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Estudo da problemática social da violencia domestica contra a mulher em Açailandia, Maranhao

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UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO
Curso de Serviço Social
Andressa Maciel da Silva
Edian de Sousa Carvalho
Rosângela Pereira de Moraes Almeida
Tatiane Ferreira dos Santos
Tatiane Iara Sousa Silva 
ESTUDO DA PROBLEMÁTICA SOCIAL DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER EM AÇAILÂNDIA-MA
Açailândia
2018
Andressa Maciel da Silva
Edian de Sousa Carvalho
Rosângela Pereira de Moraes Almeida
Tatiane Ferreira dos Santos
Tatiane Iara Sousa Silva
ESTUDO DA PROBLEMÁTICA SOCIAL DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER EM AÇAILÂNDIA-MA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade de Santo Amaro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador (a): Esp. Henrique Manoel Carvalho Silva
Açailândia
2018
Andressa Maciel da Silva
Edian de Sousa Carvalho
Rosângela Pereira de Moraes Almeida
Tatiane Ferreira dos Santos
Tatiane Iara Sousa Silva
ESTUDO DA PROBLEMÁTICA SOCIAL DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER EM AÇAILÂNDIA-MA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade de Santo Amaro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientador (a): Prof. Esp. Henrique Manoel Carvalho Silva
Açailândia, 14 de março de 2018
Banca Examinadora
Prof. Dr. ___________________________
A todas as pessoas vítimas de violência doméstica.
DEDICAMOS
AGRADECIMENTO 
Primeiramente, a Deus por tantas graças concedidas e por está presente em todos os momentos das nossas vidas, nos dando oportunidade de crescer na área pessoal e profissional.
Eu, Andressa Maciel, agradeço aos meus pais Érica Maciel dos Santos da Silva e Joaquim Pereira da Silva Filho, pela preocupação, força e sábios conselhos que me permitiram ultrapassar os momentos mais difíceis. 
Eu, Edian de Sousa, agradeço in memoriam aos meus pais adotivos, José de Brito Alves e Laolinda Alves, por ter me amado e me incentivado de ir atrás de meus sonhos e objetivos. 
Eu, Rosângela Pereira, agradeço a toda minha família, ao meu querido esposo, Pedro Henrique Almeida e minha amada, mãe Rosilda Morais e aos meus filhos, Matheus e Sofia, que sempre ficaram do meu lado apesar de as dificuldades. 
Eu, Tatiane Ferreira, agradeço a minha mãe, Terezinha da Conceição Ferreira, por todas as palavras que serviu de conforto necessário para conseguir atingir meu objetivo. 
Eu, Tatiane Iara, agradeço a minha querida e especial mãe, Maria de Lourdes Sousa Silva, pelo o amor e carinho dedicados a mim em todos os momentos da minha vida. 
E todos os meus amigos que estiveram nessa etapa da vida cheias de altos e baixos e a ajuda dos nossos professores que tiveram toda a paciência e dedicação com seus alunos transmitindo os seus conhecimentos. 
A violência, seja qual for à maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.
(Jean-Paul Sarte)
RESUMO 
O presente estudo trata-se de uma investigação analítica de revisão teórica sobre a magnitude e expansão da problemática social da violência doméstica, sobretudo a violência voltada ao gênero feminino, na sociedade brasileira. A violência contra a mulher caracteriza um preocupante e o profundo problema da saúde publica, devido ao seu enraizamento histórico- cultural e a sua complexidade social, além da violação dos direitos humanos. Evidencia-se ainda, que em sua maioria, o principal agressor da mulher, no ambiente familiar, é marido ou parceiro íntimo. Metodologicamente, esta pesquisa tenciona satisfazer uma necessidade intelectual sobre a pluricausalidade da violência direcionada a mulher, partindo de uma abordagem qualitativa de produções científicas e com objetivo exploratório relacionado à sua temática. De forma que possa oferecer maior disseminação sofre o assunto, a fim de promover melhor compreensão e entendimento das violências sofridas por inúmeras mulheres em Açailândia- MA e no restante do Brasil, buscando proporcionar meios que assegurem a saúde física e psicológica das mesmas.
Palavras-chave: Violência doméstica; Movimento feminista; Lei Maria da Penha; Violência contra mulher em Açailândia.
ABSTRACT
The present study is an analytical investigation of theoretical revision on the magnitude and expansion of the social problematic of domestic violence, especially violence directed at the feminine gender, in Brazilian society. Violence against women characterizes a worrying and profound problem of public health, due to its historical-cultural roots and social complexity, as well as the violation of human rights. It is also evidenced that, for the most part, the main aggressor of the woman, in the family environment, is a husband or intimate partner. Methodologically, this research intends to satisfy an intellectual need on the pluricausality of violence directed to women, starting from a qualitative approach of scientific productions and with exploratory objective related to its thematic. In order to offer greater dissemination, the subject suffers in order to promote a better understanding and understanding of the violence suffered by countless women in Açailândia-MA and the rest of Brazil, seeking to provide means to ensure their physical and psychological health.
Keywords: Domestic violence; Feminist movement; Maria da Penha Law; Violence against women in Açailândia.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Levantamento dos casos de violência contra a mulher.	35
Figura 2 - Bairros do Município de Açailândia.	36
Figura 3 - Tipos de Agressores.	37
Figura 4 - Qualificações das vítimas de agressões.	38
LISTA DE SIGLAS
APAVV – Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência
BO – Boletim de Ocorrência
CRAM – Centro de Referência e Atendimento à mulher
COJE– Centro de Orientação Jurídica
CO – Código Penal
COMVIDA – Centro de Convivência de Mulheres Vítimas de Violência
DDM– Delegacia de Defesa da Mulher
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OEA – Organizações dos Estados Americanos 
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONG – Organização não Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
SESC – Serviço Social do Comércio
UnB – Universidade de Brasília
	SUMÁRIO	
1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) caracteriza a violência como “o intencional uso da força física ou do poder, em ameaça ou real, contra si próprio, outra pessoa, contra um grupo ou comunidade, que resulte ou tenha probabilidade de resultar em injúria, morte, dano psicológico, privação ou prejuízo no desenvolvimento” (KRUG et al., 2002 apud BHONA; LOURENÇO; BRUM , 2011). A violência se manifesta de diferentes formas, com diversos tipos de atos. Contudo, esta pesquisa tomará como enforque, uma das várias colaborações de estudos e definições para o que vem ser violência, sendo esta adotada como, o uso da superioridade física e/ ou psicológica no que fere a integridade física, mental, psicológica e emocional do outro. 
Os comportamentos e condutas violentas que ocorrem entre os indivíduos com ligações consanguínea, afetivas ou de convivências são denominadas de violência domésticas ou intrafamiliar. Essas atitudes agressivas materializam-se sob aspectos físicos, psicológicos, sexuais, privativos e/ou negligenciais (BHONA et al., 2014).
Embora, a violência doméstica envolva todo o tipo de agressão sobre qualquer pessoa, seja esta criança, adolescente, homem, mulher e idoso, do ambiente familiar ou afetivo, frequentemente, este termo é empregado para designar a violência entre cônjuges, principalmente, as acometidas pelo o homem contra a mulher. Em escala global, episódios de violência de maridose companheiros contra suas esposas são evidenciados entre um a cada quatro casais (HEISE, 1993 apud BRASIL, 2001), caracterizando, assim, a violência conjugal, esta ocorre entre os cônjuges ou em parceiros íntimos com relações estáveis.
