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Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 1 14/08/2014 Docente: Mário Bittencourt Fundamentos do Processo ARAME TUBULAR Sumário da Apresentação � Descrição do processo � Processo de Fabricação - Arame Tubular � Tipos de Arames Tubulares � Classificação ASME e AWS � Dados de Operação � Vantagens Comparativas � Bibliografia Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 2 14/08/2014 � O processo de soldagem a arco elétrico com ARAME TUBULAR é uma variação do processo MIG/MAG. � A diferença principal está no arame eletrodo, que contém no seu núcleo um material fundente. Descrição do Processo � No processo ARAME TUBULAR o arco elétrico é estabelecido entre um arame eletrodo tubular, alimentado continuamente com velocidade controlada, e a peça a ser soldada. � A poça de fusão e o arame fundido PODEM ser protegidos ou NÃO da contaminação da atmosfera por uma cortina gasosa. � É considerado um processo de soldagem semi- automático. Descrição do Processo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 3 14/08/2014 � A nomenclatura ARAME TUBULAR esta relacionada a característica do arame eletrodo utilizado. � Também é conhecido pela sigla internacional FCAW, que significa “Flux Cored Arc Welding”, ou seja Soldagem a Arco com Núcleo de Fluxo. Descrição do Processo � O calor para a soldagem é obtido do arco elétrico estabelecido entre um eletrodo tubular e o metal de base. � A transferência metálica para poça de fusão ocorre no arco elétrico. � O contato elétrico é do tipo deslizante. Descrição do Processo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 4 14/08/2014 Descrição do Processo � A alimentação do eletrodo é continua e o material fundente presente no seu núcleo funde-se, formando uma ESCÓRIA e um gás, que cobre o metal de solda e o metal depositado, protegendo a poça de fusão. Descrição do Processo � Um gás de proteção adicional poderá ser utilizado para a proteção da poça de fusão. Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 5 14/08/2014 � Apresenta maior produtividade e melhores propriedades mecânicas quando comparado ao processo com eletrodos revestidos. � Desempenho varia de acordo com o tipo de enchimento ou formulação do fluxo. Descrição do Processo � Utilização em chapas acima de 6mm. � Arames com pó metálicos e arco pulsado, permitem utilizar o processo com vantagem, em espessuras a partir de 2mm. � Podem ser utilizados em aplicações de união ou revestimento. Descrição do Processo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 6 14/08/2014 � Princípios semelhantes ao processo MIG/MAG. � Mesmos equipamentos com exceção dos rolos de alimentação que devem ser dentados. � Fontes de tensão constante permitem a auto regulação do arco. � Mesmas variáveis do processo MIG/MAG. Instalação do Processo Fo n te : D VS Instalação do Processo COM ou SEM Gás de Proteção Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 7 14/08/2014 � A unidade de alimentação do arame e a fonte de energia estão conjugadas de modo a fornecer uma a auto-regulagem para o comprimento do arco. Equipamento de SoldagemInstalação do Processo ARAME SÓLIDO ARAME TUBULAR INFORMAÇÃO DO Ø ARAME � Seleção das roldanas alimentação arame. Instalação do Processo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 8 14/08/2014 Processo SEM Gás de Proteção Processo COM Gás de Proteção � Opcionalmente, pode-se utilizar uma proteção adicional de gás por meio de uma fonte externa. � Neste caso, o fornecimento de gás utilizado é similar ao do processo MIG/MAG e a soldagem pode ser feita em todas as posições. Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 9 14/08/2014 Processo COM Gás de Proteção � Fita metálica de aço baixo carbono � Fluxo ou pó metálico no interior � Trefilação para bitola desejada � Secagem � Embalagem SEÇÃO TRANSVERSAL Processo de Fabricação - Arame Tubular Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 10 14/08/2014 Processo de Fabricação - Arame Tubular Processo de Fabricação - Arame Tubular Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 11 14/08/2014 � Os arames são disponíveis nos diâmetros 1,2/1,6 mm (FCAW) e 2,0/2,4/3,2/4,0 mm (SAW) e em diversos tipos de embalagens. Processo de Fabricação - Arame Tubular � Bitolas de 1,20mm (GMAW) possibilitam: - melhor controle da poça - transferência metálica otimizada em correntes menores Processo de Fabricação - Arame Tubular Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 12 14/08/2014 Processo de Fabricação - Arame Tubular � Fundente Não Metálico “Flux Cored” (com escória) - Rutílicos - Básicos � Fundente Metálico “Metal Cored” (sem escória) � Arames tubulares para soldagem sem gás de proteção AUTOPROTEGIDOS (“self-shielded”) Tipos de Arames Tubulares Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 13 14/08/2014 Características dos Arames Rutílicos, Básicos e com Pó Metálico � Diferenças entre os três tipos em função dos componentes do interior da fita. � Básicos e rutílicos (flux cored) podem conter eventualmente pó de ferro na formulação. � Arames com pó metálico (metal cored) possuem pó de ferro, desoxidantes e eventualmente outros pós metálicos. Classificação AWS Classificação AWS Especificação Consumível � AWS A 5.9 Aço inoxidável com pó metálico interno � AWS A 5.15 Ferro fundido � AWS A 5.18 Aço carbono com pó metálico interno � AWS A 5.20 Aço carbono com fluxo interno � AWS A 5.21 Arames para revestimento � AWS A 5.22 Aço inoxidável � AWS A 5.29 Aço de baixa