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1 1 2 Introdução Máquinas Térmicas 2 3 Máquinas Térmicas e o Segundo Princípio da Termodinâmica Do ponto de vista da engenharia, talvez a aplicação mais importante dos conceitos deste capítulo seja a eficiência limitada das máquinas térmicas Um dispositivo muito útil para compreender a segunda lei da termodinâmica é a máquina térmica Uma máquina térmica é um dispositivo que converte energia interna em outras formas úteis de energia, tal como energia cinética A locomotiva a vapor obtém sua energia por meio da queima de madeira ou carvão Locomotivas modernas utilizam óleo diesel em vez de madeira ou carvão A energia gerada transforma água em vapor, que propulsiona a locomotiva 4 Máquina térmica Em geral, uma máquina térmica faz com que alguma substância de trabalho realize processo(s) cíclico(s) durante os quais (1) calor é transferido de uma fonte a uma temperatura elevada (2) trabalho é feito pela máquina (3) calor é lançado pela máquina para uma fonte a uma temperatura mais baixa A máquina absorve calor Qq do reservatório quente, rejeita calor Qf para o reservatório frio e realiza trabalho Wmáq fq QQW −=máq 3 5 q f q fq q Q Q Q QQ Q W e −= − == 1máq Rendimento da máquina térmica 0=−=∆ WQU máqlíq WWQ == Pelo Primeiro Princípio da termodinâmica Área=Wmáq 0=∆U “É impossível construir uma máquina térmica que, operando num ciclo, não produza nenhum efeito além da absorção de calor de um reservatório e da realização de uma quantidade igual de trabalho” ⇒ A formulação de Kelvin-Planck do Segundo Princípio da Termodinâmica É impossível construir uma máquina que trabalhe com rendimento de 100% 6 Processos Reversíveis e Irreversíveis Um processo reversível é aquele no qual o sistema pode retornar as suas condições iniciais pelo mesmo caminho e no qual cada ponto ao longo da trajetória é um estado de equilíbrio Um processo que não satisfaça essas exigências é irreversível A maioria dos processos naturais é irreversível 4 7 Se um processo real ocorrer muito lentamente, de tal forma que o sistema esteja sempre muito próximo do equilíbrio, esse processo pode ser considerado como reversível Compressão isotérmica e reversível Comprimir um gás muito lentamente ao deixar cair sobre o pistão sem atrito alguns grãos de areia Areia Reservatório de calor Cada grão de areia adicionado representa uma pequena mudança para um novo estado de equilíbrio O processo pode ser revertido pela lenta remoção dos grãos de areia do pistão Exemplo 8 Máquina de Carnot Em 1824, um engenheiro francês chamado Sadi Carnot descreveu uma máquina teórica - Máquina de Carnot http://www.cs.sbcc.net/~physics/flash/heatengines/Carnot%20cycle.html (1) No processo A →→→→ B, o gás se expande isotermicamente quando em contato com um reservatório de calor a Tq Ciclo de Carnot A B CD (2) No processo B→→→→ C, o gás se expande adiabaticamente (Q = O) (3) No processo C →→→→ D, o gás é comprimido isotermicamente durante o contato com o reservatório de calor a Tf< Tq (4) No processo D →→→→ A, o gás é comprimido adiabaticamente 5 9 O trabalho líquido realizado Wmáq, é igual ao calor líquido recebido num ciclo. Observe que para o ciclo Diagrama PV para o ciclo de Carnot fq QQ − 0=∆UNum ciclo q f q f T T Q Q = Carnot mostrou que Rendimento térmico da máquina de Carnot q f C T T e −= 1 10 Bombas de Calor e Refrigeradores A bomba absorve o calor Qf de um reservatório frio e rejeita o calor Qq para um reservatório quente. O trabalho realizado na bomba de calor é W E se quisermos transferir calor do reservatório frio para o reservatório quente? Como esta não é a direção natural do fluxo, temos que realizar trabalho para fazer com que isso ocorra utilizando dispositivos como as bombas de calor e refrigeradores W Qq == bomba a sobre realizado trabalho quente ioreservatór o para sferidocalor tran CDD Coeficiente de desempenho da bomba de calor Bomba de calor 6 11 É a máquina térmica de ciclo de Carnot funcionando ao contrário Bomba de calor ideal