Essa violência pode ser dividida em variados tipos como: psicológicas, físicas, sexuais e outras, porém, no relacionamento abusivo, elas acontecem de uma forma conjunta. A violência doméstica contra a mulher tem esta denominação por ocorrer dentro de casa, e geralmente o agressor é alguém que já manteve, ou ainda mantém uma relação íntima com a vítima. Pode se caracterizar de diversos modos, desde marcas visíveis no corpo, a mudanças de comportamento da vítima, como a violência psicológica, que causa danos significativos à estrutura emocional da mulher (GONDOLF, 1997; BARNETT, 1997; HAMBERGER, 1997). Compreender o fenômeno da violência doméstica é um desafio que vem sendo realizado por inúmeros pesquisadores mundiais.
O abuso contra a mulher não se caracteriza somente por aquilo que é visível, como machucado e marcas na pele, ou o que está no código penal. O que leva a mulher a pedir a ajuda é, muitas das vezes, apenas a ponta de um iceberg, e que por trás de tudo pode haver um risco real de homicídio. É de grande relevância social o estudo deste tema, já que é notável o aumento deste tipo de violência entre a população mundial, é necessário que haja um olhar mais cuidadoso e atento das autoridades governamentais, através da criação e desenvolvimento de políticas públicas com o objetivo de combater, assim como proporcionar uma assistência às vítimas desta violência.
Assim, a violência contra a mulher é um fenômeno abstruso intricado a uma formação social fundamentada nas relações de poder determinadas por meio do gênero e do papel exercido nas instituições sociais, tangível a todas as classes, culturas e sociedades manifestando-se de diversas maneiras. Alguns dados do mapa da violência de 2012 mostraram que o Brasil ocupa a sétima posição na incidência de assassinato contra as mulheres, em um ranking mundial de 84 países (WAISELFIZ, 2012). 
Açailândia é uma cidade em crescimento, com apenas 36 anos de emancipação política e com um pouco mais de 100 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2015, no estado do Maranhão. Nos últimos anos, percebeu-se um aumento nos casos de violência doméstica contra a mulher, principalmente, nas ocorrências de assassinatos, causadas pelo o marido ou parceiro íntimo, conforme noticiado pela impressa local. De acordo com um levantamento realizado através de análises dos dados do Sistema de Informações sobre a Mortalidade do Ministério da Saúde, o número de assassinatos de mulheres no município de Açailândia, em 2013, é superior a média nacional, com 5,58 óbitos/ 100 mil habitantes contra 4,45 óbitos/ 100 mil habitantes (BRASIL).
Devido a, informações tanto relevantes sobre o quadro de violência doméstica contra a mulher no Brasil e Açailândia, Maranhão, houve a necessidade de estudar como essa problemática social apresenta-se no dia-a-dia e como as ações públicas podem intervir para prevenir e diminuir os casos, além de proteger e amparar as vítimas. 
Frequentemente noticiam-se nos meios de comunicações, sobretudo, nas mídias sociais, ocorrências de violência doméstica contra a mulher com as mais variadas características de abusos e motivados por quaisquer circunstâncias. A essa realidade social, este exposto acadêmico visa encontrar respostas para questionamentos, como: A estrutura interna da família influi na ocorrência ou surgimento da violência contra a mulher? Ou ainda, por que grande parte das vitimas de violência doméstica não buscam seus direitos cívicos ou denunciam o agressor a partir da primeira ocorrência? Desta forma, o objetivo foi estudar às multicasualidades e multidimensões da problemática social da violência contra a mulher em Açailândia, no Maranhão, através de objetivos específicos, como: Discutir o poder e atuação do patriarcado sobre as famílias modernas; Diferenciar os tipos de violências direcionadas à mulher e suas manifestações; Identificar as implicações da violência doméstica e violência intrafamiliar no desenvolvimento social; Analisar as possíveis consequências da violência doméstica contra a mulher para a sua saúde.
A elaboração desta pesquisa partiu da tentativa de identificar e compreender os aspectos que influenciam na ocorrência da violência doméstica contra a mulher, assim como, suas formas. Estudar essa problemática social da violência doméstica na sociedade brasileira, com ênfase na comunidade açailandense, é fundamental para a construção de estratégias que visam maior alcance na divulgação das informações dos direitos da mulher, na proteção e no amparo das vítimas pelo o Estado, influenciando, consequentemente, nas denúncias da vítima contra seu agressor. De forma, a ter maior conhecimento da realidade situacional de inúmeras mulheres e no combate a essa realidade no Brasil e em Açailândia-MA. Surge daí a importância de se abordar o tema da violência contra a mulher, por entender, que este ato ferir diretamente o direito humano da mulher, gerando sequelas, por vezes, irreparáveis, e ainda modificando as estruturas psicológicas e emocionais das vítimas e familiares. 
A hostilidade voltada para mulher é um tema bem complexo, em que cada detalhe é importante e crucial para identificar de onde e de qual forma esta violência está acontecendo, o que cabe a sociedade é ter um conhecimento sobre este fenômeno e sempre lutar para que acabe de vez essa forme repulsiva de violência.
Nesse contexto, o presente trabalho propõe explorar, identificar, compreender e analisar quais os fatores que influenciam as ocorrências da violência doméstica contra a mulher, visando promover maior discussão social, política e acadêmica sobre realidade vivenciada por diversas mulheres, bem como maior esclarecimento do surgimento da violência doméstica contra a mulher e contribuindo para execuções de ações e atividades de prevenção, diminuição, controle e proteção as mulheres. De modo, a contribuir cientificamente com estratégias e abordagens sociais de redução e cuidados à violência direcionada ao sexo feminino em Açailândia, no Maranhão.
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
2.1 O QUE É VIOLÊNCIA?
O termo violência deriva do latim “violentia”, que quer dizer “veemência, impetuosidade”, porém sua etimologia está associada a “violare” que significa “violação”. Esta compreende todos os aspectos relacionados à noção de uso da força, como superioridade física, visando destruir a integridade do outro. De casualidade complexa, a violência é fenômeno comum a toda a humanidade, relacionando-se a peculiaridades sociais que podem aprová-lo e desaprová-lo, de acordo com épocas, culturas e sociedades.
Assim sendo um fato intrínseco a história e o desenvolvimento da civilização constituindo elementos organizacionais da própria sociedade, apresentando sob variadas formas, em guerras, torturas, conflitos étnicos e religiosos, preconceito e outros, passando a ser um aspecto onipresente no dia-a-dia da civilização humana. Desta forma, a violência pode ser considerada um fator humano e social, pois ainda não há conhecimento de alguma sociedade que não a utilizou em sua formação e seu crescimento. No entanto, pode se afirmar que há culturas mais violentas do que outras. Para Miranda ([201?]), a violência, teoricamente, é um processo social que se difere do crime, por mais que certos momentos, estes fenômenos se manifestem ligados. O crime é codificado no Código Penal (CP), enquanto a violência não.
