, efetivador dos 
direitos humanos, imagina –se uma igualdade mais real 
perante os bens da vida, diversa daquela apenas 
formalizada perante a lei. 
Essa busca por uma igualdade substancial, muitas vezes 
idealista, reconheça-se, eterniza -se na sempre 
lembrada, com emoção, Oração aos Moços, de Rui 
Barbosa, inspirada na lição secular de Aristóteles, 
devendo-se tratar igualmente os iguais e desigualmente 
os desiguais na medida de suas desigualdades. (...) 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello parece ter encontrado 
parâmetros sólidos e coerentes em sua clássica 
monografia sobre o tema do princípio da igualdade, na 
qual estabelece três questões a serem observadas, a 
fim de se verificar o respeito ou desrespeito ao aludido 
princípio. (...). 
O desrespeito a qualquer delas leva à inexorável ofensa à 
isonomia. Resta, então, enumerá-las: 
 
“a) a primeira diz com o elemento tomado como fator de 
desigualação; 
b) a segunda reporta -se à correlação lógica abstrata existente entre 
o fator erigido em critério de discrímen e a disparidade estabelecida 
no tratamento jurídico diversificado; 
c) a terceira atina à consonância desta correlação lógica com os 
interesses absorvidos no sistema constitucional e destarte 
juridicizados”. 
 
Esses critérios podem servir de parâmetros para a 
aplicação das denominadas discriminações positivas, ou 
affirmative actions(...).” (LENZA, 2012, p. 973 e 975) 
• Princípio da legalidade (art. 5.º, II): “O princípio da 
legalidade surgiu com o Estado de Direito, opondo -se a 
toda e qualquer forma de poder autoritário, 
antidemocrático. 
 
Esse princípio já estava previsto no art. 4.º da Declaração 
dos Direitos do Homem e do Cidadão. No direito brasileiro 
vem contemplado nos arts. 5.º, II; 37; e 84, IV, da CF/88. 
 
O inciso II do art. 5.º estabelece que “ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei”. Mencionado princípio deve ser lido de forma 
diferente para o particular e para a administração. Vejamos: 
No âmbito das relações particulares, pode -se fazer tudo o 
que a lei não proíbe, vigorando o princípio da autonomia da 
vontade, lembrando a possibilidade de ponderação desse 
valor com o da dignidade da pessoa humana e, assim, a 
aplicação horizontal dos direitos fundamentais nas relações 
entre particulares, conforme estudado. 
 
Já em relação à administração, ela só poderá fazer o que a 
lei permitir. Deve andar nos “trilhos da lei”, corroborando a 
máxima do direito inglês: rule of law, not of men. Trata -se 
do princípio da legalidade estrita, que, por seu turno, não é 
absoluto! Existem algumas restrições, como as medidas 
provisórias, o estado de defesa e o estado de sítio, já 
analisados por nós neste trabalho.” (LENZA, 2012, p. 978 e 
979) 
• Proibição da tortura (art. 5.º, III): “Ninguém será 
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante, sendo que a lei considerará crime inafiançável a 
prática da tortura (art. 5.º, XLIII). A Lei n. 9.455/97 integrou 
a referida norma constitucional, definindo os crimes de 
tortura.” (LENZA, 2012, p. 978). 
 
• Liberdade da manifestação de pensamento (art. 5.º, IV e 
V): “A Constituição assegurou a liberdade de manifestação 
do pensamento, vedando o anonimato. Caso durante a 
manifestação do pensamento se cause dano material, moral 
ou à imagem, assegura -se o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização.” (LENZA, 
2012, p. 980). 
•Liberdade de consciência, crença e culto (art. 5.º, VI a 
VIII): 
 
“Assegura -se a inviolabilidade da liberdade de consciência e 
de crença, sendo assegurado o livre -exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias. 
 
Nesse sentido, ninguém será privado de direitos por motivo 
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir -se de obrigação legal a todos 
imposta (como o serviço militar obrigatório, nos termos do 
art. 143, §§ 1.º e 2.º) e recusar -se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei. 
A prestação de assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva é assegurada nos termos da 
lei. (...) 
 