O coeficiente de máximo desempenho da bomba de calor CDDCarnot (bomba de calor) = fq q - TT T Refrigerador CDD (refrigerador) = W Q f CDDCarnot (refrigerador) = fq f fq f TT T QQ Q − = − O coeficiente de máximo desempenho do refrigerador Coeficiente de desempenho do refrigerador 12 Os processos reais seguem um sentido preferencial É o Segundo Princípio da Termodinâmica que determina as direções em que ocorrem os fenômenos naturais. Enunciado de Clausius da segunda Lei da Termodinâmica: “O calor não flui espontaneamente de um corpo frio para um corpo quente” Formulação alternativa do segundo princípio da termodinâmica Bomba de calor impossível É impossível existir uma bomba de calor ou frigorífico (refrigerador) que absorve calor de um reservatório frio e transfere uma quantidade de calor equivalente para um reservatório quente sem a realização de trabalho. Isso viola a formulação do Segundo Princípio da Termodinâmica. 7 13 Entropia A variável de estado relacionada com o Segundo Princípio da Termodinâmica, é a entropia S A ideia de entropia surgiu no seguimento de uma função criada pelo físico alemão Rudolf Clausius (1822-1888). Expressou a entropia em escala macroscópica pela primeira vez em 1865 q q f f T Q T Q = q f q f T T Q Q =A partir da equação que descreve a máquina de Carnot T dQdS r= Se dQr for o calor transferido quando o sistema segue uma trajetória reversível entre dois estados, a variação da entropia, independentemente da trajetória real seguida, é igual a Os sistemas isolados tendem à desordem e a entropia é uma medida dessa desordem Obteve a relação a razão Q/T tem um significado especial ∫=∆ f i r T dQSintegro dS 14 Em 1887 Boltzmann definiu a entropia dum ponto de vista microscópico Baixa entropia Alta entropia WkS B ln≡ W é o número de microestados possíveis para o sistema Outra maneira de enunciar o segundo princípio da termodinâmica Entropia e o Segundo Princípio da Termodinâmica “A entropia do Universo aumenta em todos os processos naturais” Exemplo de Microestados - posições que uma molécula pode ocupar no volume 8 15 RefrigeraRefrigeraççãoão 16 ConceitoConceito �Refrigeração é um processo que consiste em retirar de um determinado ambiente, uma quantidade de calor, baixando sua temperatura. �Uma máquina térmica de refrigeração trabalha em um ciclo a exemplo de uma máquina térmica motora. �Os diagramas abaixo mostram esta comparação: 9 17 ConceitoConceito Ciclo de Refrigeração ou Ar Condicionado Ciclo Motor 18 ConceitoConceito • Onde para o motor há geração de trabalho (W) no ciclo. • Já para um refrigerador há necessidade de fornecimento de trabalho (W) no ciclo. • Ambas as máquinas possuem um saldo do fluxo de calor sendo no refrigerador [(Q2) Qf → Qq (Q1)]: da fonte fria (T menor) para a fonte quente (T maior), representado pelo trabalho W. • Nomenclatura utilizada � q = da fonte quente; f = da fonte fria • Quanto melhor for tratado o fluxo de calor (Q), melhor será a eficiência do refrigerador, e é dada pela equação: )Q– Q( Q fq f =ε 10 19 ConceitoConceito Mas, como é feita a troca de calor? CONDUÇÃO – os metais são melhor condutores de calor que os líquidos e os gases; CONVECÃO – consiste em um movimento (natural ou forçado) motivado pela diferença de densidade - o mais denso e frio desce e o menos denso e quente sobe – nos sólidos nãoé possível acontecer isso. RADIAÇÃO – é a propagação de uma onda de calor (como a do sol). Qualquer fonte quente emite onda de calor que se propaga melhor quanto menos resistência ou obstáculo tiver em seu caminho. Como as ondas de energia, pode ser refletida ou absorvida. 20 ConceitoConceito Ciclos de Refrigeração •Refrigeração por compressão: •É aquela onde o fluido refrigerante é vaporizado e condensado alternadamente, sendo a compressão realizada na fase de vapor. •Refrigeração em cascata: •É a refrigeração que utiliza mais de um ciclo. •Refrigeração a gás: •O fluido refrigerante permanece na fase gasosa durante todo o ciclo. 