A complexidade da análise reflexiva teórica sobre a violência esbarra-se na conceituação polissêmica e controversa de sua definição. A eventualidade de muitas linhas interpretativas das realidades casuais proporciona o surgimento de várias correntes de pensamento inviabilizando o alcance de definições consensuais e universais para o tema. Essas perspectivas analíticas da realidade pluralizada daviolência discorrem relevantes características da natureza humana, as quais sustentam inúmeras possibilidades de explicações conceituais. Diante disso, são diversas as concepções do que vem a ser violência: um traço ínsito da condição humana, desperto por qualquer conflito na construção do indivíduo; Ou, um curso instintivo da sobrevivência do ser humano; Ou, o resultado da casualidade de questões sociais, provocada pela ruína da ordem civil, a reação dos reprimidos socialmente e/ou pela fragilidade do Estado; Ou ainda, uma relação ou comportamento que causa danos ou domínio aos outros. Portanto, a violência é um problema social multifacetado que se compreende a partir da interpretação de sua pluricausalidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) especifica a violência conforme suas manifestações empíricas (física, psicológica, sexual, negligência ou abandono) podendo ser voltada para si mesmo (auto infligida) ou de âmbito macrossocial, ocorrendo de maneira coletiva; e ainda, acontecendo nas limitações da esfera das relações interpessoais, como no ambiente intrafamiliar e comunitário (MINAYO, 2005). O professor Zeferino Rocha, da Universidade Católica de Pernambuco, admite que:
A violência, sob todas as formas de suas inúmeras manifestações, pode ser considerada como uma vis, vale dizer, como uma força que transgride os limites dos seres humanos, tanto na sua realidade física e psíquica, quanto no campo de suas realizações sociais, éticas, estéticas, políticas e religiosas. Em outras palavras, a violência, sob todas as formas, desrespeita os direitos fundamentais do ser humano, sem os quais o homem deixa de ser considerado como sujeito de direitos e de deveres, e passa a ser olhado como um puro e simples objeto (ROCHA, p. 10, 1996).
A violência é um problema de magnitude sócio global. Por se tratar de uma problemática que interliga todos os segmentos da sociedade, esta tornou-se o foco de questão e debate em variadas áreas de estudo por diversos especialistas com concepções e perspectiva diferentes, inclusive da mídia comunicativa e dos atores sociais. Contudo, na discussão acerca da violência, seja ela de ponto de vista científico ou não, há um apelo constante por providências e ações ininterruptas de segurança e políticas públicas, buscando medidas efetivas que assegure o fim desta mazela social de grande dimensão.
A psicóloga e mestre em Ciências Sociais, Márcia Mathias de Miranda, afirma em um dos seus estudos,
[...] a violência é um mal e deve ser exterminada. Toda preocupação e demanda da massa – apoiada, reproduzida e manipulada pela mídia – se volta para o apelo de como tornar as relações humanas isentas deste infortúnio (MIRANDA, p. 2, [201?]).
A violência é um evento que se encontra entrelaçado à existência humana e dificilmente será tratado fora do âmbito social e histórico. Na construção das sociedades e evolução das culturas nela existida, os aspectos da violência está diretamente ligados às atenuações e alterações das ações e dos objetos sociais fazendo, assim, surgir indivíduos que sejam capazes de controlar e reprimir os impulsos pessoais em benefício a uma convivência harmônica coletiva aceitável.
Desta forma, pode-se afirma aqui que a violência é fator impossível de apagar ou fazer desaparecer da formação do sujeito e da condição humana. Entretanto, a sua trivialização ou, mesmo, sua aceitação é algo inadmissível em sociedade.
2.2 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A violência contra a mulher, em todas as suas vertentes, fundamenta-se nas formas de violência de gênero e violência intergeracional. Os papeis e comportamentos de gênero são dados pelo os vínculos de poder e diferenças entre os atributos culturais conferidos a cada um dos sexos, conforme as particularidades biológicas (GOMES, MINAYO, SILVA, 2005), que ensinados e incorporados desde berço às condições de ser homem ou mulher, concebendo os ideais, masculino e feminino na sociedade. Desta forma, as relações distintas de poder social entre os sexos revelam-se a causa das atitudes agressivas praticadas contra mulheres (GARCIA-MORENO, 2005 apud BHONA, 2011). 
A família é a instituição celular base da sociedade, por ser a primeira constituição social onde ser humano tem contato, que por sua vez instituem organizações civis ou não, estabelecendo a formação do Estado (RIBEIRO, 2009). Os relacionamentos familiares, em sua grande maioria, constituem-se por ligações de poder hierárquico, tendo o homem como a autoridade da base familiar, onde as mulheres e crianças o obedecem sem questionar sua superioridade ou seu papel no patriarcado, compondo a chamada violência intergeracional. Esta sempre esteve presente no convívio familiar, devido à construção histórica das relações sociais, as quais levam o homem a considerar que as relações violentas podem ser justificáveis quando a mulher não age de acordo com os contratos sociais impostos pelo casamento ou coabitação de responsabilidade doméstica (BACKER e LOWESTEIN, 1997 apud STREY, AZAMBUJA, JAEGER, 2004). 
Nessa realidade, pode-se observar que os homens raramente são acometidos por violência causada por membros da família. Enquanto, as mulheres, comumente, são vítimas de maus-tratos físicos e psicológicos, gerados por estranhos, conhecidos e familiares (PITANGUY, 2003). Assim, a violência direcionada à mulher se expressa por qualquer ação ou ato de violência de gênero ou intergeracional que resulte em alguma agressão física, sexual ou psicológica. Entre as formas de violência contra a mulher, encontra-se a violência doméstica.
A violência domestica é uma questão complexa e multifacetada, constituindo uma questão de saúde pública, além de uma violação clara dos direitos humanos, causando inúmeros problemas à saúde física e psicológica da mulher, bem como a sua sociabilidade e as relações interpessoais. Para Medeiros (2015, p. 17) a violência doméstica gera “repercussões na saúde mental de mulheres e na de suas/seus filhas/os adultas/os jovens”. As autoras Costa e Dell’agio (2009, p.153) utilizam-se da conceituação de violência doméstica, de acordo com o Coletivo Feminino, 2008, “é a que ocorre no âmbito privado, perpetrada por um membro da família que conviva ou tenha um relacionamento afetivo com a vítima”.
Em meados de 2004, Rovinski salientou que a dificuldade de definição conceitual pode prejudicar os dados de pesquisa sobre a incidência e prevalência do fenômeno e também dificultar as intervenções propostas, sendo esse fato uma preocupação da Organização Mundial da Saúde (ROVINSKI, 2004).
Celmer (2010) ressalta que não se deve restringir a violência doméstica contra a mulher, somente a concepção daquela praticada pelo o marido contra a esposa, 
[...] sabidamente essas agressões alcançam também os casais de namorados [heterossexuais e homossexuais], [...] pesquisas demonstraram a existência de violência conjugal entre lésbicas, o que desnatura essa violência como sendo cometida exclusivamente pelos homens contra as mulheres (p.74, 2010).
A Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, segundo a Lei 11.340/2006, elemento jurídico que rege os mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, descreve os tipos de violência cinco demarcações:
Violência física, que estenda sua integridade ou resistência corporal, como bater, queimar, cortar, entre outros. Segundo Casique e Furegato (2006):
[...] a violência física é entendida como toda ação que implica o uso da força contra a mulher em qualquer circunstância, podendo manifestar-se por pancadas, chutes, beliscões, mordidas, lançamento de objetos, empurrões, bofetadas, surras, lesões com arma branca, arranhões, socos na cabeça, surras, feridas, queimaduras, fraturas, lesões abdominais e qualquer outro ato que atende contra a integridade física, produzindo marcas ou não no corpo. 
Um dos grandes motivos para que ocorra violência física conta a mulher está relacionada com o rompimento de relações. A partir da agressão física provocada pelo homem à mulher, esta vai à buscade profissionais na área da saúde procurando tratamento para lesões corporais e as sequelas psicológicas (RICHARDON, FEDER, 1995; BEWLEY, MEZEY, 1997; HALL, LYNCH, 1998).
