AULA 5 estabelecimento comercial

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DIREITO EMPRESARIAL
Estabelecimento comercial
diferenças
Estabelecimento empresarial 
Art. 1.142 CC/02 “considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”. 
Art. 1.143 CC/02 – Objeto unitário de direito e de negócios jurídicos (FUNDO DE COMÉRCIO), cujo atributo é um valor econômico, dotado de tutela jurídica especial, por ser “patrimônio afetado à empresa” constituindo uma universalidade de direito “sui geniris”. 
 ESTABELECIMENTO COMERCIAL X FUNDO DE COMÉRCIO (valor agregado - aviamento)
Estabelecimento empresarial 
Estabelecimento é complexo de bens de natureza variada, materiais ou imateriais reunidos e organizados pelo empresário individual ou pela sociedade empresária, por serem necessários ou úteis ao desenvolvimento e exploração de sua atividade econômica. 
Sumula 451 STJ – É legitima a penhora da sede do estabelecimento comercial
NATUREZA
09 teorias diferentes
03 aspectos :
1. Estabelecimento comercial não é sujeito de direitos
2.É um bem
3.Integra o patrimônio da sociedade empresária
O estabelecimento comercial não pode ser confundido com a sociedade empresária , nem com a empresa.
NATUREZA
Universalidade de fato e bens
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
Enunciado 488 V JDC - Admite-se a penhora do website e de outros intangíveis relacionados com o comércio eletrônico
ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL:
A) BENS CORPÓREOS =existência material, constituindo objeto de direito, tais como: imóveis e móveis. (ex.: veículos, estoques, insumos, etc..)
B) BENS INCORPÓREOS = Não têm existência tangível e são relativos aos direitos que o empresário tem sobre coisas, sobre produtos industriais ou intelectuais ou contra outra pessoa, apresentando valor econômico. Ex.: ponto empresarial; nome de domínio; marca; etc..
BENS INCORPÓREOS
A MARCA é o sinal ou nome, colocado no seu produto ou serviço, pelo empresário para identificá-lo, direta ou indiretamente, no mercado, tornando-o conhecido da clientela e fixando-lhe a origem e procedência. Ex.: marca LG de televisores
LEI nº 9.279/1996 – Propriedade industrial direitos e obrigações
Marca
A) marca de produto ou serviço, 
Sinal distintivo, visualmente perceptível, utilizado para distinguir o produto (ex.: molho de tomate Pomarola, cola em bastão Pritt) ou serviço (ex.: TAM, AMIL) de outro idêntico.
Marca de identificação direta
marca
B) Marca certificada ou de certificado - indireta
 Usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas, padrões ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada . Visa à garantia da boa qualidade do produto (ex.: leite longa vida). 
MARCA
C) Marca coletiva- indireta
Destinada a identificar e distinguir produtos ou serviços provenientes de membros de uma pessoa jurídica representativa de coletividade (associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação, confederação, entre outros), de produtos ou serviços iguais, semelhantes ou afins, de procedência diversa 
objetivo = indicar ao consumidor procedência aquele produto ou serviço .
ATRIBUTOS DO ESTABELECIMENTO
O aviamento e a clientela constituem qualidades do estabelecimento, por serem instrumentos do exercício da atividade empresarial. 
AVIAMENTO = fundo de comércio - é o atributo do estabelecimento, por ser sua aptidão de dar lucros, ante a sua boa e racional organização
A CLIENTELA é uma das manifestações externas do aviamento. Quanto maior a clientela, maior será o aviamento. 
A clientela é um conjunto de pessoas que, de fato, ocasional e habitualmente, mantém com o estabelecimento (físico ou virtual) relações continuadas de procura de produtos e de serviços, para adquiri-los, em razão de sua qualidade e da reputação do empresário, criando certa fidelidade. 
Há proteção legal ao “direito de clientela” do empresário, mediante repressão à concorrência desleal, visando ao não desvio da clientela (art.195, I, II e III, da Lei nº 9.279/96).
ESTABELECIMENTO PRINCIPAL E SECUNDÁRIOS
O empresário individual ou coletivo poderá ter mais de um estabelecimento, onde desenvolva suas atividades. 
O estabelecimento principal (matriz) é a sede da administração, detentora do comando dos negócios empresariais e centro das decisões, das ordens, das instruções e da elaboração da contabilidade, se esta não for terceirizada, e do arquivo dos livros comerciais (obrigatórios e fiscais). 
ESTABELECIMENTO SECUNDÁRIOS
Os estabelecimentos empresariais secundários são as FILIAIS, SUCURSAIS OU AGÊNCIAS. 
Sucursal: o estabelecimento secundário subordinado ao principal, pois foi criado para expandir seus negócios; 
Filial: aquele estabelecimento secundário ligado à matriz da qual depende, com poder de representá-la, sob a direção de um preposto que exerce atividade econômica dentro das instruções dadas;
Agência: seria o estabelecimento secundário que representa o principal com o fim de efetivar negócios empresariais em outra praça. 
ESTABELECIMENTO COMO OBJETO DE DIREITOS E DE NEGÓCIOS JURÍDICOS 
O empresário tem livre disponibilidade do estabelecimento - BEM NEGOCIÁVEL
Pode ser objeto de: repasse, permuta, dação em pagamento, doação, arrendamento ou locação, usufruto, comodato etc. 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
Exceção art. 1144
Enunciado 489 V JDC
No caso da microempresa, da empresa de pequeno porte e do microempreendedor individual, dispensados de publicação dos seus atos (art. 71 da Lei Complementar n. 123/2006), os prazos estabelecidos no Código Civil contam-se da data do arquivamento do documento (termo inicial) no registro próprio.
trespasse
 É o contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial onde ocorre a transferência de sua titularidade. 
# DE CESSÃODE COTAS
TRESPASSANTE- se obriga a transferir o domínio do complexo unitário de bens instrumentais que servem a atividade empresarial. 
TRESPASSÁRIO(ADQUIRENTE) - se obriga a pagar pela aquisição
Art. 1144 – 1145 trespasse
Art. 1.146
O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Art.1146
Enunciado 59 II JDCA 
-Mera instalação de um novo estabelecimento, em lugar antes ocupado por outro, ainda que no mesmo ramo de atividade, não implica responsabilidade por sucessão prevista no art. 1.146 do CCB.
EXCEÇÃO ART.1146
Credores trabalhistas e tributários que possuem regramento específico
Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
EXCEÇÃO ART.1146
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
EXCEÇÃO ART.1146
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramode comércio, indústria ou profissão.