11 21 ConceitoConceito Ciclos de Refrigeração •Refrigeração por absorção: •Os sistemas de refrigeração por absorção de vapores são ciclos de refrigeração operados a calor, onde um fluido secundário ou absorvente na fase líquida é responsável por absorver o fluido primário ou refrigerante, na forma de vapor. 22 ConceitoConceito Ciclos de Refrigeração •Refrigeração termoelétrica: •É aquela onde refrigeração é produzida através da passagem de corrente elétrica através de dois materiais dissimilares. •O processo de obtenção de temperaturas abaixo do ambiente é baseado no efeito Peltier. Um par termoelétrico ao ser percorrido por uma corrente elétrica contínua, apresenta uma junção quente e uma junção fria. •Os pares termoelétricos utilizados em refrigeração são constituídos de um metal (Cobre) e um semicondutor (Telureto de Bismuto). •A quantidade de calor absorvida na junção fria de um par termoelétrico é entretanto muito pequena, de modo que para que se tenha uma capacidade de refrigeração utilizável é necessário combinar vários pares termoelétricos formando um módulo termoelétrico. 12 23 ConceitoConceito Principio de Funcionamento • O gás refrigerante sai do compressor no estado de vapor, a alta pressão e alta temperatura em direção ao condensador que tem a função de dissipar o calor (perder calor – Qq para fora das fronteiras do sistema). • Ao perder calor à pressão constante, o gás condensa (muda de fase) e segue em direção à válvula de expansão ou capilar. 24 ConceitoConceito Principio de Funcionamento • Lá chegando, a pressão do gás liquefeito é baixada novamente assim como a temperatura. • À medida que o gás ainda liquefeito (vapor de gás) caminha pelo evaporador que se encontra dentro do ambiente a ser refrigerado, absorve calor deste e evapora (mudança de fase). •Neste momento, o gás novamente retorna a seu estado natural e é sugado para dentro do compressor, iniciando um novo ciclo. 13 25 ConceitoConceito Principio de Funcionamento 26 ConceitoConceito Principio de Funcionamento Coeficiente de Performance – COP (Ou eficiência de uma máquina de refrigeração - ε) � COP refrigerador = Q2/W = Q2/(Q1 - Q2 ) 14 27 ConceitoConceito Principio de Funcionamento 28 ConceitoConceito Partes Constituintes • CONDENSADOR: •É um trocador de calor que efetua a troca térmica entre o refrigerante e a vizinhança utilizando água ou ar (vizinho). •Quando usa o ar para retirar o calor do refrigerante, normalmente o faz usando ventiladores que aumentam a troca térmica (por exemplo – radiador dos automóveis). •Quando a água é usada, vários sistemas podem ser utilizados sendo que o mais comum na refrigeração é a torre de resfriamento. 15 29 ConceitoConceito •CONDENSADOR: Partes Constituintes 30 ConceitoConceito • EVAPORADOR: •É um trocador de calor utilizado para retirar (absorver) calor do ambiente a ser refrigerado. •Normalmente é utilizado um radiador com o ar forçado por ventilador. •Estando o evaporador muito mais frio que o ambiente, este cede calor, baixando sua temperatura. •Por convecção (o ar mais quente sobe e o mais frio desce) o ambiente vai sendo refrigerado. Partes Constituintes 16 31 ConceitoConceito •EVAPORADOR: Partes Constituintes 32 ConceitoConceito •VÁLVULA DE EXPANSÃO: Partes Constituintes 17 33 ConceitoConceito Partes Constituintes •COMPRESSORES: Alternativo; Scroll; Centrifugo; Diafragma. 34 ConceitoConceito Gases Refrigerantes • Amônia (NH3): •Possui cheiro irritante, é empregado em sistemas de absorção na refrigeração industrial. • Gás carbônico (CO2): •É o gás expelido pelos nossos pulmões. •Devido a seu ponto de ebulição extremamente baixo, necessita de alta pressão na compressão. 18 35 ConceitoConceito Gases Refrigerantes • Freon® 12 e 22: •É um gás a base de cloro-fluor-carbono (CFC) e que muito se aproxima do refrigerante ideal, porém, agride a camada de ozônio se liberado na atmosfera. • O mais utilizado até hoje é o R22 apesar de já existir protocolo internacional (1985 Convenção de Viena e 1987 Protocolo de Montreal – jan./2010 Fim da produção de CFC’s em paises como o Brasil) para substituição gradual do Freon® por outros gases menos agressivos à atmosfera como os HCFC e R404A, R507 e R134A da DuPont. 