Violência psicológica é conhecida como qualquer comportamento que cause danos emocionais e que diminua a autoestima, doutrina e decisões, por meio de ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, chantagem, ridicularização, exploração como também a limitação do direito de ir e vir. Podendo ser classificadas das seguintes maneiras: 
-Abuso verbal: está relacionado com insultos, ridicularização, humilhação, utilização de jogos mentais entre outras ofensas; 
-Intimidação: ela representa gestos ou gritos, assustar pelo olhar ou jogar objeto;
-Ameaças: suicidar-se, tira as crianças da mãe; 
-Isolamento: controle da vida de outra pessoa a partir de impedimento da pessoa se socialização, vigiar seus movimentos;
-Desprezo: olha para outra pessoa com indiferença, tomar decisões sem a opinião do outro; 
-Abuso econômico: administra autoritário das financias, dificultando para a mulher de arrumar um emprego;
De acordo com Kaukinen (2004), um fator que pode oferecer uma maior possibilidade de abuso psicológico é propício a partir da incompatibilidade dos parceiros, no qual referisse com o nível educacional proporcionando assim um maior risco de padecer de violência física e psicológica. 
 Segundo Neves (2004) a violência que mais acontece é a psicológica, mesmo que o abuso físico se encontra com maior facilidade de ser percebida, a grande maioria das mulheres não consegue distinguir quando sofre agressão envolvendo as emoções, já o abuso físico é o oposto devido às marcas que é deixada por esse tipo de violência.
Violência sexual, é o que a envergonhe a estar, a condicionar ou a participar de vínculos sexuais não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou utilização de força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de algum modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
É a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule o limite da vontade pessoal. Manifesta-se como: expressões verbais ou corporais que não são do agrado da pessoa; toques e carícias não desejados; exibicionismo; prostituição forçada; participação forçada em pornografia; relações sexuais forçadas - coerção física ou por medo do que venha a ocorrer (TAQUETTE, 2007).
Violência patrimonial é a conservação, diminuição, ocasionado um desmoronamento parcial ou total de seus objetos, ferramenta de trabalho, títulos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
Violência moral configura qualquer atitude depreciativa ou conduta que caracterize calúnia, difamação ou injúria.
Contudo, maioria dos levantamentos de violência doméstica aborda somente a violência física, em geral considerada por atos concretos, como tapas, socos e empurrões. Schraiber (et. al., 2007, p. 798) descreve em um dos seus estudos, que:
Em 48 pesquisas de base populacional realizadas no mundo, entre 10%e 69% das mulheres relataram ter sofrido ao menos algum episodio de violência física pelo o parceiro durante a vida. [Enquanto] O percentual de mulheres agredidas no ano anterior as entrevistas variou de 3% a 27%.
Além disso, observou-se que a violência psicológica ou emocional é a forma de violência contra a mulher mais silenciosa podendo deixar marcar irremediável no consciente da vítima. Esse aspecto da violência costuma ocorrer com mais frequência em relacionamentos de ciclo violento, causados por intenso sofrimento, onde a mulher submete-se a uma relação afetiva violenta com seu agressor (AGUIAR, ROSO, 2016).
Segundo Umar (2007), a problemática da violência doméstica contra a mulher transcende às classes sociais, culturas e sociedades. Contudo, apesar dessa transcendência, a condição social das vítimas, os valores morais e as respostas que a sociedade disponibiliza, são condições determinantes para construção de estratégias para saída da vitimização para que as vítimas encontrem amparo fora de casa para proteger-se dos agressores (apud COSTA, DELL’AGLIO, 2009). Assim, a violência contra a mulher configura-se fenômeno social que independe da faixa etária, religião ou classe social existente em diferentes culturas. 
A cada ano, a violência abrevia a vida de milhares de pessoas em todo mundo e prejudica a vida de muitas outras. Ela não conhece fronteiras geográficas, raça idade ou renda [...] A cada ano é responsável pela morte de 1,6 milhão de pessoas em todo mundo. Para cada pessoa que morre devido à violência, muita outra são feridas ou sofrem devido a vários problemas físicos, sexuais, reprodutivos e mentais (CAVALCANTI, 2012 apud PAULA, BICHARRA).
A violência contra a mulher em suas convivências íntimas caracteriza um problema de ordem social, como também uma questão de âmbito pessoal. Mulheres, em virtude de sua condição feminina, são mais vulneráveis a violências cometidas pelo namorado ou companheiro ao longo de relações de namoro e casamento formal ou informal Pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde em conjunto com a London School of Hygiene and Tropical Medicine mostrou que aproximadamente 35% dos assassinatos de mulheres no mundo todo foram cometidos por parceiros íntimos. Em contraste, apenas 5% dos assassinatos de homens tiveram como autoras parceiras íntimas (MEDEIROS, 2015).
A violência contra a mulher pode estar presente em todos os lugares, e pode se manifestar de diversas formas e circunstâncias distintas, e a informação são um fator diferencial, que pode ajudar a mulher que está passando por este fenômeno no processo de tomar as decisões e ações necessárias (BORIN, 2007). Com isso a política pública no Brasil desenvolveu um atendimento ás mulheres que sofrem algum tipo de abuso decorrente das pressões sofrida pelo Movimento Feminista. 
Na opinião da professora do Departamento de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carla Cristina Garcia, os resultados mostram uma inversão de papéis entre mulheres e agressores. "O comportamento da vítima jamais pode ser apontado como motivo da violência", alerta. "É preciso acabar com essa cultura do estupro, que está naturalizada."
Nas últimas décadas, foram criados no Brasil serviços direcionados ao combate e prevenção da violência doméstica contra a mulher, como as delegacias de defesa da mulher, as casas de abrigos e centro de apoio com diferenciados profissionais para auxiliar as vítimas, sobretudo as vítimas de violência física e sexual. Além da criação da Central de Atendimentos a Mulher, tendo como ferramenta o canal de atendimento Ligue 180.
Segundo uma pesquisa realizada em 2010, pela Fundação Perseu Abramo em parceira com Serviço Social do Comércio (SESC), a cada 2 minutos, uma mulher é espancada, e na maioria dos casos o agressor é um parceiro íntimo. 
Nos primeiros seis meses de 2016, a Central de Atendimento a Mulher realizou quase 68 mil atendimentos, equivalente a 12,23% do total. Dos quais 51% correspondem à violência física, 31,1% violência psicológica, 6,51% violência moral; 1,93% violência patrimonial; 4,30% violência sexual; 4,86% cárcere privado, e 0,24% tráfico de pessoas. Desse total de atendimento no primeiro semestre, 67,9% das ligações foram feitas pela própria vítima, das quais, 59,7% das são negras. (PORTAL BRASIL, 2016).
As delegacias têm um papel importante para a sociedade não somente com relação à visibilidade da violência no país, assim, proporcionando uma possibilidade de mulheres que sofre algum tipo de abuso possam ser atendidas por advogados,psicólogos, assistentes sociais no qual buscam informações e orientação buscando um modo de resolver os problemas de forma adequada. Apesar da sua importância, apenas 7,9% dos municípios brasileiros dispunham de delegacia de atendimento à mulher, em 2014 (CARASCO, CORTÊZ, 2018).
Outra maneira de proteger a vida da mulher foi criação da Casa-Abrigo, no qual tem como objetivo interromper o ciclo de violência em que busca proporcionar melhor condição de vida para as mulheres e seus filhos, permitindo orientação jurídica, social e psicológica, com o atendimento à saúde em um espaço sociocultural (RECHTMAN, PHEBO, 2006).
