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CASO CONCRETO 6

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I - CCJ0040 
Título 
SEMANA 6 
 
Descrição 
 
CASO 01: 
 
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo 
fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é 
concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido 
ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que 
não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, 
principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este 
perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em 
situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia? 
 
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas 
funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que 
concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal. 
 
a) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada 
à representação do ofendido. 
 
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será 
necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo. 
 
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada 
propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal. 
 
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima. 
 
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam 
financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública 
condicionada à representação. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
 
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não 
requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal. 
 
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de 
ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o 
crime tenha sido consumado. 
 
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da 
ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça. 
 
D- Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação 
penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
O ministério público não poderá atender ao pedido , por força dos princípios da 
obrigatoriedade e da indisponibilidade no oferecimento da denúncia à o juízo 
competente, sendo que uma vez o MP, que é o órgão oficial para denunciar ação 
pública (princípio da oficialidade), dispondo de elementos materiais que sustentem 
a autoria do crime, deve propor a ação penal, s em qualquer interferência, quer 
seja política, quer seja de utilidade social. No que diz respeito ao princípio da 
indisponibilidade da ação penal, consiste na impossibilidade de desistência do parquet da 
ação penal depois de iniciada, tendo em vista de que o direito defendido é de ordem do 
Estado, não se restringindo, deste modo ao indivíduo. Ademais, a ação em tela trata -se 
de ação pública incondicionada, lesão corporal contra cônjuge, disposto no artigo 129, 
parágrafo 9º do CP (Decreto- Lei nº 2848/1940). 
 
OBJETIVAS 
 
2 – A) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, 
condicionada à representação do ofendido. 
 
3 – D) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a 
ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da 
pública.

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