Buscar

APOSTILA DE REDAÇÃO PARA A FUVEST - CURSINHO MEDENSINA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Redação - MedEnsina 
AULA 1 
Orientações Gerais sobre a disciplina de redação: 
 Aulas a cada 15 dias. 
 A cada aula, um tema de redação será proposto. Se não for proposto, a escolha é livre. O 
objetivo é que os alunos estejam sempre fazendo redações e evoluindo nos textos. 
 Há, na salinha, um Banco de Redações. Nesta pasta há temas de diversos vestibulares 
conceituados como FUVEST, VUNESP, UNIFESP e ITA. 
 As aulas não seguem a sequência proposta pelo ETAPA. Sendo assim, a presença nas aulas é 
fundamental. Na medida do possível, elas serão disponibilizadas no site do cursinho. 
 Entrega de redações para correção: na salinha, na pasta devidamente identificada. Peça para a 
Estefânia o canhoto da redação, preencha-o e prenda-o na redação. O tempo ideal para a 
entrega da redação é na segunda feira em que não há aula de redação. 
Sistema de Correção (quesitos): 
I. Tema e estrutura 
II. Proposta (Argumentação) 
III. Norma Culta (Gramática e uso da língua) 
IV. Coerência 
V. Coesão textual 
Básico de redação para DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA 
Título: sempre se deve fazer, ao menos que esteja explícito nas instruções/coletânea que este não é 
necessário. No ENEM, seu uso é facultativo. Só coloque o tema da redação no título se nada melhor lhe 
vier à cabeça até o fim do tempo de prova. 
Estrutura geral: Introdução, Argumentação e Conclusão. 
Introdução: Dividida em Periférico (frase de efeito para começar o texto e chamar o interesse do 
corretor para a leitura), Tema (apresentação do tema de modo claro, sem expressar opiniões ainda) e 
Tese (expressar a sua opinião sobre o tema, sem justifica-la). Lembrando que a introdução deve ser 
concisa e nela se responde a pergunta ‘O quê?’, sem nada justificar nela. Não deve passar de seis linhas 
e o posicionamento da tese define 50% da nota de tema e estrutura. 
Argumentação: Dividida em, no mínimo, dois parágrafos e, no máximo, em três. Na argumentação se 
responde POR QUE a tese estabelecida na introdução foi escolhida. Cada parágrafo da argumentação 
defende um argumento, uma opinião do redator sobre o tema e a tese escolhida. Para validar o 
argumento, pode-se usar exemplos, argumentos de autoridade (citações, pensamentos de filósofos, 
historiadores e sociólogos), fatos históricos, atualidades e qualquer outro tipo de bagagem cultural do 
redator. Deve-se lembrar de sempre retomar o tema e a tese em cada parágrafo de argumentação, 
relacionando-os com sua opinião. A ordem opinião/periférico não importa, ao menos que se esteja 
usando pensamentos de filósofos e sociólogos para validar sua opinião; coloque primeiro o que você 
pensa e depois o periférico, para que o corretor saiba definir onde termina o seu pensamento e começa 
o do filósofo e sociólogo. O número de linhas não deve ultrapassar 20. 
Conclusão: Dividida em resumo (resume os argumentos) tema-tese (reapresenta o tema e a tese) e 
chave de ouro (frase de efeito que fecha o texto de forma elegante). Na conclusão não se adicionam 
ideias novas (onde você as desenvolverá?) e o máximo de linhas é 6. O uso de palavras de sentido 
conclusivo (logo, portanto, finalmente, em suma...) deve ser deslocado no resumo, não se iniciando o 
parágrafo com as mesmas. 
Vale ressaltar que essa é uma receita pronta de se fazer redação e que propicia excelentes coerência e 
coesão textual se bem feita. Existem outros modos, esse é o que eu julgo mais fácil de se fazer e com 
maiores chances de dar certo em momentos de pressão como o vestibular. 
Leituras de correção 
Vertical: avalia estrutura redacional, se ela possui começo, meio e fim, se a tese está bem posicionada. 
Horizontal: Coerência, coesão, gramática. 
Pontos importantes 
 Limpeza do texto e caligrafia. 
 Norma culta, evitar coloquialismos. 
 Coesão textual. 
 Uso de primeira pessoa é proibido. Para a impessoalidade, deve-se usar a terceira pessoa. 
 Evitar o uso de senso comum e clichês. 
 Não ficar enchendo linguiça, textos sucintos são melhores que textos prolixos. 
 Evitar o uso de crenças, preconceitos e generalizações. Sempre respeitar os direitos humanos. 
 A compreensão do tema é fundamental. A fuga do mesmo zera a redação e a tangência, gera 
notas muito baixas. 
 