Em outra pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo (2004), com 2.502 mulheres em 187 municípios de 24 estados das cinco macrorregiões do Brasil, revelou que uma em cada cinco mulheres brasileiras, o que representa 19%, sofreu algum tipo de violência por parte do homem, das quais 43% informaram que foram agredidas fisicamente pelo oposto, caracterizando como principal agressor o marido ou parceiro nos 53 a 70% das ocorrências registradas. Averiguou-se, ainda, as mulheres dificilmente fazem denúncias públicas, onde mais 50% das vítimas não procuram ajuda (GOMES, MINAYO, SILVA, 2005).
Para Schraiber (el at., 2002), a problemática da violência doméstica representa-se em diversas consequências à saúde das mulheres e sua qualidade de vida. A violência do marido contra mulher caracteriza a violência conjugal, e violência sexual tem sido relacionada aos altos índices de suicídios, abuso de drogas e álcool, cefaléia, distúrbios gastrointestinais e transtornos psicológicos. 
Em 2013, segundo o Ministério da Saúde houve 4.580 registros de assassinato de mulheres, no Brasil, gerando uma taxa de homicídio feminino de 4,45 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Os eventos de violência manifestados por repetidas ocorrências de agressões descrevem a situação de inúmeras mulheres violentadas no convívio interno dos seus lares. Essa repetição é seguida de um período intenso e frequente de violência, resultando em danos psíquicos, físico ou morte das vítimas. O homicídio de mulheres em razão de questão de gênero é chamado de feminicídio Capute e Russel (1992, p. 15) no texto “Femicide: sexista terrorism against women” definem feminicídio como “[...] a mais extrema forma de terrorismo sexista, de ódio, de desprezo ou de senso de propriedade das mulheres”.
Os parceiros íntimos são os principais autores dos assassinatos femininos, contabilizando cerca de 40% dos homicídios de mulheres em todo o mundo. No Brasil, entre os anos de 2001 a 2011, ponderou-se que ocorreram mais de 50 mil casos de assassinatos de mulheres, o que corresponde a aproximadamente 5.000 homicídios por ano. Estima-se que mais da metade destas mortes decorreram de episódios de violência doméstica e familiar contra a mulher, visto que um terço dos óbitos ocorreu nas residências das vítimas (Garcia, Freitas, Silva e Höfelmann, [201?]).
Para a professora de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) e ex-secretária executiva da Secretaria de Políticas para Mulheres, Lourdes Bandeira, “ser mulher no Brasil equivale a viver num estado de guerra civil permanente”. Isto, devido ao aumento índice estatísticos de violência contra a mulher. E em alguns casos de feminicídios “são mortes anunciadas, consequência fatal de uma violência domestica continuada, que não foi evitada e nem interrompida”, afirma (CARASCO, CORTÊZ, 2018). 
De acordo com o estudo Mapa da Violência 2015, realizado por diversas instituições, inclusive a ONU Mulheres, de âmbito federal, estadual e municipal, dos casos de feminicídio ocorridos em 2013, no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares das vítimas, dos quais 33,2% desses casos foram praticados pelo os parceiros. Esse número de assassinato compreende cerca 13 de homicídio feminino por dia, somente em 2013. (WAISELFISZ, 2015). Na mesma época, o município de Açailândia, no Maranhão, apresentou 3 óbitos, uma taxa de homicídios femininos superior a média dos assassinatos de mulheres em todo o país, com 5.58 óbitos/ 100 mil habitante. E um percentual de mulheres assassinadas em relação ao número total de assassinatos, de 8,33%, quase equiparando-se a média nacional de 8,44% (BRASIL).
A Lei n° 10.778/03 determina a notificação compulsória, em todo o território o brasileiro de ocorrência de violência contra a mulher que for atendida em estabelecimentos de prestação à saúde, seja ele privado ou público. Essa lei em conjunto com a Lei n° 11.340/06 atua com mecanismo de coibição a violência direcionada a mulher, com providências legais mais rigorosas.
Outra de grande significância para o combate a violência contra a mulher é a Lei nº 13.105/15, a Lei de Feminicídio. Esta classifica a violência como crime hediondo quando cometida a mulheres em condições de vulnerabilidade, como no momento de gestação, menor idade, idade avançadas e outros fatores. 
Devido à amplitude e consequência da violência doméstica contra a mulher têm-se elevado o número de estudos e investigações cientificas relacionado à violência contra a mulher, sobretudo a violência doméstica direcionada ao sexo feminino, independente a idade.
2.2.1 Lei nº 11.340/06 (Lei Maria da Penha)
Apesar da violência doméstica contra a mulher caracterizar um problema social de grande magnitude no Brasil, somente com a criação da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, sancionada pelo, então, presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, que a punição contra os agressores tornou-se mais rígidas (ALVES, 2006). 
Esta lei surgiu devido história dolorosa da farmacêutica cearense, Maria da Penha Maia Fernandes, que lutou pela condenação do seu ex-marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, após sofrer inúmeras agressões, dentre elas, duas tentativas de homicídio no ano de 1983. Na primeira tentativa, Marcos atirou contra as costas de sua vítima, quanto ela dormia simulando um assalto na residência do casal, o que acabou resultado na sua paraplegia. E em pouco do tempo depois, o professor universitário tentou novamente assassiná-la, por meio de descarga elétrica durante o banho. Após dezenove anos depois dos crimes cometidos, que o agressor foi sentenciado pelo o sistema judiciário brasileiro a oito anos de prisão, contudo Marcos Antonio somente cumpriu dois anos de pena prisional, sendo soltou em 2004, onde esta livre até hoje. 
O crime tornou-se o primeiro a ser caracterizado como violência domestica isso ocorreu após a repercussão do mesmo ter alcançado a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) (TEIXEIRA, [201?]). Atualmente, a farmacêutica, com seus 71 anos de idade, encontra-se na frente da coordenação de estudos da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV), no Ceará. Sendo esta, o maior símbolo de luta em combate a violência contra a mulher no Brasil, Maria da Penha foi indicada no inicio deste ano ao Prêmio Nobel da Paz, onde concorrerá com mais de 214 outros indicados ao título, que será entregue em outubro ainda nesse ano. 
Conforme expõem Stefanomi e Rodrigues (2016):
A lei Maria da Penha trata especialmente do enfrentamento da violência doméstica, é uma lei que trouxe um marco mundial, porque ela não trata só a repressão do crime, ela procura tratar a prevenção e todos os evolvidos, desde a vítima que sofre a agressão ate aquele que praticou a agressão.
A Lei 11340/06 tem como propósito prevenir e punir pessoas que comentem abuso contra as mulheres seguindo as seguintes diretrizes: 
Art. 1° Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela RepúblicaFederativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Art. 2° Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3º° Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
§ 1° O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 2° Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.
Art. 4° Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 
	Através da iniciativa dessa grande mulher pôde surgir uma maneira de ajudar as mulheres que sofrem algum tipo de abuso partindo dos familiares ou pessoas íntimas. A Lei Maria da Penha tem como objetivo prevenir e apoiar movimento em busca de melhores condições para todas as mulheres, assim, evitando alguma forma de crueldade. Hoje, a Lei 11.340 é apontada a terceira melhor lei em combate a violência doméstica e familiar contra a mulher no mundo. 
2.3 MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL
O Feminismo é uma manifestação moderna, que teve início devido as ideias iluministas, com ênfase na Revolução Francesa e Americana, no qual reivindicava o direito social e político a partir de mobilização de mulheres de vários países. 
