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Inclusão dos honorários no ressarcimento por perdas e danos e honorários do curador especial

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Universidade de Brasília
Faculdade de Direito
Discente: Dara Aldeny Lima Alves
Matrícula: 16/0117372
INCLUSÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO RESSARCIMENTO DE PERDAS E DANOS
Conforme determina os artigos 389, 395 e 404 do Código Civil, no caso de perdas e danos o devedor deverá, além de ressarcir o credor pelos prejuízos sofridos, pagar-lhe os honorários de seu advogado. Esses honorários não podem ser confundidos com os honorários sucumbenciais porque estes últimos são um direito autônomo do advogado e não do cliente. Por outro lado, os honorários de que se tratam os artigos mencionados são os chamados “convencionais” e referem-se aos gastos que o credor teve com o advogado para que fosse possível reivindicar juridicamente seu direito; assim é, além das perdas e danos que deram origem ao processo, o vencedor teve ainda as perdas patrimoniais decorrentes dos serviços de que precisou para conseguir a tutela jurisdicional que só foi necessária devido ao inadimplemento da obrigação da parte vencida, então a inclusão desses honorários no ressarcimento são necessárias para que o vencedor tenha total reparação de seu danos e não termine por sofrer outro prejuízo ao defender um direito próprio (JUNIOR, 2015).
Estando clara a existência dessa obrigação por parte do inadimplente, levanta-se a indagação a respeito da real necessidade desses gastos, assim como do valor exato que o devedor terá que pagar, uma vez que pode haver muita variação nos valores de despesas processuais pois, por exemplo, um profissional com maior tempo de carreira pode cobrar valores maiores, assim como um advogado que tenha obtido êxito na maioria das causas em que trabalhou. Quanto a isso, o STJ entende que o valor contratado pelo credor não pode ser abusivo, dessa forma, se os honorários cobrados pelo advogado da parte vencedora forem exacerbadamente superiores ao que comumente é cobrado, o juiz poderá determinar outro valor, inclusive baseando-se na tabela de honorários da Ordem Brasileira dos Advogados (OAB) , analisando para tanto, claro, as especificidades de cada caso concreto (CORREIA, 2015).
Ainda a esse respeito, a ministra do STJ Nancy Andrighi, afirma que o exercício regular desse direito à inclusão dos honorários no ressarcimento está condicionado pela comprovação de que esses serviços eram indispensáveis à resolução do conflito entre os contratantes ou à tomada de medidas preparatórias ao processo judicial, assim como pela efetiva atuação de um advogado particular na defesa do credor e pela razoabilidade dos honorários cobrados (CORREIA, 2015).
HONORÁRIOS DO CURADOR ESPECIAL
Segundo o Humberto Theodoro, há muitas divergências na doutrina quanto ao pagamento de honorários ao curador especial. Pode-se analisar a questão baseando-se em algumas declarações do Superior Tribunal de Justiça a esse respeito.
Ao julgar um recurso em que foi discutido quem deveria pagar os honorários do curador nomeado a um réu citado em edital, o STJ se mostrou favorável ao adiantamento, por parte do autor, dos honorários do curador especial. Nesse caso, o adiantamento deveria ser realizado mesmo com a condenação do réu e, posteriormente, o vencedor poderia pedir o ressarcimento do valo quando ocorresse a execução da sentença. Os honorários do curador especial, por sua vez, se igualariam aos honorários dos peritos, sendo que o autor os adiantaria e, caso a ação fosse procedente, pediria ressarcimento ao réu ulteriormente (JUNIOR, 2015).
Em outro momento, ao julgar um recurso da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a 3ª Turma do STJ se posicionou no sentido de que ao exercer a curatela especial o defensor público não teria que receber honorários advocatícios, uma vez que estaria exercendo uma de suas funções institucionais conforme determina o inciso XVI da Lei Complementar Nº 80/1994, sendo que membros da Defensoria Pública seriam remunerados mediante subsídio em uma única parcela mensal e não seria permitida outra forma de remuneração (JUNIOR, 2015).
BIBLIOGRAFIA 
BRASIL. Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp80.htm>. Acesso em: 20 mar. 2018.
CORREIA, Atalá. Reaver valor gasto com honorários advocatícios contratuais ainda gera dúvida. 2015. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2015-dez-07/direito-civil-atual-reaver-gastos-honorarios-advocaticios-contratuais-gera-duvida>. Acesso em: 20 mar. 2018.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 2015. Disponível em: <BRASIL. Lei Complementar nº 80, de 12 de janeiro de 1994. . ., Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2018.>. Acesso em: 20 mar. 2018.

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