Redação – MedEnsina – Aula 2 
1 COMENTÁRIOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO TEMA PROPOSTO 
ANTERIORMENTE EM SALA (AUTOESTIMA DO POVO BRASILEIRO) 
 Ausência de posicionamento de tese: Cuidado! Uma redação sem uma tese bem definida já é 
lida diferentemente pelo corretor, afinal, ele não sabe o que virá no texto! Além de prejudicar 
muito a coesão textual! 
 Adição de idéias novas na conclusão: onde você irá desenvolvê-las? A conclusão retoma o que já 
foi dito, termina o texto. É resumo dos argumentos, tema-tese e chave de ouro, sem delongas. 
 Ausência de relacionar tema-tese com o argumento: sem isso, o texto fica meramente 
expositivo. É uma frase curta que dá toda a coesão ao seu texto e torna-o argumentativo, como 
deve ser. 
 Uso de perguntas: relembre o que foi falado em sala! Se uma pergunta é feita, ela deve ser 
respondida. Perguntas retóricas, portanto, são encheção de linguiça e completamente 
desnecessárias. Se não bem colocadas no texto (o que é muito comum), elas prejudicam a 
coesão e até mesmo a coerência textual. 
 Formação de parágrafos: cuidado! Um parágrafo não é composto de uma frase só! Períodos 
muito longos prejudicam a coesão textual e tornam mais fácil você se perder no meio do texto. 
 Proposta claramente bilateral! Escolha uma tese e fique nela até o fim! Se você não tem 
argumentos bons o suficiente para fazer 3 parágrafos de argumentação, faça apenas 2. 
 Na minha opinião, a argumentação sensacional no tema seria a de que a autoestima do 
brasileiro é utópica, algo como um complexo de superioridade. O brasileiro procura se orgulhar 
de sua cultura, de seu futebol e afins para mascarar seus problemas sociais diante do cenário 
internacional. Sua autoestima, portanto, é baixa. É difícil manter a coerência dentro de uma tese 
destas, mas é possível. A chave para uma boa argumentação, na minha opinião novamente, era 
deixar claro que o que compromete a autoestima do brasileiro é a sua necessidade constante de 
comparação com outros povos estrangeiros. 
2 GÊNEROS REDACIONAIS 
 Dissertação: mais comum em vestibulares, pode ser argumentativa ou expositiva. A dissertação 
argumentativa é a top do vestibular, a que é pedida em praticamente todos. Suas peculiaridades 
estão na estrutura textual (dividida em introdução, argumentação e conclusão) e na 
necessidade de que a opinião do redator esteja claramente exposta no texto, sendo defendida 
através de argumentos e ratificada através de exemplos, fatos históricos, fatos atuais, 
argumentos de autoridade e semelhantes. 
A dissertação expositiva é o que você faz quando responde, por exemplo, uma pergunta de 
história no vestibular. Você coloca ali tudo o que sabe, sem opinar a respeito. Cuidado! Quando 
você faz um parágrafo supostamente de argumentação e não relaciona sua tese ao argumento, 
seu texto deixa de ser argumentativo (sua opinião não está nele) e passa a ser expositivo (o que 
você sabe sobre o assunto). 
 Narrativas: A narrativa é o famoso ‘conte uma história’. Aparece em vestibulares como o da PUC 
e da Unicamp, em muito menos intensidade do que as dissertações. Entre as suas 
peculiaridades, tem-se a necessidade da narrativa ter um começo, meio e fim e que todas as 
situações nela criadas precisam ser resolvidas. Aquele suspense típico de literatura não deve 
estar presente, de preferência. A resolução deve ser no clímax, no final da narrativa. 
Há dois tipos de narradores: o observador e o personagem. O primeiro narra em terceira 
pessoa, podendo ser onisciente(sabe o que os demais personagens estão pensando) ou não 
onisciente (apenas observa). O personagem participa da trama e conta apenas a sua visão da 
situação. Cuidado! Quando você escolher um narrador, vá com ele até o fim. Narradores tipo 
‘Harry Potter’, que variam sua posição, não são bem vindos na redação narrativa. 
 Cartas: As cartas podem ser narrativas ou dissertativas. Quando narrativas, estarão 
normalmente obedecendo a realidade – você deve ser narrador personagem ou observador não 
onisciente – e deve constar, no topo da folha, a data e o vocativo, sem se esquecer da despedida 
ao final. Não assine a redação. 
Se for dissertativa, expositiva ou argumentativa, deve estar em primeira pessoa. 
 
 
Redação – MedEnsina – Aula 3 
1 DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO ANTERIORMENTE EM SALA (TELENOVELA) 
 Procurem os plantonistas para discutir a redação! Esse feedback é fundamental. Vocês são em 
muitos, corrigimos muitas redações e fica inviável escrever em cada texto tudo o que nós 
achamos. 
 A meta para quem está abaixo de 5,0, é chegar nesta nota. Para quem já está conseguindo 
passar disso, é chegar nos 7,5. Lembrem-se que 5,0, na prova de redação, não é uma nota ruim. 
 Explicitem a tese o máximo possível. Quando o tema for uma pergunta, ela deve ser respondida 
na tese. 
 Relacionem tema-tese e argumento, como já explicado na Aula 2. 
 Cuidado com o uso de senso comum nos argumentos. Ele pode ser usado, sim, mas cuidado 
como vocês o utilizam e a linguagem que usam para tal. 
 Cuidado com a pontuação! 1 parágrafo não deve, de maneira alguma, ser formado por uma 
frase só. Períodos muito longos comprometem a coerência textual! 
 A escrita só melhora com a leitura! Invistam nisso! 
2 FORMAÇÃO DE PARÁGRAFOS 
A formação de parágrafos em redação se dá através de tópicos frasais. São frases bem curtas, como se 
fossem tópicos mesmo. Servem para, nos rascunhos, organizarem o raciocínio, evitar tangência/fuga do 
tema e manter a coesão textual. 
3 RASCUNHOS 
Neste primeiro momento, vamos dividir os rascunhos em três. 
1. Brainstorm: pode ser feito no canto da folha, junto ao tema. São palavras, frases curtas, 
citações, tudo o que você sabe relacionado ao tema, bem resumido. Coloque o que você acha, 
mas não defina a tese ainda. 
2. Rascunho esquema: faça onde der, alguma folha em branco que você possa usar na prova. Ele é 
composto de tópicos frasais de cada parte da redação. O esquema segue em uma folha abaixo, 
que você pode imprimir e usar para fazer seus rascunhos das próximas redações. 
3. Rascunho escrito: una seus tópicos frasais feitos no esquema, através de conjunções e frases 
auxiliares. 
 