Essa manifestação apresentava vários objetivos no decorre do século XIX. Segundo Pinto (2004) o evento de sufragista informou-se de forma direta, preservando um caráter conservador, lidando de maneira superficial e apresentando um propósito do cultivo de boas relações sociais sem com que ocorra uma diferencia de gênero. A compreensão de gênero e os primeiros ideais feministas foram reconhecidos, documentalmente, no íntimo das transformações políticas e econômicas da Europa, do século XVIII, através do contexto histórico em “Feminismos, feministas e movimentos sociais” (SARDENBERG & COSTA, 1991).
O Feminismo surge e se organiza como movimento estruturado, a partir do fenômeno da modernidade, acompanhando o percurso de sua evolução desde o século XVIII, tomando corpo no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, transformando-se, também, em instrumento de críticas da sociedade moderna. E, apesar da diversidade de sua atuação, tanto nos aspectos teóricos, quanto nos aspectos práticos, o Feminismo vem conservando uma de suas principais características que é a reflexão crítica sobre as contradições da modernidade, principalmente, no que tange a libertação das mulheres (SILVA, 2008, p.1-2).
	De acordo com Costa (2005), o Feminismo na América Latina surgiu em 1970, quando se encontrava em alta o autoritarismo e à repressão provocada pelo regime militar e a falsa democracia. No qual surgiu através da resistência das mulheres contra a ditadura. Com o surgimento de manifestação contra a ditadura as mulheres iniciaram mobilizações no qual provocaram a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e aplicação no meio educacional.
Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, revelou que a violência contra a mulher começou a ser discutida visivelmente a partir dos anos 1980, devido às manifestações coletivas ocorridas em vários países nas décadas de 1980 e 1990, evidenciando a violência e a desigualdade vivenciadas pelas inúmeras mulheres (COSTA, DELL’AGLIO, 2009). 
A força do movimento feminista, no final do século XX, influenciou diretamente para a visibilidade da violência contra a mulher, através de revoluções ideológicas voltadas para o desbaratamento da inferioridade cultural imposta ao sexo feminino, à estrutura patriarcal, a diversas formas de violências direcionadas a mulher, nas tentativas de alterar as leis de subornação aos homens e na ideação de novas bases de relação, apoiada em mudanças de atitudes nas relações interpessoais (GOMES, MINAYO, SILVA, 2005). Desta forma, o movimento feminista incorporou-se num movimento de luta pela igualdade de direitos, em conjunto aos negros, homossexuais e outros, possibilitando a quebra de paradigma histórico-cultural coagido por uma sociedade fundamentada no patriarcalismo.
Já no Brasil, os movimentos feministas surgiram no século XIX, porém só foi se tornar visível no século XX, quando se teve a luta pelo direito do voto feminino, a aceitação do voto feminino foi uma grande vitória e conquista do direito eleitoral, a partir daí então houve um avanço significativo nas lutas femininas (SAPORETI, 1985). E as mulheres passaram a ingressar em escolas e faculdades, participar do mercado de trabalho sem a autorização do marido, ter direito a licença-maternidade, creches, aposentadoria, entre outras grandes conquistas (PINTO, 2003).
Assim, o movimento feminista, em 1960, conseguiu romper um silêncio que existia em relação à agressão voltada para serviçal, e perceberam que não era vergonha tornar público esses atos violentos que muitas mulheres sofriam. Este problema social passou então a ser percebido e visto pela sociedade devido às proporções da gravidade e das consequências (AZEVEDO, 1985).
Segundo Alves e Pitanguy (1981 apud PEDRO, 2002, p.26),
[...] o feminismo busca repensar e reciclar a identidade de sexo sob uma ótica em que o indivíduo, seja ele homem ou mulher, não tenha que adaptar-se a modelos hierarquizados, e onde as qualidades “femininas” ou “masculina” sejam atribuídos do ser humano em sua globalidade.
Essa eventualidade do feminista buscou abri espaço para a mulher fazendo com que elas consigam escrever a própria história, ocasionando a influenciando alguns pensamentos de mulheres no mundo (SAGIM, 2004).
Duas organizações que deu uma grande importância para o movimento feminista no Brasil foram o Partido Republicano Feminista e a Associação Feminista no qual conseguiram mobilizar um número significativo de mulheres (COSTA, 2005).
No Brasil o movimento teve grande importância no qual fez com que se tornasse pública as agressões voltadas para mulher, destacando-se o abuso sexual e a doméstica. Esse movimento se deu devido a impunidade do agressor e a violência conjugal (AZEVEDO, 1985).
A partir desses movimentos, apareceram o SOS-Mulher, aDelegacia de Defesa da Mulher (DDM), o Centro de Orientação Jurídica (COJE) e o Centro de Convivência de Mulheres Vítimas de Violência (COMVIDA) como espaços conquistados pela mulher no qual tem como característica de resolver questões relacionadas com violência aturadas por elas (MAZONI, 2007).
O movimento feminista brasileiro passou também a reivindicar abrigos, assistência jurídica, atendimento policial. O movimento das mulheres passou então a ter parcerias com o Estado, criação de ONGs, implementações que ajudasse a prevenir o excesso de agressividade voltado a mulher (SCHRAIBER, D’OLIVEIRA, 2007). Por causa dessas reivindicações, em São Paulo no ano de 1985, foi criada a primeira Delegacia de Defesa da Mulher, com profissionais capacitados e direcionados para o atendimento as mulheres em situação de violência (MAZONI, 2007).
Apesar das conquistas de abrigos e os serviços de atendimento, as mulheres passaram a lutar pela alteração na legislação, para que elas pudessem ter uma proteçãoapós a denúncia, no entanto, se teve muitas dificuldades ao criar uma lei contra essa violência, assim, pode ser criado uma lei que visa evitar essa forma de agressão.
No ano de 1975, no dia Internacional da Mulher determinado pela Organização das Nações Unidas foi possível promover novas atividade públicas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, procurando agrupa mulheres interessadas de realizar discussão do feminismo na sociedade. Com a ajuda da Organização das Nações Unidas ONU foi possível a organização de mulheres publicamente pela primeira vez desde as mobilizações dos anos 1967-1968 (COSTA, SARDENBERG, 1994a).
O feminismo passou por várias dificuldades onde teve seus altos e baixos buscando melhorias para as mulheres que tentavam se encaixar na sociedade. Mais mesmo assim depois de várias vitórias no decorrer do tempo e no desenvolvimento de novas maneiras de programas que possam ser possíveis de realizar uma igualdade para todos está de longe devido à aplicação de política específicas para mulheres enfrenta ainda hoje uma resistência cultural e política. Sendo assim, uma forma de se proteger foi criada a lei de número 11.340/06, a Lei Maria da Penha.
3 METODOLOGIA
Para melhor compreensão do problema acerca da violência doméstica contra a mulher neste estudo, buscou-se obter o levantamento de dados e informações por meio de investigação documental e pesquisa bibliográfica, de documentos atuais e retrospectivos a partir de 1980, já publicados, abrangendo o contexto histórico social do objeto em análise. 
Para o professor Edson Camargo, a pesquisa documental é uma técnica essencial para pesquisa nas áreas de Ciências Sociais e Humanas:
A Análise Documental é indispensável porque maior parte das fontes escritas – ou não – são quase sempre a base do trabalho de investigação; é aquela realizada a partir de documentos, contemporâneo e retrospectivos, considerados cientificamente autênticos ([201-], grifo do autor).
