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Teoria da Constituição - Constitucionalismo

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado pelo 
professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da disciplina não exclui 
a leitura do PLANO DE AULA, bem como da legislação, jurisprudência, 
bibliografia básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, antes de cada aula faça a leitura do 
PLANO DE AULA correspondente e complemente seu estudo realizando a leitura da 
bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer contribuição para a 
melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria escreva para o professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CONSTITUCIONALISMO 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
CONSTITUIÇÃO/ESTADO 
ORGANIZAÇÃO 
DO ESTADO 
PODER 
CONSTITUINTE TEORIA DOS 
DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
HISTÓRIA 
DAS 
CONSTITUIÇÕES 
Compreender as categorias teóricas que informam a estrutura 
jurídico-política da nação 
TEORIA DA 
CONSTITUIÇÃO 
Categorias e 
conceitos 
 que auxiliam a 
compreensão 
 da Constituição 
/Estado. 
Poder para 
criar a 
Constituição 
/Estado. 
Estrutura 
do Estado. 
Direitos que 
viabilizam a 
dignidade da 
pessoa humana e 
limitam a 
arbitrariedade do 
poder político. 
As rupturas e 
continuidades do 
processo 
constitucional 
brasileiro 
Veremos, ao longo do curso, que o estudo do Direito 
Constitucional requer diversos conceitos que vemos no 
estudo da Ciência Política e da Teoria Geral do Estado. 
 
José Afonso da Silva observa que o direito 
constitucional “configura-se como Direito Público 
fundamental por referir-se diretamente à organização 
e funcionamento do Estado, à articulação dos 
elementos primários do mesmo e ao estabelecimento 
das bases da estrutura política” (SILVA apud LENZA, 
2012, p. 53) . 
A noção de constituição é fruto de um movimento 
político e intelectual denominado constitucionalismo. 
Podemos entendê-lo como: 
 
– movimento jusfilosófico surgido no século XVIII com 
as revoluções liberais burguesas baseado na crença de 
que o poder político deve estar submetido à 
supremacia da lei, de uma lei Maior, a Constituição 
escrita. 
 
– movimento político e jurídico que visa a estabelecer 
regimes constitucionais. 
 
O constitucionalismo tem sua origem na Magna Carta 
Inglesa e nas Constituições escritas e rígidas dos EUA, 
de 1787, e da França, de 1791. 
 
Trata-se, pois, do contínuo processo de limitação do 
poder político, que posteriormente, veio a trazer 
direitos e garantias aos cidadãos, para além da simples 
limitação do poder. 
Com o surgimento das Constituições do pós-guerra, a 
partir de 1945, temos o que se convencionou chamar 
de neoconstitucionalismo, ou a incorporação de 
noções de elevada carga axiológica para o centro do 
sistema jurídico. 
 
Conforme os quadros trazidos por LENZA (2012, p. 63 
e 65, respectivamente): 
A Constituição, segundo José Afonso da Silva, “consiste 
num sistema de normas jurídicas, escritas ou 
costumeiras, que regulam a forma do Estado, a forma 
de seu governo, o modo de aquisição e exercício do 
Poder, o estabelecimento de seus órgãos e os limites 
de sua atuação”. 
 
Sendo assim, a Constituição é a norma jurídica 
suprema e basilar que estrutura juridicamente os 
limites de atuação e exercício de toda a nossa 
sociedade política. 
O CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 
 
• Conceito Material: estrutura do Estado, a 
organização, as formas de atuação e limitação do 
Poder Político. Refere-se ao que nós chamamos de 
normas materialmente constitucionais. 
 
• Conceito Formal: Constituição formal é a 
Constituição escrita, definindo-se como o conjunto 
de normas reunidas em um documento 
denominado Constituição e elaborado pelo Poder 
Constituinte Originário ou de Fato. 
 