 
4 RASCUNHO ESQUEMA 
 
I. INTRODUÇÃO 
Periférico: 
 
 
Tema: 
 
 
Tese: 
 
 
II. ARGUMENTAÇÃO 
 
Argumento 1: 
 
Ratifica 1: 
 
 
Argumento 2: 
 
Ratifica 2: 
 
 
Argumento 3: 
 
Ratifica 3: 
 
 
III. CONCLUSÃO 
Resumo: 
 
 
Tema-tese: 
 
 
Chave de ouro: 
 
 
 
 
 
Redação - MedEnsina - Aula 4 
Leitura e aproveitamento da coletânea 
-> Às vezes o tema da redação pode ser uma simples frase ou uma pergunta. Na maioria das 
vezes, entretanto, vem acompanhado de uma série de textos, imagens e tirinhas relacionadas 
entre si, ao que chamamos de coletânea. 
-> A leitura da coletânea deve ser feita de forma cuidadosa. Sugere-se grifar as partes mais 
importantes e o tópico frasal de cada texto deve ser destacado. 
-> Em alguns vestibulares, como a FUVEST, é muito comum que todos os textos tenham uma 
única opinião sobre o tema, o que já serve de guia para qual tese é mais recomendada no 
caso. Em outros, haverá temas divergentes e convergentes, dando espaço ao redator para a 
escolha da tese. 
-> Não se deve NUNCA copiar dados da coletânea. Em alguns vestibulares é permitido mas, 
pelo sim e pelo não, é melhor não copiar. 
-> A partir do que se é grifado na coletânea, pode-se dar início ao brainstorm e escolher a 
tese. 
-> Quando lendo a coletânea, tente se questionar o porquê do texto ter sido escolhido pelo 
examinador, o que se destaca nele para estar ali. Procure fazer relações com textos que vocês 
conhecem e o conhecimento que vocês tem. Uma pergunta interessante a se fazer é 'que 
informações não estão presentes na coletânea e que seriam importantes para serem 
abordadas neste assunto?' 
Retirando o tema do texto 
-> Quando o tema não é fornecido, deve-se perceber o que relaciona os textos da coletânea e 
este será o tema. Quando há apenas um único texto na coletânea, a ideia central deste é o 
tema. 
 
-> Retirando o tema de um texto: proposta do MACK, ap. 1, pág. 11: 
No primeiro texto da coletânea, de Paulo Francis, as frases importantes são: "eu prefiro a 
solidão dos livros ao contato com as pessoas" e "as relações humanas são sempre complicadas". 
No segundo texto, de Carlos Drummond, o tópico frasal é "nem me afaste demasiado dos 
homens nem me obrigue a praticá-los diuturnamente". "Minha ilha" pode ser considerada um 
tópico frasal também. 
E, no último texto, de Fernando Pessoa, o tópico frasal é "deixem-me ir sozinho para o diabo! 
Para que havermos de ir juntos?". 
 
O tema central do texto é a solidão, o homem vivendo em uma ilha. Deve-se ficar atento ao 
fato que esta solidão é algo pensado, escolhido e não uma situação em que o indivíduo foi 
forçado a permanecer. 
Para a argumentação, tem-se a atual complicação das relações humanas, as situações criadas 
pela globalização e informatização, a sociedade individualista e egoísta emergente e afins. 
É um tema fácil de se retirar do texto, mas sua argumentação pode ser difícil. 
 
Fuga do tema x Tangência 
A fuga do tema ocorre quando em nenhum momento do texto respeita-se o tema proposto. 
Ocorre, por exemplo, quando o tema pede que você fale do posicionamento político do jovem 
diante da corrupção e você fala apenas da corrupção o texto todo. 
A tangência pode ocorrer em grandes partes do texto, como, no mesmo exemplo citado 
acima, você fala do posicionamento político do jovem em apenas um parágrafo da redação 
ou apenas na sua tese. Ela também pode ocorrer em um parágrafo, quando, por exemplo, é 
para se falar da corrupção e você perde suas preciosas linhas apontando os mil problemas do 
serviço de saúde ou de educação brasileiros, sem fazer a devida relação da existência destes 
com a corrupção. 
 
 
 
 
 
Redação - MedEnsina - Aula 5 
 
Introdução - Especificidades e técnicas. 
 
A introdução, como já dito em aulas anteriores, divide-se, pela técnica básica de dissertação 
argumentativa, em três partes: o periférico, o tema e a tese. 
 
-> Periférico: o periférico pode ser uma citação, uma frase feita por você, havendo intertexto 
com livros, filmes, obras de arte que você conheça. Deve estar, obrigatoriamente, 
relacionado ao tema e ser relevante para a compreensão da sua argumentação. Deve vir 
acompanhados de elementos de coesão, bem encaixado no parágrafo; não 'jogue' o periférico 
no texto. Ele é importante, pois é a primeira impressão passada ao corretor, é a primeira 
frase que será lida - se nela contiver uma boa bagagem cultural ou algo bem articulado, o 
corretor já lê a sua redação com mais carinho. Mas cuidado: o periférico deve sempre estar 
coeso com a sua tese e argumentação. 
-> Tema: apresentação do tema de forma simples e direta, pode ser emendado com o 
periférico em uma frase. NÃO COPIE o tema apresentado na coletânea, de forma alguma. 
Na pior das hipóteses, parafraseie. 
-> Tese: A tese é a parte mais importante da sua introdução. Ela mostra ao corretor o que 
você irá defender ao longo do texto e que este é uma dissertação argumentativa, como 
pedido nas instruções/coletânea. Deve conter a suaopinião sobre o assunto, sem justificá-la. 
Ela pode ser emendada com o tema ou vir sozinha em uma frase. 
Considerações gerais: 
 
-> A introdução deve conter entre 4 e 6 linhas, de preferência. Introduções muito longas são 
mais propensas a conter justificativas da tese. 
-> Caso sejam usados, no periférico, conceitos que necessitem de explicação, esta deve ser 
feita. Lembrando que, além desta situação, não se deve justificar nada na introdução. 
-> De maneira alguma faça sua introdução toda em uma frase. Ela pode conter até quatro 
frases, mas o modelo que proporciona uma maior coesão é o de duas frases. Você pode 
escolher em juntar o periférico e o tema ou o tema e a tese. 
 