A pesquisa ou análise documental estabelece o mecanismo importante na pesquisa qualitativa, podendo ser realizada a parte de fontes como tabelas estatísticas, projetos de lei, associações e outros. Prodanov e Freitas (2013, p. 128) caracterizam a abordagem qualitativa como aquela em que “o ambiente natural é fonte direta para coleta de dados, interpretação de fenômenos e atribuição de significado”. Para Prestes (2003, p. 30), 
A metodologia qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar os aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de comportamento etc. 
Desta forma, presente estudo se baseou em uma abordagem qualitativa, de análise literária ou bibliográfica de variadas fontes publicadas encontradas on-line, de diferentes hierarquias acadêmicas, entre graduações, mestrados e doutorados, assim como, a compreensão crítica de livros, revistas, sites que abordaram o tema de violência contra a mulher e causas e consequências. 
Partindo da concepção de pesquisa de natureza básica, este trabalho tenciona satisfazer uma necessidade intelectual sobre a temática abordada, sem produzir obrigatoriamente efeitos de utilidade prática sobre a problemática social da violência domestica contra a mulher no Brasil e em Açailândia, no Maranhão. Prodanov e Freitas (2013, p. 126) definem pesquisa de natureza básica sendo a que “envolve verdades e interesses universais, procurando gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista”.
Trata-se, também, de uma pesquisa de objetivo descritivo-exploratório, a fim de aumentar o conhecimento entorno da violência doméstica contra a mulher como problema de saúde pública, bem como descrever suas causas e consequências para saúde da mulher e todos envolvidos nesta problemática social. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As mulheres da atualidade estão cada vez mais engajadas na luta pelas mudanças nas relações e concepções socioculturais, políticas e econômicas de uma sociedade marcada pela uma alta herança patriarcal, onde o homem era visto como o ser superior, tomador de todas as decisões e a mulher tinha que submissa a todas as suas vontades. Essas intervenções podem ocasionar uma reestruturação com a real participação feminina e masculina na sociedade, podendo influenciar na atuação de todos os aspectos de convívio de dentro de uma casa.
Um dos problemas mais comum envolvendo a violência doméstica baseia-se no papel de inferioridade a figura da mulher, advindo de anos atrás que se perpetua até os dias de hoje. Devido esse ponto de vista que ainda rodeia o pensamento de uma significativa parcela do sexo masculino, e também do feminino, acabou se tornando um problema de enorme magnitude social e de saúde pública. Na grande maioria dos casos, esse tipo de violência ocorre por pessoas de confiança da vítima, sendo por vezes, o marido ou parceiro (a) íntimo. 
O trabalho buscou elaborar uma sondagem a partir de levantamentos realizados e disponibilizados pelo Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM) de Açailândia, no Maranhão, relacionada à característica das agressões, os atos violentos sofridos pelas as mulheres e o tipo de relação existente entre a vítima e o agressor, de violência doméstica contra mulher no município. 
Há inúmeros fatores que podem influenciar o surgimento da violência doméstica contra a mulher. Um dos fatores que podem induzir a esse tipo de agressão está relacionado com a renda financeira da família, sobretudo baixa renda familiar, visto que mulheres tendem a obter empregos de remuneração mais baixa, normalmente com um salário mínimo, como por exemplo, operadora de caixa, empregadas domésticas, balconista entre outras profissões, enquanto algumas não trabalham fora de casa e dependem exclusivamente do marido ou seu companheiro.
Levando em consideração a baixa renda familiar Adeodato (2005), Heise, Ellsbertee Gottemoeller (1999) evidenciam que quanto menos a renda, maior a probabilidade de caso de agressão verbal, física e sexual entre os companheiros. Se compararmos o índice de boletim de ocorrência (BO) as mulheres que realizam esse tipo de denúncia são senhoras apresenta uma condição financeira mais baixa (SILVA, 1992).
No processo de violência, a qual ocorre entre cônjuges tem como característica o relacionamento familiar com valores patriarcal. Na maioria dos casos a mulher sofre constantemente abusos psicológicos, verbais e, em situações mais extremas, abusos físicos. 
O problema não é a postura de certos homens, mas uma cultura que influencia toda a sociedade. Trata-se do patriarcado que consiste em uma forma de relacionamento, de comunicação entre os gêneros, caracterizada pela dominação do gênero feminino pelo masculino (DIAS, 2007).
Essa vulnerabilidade feminina a violência nos relacionamentos íntimos associa-se a estruturação social de gênero relacionada ao patriarcalismo. Na ambitude comportamental patriarcal, há a ordenação hierárquica dos homens sobre as mulheres nas relações. Essa disparidade entre o masculino e o feminino corrobora para aprovação social dos atos de violência dos homens sobre as mulheres e para normalidade desse tipo violência (SAFFIOTI, 2004).
Outro ponto relevante nas violências que a mulher sofre em ambiente familiar vem desde a infância, no qual a menina tolera a agressão como ato de punição física ou psicológica de ações considerada inadequada por parte do homem da casa, como forma de aprendizagem fazendo, assim, com que aja uma “aceitação” em relação à violência como algo comum que faz parte da vida familiar. Desse modo, acaba se tornando difícil identificar um ato de brutalidade em que a sociedade não tem como reconhecimento (SABADELL, 2005).
Ninguém duvida que a violência sofrida pela mulher não é exclusivamente de responsabilidade do agressor. A sociedade ainda cultiva valores que incentivam a violência, o que impõe a necessidadede se tomar consciência de que a culpa é de todos. O fundamento é cultural e decorre da desigualdade no exercício do poder e que leva a uma relação dominante e dominada. Essas posturas acabam sendo referendadas pelo Estado. Daí o absoluto descaso de que sempre foi alvo a violência doméstica (DIAS, 2007).
De acordo com os dados obtidos foi possível ocorrer uma análise de 169 procedimentos envolvendo a violência voltada para mulher no município de Açailândia, no Maranhão, podem ser observados os tipos de abuso proporcionado pelo acompanhante, exposta no gráfico (figura 1) logo a abaixo.
Figura 1- Levantamento dos casos de violência contra a mulher.
Fonte: CRAM – Centro de Referência e Atendimento à mulher de Açailândia.
O gráfico1 representa os tipos de violências avaliadas em 169 ocorrências, envolvendo desde a agressão física e a psicologia, dos 12 requisitos que foram analisados, sete tem ligação compreende hostilidade, que indica violência psicológica e cinco qualifica violência física, através de alguma forma de abuso corporal. Nota-se ainda, que do total do número de ocorrência realizada 1% caracteriza homicídio qualificado. 
A amplitude envolvendo o problema sociocultural da violência doméstica contra a mulher que tem como principal forma de agressões, a física e psicológica, acaba ocasionando um mal-estar no relacionamento fazendo com que ocorra um desconforto a convivência familiar.
Na grande maioria das ocorrências, quando evidencia a tipologia da violência, no caso a violência física, nota-se que tem uma pequena quantidade de boletim de ocorrência relacionada a agressões sexuais contra seu parceiro. Segundo Barnett (2000), as agressões físicas em geral são seguidas por abuso sexual. De acordo com a autora, grande parte das mulheres vítimas da violência sexual demonstra certo receio e insegurança no momento de denunciar seus agressores, devido ao medo de ser condenadas e desmoralizadas pela a sociedade.
Com relação à pesquisa realizada pelo o CRAM de Açailândia, foi possível analisar os bairros do município que apresentam maiores índices de violência contra a mulher. Sendo assim viável a realização de um estudo analítico do número de ocorrências registradas de cada localidade, levando em consideração todo tipo de violência provocada pelo parceiro na relação. O qual pode ser observado no gráfico a seguir (figura 2).
