Buscar

PRÁTICA V AULA 4 e 5 HABEAS CORPUS e HABEAS DATA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
AULA 4 
Habeas Data - Lei n. 9.507/97 A lei que regula o Habeas Data é a de número 9.507/97 
e estabelece os requisitos da petição inicial, além do requisito formal, que foi 
preenchido no caso em tela, consistente no prévio requerimento administrativo. 
Remete os requisitos da peça inicial às regras do Código de Processo Civil, naquilo que 
não regula, como o requerimento de provas e a notificação da autoridade que 
praticou o ato. Peça processual: Habeas Data (CRFB/88, art. 5º, LXXII). 
Competência: Superior Tribunal de Justiça (art. 20, I, b), da Lei 9.507/97, que repete 
norma do art. 105, I, b, da Constituição Federal. 
Legitimidade ativa: A legitimidade ativa é daquele que deseja o acesso aos seus 
próprios dados, no caso Tício. O acesso é pertinente a dados pessoais, não podendo 
ocorrer o requerimento para acesso de dados de terceiras pessoas. 
Legitimidade passiva: Deve ser indicado como autoridade coatora o Ministro de 
Estado da Defesa. 
Fundamentação: 
1) Cabimento da ação: o tema acesso às informações pessoais foi alçado em nível 
constitucional pela Constituição de 1988, que previu, no seu art. 5º, LXXII (conceder-
se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à 
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;). 
2) DA PROVA DA RECUSA À INFORMAÇÃO - Conforme já narrado, o impetrante teve o 
seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas, conforme 
documentação anexa, comprovando o requisito essencial para a impetração da 
presente ação, de acordo com o art. 8º, I, da Lei 9507/97. 2) Direito à informação art. 
5º, XXXIII, CRFB/88 3) Direito à intimidade/vida privada - art. 5º, X, CRFB/88 
Pedido: a) que seja notificada a autoridade coatora dos termos da presente afim de 
que preste demais informações que julgar necessárias; b) a procedência do pedido de 
habeas data, para que seja assegurado ao Impetrante o acesso às informações de seu 
interesse; c) a intimação do Representante do Ministério Público. 
Provas 
Por se tratar de habeas data a petição inicial deve ser instruída com prova pré-
constituída no caso suficiente a demonstrar as ilegalidades narradas. 
Valor da causa - R$... Observar: Lei 9.507/97 e artigos 319, 320 do CPC. 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
AULA 5 
Habeas Corpus Preventivo com pedido de liminar 
Competência: Uma das Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça ( art. 6° II, d, do RI 
TJ/RJ ). 
Verificar a regra estadual contida no art. 18, inciso III da LODJ (Lei nº 6956/2015 – Lei 
de Organização e divisão Judiciária do Estado do Rio de Janeiro) LODJ, art. 18 
Ao 1º Vice-Presidente incumbe: I - substituir o Presidente, cumulativamente com suas 
atribuições próprias; II - integrar o Órgão Especial e o Conselho da Magistratura; III - 
distribuir, na forma da lei processual, os feitos de natureza cível de competência de 
órgão julgador de segunda instância. No estado do Rio de Janeiro o endereçamento da 
peça ficaria: 
Exmo. Sr. Dr. Desembargador 1° Vice - Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do 
Rio de Janeiro. 
OBS.: Considerando que a prova da OAB é nacional, pode ser aceito que se dirija o 
endereçamento para o Exmo. Sr. Dr. Desembargos Presidente do Tribunal de Justiça 
do Estado do Rio de Janeiro. Legitimidade ativa: Impetrante: Advogado contratado 
por Matilde Paciente: Matilde 
Legitimidade passiva: Autoridade Coatora: Juiz de Direito da 10ª Vara de Família da 
Comarca da Capital. Fatos: Relatar os fatos de ordem cronológica, de forma lógica. A 
redação deve respeitar a norma culta e termos técnicos. 
Fundamentos: Cabimento do habeas corpus para garantir o direito de locomoção, nos 
termos do artigo LXVIII da Lei Maior, ato ilegal/abusivo praticado por autoridade; 
direito liquido e certo o paciente. 
Existe um excesso de execução, uma vez que a prisão civil autorizadora da prisão, 
prevista no artigo 911, da Lei 13.105/2015, segundo entendimento da Sumula 309 do 
STJ, refere -se aos 03 últimos meses, sendo certo que a presente ação vem 
executando os últimos 05 meses, havendo, portanto, excesso de execução na ação 
seguida por esse rito. 
O artigo 528, caput, § 3º, do CPC também estabelece a regra dos 03 últimos meses 
(alimentos recentes), para que ocorra a prisão. Resta evidenciado que a paciente 
encontra-se desempregada, assim, não deixou de pagar por negligência, e sim por 
absoluta impossibilidade, o artigo 5º, LXVII, da CRFB/88 estabelece como requisito 
para o decreto de prisão o INADIMPLEMENTO VOLUNTÁRIO E INESCUSÁVEL da 
obrigação alimentícia, assim como o artigo 528, § 2º do CPC, o que não acontece no 
presente caso, pois o paciente não vem adimplindo com a prestação alimentícia 
diante do desemprego que a atingiu, pois sempre cumpriu com suas obrigações 
maternas, até então. Violação ao artigo 1º, III, CRFB/88 - cerceamento da 
liberdade de locomoção da paciente, sendo certo que a manutenção da decisão, ora 
guerreada, culminará em prejuízos irreparáveis a paciente, que poderá ser presa em 
razão de débito fulminado de excesso de execução, sendo certo que sua prisão 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
impedirá de continuar sua busca incessante por emprego, e por consequência, não 
terá como pagar os alimentos, sendo prejudicial também aos exequentes. 
Da Liminar 
O fumus boni iuris está presente, pois flagrante os fatos narrados no item anterior, 
restando pacífico o entendimento jurisprudencial acima transcrito quanto a prisão 
apenas por dívida dos últimos 03 meses, bem como a necessidade de haver o 
descumprimento voluntário e inescusável, o que não se ve rifica no presente caso. 
O periculum in mora também está presente, pois a lesão ao direito de locomoção da 
paciente encontra -se assaz iminente – haja vista a decisão judicial ora guerreada – a 
qual não pode persistir, restando imprescindível a concessão da liminar para sanar a 
ilegalidade que está preste a constranger a liberdade de locomoção da paciente, que 
intimada para pagar seu vultoso débito, obviamente não poderá fazê -lo de uma só 
vez, circunstância que resultará na sua prisão civil. 
Pedido 
1 – seja deferida a liminar para determinar ao Juízo o recolhimento, 
independentemente de cumprimento, do mandado de prisão já expedido, ou, 
alternativamente, caso já cumprido o mandado, seja determinada a imediata 
colocação em liberdade da paciente. 
 2 - A notificação da Autoridade Coatora, o Exmo. Dr. Juiz da 10ª Vara de Família da 
Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. 
3- A concessão da ordem de Habeas Corpus Preventivo, com a consequente expedição 
de Salvo Conduto, para a paciente. 
Provas 
Por se tratar de habeas data a petição inicial deve ser instruída com prova pré-
constituída no caso suficiente a demonstrar as ilegalidades narradas. 
Valor da causa – Igual o Habeas Corpus. Não tem. 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
DATA LOCAL 
ADV

Outros materiais