Sobre a escolha da tese: 
 
-> Em temas unilaterais (os mais trabalhados em redação, que não suscitam polêmica), 
deve-se escolher apenas uma tese (jogo do sim ou não). Caso o tema suscite polêmica (os 
chamados bilaterais, como maioridade penal, aborto, religião, crenças, pena de morte e 
afins), pode-se escolher duas teses ("ficar em cima do muro"), desde que sejam definidos os 
limites entre as duas. 
Jogo do sim ou não: pergunte a sim mesmo se você concorda ou não com o que foi proposto 
pelo tema. Se o tema é, por exemplo, consumismo, pergunte-se se você concorda com o 
consumismo exacerbado e levante no brainstorm seus argumentos que fortaleçam essa sua 
opinião. 
-> Como definir o limite entre as duas teses? Em um tema como o aborto, por exemplo, 
deixe claro em que situações este deve ser proibido e em quais deve ser liberado, tomando 
cuidado para não se contradizer. 
Tema proposto: ITA (pág. 16): "Nós, brasileiros, cidadãos". 
 
 
 
 
Redação - MedEnsina - Aula 6 
Construindo a argumentação 
-> Uma vez estabelecida uma tese na introdução, é necessário justificá-la. É na argumentação o 
momento de expor motivos e ideias que defendam seu ponto de vista. Deve-se tomar cuidado para 
não contradizê-la. 
-> Os argumentos devem estar em uma ordem lógica, em que se tem a sua opinião seguida de algo 
que a ratifique como válida. Essa ordem é ainda mais importante quando se usa o pensamento de 
outra pessoa para validar o seu (argumento de autoridade), já que os limites entre a sua opinião e o 
argumento de autoridade devem ser bem nítidos no texto. 
-> O que ratifica minha opinião? Fatos históricos, exemplos da sociedade e atualidade, dados 
estatísticos, argumentos de autoridades no assunto. 
Paragrafação 
 
-> A organização dos parágrafos é de extrema importância na argumentação. A técnica 
básica ensinada a vocês é de um argumento por parágrafo. Dentro desta técnica, pode-se 
usar dois ou três parágrafos para argumentar. 
 
-> Uso de DOIS parágrafos: quando se tem dois argumentos fortes e muito o que falar sobre 
eles - serão bem explorados. Pode-se ter mais de uma coisa que valide o argumento 
(combinar fatos históricos e argumentos de autoridade, por exemplo). É o jeito mais fácil de 
se argumentar. Deve-se ficar atento ao gancho entre os parágrafos (deve ser feito a partir do 
tema), que será o elemento de coesão. A coerência também pode ficar prejudicada, devendo 
tomar cuidado com os períodos mais longos. Pode ser usado em qualquer tema, bilateral ou 
unilateral. Cada parágrafo pode ter entre 9 e 11 linhas. 
-> Uso de TRÊS parágrafos: a técnica mais ensinada, normalmente trabalha com dois 
argumentos muito fortes e um mais fraco. Não recomendo, já que os argumentos fortes ficam 
mal explorados pela limitação de linhas e o mais fraco acaba fragilizando a coesão textual. 
Pode ser usado quando os três argumentos forem fortes e deve ser acompanhado de uma 
boa capacidade de síntese, para que os parágrafos não fiquem demasiadamente grandes. 
Não se deve utilizar o último parágrafo para refutar a tese ou mostrar o outro lado da 
mesma, já que isso enfraquece a argumentação e, novamente, prejudica a coesão textual. 
Uma boa indicação para o uso de três parágrafos é em narrativas e quando de temas 
bilaterais, já que se justifica menos e deixa o parágrafo menos propenso a erros de 
argumentação. 
Considerações gerais 
 
-> Deve-se, em cada parágrafo, fazer a relação com o tema tese. É o que torna seu texto 
coeso e mantém o tom de dissertação argumentativa. 
-> A sua opinião é a parte central da argumentação! Cuidado para não utilizar mil dados que 
a validem e não colocá-la, o texto fica expositivo. 
-> Cuidado com o uso de primeira pessoa, seja do plural ou singular. Não deve ocorrer. 
-> Cuidado com períodos longos, eles prejudicam a coesão e coerência. Procure utilizar frases 
de, no máximo, três linhas, mantendo a coesão entre as frases dentro de um parágrafo. 
O que não é argumento? 
 
-> Crenças 
-> Gostos pessoais ("a música clássica, arcaica diante da sociedade atual..." - quem disse que é 
arcaica? A sociedade?) 
-> Generalizações indevidas ("as mulheres, em geral mais frágeis, preferem romances...") 
-> Preconceitos (implícitos e explícitos). 
 
O que se deve evitar? 
 
-> Lugar comum 
-> Clichês 
 
E o senso comum, serve de argumento? 
Serve, mas é considerado um argumento fraco. O que determina a qualidade da 
argumentação nesse caso é a linguagem e se há teorias embutidas no pensamento. 
Tema proposto: Fuvest 2001 - Crescimento do neonazismo e neofascismo. 
 