Figura 2 - Bairros do Município de Açailândia.
Fonte: CRAM – Centro de Referência e Atendimento á mulher de Açailândia.
A pesquisa está relacionada com 31 bairros do município açailandense, sendo assim o local onde apresentou maior índice de ocorrência é conhecida como a Vila Ildemar, este é o maior bairro de Açailândia e onde se encontra o maior índice de pobreza, como já posto anteriormente neste trabalho, um dos fatores que pode influenciar com qualquer tipo de agressão contra a mulher está relacionada com a renda familiar. 
A maioria das agressões sofridas pela mulher está relacionada com pessoas conhecidas que tenha uma intimidade, podendo ser vista a seguir. Esse tipo de fato faz com que possa levar em consideração que qualquer pessoa que tenha um relacionamento pode se tornar um agressor contra a mulher.
Devido ao grande índice de ocorrência no município foi realizado um levantamento de dados que revela quais os tipos de agressores envolvidos dentre os 169 casos que foram abordados no trabalho, assim podendo ser exibido no gráfico a seguir (figura 3).
Figura 3 - Tipos de Agressores.
Fonte: CRAM – Centro de Referência e Atendimento á mulher de Açailândia.
O gráfico 3 revela os principais agressores contra as mulheres nas ocorrências registradas. Assim, constata-se que as violências voltada a mulher parte, em sua maioria pelo ex-companheiro, que apresenta uma maior demanda e em seguida pelo companheiro, pelo irmão e uma pequena quantidade pelos filhos. 
A grande parcela das donas de casa que sofre algum tipo de agressão está relacionada com membros da própria família ou então com quem vive no mesmo espaço. Fazendo com que ocorre um agravamento da situação por falta de testemunha. 
Essa perspectiva está relacionada com o que ocorre dentro de uma moradia não tem nada a ver com a polícia, a justiça, a vizinhos, a sociedade ou muito mesmo do restante da família. Se esses tipos de ações ocorressem em locais públicos ocasionaria um desconforto tanto para as pessoas que presenciasse e para as pessoas que recebe esse tipo de violência, assim, poderia ser realizada uma intervenção da polícia.
No meio desse tipo de problema destacar-se profissões que são mais comuns em passar por situações violentas envolvendo mulheres trabalhadoras que buscam o sustento da família entre esses empregos foi efetuado uma pesquisa no município de Açailândia, baseado nas ocorrências registradas, visíveis no gráfico 4 (figura 4).
Figura 4 - Qualificações das vítimas de agressões.
Fonte: CRAM – Centro de Referência e Atendimento à mulher de Açailândia.
Segundo a pesquisa realizada pelo o CRAM de Açailândia, é possível notar que mesmo que a mulher ter ganhado espaço no mercado de trabalho, mesmo assim, elas continuam são propicia a sofrer algum tipo de agressão, independente de seus serviços. 
As mulheres sofrem vários tipos de violências tanto as físicas tanto com as psicológicas podendo ser classificadas em doméstica, dona de lar, professoras entre outras.
5 CONCLUSÃO
A violência contra a mulher é um fenômeno que apresenta vários aspectos tendo em vista como base uma origem obtida com o passar dos tempos no qual a imagem feminina era submetida à superioridade dos homens. Ocasionando abuso voltado para a área física ou psicológica podendo ser compreendida a todos os povos sem nenhuma exceção. 
Como consequências desses atos de agressões podem desencadear na mulher um estado de depressão, construindo ideias de suicida ou sendo provocado pelo próprio agressor, fazendo a gente refletir da falta de reconhecimento da gravidade da situação assim podendo abrir uma investigação com relação a esse tema.
Os boletins de ocorrências forram produzidos com ajuda dos movimentos feminista fazendo com que os problemas familiares ou privados fossem levados em considerações. Para que possa ajudar e a evitar problemas relacionadas com qualquer brutalidade proporcionando desse modo um mal-estar tanto físico quanto psicológico. 
Na atualidade a violência contra a mulher é vista como um problema voltado para a saúde pública e para todos os administradores públicos de toda sociedade. 
Mesmo como o desenvolvimento de delegacias e órgãos responsáveis por esse tipo de situação não se tem uma grande importância, isso acontece devido à falta de iniciativa de pessoas que passam por esse tipo de problema faz com que os programas públicos não têm nenhuma validade. A falta de determinação de mulheres que estão sofrendo qualquer tipo de agressão tende a dificultar o atendimento e o avanço das investigações. 
Grandes partes das mulheres que sofre qualquer tipo de agressão do parceiro ou familiares agindo de forma imprudente colocando em risco sua integridade física ou psicológico gerando assim medo de ir atrás de seus direitos devido a insegurança de passar novamente por esse transtorno.
Não se pode vendar os olhos para a problemática social que tange os seguimentos da sociedade, no qual tem como base uma cultura machista e patriarcal. 
Esse tipo de acontecimento vem de um ciclo vicioso, pois a mulheres que passam por esse tipo de constrangimento já vem sofrendo desde a infância, através de convivência em ambiente familiar podendo proporcionar uma comodidade com relação a esse tipo de comportamento tornando-se “normal”. 
Temos que ter consciência de criar novas formas de educar a sociedade buscando apresentar fatos jurídicos podendo ser gerando assim um desenvolvimento dos direitos humano. Essa nova forma de pensar irá abrir novos espaços voltados para a importância de implantação de locais públicos que tem como característica apresentar uma política igualitária entrehomens e mulheres com direitos garantidos, especialmente no direito constitucional no qual será sustentado pelos direitos Humanos. 
Ter a capacidade de proteger qualquer mulher de atos violentos que implica no seu estado físico ou psicológico com direito de ir a busca de melhorias e condições de uma qualidade de vida digna. 
Proporcionando uma educação voltada para comunidade através de conscientização de pessoas por meio de palestra e programas de prevenção tentando ampliar o seu conhecimento com relação a violência contra mulher. 
Novas pesquisas têm que ser elaboradas com objetivo de resolver um pouco mais das condições de mulheres que sofrem qualquer tipo de brutalidade, assim, podendo acontecer alguma aprimorarão de técnicas profissionais em qualquer área de atuação podendo ser psicológica, médica, advogado e assistente social. 
Assim esperamos que esse trabalho consiga acrescentar ou abrir novas formas de discussões sobre a violência contra mulher, com relação a política pública e o governo, especialmente por uma atitude que ajude a melhorar a vida de pessoas que passam por situações semelhantes de companheiros ou de familiares. Tentando verificar uma melhoria na saúde pública na qual podemos aprofundar e despertar interesse por outras pessoas para que possamos contribuir no desenvolvimento de uma sociedade de igualdade tanto no privado quanto no mundo lá fora. 
Incentivar as mulheres a irem atrás de seus direitos que são garantidos pela lei sem ter medo de quando chegar em casa passe por estar circunstância novamente provocado pelo parceiro. Ter a coragem de ergue a cabeça e se manifesta de forma correta para esse tipo de abuso, e expor suas opiniões de forma clara e justa para serem seguida de exemplo por outras mulheres que ainda tem dificuldade de correr atrás de sua liberdade. 
É visando dessa forma que podemos diminuir ou mesmo evitar esse tipo de constrangimentos que muitas das mulheres sofrem caladas mais graças ao movimento feminista que já é vista de uma forma diferente e pública para todos. 
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