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08 - Direitos Sociais - Parte 1 - Versão Aluno

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado 
pelo professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da 
disciplina não exclui a leitura da legislação, jurisprudência, bibliografia 
básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, complemente seu estudo 
realizando a leitura da bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer 
contribuição para a melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria 
escreva para o professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
DIREITOS SOCIAIS – PARTE 1 
Os Direitos Sociais surgem, por meio de diversas 
Constituições, a partir do século XX, com a segunda geração 
de Direitos Fundamentais, que exige a prestação positiva do 
Estado através de políticas públicas, destinadas a reduzir as 
desigualdades sociais existentes e garantir uma existência 
humana digna. 
 
Trata-se, como lembra Pedro Lenza, “de desdobramento da 
perspectiva de um Estado Social de Direito” (LENZA, 2012, p. 
1075). 
“Segundo José Afonso da Silva, os direitos sociais 
“disciplinam situações subjetivas pessoais ou grupais de 
caráter concreto”, sendo que “os direitos econômicos 
constituirão pressupostos da existência dos direitos sociais, 
pois sem uma política econômica orientada para a 
intervenção e participação estatal na economia não se 
comporão as premissas necessárias ao surgimento de um 
regime democrático de conteúdo tutelar dos fracos e dos 
mais numerosos”. 
Assim, os direitos sociais, direitos de segunda dimensão, 
apresentam-se como prestações positivas a serem 
implementadas pelo Estado (Social de Direito) e tendem a 
concretizar a perspectiva de uma isonomia substancial e 
social na busca de melhores e adequadas condições de vida, 
estando, ainda, consagrados como fundamentos da 
República Federativa do Brasil (art. 1.º, IV, da CF/88). 
 
Enquanto direitos fundamentais (alocados no Título II da 
CF/88), os direitos sociais têm aplicação imediata (art. 5.º, § 
1.º) e podem ser implementados, no caso de omissão 
legislativa, pelas técnicas de controle, quais sejam, o 
mandado de injunção ou a ADO (ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão).” (LENZA, 2012, p. 1076) 
Desta forma, a partir dos conceitos de “ordem social” e de 
“direitos sociais”, devemos compreender que, em um 
Estado de Bem Estar Social, o indivíduo possui direitos de 
cunho prestacional que poderão ser exigidos em face do 
Estado, fugindo-se à ótica individualista do liberalismo 
clássico. 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
Os Direitos Sociais vem classificados na Constituição da 
seguinte maneira: 
 
a) Artigo sexto: saúde, educação, alimentação, trabalho, 
moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à 
maternidade e à infância, assistência aos desamparados; 
b) Os direitos trabalhistas elencados nos incisos do artigo 
sétimo; 
c) Seguridade Social - artigos 194 a 204; 
d) Ciência e Tecnologia - artigos 218 a 219; 
e) Comunicação Social - artigos 220 a 224; 
f) Meio ambiente - artigo 225; 
g) Proteção aos índios - artigos 231 a 232. 
• Direito à Educação (art. 6.º): 
 
O Direito à Educação vem trazido em nossa Constituição em 
dois sentidos: a educação no sentido de ensino, formação 
científica, técnica e profissional; e educação como 
desenvolvimento pessoal, preparo para o exercício da 
cidadania. 
 
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho.” 
• Direito à Saúde (art. 6.º): 
 
Neste sentido, o direito à saúde é um direito público subjetivo 
de 2ª geração, diretamente ligado ao direito à vida e à 
dignidade humana, que gera para seus titulares, ao menos 
em relação ao seu mínimo existencial, o poder de exigir do 
Estado a contraprestação necessária para seu gozo. 
 
Veremos mais a frente que o direito à saúde nos leva a noção 
de seguridade social, conceito trazido no art. 194 da 
Constituição. 
Como destaca Pedro Lenza, há duas vertentes no que se refere 
aos direitos sociais, em especial o da saúde: 
 
• Natureza negativa: O Estado e os particulares devem abster-
se de praticar atos que prejudiquem terceiros; 
 
• Natureza positiva: O Estado deve fomentar e agir para a 
prestação e efetivação dos direitos. 
 
“Nos termos do art. 197, são de relevância pública as ações e 
serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos 
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e 
controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou 
através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica 
de direito privado.” (LENZA, 2012, p. 1077) 
• Direito à Alimentação (art. 6.º): 
 
“Antes mesmo da EC n. 64/2010, que introduziu o direito à 
alimentação como direito social, a Lei n. 11.346/2006, 
regulamentada pelo Dec. n. 7.272/2010, já havia criado o Sistema 
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional — SISAN com 
vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada. 
 
