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Caso clínico viagem Nutrição

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Unidade curricular: Agressão e Defesa 
Professores: Sandra Dórea e Marcus Vinícius	
Maria Clara e Maurício, ambos com 18 anos, nasceram e moram em Salvador. Este ano, após transplante renal, Mauricio ingressou na Faculdade de Odontologia e, para comemorar, fez uma viagem com a namorada para Boipeba, Morro de São Paulo e Barra Grande. Mauricio fazia as refeições na pousada onde estavam hospedados, comendo rotineiramente feijão, arroz, salada verde e peixe grelhado, acompanhados de um copo de suco de manga, a qual era colhida no quintal do estabelecimento. Maria Clara por sua vez preferia comer sempre churrasco que era vendido na praça, feito com carne bovina suculenta, calabresa e costelinha de porco. Depois de 10 dias na pousada, Maurício começou a apresentar dor abdominal, tipo cólica, e eliminar fezes diarreicas de consistência pastosa. No dia seguinte, chegou a apresentar dez evacuações. As fezes apresentavam esteatorreia e sangue, além de odor fétido e com muito muco. Procurou o posto de saúde local, sendo-lhe recomendado soro caseiro e dieta leve. Como evoluiu com febre e piora da dor abdominal, Maurício retornou para Salvador. Procurou a emergência de um hospital privado, onde o médico decidiu interná-lo para realizar hidratação venosa. Foi solicitado exame parasitológico de fezes. O resultado do EPF, através do Método de Faust e coloração por técnica de hematoxilina férrica, revelou presença de elementos anormais na amostra de fezes (muco, sangue, esteatorreia e odor fétido) além da presença de trofozoítos flagelados em forma de pêra, possuindo quatro pares de flagelos e cistos tetranucleados. Maria Clara, a princípio, não percebeu nenhum problema de saúde. No entanto, 40 dias após a viagem apresentou perda de peso, náuseas, dores abdominais, fraqueza, inapetência, irritação, insônia e prurido anal. O médico solicitou para Maria Clara EPF e ultrassonografia de abdômen total. O EPF, através da técnica de Tamisação, revelou a presença de proglótides grávidas, retangulares, com numerosas ramificações uterinas do tipo dicotômica. Foi realizado também coleta de amostra na região perianal, através do Método de Graham, onde foi evidenciado a presença de numerosos ovos esféricos, com tamanho 30 mµ de diâmetro, envolvidos por camadas protetoras de cor castanha. O exame de imagem demonstrou apendicite aguda. Maria Clara foi medicada com niclosamida e realizou apendicectomia, Mauricio foi medicado com metronidazol e ambos passam bem.

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