 
 
 
 
Redação MedEnsina – Aula 7 
Formação de bagagem cultural – periféricos e argumentos. 
 A aquisição de bagagem se dá através da leitura, de filmes e do conhecimento de 
obras de arte. Quando colocado diante de um tema, o aluno deve ser capaz de listar o 
que se sabe bem e está relacionado ao mesmo, estudando a coletânea de modo a se 
perguntar ‘o que eu sei, que pode ser útil na construção do texto, e não está aqui?’. 
 Lembrar que existem formas de argumentar: pode-se concordar plenamente com a 
tese (sendo o mais comum e mais indicado para temas unilaterais); pode-se discordar 
totalmente da tese (teoria de refutação) e pode-se concordar parcialmente com a 
tese, expondo prós e contras (recomendado para temas bilaterais e de cunho 
polêmico). 
Indicações de leitura: 
 
Zygmunt Bauman: sociólogo polonês. Muito citado pela FUVEST em suas 
coletâneas, têm linguagem de fácil compreensão e se vale de exemplos da 
modernidade, pertencentes ao nosso cotidiano. Não é exatamente bem aceito na 
comunidade filosófica e sociológica porque suas ideias não são consideradas originais 
e sim uma grande mistura de toda uma escola contemporânea de filosofia e 
sociologia. 
Livro indicado: Modernidade Líquida. 
Resenha online: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9917 
 
Entrevista com Zygmunt: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
20702004000100015&script=sci_arttext 
 
Outras obras: 44 cartas ao mundo líquido moderno; Amor líquido; Vidas 
desperdiçadas. 
 
Jostein Gaarder: escritor norueguês. O Mundo de Sofia é seu trabalho mais 
conhecido, onde se tem uma descrição da história da filosofia, com linguagem de fácil 
compreensão e de modo didático. 
Livro indicado: “O Mundo de Sofia” 
Resenha online: 
http://no.comunidades.net/sites/ale/alexxandre/index.php?pagina=1948442625 
 
Entrevista com o autor: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u52793.shtml 
 
Outras obras: O Pássaro Raro (sua primeira obra, excelente para o trabalho de temas 
abstratos); Maya. 
 
Anthony Burgess: escritor e crítico britânico. Suas obras são marcadas pela sátira 
constante à sociedade inglesa da sua época (modernismo inglês). A obra mais 
importante é “Laranja Mecânica”, uma fábula de ficção científica que descreve um 
futuro cheio de violência. Tem uma raiz filosófica com o básico de pensadores da 
época. 
 
Resenha na SuperInteressante: http://super.abril.com.br/cultura/laranja-mecanica-
futuro-violento-444702.shtmlOutra resenha: http://livrosecontos.blogspot.com.br/2012/08/laranja-mecanica-
resenha.html 
 
George Orwell: escritor e jornalista inglês. Obra que revela injustiças sociais, se opõe 
ao totalitarismo e apoia timidamente a anarquia. 
Livro indicado: 1984 
Resenha: http://www.icultgen.com.br/2011/12/03/resenha-do-livro-1984-george-orwell/ 
Resenha no Guia do Estudante: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-
historia/saiba-mais-livro-1984-george-orwell-678177.shtml 
Acesso às obras completas de Orwell: http://www.george-orwell.org/ 
 
-> Lembre-se de que a leitura deve ser feita de modo crítico, com anotações e 
pesquisas sobre o que não se sabe e/ou entende. Não se deve seguir em frente sem 
entender o que foi dito anteriormente e qual a relação daquela situação no contexto. 
 
Indicações de filmes 
 
-> Novamente, lembrar de não seguir em frente sem entender o que ocorreu 
anteriormente e a situação no contexto. Fazer anotações. 
 
- O Menino do Pijama Listrado: fala de eugenia e mostra um pouco do contexto de 2ª 
Guerra Mundial e campos de concentração. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=j3fK0p3x0RE 
 
- Preciosa – Uma história de esperança: filme independente que vai tratar da 
desigualdade social e do preconceito na sociedade pós moderna. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=AnrxEqzI81g 
 
- Diamante de Sangue: trata da questão africana e da venda de diamantes em Serra 
Leoa que subsidia a guerra civil. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=MbAI1M4M3S0 
 
- Hotel Ruanda: trata da guerra entre tutsis e hutus em 1994, um dos maiores 
genocídios já vistos no mundo. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=3wf8prFBpIM 
 
- Notícias de uma guerra particular: documentário que trata do tráfico de drogas, 
como um Tropa de Elite da vida real. 
Está por inteiro no youtube. 
 
- Persépolis: trata da Revolução Islâmica no Irã e da crise árabe que se estende até os 
dias de hoje. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=3PXHeKuBzPY 
http://www.youtube.com/watch?v=5Q_WXPXq-WM (filme completo) 
 
 
- Trabalho interno: vencedor do Oscar de 2011, vai tratar da crise econômico-
financeira atual. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YamDhfIi6Hs 
 
Obras de arte: 
 
- Os retirantes – Portinari 
- A Persistência da Memória – Dali 
- Guernica – Picasso 
- A Traição das Imagens – Magritte 
 
 
 
 
 