O art. 2.º da referida lei define a alimentação adequada como 
sendo direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade 
da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos 
consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público 
adotar as políticas e ações que se façam necessárias para 
promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da 
população.” (LENZA, 2012, p. 1078) 
• Direito ao Trabalho (art. 6.º): 
 
“Trata-se, sem dúvida, de importante instrumento para 
implementar e assegurar a todos uma existência digna, 
conforme estabelece o art. 170, caput. O Estado deve fomentar 
uma política econômica não recessiva, tanto que, dentre os 
princípios da ordem econômica, destaca-se a busca do pleno 
emprego (art. 170, VIII). Aparece como fundamento da República 
(art. 1.º, IV), e a ordem econômica, conforme os ditames da 
justiça social, funda-se na valorização do trabalho humano e na 
livre-iniciativa.” (LENZA, 2012, p. 1078) 
• Direito à Moradia(art. 6.º): 
 
“Também, partindo da ideia de dignidade da pessoa humana (art. 
1.º, III), direito à intimidade e à privacidade (art. 5.º, X) e de ser a 
casa asilo inviolável (art. 5.º, XI), não há dúvida de que o direito à 
moradia busca consagrar o direito à habitação digna e adequada, 
tanto é assim que o art. 23, X, estabelece ser atribuição de todos os 
entes federativos combater as causas da pobreza e os fatores de 
marginalização, promovendo a integração social dos setores 
desfavorecidos. 
 
Parece-nos, também, que a Lei n. 8.009/90, que dispõe sobre a 
impenhorabilidade do bem de família, encontra fundamento no art. 
6.º da CF/88. Entre as ressalvas da referida lei, ou seja, não proteção 
mesmo em se tratando do único bem imóvel, está a figura do fiador 
em contrato de aluguel (art. 3.º, VII).” (LENZA, 2012, p. 1078) 
• Direito à Segurança Pública (art. 6.º): 
 
“O direito à segurança também aparece no caput do art. 5.º. 
Porém, a previsão no art. 6.º tem sentido diverso daquela no art. 
5.º. Enquanto lá está ligada à ideia de garantia individual, aqui, 
no art. 6.º, aproxima -se do conceito de segurança pública, que, 
como dever do Estado, aparece como direito e responsabilidade 
de todos, sendo 
exercida, nos termos do art. 144, caput, para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.” 
(LENZA, 2012, p. 1079) 
• Direito à Previdência Social (art. 6.º): 
 
Assim como o Direito à Saúde, o direito á Previdência Social está 
inseridoa noção de seguridade social, tratado em nossa 
Constituição do Art. 194 ao Art. 204, fazendo parte da ordem 
social. Podemos dizer que seguridade social é 
 
“A rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com 
contribuições e todos, incluindo parte dos beneficiários dos 
direitos, no sentido de estabelecer ações positivas no sustento de 
pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, 
providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida. 
(IBRAHIM apud MOTTA, 2012, p. 918 e 919) 
Neste sentido, o conceito de seguridade social engloba, 
conforme o artigo 194 da Constituição: 
Seguridade Social 
Assistência Social 
Previdência Social 
Saúde 
A Previdência social possui caráter contributivo, isto é, seus 
beneficiários foram ou são contribuintes. É uma 
contraprestação diante contribuição feita por empregados e 
empregadores. 
 
 É tratada no art. 201 da CF, e aprofundada na legislação 
infraconstitucional, que regula e dispões sobre os benefícios 
da previdência social, tais como a aposentadoria, o auxílio-
doença, o auxílio-reclusão, dentre outros. 
• Proteção à maternidade e à infância (art. 6.º): 
 
“Partindo do art. XXV da Declaração Universal dos Direitos 
do Homem e do Cidadão, de 1948, o texto de 1988 
consagrou a proteção à maternidade como indiscutível 
direito social. 
 
A proteção à maternidade aparece tanto com natureza de 
direito previdenciário (art. 201, II) como de direito 
assistencial (art. 203, I). Nos termos do art. 201, II, a 
proteção à maternidade deverá ser atendida pela 
previdência social, sendo um dos objetivos da assistência 
social.”(LENZA, 2012, p. 1079) 
Cabe observar que a proteção à infância tem natureza 
assistencial (art. 203, I e II), havendo expressa previsão de 
proteção à criança e ao adolescente, em especial no 
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990). 
• Assistência aos desamparados (art. 6.º): 
 
“O direito social de assistência aos desamparados é 
materializado nos termos do art. 203, que estabelece que a 
assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social. 
 
Além disso, nos termos do art. 204, as ações 
governamentais na área da assistência social serão 
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, 
previstos no art. 195, além de outras fontes.” (LENZA, 2012, 
p. 1080) 
QUESTÕES 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
Soldado do Exército Brasileiro, indignado por ter uma 
remuneração inferior ao salário mínimo, fato que 
contrariaria o art. 7º, IV da CRFB/88, lhe procura para 
saber da constitucionalidade dessa remuneração 
inferior ao salário mínimo. 
 
 Fundamente a sua resposta na doutrina e na 
jurisprudência. 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTA AULA, NA 
PESQUISA E CONFECÇÃO DO MATERIAL 
 
Material didático fornecido pela Universidade Estácio 
de Sá – Coordenação do Curso de Direito 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
MOTTA, Sylvio Clemente da. Direito Constitucional: 
teoria, jurisprudência e questões. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2012 
 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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