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11 - Nacionalidade - Parte 2 - Versão Aluno

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado 
pelo professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da 
disciplina não exclui a leitura da legislação, jurisprudência, bibliografia 
básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, complemente seu estudo 
realizando a leitura da bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer 
contribuição para a melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria 
escreva para o professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
NACIONALIDADE – PARTE 2 
Nesta aula, trataremos brevemente de assuntos que 
serão aprofundados no estudo de Direito Internacional 
Público e Privado: o procedimento de naturalização, a 
questão da igualdade jurídica e os estrangeiros, e a 
diferenciação entre expulsão, extradição e deportação. 
O PROCEDIMENTO DE NATURALIZAÇÃO 
 
“Nos termos do art. 115 do Estatuto dos Estrangeiros (Lei n. 
6.815/80), aquele que pretender a naturalização deverá 
requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando nome por 
extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo, estado 
civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde 
haja residido anteriormente no Brasil e no exterior, se 
satisfaz ao requisito a que alude o art. 112, item VII, e se 
deseja ou não traduzir ou adaptar o seu nome à língua 
portuguesa, devendo a petição ser assinada pelo 
naturalizando e instruída com os documentos e demais 
formalidades especificados no Regulamento (Decreto n. 
86.715/81). 
De acordo com o art. 111 da Lei n. 6.815/80, a concessão 
da naturalização será faculdade exclusiva do Poder 
Executivo e far-se-á mediante portaria do Ministro da 
Justiça. 
 
Assim que for publicada, no Diário Oficial, referida portaria 
de naturalização, será ela arquivada no órgão competente 
do Ministério da Justiça, que emitirá certificado relativo a 
cada naturalizando, o qual será solenemente entregue, na 
forma fixada no Regulamento, pelo juiz federal da cidade 
onde tenha domicílio o interessado. 
 
Quando não houver juiz federal na cidade em que tiverem 
domicílio os interessados, a entrega será feita por meio do 
juiz ordinário da comarca e, na sua falta, pelo da comarca 
mais próxima. 
 
Por esse motivo, o art. 109, X, CF/88, estabelece ser 
competência dos juízes federais processar e julgar os 
crimes de ingresso ou permanência irregular de 
estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o 
exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, 
as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva 
opção, e à naturalização.”(LENZA, 2012, p. 1101) 
OS PORTUGUESES E O TRATADO DE RECIPROCIDADE 
 
“Outrossim, temos a hipótese dos portugueses com 
residência permanente no Brasil que queiram continuar 
com a nacionalidade portuguesa (estrangeiros) e não façam 
a opção pela naturalização brasileira. 
 
Havendo reciprocidade em favor de brasileiros, serão 
atribuídos aos portugueses com residência permanente no 
Brasil os mesmos direitos inerentes ao brasileiro, salvo os 
casos em que houver expressa vedação constitucional. 
 
Observar que os portugueses não perdem a sua cidadania. 
Continuam sendo portugueses, estrangeiros, portanto, no 
Brasil, mas podendo exercer direitos conferidos aos 
brasileiros, desde que não sejam vedados (ex.: art. 12, § 
3.º) e haja, como visto, a reciprocidade para brasileiros em 
Portugal. 
 
Trata -se da chamada cláusula de reciprocidade (do ut des), 
assegurada pelo Tratado de Amizade, Cooperação e 
Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a 
República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 
22.04.2000 (Decreto n. 3.927, de 19.09.2001).” (LENZA, 
2012, p. 1103) 
TRATAMENTO ISONÔMICO AOS BRASILEIROS NATOS E 
NATURALIZADOS 
 
Como regra geral, de maneira coerente com o princípio da 
igualdade (isonomia), a CF vedou qualquer possibilidade de 
se estabelecer por lei distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, ressalvados os casos previstos pela própria 
Constituição (art. 12, § 2.º). 
 
Assim: a regra geral é que não se pode diferenciar o 
brasileiro nato do naturalizado. A diferenciação poderá ser 
feita somente nas hipóteses taxativamente previstas na 
Constituição, quais sejam: 
“Art. 5º, (…) LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;” 
 
“Art. 12 (…) § 3º - São privativos de brasileiro nato os 
cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa” 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro 
que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional;” 
 
“Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de 
consulta do Presidente da República, e dele participam: (...) 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e 
cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente 
da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois 
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de 
três anos, vedada a recondução.” 
 
“Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de 
brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou 
de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e 
que tenham sede no País.” 
 
EXTRADIÇÃO, EXPULSÃO E DEPORTAÇÃO 
 
• Extradição: “Extradição é o processo pelo qual um Estado 
atende ao pedido de outro Estado, remetendo-lhe pessoa 
processada no país solicitante por crime punido na 
legislação de ambos os países, não se extraditando, via de 
regra, nacional do país solicitado. Este instituto é estudado 
no direito penal internacional e no direito processual 
internacional.” (DOLINGER, 2003, p. 245) 
 
Conforme o Art. 5º, LI, o brasileiro nato não poderá ser 
deportado. Já o brasileiro naturalizado poderá ser 
extraditado em duas situações: 
 
o “crime comum: o naturalizado poderá ser 
extraditado somente se praticou o crime comum 
antes da naturalização; 
 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins: no 
caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, o 
brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, não 
importando o momento da prática do fato típico, 
seja antes, seja depois da naturalização.” (LENZA, 
2012, p. 1104) 
 
O estrangeiro, por sua vez, não poderá ser extraditado por 
crime político ou de opinião, conforme o artigo 5º, LII, da 
Constituição. 
 
O procedimento de extradição está previsto no Estatuto 
dos Estrangeiros e no RI/STF, observado os dispositivos 
constitucionais antes citados. Para se aprofundar no tema, 
próprio do estudo do Direito Internacional Privado, obra de 
referência é: Direito Internacional privado: parte geral, de 
Jacob Dolinger. 
 
• Expulsão: “Expulsão é o processo pelo qual um país 
expele de seu território estrangeiro residente, em razão de 
crime ali praticado ou de comportamento nocivo aos 
interesses nacionais, ficando-lhe vedado o retorno ao país 
donde foi expulso.”(DOLINGER, 2003, p. 245) 
 
Diferente extradição, que se funda na prática de delito fora 
do território nacional, a hipótese de expulsão diz respeito à 
quando o delito ou infração ocorrerdentro do território 
nacional. (LENZA, 2012) 
 
As hipóteses de crime, reguladas também pelo Estatuto do 
Estrangeiro, incluem ato que atentar contra a segurança 
nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou 
moralidade pública e a economia popular, por exemplo. 
 
• Deportação: “Deportação é o processo de devolução de 
estrangeiro que aqui chega ou para o país de sua 
nacionalidade ou de sua procedência. 
 
Enquanto que na expulsão, a remoção se dá por pratica 
ocorrida apos a chegada e a fixação do estrangeiro no 
território do país, a deportação se origina exclusivamente de 
sua entrada o estada irregular no país. O deportado poderá 
retornar ao país desde que atenda às exigências da 
lei.”(DOLINGER, 2003, p. 245) 
 
Deste modo, é o caso típico de estrangeiro que, no aeroporto, 
é detido por não possuir documentação regular, sendo 
remetido ao seu país de origem, sem nem mesmo adentrar no 
território nacional. 
A PERDA DA NACIONAIDADE BRASILEIRA 
 
Por fim, cabe tratar das duas hipóteses de perda de 
nacionalidade, que constam taxativamente na Constituição: 
 
• Cancelamento da naturalização por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, § 
4.º, I); 
 
• Aquisição de outra nacionalidade, que não permita 
cumulação com a brasileira. (art. 12, § 4.º, II). 
QUESTÕES 
QUESTÃO DSICURSIVA 
 
Marco Fiori, italiano pelo critério do jus sanguinis e 
brasileiro pelo critério do jus soli, e domiciliado no Rio de 
Janeiro, viaja a Roma onde comete um furto de duas obras 
de arte e retorna ao Brasil. O governo italiano pede a sua 
extradição. 
 
Pergunta-se: o Supremo Tribunal Federal vai conceder a 
extradição? Por quê? 
 
REFERÊNCIAS UTILIZADAS NESTA AULA, NA PESQUISA E 
CONFECÇÃO DO MATERIAL 
 
Material didático fornecido pela Universidade Estácio de Sá – 
Coordenação do Curso de Direito 
 
DOLINGER, JACOB. Direito Internacional privado: parte geral/ 
Jacob Dolinger – 7.ed.ampl. E atual. – Rio de Janeiro: Renovar, 
2003. 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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