Redação MedEnsina – Aula 8 
Técnicas de conclusão 
A conclusão fecha o texto e deve fazê-lo de forma redundante, sem apresentar ideias 
novas (já que não há mais espaço para desenvolvê-las e cada ideia que é aberta na redação 
deve ser explorada de forma coerente e coesa). 
Divide-se comumente a conclusão em três partes: Resumo, tema-tese e chave de ouro. 
 Faz-se, primeiramente, o resumo dos argumentos utilizados. Pode-se fazê-lo juntando 
os tópicos frasais que determinaram cada argumento. Tenha o cuidado de não repetir 
frases inteiras e parafrasear sempre que necessário. 
 Depois, reapresenta-se o tema-tese, de forma sucinta, tendo o cuidado de se manter a 
coerência. O resumo e o tema-tese podem ser colocados em uma frase só, sendo esta 
a forma mais recomendada. 
 Por último, coloca-se uma chave de ouro, uma frase de efeito que termine o texto de 
forma interessante e também aproveite a oportunidade para mostrar, mais uma vez, 
que você tem bagagem cultural e conhecimento sobre o assunto. Deve dar a sensação 
de que o texto valeu a pena ser lido. 
Geralmente, conta-se com uma conclusão de 4 a 6 linhas, podendo-se valer do uso de 
conjunções e termos conclusivos como o ‘portanto’, desde que sejam usados de modo 
deslocado na oração. 
Sobre o número de frases, normalmente usam-se duas, podendo unir o resumo e o tema 
tese, ou o tema tese e a chave de ouro. Em determinadas situações em que se consegue 
manter a coerência textual, pode-se inverter tema-tese e resumo de posição dentro do 
parágrafo, tomando o devido cuidado para manter a chave de ouro como a última coisa do 
texto. 
No ENEM, a chave de ouro some e entra em seu lugar a proposta de intervenção. 
Cuidado, isso ocorre APENAS NO ENEM ou se estiver EXPLÍCITO NAS INSTRUÇÕES DO TEXTO. 
Para construir a proposta de intervenção, evite os clichês (vamos todos dar as mãos e construir 
um mundo melhor; se cada um fizer a sua parte;) e o uso de 1ª pessoa do plural (nós). Utilize 
expressões como ‘é preciso”, “é imprescindível”, “é necessário” e proponha sempre ações 
envolvendo a educação e a conscientização, sem atacar governos e tomando cuidado para não 
desrespeitar direitos humanos (ex: é melhor matar todo bandido). 
 
Alguns modos de construir a conclusão incluem a interrogação (não é muito recomendada, 
transfere para o leitor o problema a ser solucionado ou discutido); a surpresa (pode-se fazer 
jogos de palavras; contar anedotas comportadas, tomando cuidado com preconceitos e 
generalizações indevidas; usar citações e provérbios) e o uso de frases próprias. 
 
Tema indicado: FUVEST 2010 – Um Mundo por Imagens. 
 
 
Redação MedEnsina – Aula 9 
Recursos de Coesão 
 Toda ideia colocada no texto deve ser desenvolvida, estando vinculada ao tema e à 
tese. 
 Coerência: refere-se a um texto claro e com sentido, cuja leitura é feita como se 
fosse um livro – sem pausas e sem retornos. As ideias devem estar bem interligadas 
dentro de cada frase e de cada parágrafo. Refere-se ao termo de leitura linear. 
 Coesão: interligação do texto como um todo. O que mantém a coesão do texto é 
primeiramente o tema e, em um segundo momento, a estrutura. 
Os recursos de coesão gramaticais podem ser anafóricos (quando retomam algo 
que já foi mencionado, sendo essencialmente pronomes) e catafóricos (quando se 
referem a algo que será mencionado adiante). 
 Métodos de evitar a repetição de palavras: uso de termos anafóricos (pronomes) e 
catafóricos (pronomes como ‘esta’, uso de dois pontos e termos resumitivos); 
repetição de parte do nome (quando citando autores); nominalização (substituição 
da forma verbal pela forma nominal; ex: pensar criticamente – pensamento crítico); 
uso de sinônimos (ex: pessoas, cidadãos, indivíduos, massa); uso de epítetos (ex: 
Pelé, Rei do Futebol, Craque da Vila). 
 Métodos de se manter a coerência: utilização adequada de conjunções (conectivos) 
e domínio de sintaxe. Saber qual conjunção utilizar em cada tipo de oração e em 
cada momento. 
Site útil para aprender sintaxe e seus componentes: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/ 
 
 
Redação MedEnsina – Aula 10 
Filosofia aplicada 
 
- Tema utilizado: FUVEST 1996 – O mito, as crenças, seu funcionamento efetivo e seu futuro. 
 
O mito é a história dos deuses – criados à imagem e semelhança dos humanos – 
através da qual se explica o mundo e seu funcionamento. 
Os rituais costumavam funcionar não só porque davam mais confiança às pessoas, que se 
entregavam ao trabalho com mais tranquilidade e alegria; mas também porque eram feitos 
sempre em uma mesma época do ano – o que no caso da agricultura e afins era essencial. 
 
Com o surgimento da ciência, pensou-se que o mito está fadado a desaparecer e, no 
que tange às explicações definitivas para fenômenos naturais e, muitas vezes, sociais, talvez 
esteja. Entretanto, o mito une-se às religiões e crenças, mantendo ainda a explicação 
fantasiosa para o que não pode ser explicado cientificamente. Após a divisão definitiva de 
ciência e religião, feita no Renascimento, pode-se dizer que o mito ficou restrito, mas não 
fadado ao desaparecimento. 
 
Diz-se, historicamente, que a divisão definitiva entre ciência e religião foi feita no 
Renascimento, mas pode-se observar o início do trajeto dessa fronteira já no surgimento dos 
primeiros filósofosda natureza – que procuravam explicações para os processos da natureza 
e, principalmente, para as transformações visíveis. É com eles que surge a primeira forma de 
fazer ciência: a observação. 
 
