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A proposta de Paulo Freire um compromisso primeiro com a vida

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Fragmentos alusivos à indignação do autor frente à injustiça social.
 É possível que, na infância, esses malvados adolescentes tenham brincado, felizes e risonhos, de estrangular pintinhos, de atear fogo o rabo de gatos pachorrentos.[...] e isso tudo com a possível complacência quando não com o estímulo irresponsável de seus pais. [...] Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. (pag. 65-67)
Para Paulo Freire vivenciar o humanismo dignificador e libertador para todos os seres humanos, perpassa a uma Filosofia Social que aliada á ética humanista abomina, todas as formas de discriminação que oprimem e excluem. Portanto Freire nos leva a profunda reflexão acerca da questão dos valores, do modelo político-econômico estigmatizador, indiferente e inerte de como são tratadas as pessoas desprivilegiadas, excluídas, no entanto consideradas apenas "Uma espécie de sombra inferior no mundo. Inferior e incômoda, incômoda e ofensiva", como destaca Freire. “o autor aponta que “ Desrespeitanto os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outro.” (p.67). A proposta de Paulo Freire viabiliza compromisso primeiro com a vida, com o pensar a existência. O seu pensamento remete a pedagogia da práxis, que, perpassa á imanência da experiência histórica que não fragmenta e nem exclui a subjetividade humana em nome da objetividade racionalista social dos oprimidos , porem remete a alicerces fundamentados no bem querer, na ética, na solidariedade , esse é o grito que ecoa nos lares, na sociedade, na politica , no meio dos humanos nesta era apocalíptica . 
“Como ser educador, se não desenvolvo em mim a indispensável amorosidade aos educandos com quem me comprometo e ao próprio processo formador de que sou parte?” (p. 75).