Para facilitar a compreensão, a Constituição formal 
é o conjunto de todas as normas que estão escritas 
na Constituição, sejam ou não de conteúdo 
tipicamente constitucional, como por exemplo, as 
normas previstas nos arts. 180 e 242, § 2o da 
CRFB/88. Por esta razão, temos normas 
materialmente constitucionais e formalmente 
constitucionais. 
TIPOLOGIA (CLASSIFICAÇÃO) DAS CONSTITUIÇÕES 
 
Quanto à Forma: 
 
• Constituição escrita: àquela codificada em um documento 
escrito. Exemplo: a Constituição brasileira 
 
• Constituição não escrita ou consuetudinária ou costumeira: 
pode ser definida como o conjunto de leis, costumes e 
jurisprudências esparsos no tempo, em um determinado 
ordenamento jurídico, que tratem de tudo aquilo que seja 
considerado constitucional (forma de governo, estrutura do 
estado, direitos fundamentais etc.). Exemplo: a Constituição 
da Inglaterra. 
Quanto ao modo de elaboração: 
 
• Dogmáticas: “sempre escritas, consubstanciam os dogmas 
estruturais e fundamentais do Estado ou, como bem observou 
Meirelles Teixeira, “... partem de teorias preconcebidas, de 
planos e sistemas prévios, de ideologias bem declaradas, de 
dogmas políticos... São elaboradas de um só jato, reflexivamente, 
racionalmente, por uma Assembleia Constituinte””(LENZA, 2012, 
p. 89). Exemplo: a Constituição brasileira. 
 
•Históricas: “constituem-se através de um lento e contínuo 
processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e 
as tradições de um povo. Aproximam-se, assim, da costumeira e 
têm como exemplo a Constituição inglesa.” (LENZA, 2012, p. 89) 
Quanto à origem: 
 
• Promulgada: também conhecida como popular ou democrática 
a Constituição que é elaborada através de uma Assembleia 
Nacional Constituinte, composta de representantes eleitos pelo 
povo para esta finalidade. Uma vez concluída a Constituição esta 
Assembleia se dissolve. 
 
• Outorgada: não há participação do povo em sua elaboração, 
posto ser ela imposta ao povo, sendo produto exclusivo do 
Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe à 
sociedade um novo ordenamento jurídico e político. 
 
No Brasil as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram 
promulgadas e, as de 1824, 1937 e 1967 foram outorgadas. Em 
relação a “Constituição de 1969” não a inserimos no rol das 
Constituições outorgadas, visto que formalmente ela foi uma 
emenda, Emenda Constitucional n. 1 à Constituição de 1967. 
 
• Bonapartista: se caracteriza por ser uma Constituição 
outorgada, na qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima 
convoca um referendo popular para aprová-la. Na realidade, 
trata-se de uma Constituição outorgada onde houve um processo 
falsamente legitimador. 
Quanto à estabilidade: 
 
• Imutáveis: não contém a possibilidade de reforma de suas 
normas. 
 
• super rígidas: esta é uma classificação que alguns 
doutrinadores dão à Constituição de 1988, visto que esta 
Constituição trouxe as cláusulas pétreas, que exigem um 
processo legislativo ainda mais rígido ou dificultoso para 
alteração destas normas estabelecidas como pétreas, pois não 
poderão ser abolidas ou restringidas, podendo somente sofrer 
alterações para serem ampliadas. 
• Rígidas: são as constituições que estabelecem que qualquer 
alteração de suas normas deverá passar por um processo 
legislativo mais dificultoso do que o processo legislativo 
ordinário. Em nossa Constituição esse processo encontra-se no 
art. 60. 
 
• Semi-rígidas ou Semi-flexíveis: são aquelas que estabelecem 
para alteração de um determinado grupo de suas normas um 
processo legislativo mais árduo e para reforma do outro grupo de 
suas normas um processo legislativo ordinário ou simples. Por 
exemplo: Constituição Imperial de 1824. 
 