 Esses primeiros filósofos acreditavam necessariamente na existência de uma 
substância básica, que faria parte de tudo o que existe no mundo. O que difere entre eles é 
qual exatamente seria a tal substância. 
- Tales de Mileto acreditava essencialmente na água como origem de tudo. 
- Anaximandro não acreditava na teoria da água, mas estabeleceu o conceito de ‘infinito’. 
- Anaxímenes acreditava no ‘sopro de ar’ como a origem de tudo. 
- Parmênides não falava de uma substância básica. Suas teorias fixavam-se ao conceito de que 
tudo o que existe sempre existiu. Falava também em uma ‘ilusão dos sentidos’. 
Foi um racionalista, ou seja, acreditava na crença na razão humana enquanto fonte de 
conhecimento do mundo. 
- Heráclito vem com a ideia de que ‘tudo flui’, ou seja, tudo está em constante transformação 
e o mundo está impregnado por constantes opostos. Diz também que o bem e o mal são 
necessários para o equilíbrio do mundo. 
- Empedócles quebra a ideia de que haveria apenas uma substância básica. Ele afirma que elas 
são quatro: a água, a terra, o fogo e o ar. E a combinação destes elementos (elemento básico) 
com as forças naturais (ele dizia serem elas o amor, que une os elementos; e a disputa, que os 
separa) formavam a matéria. Essa concepção de que um elemento sob a ação de forças torna-
se matéria faz parte da física que conhecemos hoje como ciência. 
- Anaxágoras vai teorizar que as substâncias básicas são muitas e são em partículas mínimas. 
Tem-se o primeiro passo na direção da teoria atômica. 
- Demócrito é quem vai formalizar a teoria atômica, surgindo com a ideia de átomo – que as 
partículas das diversas substâncias básicas são indivisíveis. Também vai dizer que existem as 
partículas da alma – esferas lisas e perfeitamente arredondadas, translúcidas, que saem de um 
corpo na hora da morte e vão para outro corpo na hora de seu nascimento. 
 
 Surge com Demócrito uma ideia de fatalismo – tudo o que vai ocorrer está pré 
determinado. E, na Antiguidade, esse pensamento é muito determinado: acreditava-se nos 
Oráculos, que eram capazes de ver o destino. O mais importante era o Oráculo de Delfos. Na 
entrada deste, tinha-se a seguinte frase: ‘Conhece-te a ti mesmo’, para lembrar às pessoas 
que é impossível fugir do próprio destino. A ideia de fatalismo é um mito que avançou na 
sociedade e tornou-se presente nas religiões. 
A história de Édipo Rei é uma das mais conhecidas da época – e falava justamente sobre o 
fatalismo. 
 
 Esses filósofos já mencionados compunham os pré socráticos. Nem precisa-se dizer 
que Sócrates foi um grande divisor de águas. Muitos dos pré socráticos chamavam a si 
mesmos de sofistas. Os sofistas eram estudiosos e professores céticos, que se diziam os 
conhecedores da sabedoria, consideravam-se intelectuais. 
Cético é aquele que afirma que ninguém encontrará todas as respostas. 
Protágoras é um sofista conhecido. Entre suas afirmações importantes, tem-se que ‘o 
homem é a medida de todas as coisas’, o que quer dizer que o bem e o mal são relativos e 
devem ser avaliados em relação ao homem e as circunstâncias em que este se encaixa no 
momento. 
Os sofistas também afirmavam que o sentimento natural de pudor não existe, ou seja, isso era 
algo adquirido na sociedade. 
 
Sócrates faz a primeira divisão na filosofia ao se chamar de filósofo – um amante da 
sabedoria, não alguém que a possui, mas sim alguém que a persegue. Seus ensinamentos são 
conhecidos essencialmente por Platão. 
Sócrates trabalhava através da arte do diálogo – passava a impressão ao seu interlocutor de 
que queria aprender com ele quando, na realidade, queria fazê-lo perceber que o verdadeiro 
conhecimento vem de dentro do indivíduo. 
Tem-se assim a ironia socrática – Sócrates era capaz de fingir-se mais ignorante do que era. 
Uma de suas frases conhecidas é “Só sei que nada sei”. 
Sócrates também afirmava que as pessoas mais perigosas são aquelas que questionam e era 
um racionalista convicto. Quando questionam a si mesmas, isso é fonte de mudança positiva, 
de avanços pessoais. Quando questionam a sociedade, também podem ser fontes de 
mudança. Outro conceito que ele formou é que ‘quem sabe o que é bom, acaba fazendo o 
bem’. Ou seja, a distinção do que é bom ou ruim, entre o certo e o errado, não está na 
sociedade e sim na razão. 
O homem que pratica o mal o faz porque não conhece o bem. 
 
REDAÇÃO – MEDENSINA 
FILOSOFIA APLICADA À REDAÇÃO –PARTE I 
 
O período de que vêm os filósofos que estudaremos agora é a época de ouro de 
Atenas, após a derrota dos persas. 
 
PLATÃO 
 
Platão foi discípulo de Sócrates e foi quem escreveu algumas das idéias deste. Fundou 
sua própria escola aos arredores de um bosque que levava o nome de um herói grego 
chamado Academos, por isso recebeu o nome de Academia, que está na sociedade até os dias 
atuais. 
 Enquanto os filósofos anteriores, principalmente os da natureza, preocupavam-se em 
determinar se as coisas fluem ou são imutáveis, Platão acreditava que ambos os estados 
coexistiam. 
 
Vamos lembrar que os sofistas e Sócrates haviam se afastado da questão do que flui e o que é 
imutável, se prendendo mais à análise do homem e da sociedade. A relação entre fluidez e 
rigidez era feita quando se analisava a moral dos homens, ideais ou virtudes da sociedade. 
Acreditavam também que o que era tido como certo ou errado mudava de local para local, de 
geração em geração. 
 
 Sócrates vai imaginar que a grande parte das normas da sociedade são rígidas e 
imutáveis, devendo sempre reger as ações do homem. Quando se depara com a dúvida entre 
rígido e fluído, vai estabelecer que tudo o que podemos ver e tocar na natureza flui, que não 
existe um elemento básico, bem como as nossas opiniões e ideias. Nessa linha, vai criar a 
teoria das idéias. 
 Nesta, tudo se divide entre mundo dos sentidos – tudo o que podemos ver e tocar, 
todas as nossas opiniões incertas, tudo o que não é duradouro na sociedade e na vida – e 
mundo das ideias – que compreende tudo o que tem forma eterna e imutável, que estabelece 
imagens padrão e são tidos como opiniões certas. Nesse ínterim, a razão (que está no mundo 
das ideias) é o extremo oposto entre achar e sentir (que estão no mundo dos sentidos). E a 
realidade existiria no mundo das ideias, além do mundo dos sentidos. 
 