liga com fluxo interno Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 14 14/08/2014 Classificação AWS Classificação AWS Classificação ASME / AWS Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 15 14/08/2014 Classificação ASME / AWS � Solda em todas as posições � Transferência em spray � Alta taxa de deposição � Excelente estabilidade do arco elétrico e controle da poça de fusão � Baixa quantidade de respingos e excelente acabamento do cordão de solda Arames Tubulares Rutílicos Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 16 14/08/2014 � Aplicáveis a uma extensa variedade de aços. � Penetração superior quando comparado com arame sólido. � Escória auto-destacável (fácil remoção). � Em aços C-Mn podem ser utilizados onde se exija temperaturas de ensaio de impacto até -40º C � Baixo teor de hidrogênio no metal de solda Arames Tubulares Rutílicos Arames Tubulares Rutílicos Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 17 14/08/2014 Arames Tubulares Rutílicos � Apresentam baixo hidrogênio difusível (menor que 5ml/100gmd). � Aplicado em aços de média a alta resistência mecânica. � Excelentes propriedades mecânicas e propriedades de impacto (tenacidade). � Eficiência de deposição até 90%, apresentando maior taxa de deposição que qualquer outro “flux cored”. Arames Tubulares Básicos Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 18 14/08/2014 � A fina camada de escória é facilmente removível, reduzindo a incidência de inclusões. � Diâmetros de 1,2 mm dão excelentes soldagens em todas as posições. � Podem ser usados tanto com CO2, quanto com mistura de Ar + CO2. � Recomendados para soldagem multipasse em sessões espessas e em equipamentos pesados sob condições restritas. Arames Tubulares Básicos Arames Tubulares Básicos Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 19 14/08/2014 � Permite utilização de maiores correntes que os arames sólidos, o que contribui ainda mais para o aumento da produtividade. � Eficiência de deposição de 90-95% � Sem escória, o que beneficia automatização e robotização. � Melhor desempenho e maior produtividade que os sólidos em função da maior densidade de corrente. Pó Metálico Pó Metálico Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 20 14/08/2014 Variáveis do Processo� Velocidade de alimentação de arame especificada para determinado tipo e dimensão do arame e gás de proteção � Intensidade de corrente: função de velocidade de alimentação do arame é relacionada a um valor de tensão � Tensão do arco: ajustada de acordo com a bitola do arame e posição de soldagem � Stickout Variáveis do Processo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 21 14/08/2014 Técnica de Soldagem � Com oscilação temos maior energia de soldagem, e portanto, redução nos valores de propriedades mecânicas( resistência ao impacto) � Passes estreitos propiciam melhores propriedades mecânicas. � Arames rutílicos e básicos devem ser utilizados preferencialmente com soldagem a ré (>penetração) � Para arames com pó metálico, utilizar a soldagem avante. Técnica de Soldagem Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 22 14/08/2014 Emissão de fumos metálicos em função do gás de proteção Fo n te TW I Emissão de CO em função da composição do gás de proteção Fo n te TW I Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 23 14/08/2014 Taxa de Geração de Fumos Metálicos Arame Tubular Auto Protegido (FCAW) Eletrodo Revestivo (SMAW) CO2 - FCAW CO2 - GMAW Ar - 5%O2 - GMAW Spray* 0 5 10 15 20 25 0 50 100 150 200 250 300 350 400 Corrente de Soldagem (A) G er a çã o de Fu m o s (u . m . fu m o s / u . m . m et a l d ep o sit a do ) Arames Tubulares X Eletrodos Revestidos � Mesma versatilidade com menor quantidade de bitolas � Menor custo devido a maior taxa de deposição e fator de operação � Depósito de baixo hidrogênio Vantagens Comparativas Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 24 14/08/2014 Arames Tubulares X Eletrodos Revestidos � Não necessidade de estufa de ressecagem e manutenção; estocagem simplificada; baixa perdas � Menores custos de estoque; geralmente uma ou duas bitolas são suficientes � Facilmente adaptável para mecanização ou robotização Vantagens Comparativas Arames Tubulares X Arames Sólidos � Melhor controle da poça � Maiores taxas de deposição (30-70%) � Maiores correntes = menor risco de falta de fusão � Maior penetração = grande vantagem para juntas em ângulo Vantagens Comparativas Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 25 14/08/2014 Arames Tubulares X Arames Sólidos � Menor sensibilidade aos primers � Maior tenacidade � Maior versatilidade e em geral mais baixo custo na produção de arames ligados. � Composição química do metal de solda facilmente adaptável. Vantagens Comparativas Comparativo de Taxas de Deposição 3,8 5,8 7,2 Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 26 14/08/2014 3,2 4,4 5,6 Taxa de Deposição 250 Correntes Típicas para Otimização de Juntas em Ângulo Mário Bittencourt - UNESA – 2014.2 27 14/08/2014 Correntes Típicas para Otimização de Juntas em Ângulo Bibliografia � MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., “Soldagem MIG/MAG e com Arame Tubular”. In: Soldagem fundamentos e tecnologia, 3 ed., capítulo 15, Belo Horizonte, MG, Editora UFMG, 2009. � MACÊDO, W. A., “Conhecendo o Processo de Soldagem com Arames Tubulares”. In: Seminário Soldagem com Arames Tubulares - SENAI/RJ Centro de Tecnologia de Solda, Rio de Janeiro, RJ, 2005.
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