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Resumo - Livro A Economia politica no brasil

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O desenvolvimentismo, que seguia a corrente de pensamento Keynesiana e se opunha ao liberalismo neoclássico, foi uma das principais ideologias motivadoras da economia latina americana. 
A principal teoria ditada por essa ideologia é a do aumento da participação estatal na economia que se daria por meio da formulação de planos de desenvolvimento, tanto na área teórica acadêmica quanto na área política econômica e no planejamento governamental. A partir desta teoria, ocorreram várias medidas para aumentar as relações entre os países capitalistas desenvolvidos e os países periféricos da América Latina. 
No Brasil, estas medidas passaram a existir a partir do início da década de 50, como se pode notar com o surgimento do Plano de Reabilitação da Economia Nacional e Reaparelhamento Industrial no governo Vargas, e o Plano de Metas pelo BNDE-CEPAL. 
A intenção deste primeiro capítulo é traçar uma linha do tempo da Economia Política Brasileira, analisando o subdesenvolvimento e as estratégias de desenvolvimento para os países da América Latina, para isso, há uma divisão e dois subcapítulos:
Antecedentes do Desenvolvimentismo
No século XX, a economia capitalista mundial estava prejudicada e o principal motivo para que isso acontecesse foi a crise de 1929, que causou a grande depressão e gerou sérios problemas na economia liberal.
Com esse problema, era preciso que houvesse uma renovação do capitalismo para garantir a sua sobrevivência. 
Foi nesse cenário que surgiu a “Revolução Keynesiana”, conhecida como teoria intervencionista, que pregava o aumento da intervenção efetiva do Estado na economia, não apenas indiretamente, como também diretamente por meio do aumento dos investimentos e a orientação da estrutura econômica.
A partir dessa teoria, completamente contrária ao liberalismo surge uma grande polêmica na socioeconômica no Brasil. Onde um lado é defendido pelas oligarquias agroexportadoras em conjunto com a burguesia e o outro é defendido pelas forças sociais urbano-industriais.
Com isso, houve a necessidade de criar um novo projeto de desenvolvimento que atendesse as necessidades de ambos os lados do conflito, com medidas e reformas de cunho econômico e social.
O Pensamento da CEPAL
A Comissão Econômica Para a América Latina surgiu na década de 40, juntamente ao crescente pensamento de emancipação emergente nos países latinos americanos, e a sua principal preocupação era a explicação sobre o atraso que a América Latina sofria em relação aos outros países e o estudo de maneiras para superá-lo.
Para a CEPAL, essa desigualdade sofrida pela América Latina tinha aumentado por meio das transações comerciais com os países desenvolvidos que, ao invés de auxiliar no desenvolvimento dos países periféricos, agiam de modo que as desigualdades entre eles crescessem cada vez mais.
A falta de dinamismo na produção latino americana e a opressão causada pelos países centrais separavam cada vez mais a separação entre os países ricos e os pobres, e isso tinha uma grande tendência a piorar, pois, enquanto os centros absorvem todo o benefício do desenvolvimento técnico de suas indústrias, os países periféricos transferem para elas parte dos frutos do seu próprio progresso técnico. 
Com isso, conclui-se a partir do pensamento da CEPAL de que se as economias periféricas forem submetidas às forças de mercado, nunca sairão do subdesenvolvimento e, a industrialização é vista como a única saída possível para os países periféricos.

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