Um exemplo é a escolha de uma faculdade. Imagine alguém que seja muito bom em cálculos, 
tendo uma facilidade absurda. Mas é alguém que gosta muito de crianças e, por conta disso, 
acredite que seu futuro esteja na pediatria. Platão diria que a razão dessa pessoa estaria em 
fazer algo na área de exatas, como engenharia; mas, guiada pelos sentidos, ela prefere 
medicina e faz uma escolha errada, baseada em uma opinião incerta. 
 
 Na análise do homem, Platão vai afirmar que este transita entre o dois mundos. Seu 
corpo pertence à natureza, sendo, portanto, algo fluido e que depende dos sentidos, estando 
então no mundo dos sentidos. Sua alma, contudo, é a morada da razão e é imortal, estando no 
mundo das ideias. A alma anseia voltar ao mundo das ideias, se libertar do cárcere do corpo, e 
o faz através do amor (não necessariamente o amor entre dois seres humanos, os mais 
diversos tipos de amor). Esse anseio de libertação é o caminho percorrido pelo filósofo em sua 
estadia no mundo dos sentidos. 
 
 Ainda neste dilema entre realidades, Platão relata o mito/alegoria da caverna, que vai 
discutir as diferentes percepções de realidade entre indivíduos. 
Tem-se pessoas presas dentro de uma caverna, encarando uma parede. Atrás delas tem um 
muro translúcido e, atrás dele, uma fogueira. Desde que nasceram, a única coisa que vêem são 
as sombras bruxuleantes projetadasna parede que encaram, como um teatro. 
Um deles decide, então, se libertar. Quebra as correntes e se vira. Por trás do muro, vê 
contornos não muito precisos, a luz indireta quase o cega. Resolve escalar o muro e, uma vez 
do outro lado, vê contornos precisos, vê a ‘realidade’ e sofre um deslumbramento. 
Maravilhado, decide voltar e contar aos demais que o que vêem não passam de um espectro 
da realidade. Seus companheiros não acreditam nele, pensam que está delirando e o matam. 
 
 A visão de Platão sobre o Estado é que este deveria ser governado por filósofos. 
Compara-o a um corpo humano e virtudes, onde a cabeça – cujas virtudes são a sabedoria e a 
razão – seria a representação dos governantes; o peito – que representa a vontade e a 
coragem – seria na realidade o exército; e o baixo ventre, que seria o prazer e a temperança, 
estaria representando os trabalhadores. 
 Em um estado justo e equilibrado, estes três estratos seriam movidos pela razão e 
cada um conheceria seu lugar no todo. Platão é muito criticado por isso, já que este sistema se 
assemelha ao de castas na Índia e relaciona-se profundamente a um totalitarismo. 
 
 Em relação às mulheres, ele acreditava que elas tinham as mesmas capacidades dos 
homens. E cita: “Um Estado que não forma, nem educa suas mulheres, é como um homem 
que treina apenas seu braço direito.”. 
 
ARISTÓTELES 
 
 Foi aluno da Academia de Platão, vem da Macedônia e é biólogo. É um dos maiores 
expoentes da história da filosofia, mas era biólogo por profissão. Assim, vai atuar em diversas 
áreas, retornando também seu olhar para a natureza e os processos desta. 
 Estabelece diversos argumentos contra Platão: acredita que a realidade é algo a se 
perceber com os sentidos, que ‘não existe nada na consciência que não tenha sido 
experimentado pelos sentidos’ e processado por uma razão inata. Vai dizer que a alma 
humana é reflexo da realidade e que Platão é prisioneiro de uma visão mítica do mundo. 
 Aristóteles é muito metódico em seu pensamento, fundou o conceito de lógica e 
estabelece vários outros. 
Forma é definido como as características peculiares de algo. Relacionando-se com ela, tem-se 
a substância, que é o material que este algo se compõe. É na substância que ocorrem as 
mudanças na natureza, onde as possibilidades se tornam realidades. 
Causa da finalidade é a tarefa vital, o propósito do indivíduo ou de outros seres, animados ou 
não. 
 Sobre a felicidade, diz que esta só será possível ao homem se este puder desenvolver e 
utilizar todas as suas capacidades e possibilidades. A primeira destas é uma vida de prazeres e 
satisfações; a segunda, como cidadão livre e responsável; e a terceira como pesquisador e 
filósofo. Aristóteles recusa decisões unilaterais e extremos errados, propondo a integração 
entre os três como a solução. Dentro desta ideia de integração, surge o conceito de meio 
termo de ouro, que seria o que oferece a harmonia ao indivíduo. 
Por exemplo: ter coragem demais seria audácia, coragem de menos, covardia. O ideal seria o 
meio termo, apenas a coragem. 
 
 Em relação à política, vai dizer que ‘o homem é um ser político’ e que sem a sociedade 
o indivíduo não é uma pessoa; essa é a forma mais elevada de convívio humano. O modo mais 
correto de se governar é qualquer um, desde que seja justo e respeite o meio termo de ouro: 
pode ser monarquia, desde que não seja tirania; pode ser aristocracia, desde que não chegue à 
oligarquia; pode ser democracia, desde que não se confunda com o domínio da plebe. 
 Na análise da mulher, sua visão é a que vai predominar pela história: a de que ela é um 
homem incompleto e, portanto, um ser humano menos capaz. 
 
 
 
	Aula 1
	1 Comentários sobre o desenvolvimento do tema proposto anteriormente em sala (Autoestima do povo brasileiro)
	2 Gêneros redacionais
	1 Discussão do tema proposto anteriormente em sala (Telenovela)
	2 Formação de parágrafos
	3 Rascunhos
	4 Rascunho esquema

Outros materiais