• Flexíveis: são àquelas constituições que estabelecem para 
alteração de suas normas o mesmo processo legislativo previsto 
para as leis ordinárias. 
Quanto à extensão: 
 
• Sintética: “Sintéticas seriam aquelas enxutas, veiculadoras 
apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado. Não 
descem a minúcias, motivopelo qual são mais duradouras, na 
medida em que os seus princípios estruturais são interpretados e 
adequados aos novos anseios pela atividade da Suprema Corte. 
O exemplo lembrado é a Constituição americana, que está em 
vigor há mais de 200 anos (é claro, com emendas e 
interpretações feitas pela Suprema Corte).” (LENZA, 2012, p. 87) 
 
• Analíticas: “são aquelas que abordam todos os assuntos que os 
representantes do povo entenderem fundamentais. 
Normalmente descem a minúcias, estabelecendo regras que 
deveriam estar em leis infraconstitucionais, como, conforme já 
mencionamos, o art. 242, § 2.º, da CF/88, que dispõe que o 
Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será 
mantido na órbita federal. Assim, o clássico exemplo é a 
brasileira de 1988.”(LENZA, 2012, p. 88) 
Quanto à finalidade: 
 
• de garantia: os grandes exemplos são as Constituições liberais 
burguesas que estabelecem liberdades públicas ou os chamados 
Direitos Fundamentais de 1ª geração como mecanismos de 
controle do poder estatal, como a Constituição Norteamericana 
de 1787. 
 
• de balanço: como grande exemplos podemos citar a 
Constituição do México de 1917 e a Constituição da República de 
Weimar de 1919 (Alemanha), onde encontramos direitos sociais 
como também liberdade públicas, ou seja, direitos fundamentais 
individuais e direitos fundamentais sociais. Elas recebem esse 
nome porque procuram equilibrar os anseios burgueses e 
proletários; 
 
• dirigente: são aquelas que além de estabelecer direitos 
individuais e sociais que o Estado deveria alcançar, preveem 
normas conhecidas como programáticas (tipo de normas de 
eficácia limitada) que procuram fixar metas, programas, políticas 
públicas, como valores a serem perseguidos pelo ente estatal. 
Por exemplo: saúde para todos, moradia para todos. Como 
exemplo deste tipo de constituição temos a Constituição 
Brasileira de 1988 e a Portuguesa de 1976. 
Quanto à ideologia: 
 
• Ortodoxas: são aquelas atreladas a um única ideologia, por 
exemplo a Constituição da República da antiga URSS de 1977, 
que estabelecia o modelo socialista; 
 
• Heterodoxas ou Ecléticas: são aquelas que estabelecem mais 
de uma ideologia, como a Constituição de 1988, que possui 
valores capitalistas como a livre iniciativa e, valores socialistas, 
como a valorização do trabalho (art. 170 da CRFB/88). 
Forma 
Modo de 
elaboração 
Origem 
Escrita 
Não escrita 
Promulgada 
Outorgada 
Bonapartista 
Dogmática 
Histórica 
TIPOLOGIA (CLASSIFICAÇÃO) DAS CONSTITUIÇÕES 
Extensão 
Estabilidade 
Imutável 
superrígida 
Rígida 
Semi-rígida 
Flexível 
Sintética 
Análítica 
Finalidade 
De garantia 
De balanço 
Dirigente 
Ideologia 
Ortodoxas 
Heterodoxas 
A Constituição de 1988 é classificada da 
seguinte forma: formal, escrita, dogmática, 
promulgada, super rígida, analítica, 
heterodoxa e dirigente. 
QUESTÕES 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
A Constituição de 1988 desenhou em seu texto um Estado de 
bem-estar social, consagrando princípios próprios do modelo 
liberal clássico de forma conjugada com outros, típicos do 
modelo socialista. Esse pluralismo principiológico se faz sentir 
ao longo de todo o texto constitucional, especialmente no art. 
170, CRFB, que adota a livre iniciativa como princípio da 
ordem econômica, sem desprezar, no entanto, o papel do 
Estado na regulação do mercado. Considerando tal 
constatação, responda: 
a) Como o pluralismo principiológico pode favorecer a 
estabilidade da CRFB/88? 
 
b) Diante de tal característica, como a doutrina classificaria a 
CRFB/88? 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTA AULA 
 
Material didático fornecido pela Estácio – 
Coordenação do Curso de Direito 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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