Não há dúvida de que o direito fundamental da liberdade 
de crença, da liberdade de culto e suas manifestações e 
prática de ritos não é absoluto. 
 
Um direito fundamental vai até onde começa outro e, 
diante de eventual colisão, fazendo -se uma ponderação de 
interesses, um deverá prevalecer em face do outro se não 
for possível harmonizá-los. 
Dentro de uma ideia de bom -senso, prudência e 
razoabilidade, a Constituição assegura o direito a todosde 
aderir a qualquer crença religiosa, ou recusá-las, ou, ainda, 
de seguir qualquer corrente filosófica, ou de ser ateu e 
exprimir o agnosticismo, garantindo -se a liberdade de 
descrença ou a mudança da escolha já feita. 
 
Portanto, não podemos discriminar ou reprimir. O 
preconceito deve ser afastado, a sociedade tem que 
conviver e harmonizar com as escolhas antagônicas sem que 
o radicalismo egoísta suplante a liberdade 
constitucionalmente assegurada.” (LENZA, 2012, p. 980 a 
987) 
• Liberdade de atividade intelectual, artística, científica ou 
de comunicação. Indenização em caso de dano (art. 5.º, IX 
e X): 
 
“É livre a expressão da atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença. 
 
Veda-se a censura de natureza política, ideológica e artística 
(art. 220, § 2.º), porém, apesar da liberdade de expressão 
acima garantida, lei federal deverá regular as diversões e os 
espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar 
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se 
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se 
mostre inadequada. 
“Deverá, outrossim, estabelecer os meios legais que 
garantam à pessoa e à família a possibilidade de se 
defenderem de programas ou programações de rádio e 
televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como 
da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam 
ser nocivos à saúde e ao meio ambiente (art. 220, § 3.º, I e 
II). 
 
Se, durante as manifestações acima expostas, houver 
violação da intimidade, vida privada, honra e imagem de 
pessoas, será assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente da violação (art. 5.º, X).” 
(LENZA, 2012, p. 988) 
• Intimidade e vida privada e o sigilo bancário (art. 5.º, X): 
“De acordo com o art. 5.º, X, são invioláveis a intimidade, a 
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação.” (LENZA, 2012, p. 989) 
• Inviolabilidade domiciliar (art. 5.º, XI): “A casa é asilo 
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem o consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, 
durante o dia, por determinação judicial”; ou seja, sem o 
consentimento do morador só poderá nela penetrar: 
 
• por determinação judicial, somente durante o dia; 
 
• em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar 
socorro: poderá penetrar sem o consentimento do 
morador, durante o dia ou à noite, não necessitando de 
determinação judicial.”(LENZA, 2012, p. 990) 
 
• Sigilo de correspondência e comunicações (art. 5.º, XII): 
“É inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal.” 
 
• Liberdade de profissão (art. 5.º, XIII): A Constituição 
assegura a liberdade de exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer. Trata -se, portanto, e norma 
constitucional de eficácia contida, podendo lei 
infraconstitucional limitar o seu alcance, fixando condições 
ou requisitos para o pleno exercício da profissão. 
É o que acontece com o Exame de Ordem (art. 8.º, IV, da Lei n. 
8.906/94), cuja aprovação é um dos requisitos essenciais para que o 
bacharel em direito possa inscrever-se junto à OAB como advogado e 
que, inclusive, foi declarado constitucional pelo STF no julgamento do 
RE 603.583 (Rel. Min. Marco Aurélio, j. 26.10.2011, Plenário, Inf. 
646/STF e item 12.5.3, desse trabalho). 
 
(...) Finalmente, o STF entendeu que a profissão de músico não exige 
a inscrição em conselho de fiscalização, deixando claro essa 
necessidade apenas quando houver potencia lesivo na atividade. A 
regra, portanto, é a liberdade e, ademais, a atividade de músico 
encontra garantia na liberdade de expressão, enquanto manifestação 
artística (cf. RE 414.426, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 1.º.08.2011, 
Plenário, DJE de 10.10.2011). (LENZA, 2012, p. 992 e 993) 
• Liberdade de informação (art. 5.º, XIV e XXXIII): “É 
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o 
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional. 
Trata -se do direito de informar e de ser informado. 
 
Completando tal direito fundamental, o art. 5.º, XXXIII, 
estabelece que todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo 
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.” (LENZA, 
2012, p. 993) 
• Liberdade de locomoção (art. 5.º, XV e LXI): “A locomoção no 
território nacional em tempo de paz é livre, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens. Nesse sentido, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, ninguém 
será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente (art. 5.º, 
LXI). 
Esse direito poderá ser restringido na vigência de estado de 
defesa, quando se cria a possibilidade de prisão por crime de 
Estado determinada pelo executor da medida (art. 136, § 3.º, I), 
exceção à regra acima exposta (flagrante delito ou ordem 
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente). 
 
No mesmo sentido ocorrerá restrição à liberdade de locomoção 
na vigência do estado de sítio, nos termos do art. 139, I, 
podendo ser tomadas contra as pessoas (nas hipóteses do art. 
137, I) medidas no sentido de obrigá-las a permanecer em 
localidade determinada, bem como medidas restritivas também 
em caso de guerra declarada ou agressão armada estrangeira 
(art. 137, II).” (LENZA, 2012, p. 993) 
• Direito de reunião (art. 5.º, XVI): “Garante -se o direito de reunião, 
de forma pacífica, sem armas e em locais abertos ao público. Este 
direito poderá ser exercido independentemente de prévia 
autorização do Poder Público, desde que não frustre outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente. 
 
Esse prévio aviso é fundamental para que a autoridade administrativa 
tome as providências necessárias relacionadas ao trânsito, 
organização etc. 
 
Finalmente, cabe lembrar que, ainda que exercido no seio das 
associações, o direito de reunião poderá ser restringido na vigência 
de estado de defesa (art. 136, § 1.º, I, “a”), podendo ser suspensa a 
liberdade de reunião durante o estado de sítio (art. 139, IV).” (LENZA, 
2012, p. 994) 
• Direito de associação (art. 5.º, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI): “A 
liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar, é plena. Portanto, ninguém poderá ser compelido a 
associar -se e, uma vez associado, será livre, também, para 
decidir se permanece associado ou não. 
 
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência 
estatal em seu funcionamento. Têm elas autonomia para 
formular os seus estatutos. 
A única forma de se dissolver compulsoriamente uma 
associação já constituída será mediante decisão judicial 
transitada em julgado, na hipótese de finalidade ilícita. Também 
a suspensão de suas atividades se dará por decisão judicial, não 
sendo necessário aguardar o trânsito em julgado; pode-se 
implementá-la por meio de provimentos antecipatórios ou 
cautelares. 
 
Quando expressamente autorizadas, as entidades associativas 
têm legitimidade para representar seus filiados judicialou 
extrajudicialmente, podendo, como substitutas processuais, 
defender, em nome próprio, o direito alheio de seus 
associados.” (LENZA, 2012, p. 995) 
QUESTÕES 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro abriu edital 
para concurso público para o provimento de vagas para 
Primeiro-Tenente, médico e dentista, do seu quadro de 
oficiais de saúde. 
 
De acordo com as regras do edital seriam admitidos 
apenas candidatos do sexo masculino, uma vez que a 
Polícia Militar, por sua natureza de ser uma polícia de 
confronto, poderia diferenciar quanto ao gênero na 
contratação de seus oficiais. 
Inconformada com a restrição do edital, Alethéia Maria, 
dentista regularmente inscrita no CRO (Conselho 
Regional de Odontologia) e com mais de dez anos de 
experiência na área de saúde, procura seu escritório de 
advocacia em busca de uma orientação jurídica quanto 
à legalidade do edital da PMERJ. 
 
É constitucional a restrição imposta pelo edital do 
concurso? 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTA AULA, NA 
PESQUISA E CONFECÇÃO DO MATERIAL 
 
Material didático fornecido pela Universidade Estácio 
de Sá – Coordenação do Curso de Direito 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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