36 ConceitoConceito Gases Refrigerantes 376216163Entalpia vaporização a 25 ºC [kJ/kg] 58107124Pressão vapor a 25 ºC [kPa] 60013701470Densidade a 25 ºC [kg/m3] 3.654.074.01Pressão Critica [MPa] 408374388Temperatura Crítica [K] 261.5246.6243.2Temperatura ebulição [K] 0.0580.1020.121Massa molar [kg/mol] Iso-butano, (CH3)3CH 1,1,1,2-Tetrafluoro-etano, CF3CH2F Dicloro-difluoro- metano, CCl2F2 Nome, fórmula R600aR134aR12Refrigerante 19 37 ConceitoConceito Gases Refrigerantes Refrigeração Climatização Congelação Refrigeração por absorção - 30ºC - 40ºC - 46ºC - 33ºC Fréon 12 (R12) Fréon 22 (R22) Fréon 502 (R502) Amoníaco AplicaçãoT vaporização Substância 38 ConceitoConceito Mas a geladeira, como funciona? • Ao expandirmos um gás, a pressão diminui e com isso sua temperatura também. • Em um tubo fino que passa dentro da geladeira, um gás é colocado, assim ele se expande e baixa sua pressão. • O gás tira o calor do interior da geladeira e um compressor, que está atrás dela, comprime o gás que se encontra numa câmara. 20 39 ConceitoConceito Mas a geladeira, como funciona? • Atrás da geladeira há uma tubulação, por onde passa o gás que está saindo dela, ele libera o calor para a atmosfera, e assim começa o processo todo outra vez. • Elas são máquinas térmicas que transferem calor de um sistema em menor temperatura para o meio exterior, que se encontra a uma temperatura mais elevada. 40 UnidadesUnidades • O que é BTU? • As iniciais querem dizer: Brithish Thermal Unit (Unidade Térmica Britânica). • Trata-se da unidade de medida utilizada para refrigeração e que corresponde à capacidade de refrigeração que o condicionador de ar deve demandar para garantir o conforto do seu ambiente. • O que é TR? • É uma unidade de medida para carga térmica comumente utilizada para equipamentos a partir de 60.000 BTU/h. • Quer dizer Tonelada de Refrigeração. 1 TR = 12.000 BTU/h. 21 41 Conceitos Fundamentais 42 •••• Propriedades termodinâmicas •••• Estado termodinâmico •••• Processo •••• Ciclo •••• Substância Pura •••• Temperatura de saturação •••• Líquido Saturado •••• Líquido Sub-resfriado •••• Título (x) •••• Vapor Saturado •••• Vapor Superaquecido 22 43 Definições •••• Propriedades termodinâmicas São características macroscópicas de um sistema, como: volume, massa, temperatura, pressão etc. •••• Estado termodinâmico Pode ser entendido como sendo a condição em que se encontra a substância, sendo caracterizado pelas suas propriedades. •••• Processo É uma mudança de estado de um sistema. O processo representa qualquermudança nas propriedades da substância. •••• Ciclo É um processo, ou mais especificamente uma série de processos, onde o estado inicial e o estado final do sistema (substância) coincidem. 44 P RECIPIENTE Líquido Definições •••• Substância Pura É qualquer substância que tenha composição química invariável e homogênea. Ela pode existir em mais de uma fase (sólida, líquida e gasosa), mas a sua composição química é a mesma em qualquer das fases. 23 45 Definições Estados de uma Substância Pura Líquido P T Líquido Subresfriado T < TSAT Líquido Saturado T = TSAT Título x = 0 P Líquido Vapor Úmido T = TSAT 0 < x < 1 Líquido Vapor P Vapor Saturado P Vapor Saturado T = TSAT x = 1 Vapor Superaq. P Vapor Superaquecido T > TSAT Gás T >>>> TSAT Gás P Líquido P T Líquido Subresfriado T < TSAT Líquido P LíquidoLíquido PPP TT Líquido Subresfriado T < TSAT Líquido Saturado T = TSAT Título x = 0 P Líquido Líquido Saturado T = TSAT Título x = 0 P Líquido PP Líquido Vapor Úmido T = TSAT 0 < x < 1 Líquido Vapor P Vapor Úmido T = TSAT 0 < x < 1 Líquido Vapor P LíquidoLíquido Vapor P VaporVapor PP Vapor Saturado P Vapor Saturado T = TSAT x = 1 Vapor Saturado P Vapor Saturado P Vapor Saturado T = TSAT x = 1 Vapor Superaq. P Vapor Superaquecido T > TSAT Vapor Superaq. P Vapor Superaq. P Vapor Superaquecido T > TSAT Gás T >>>> TSAT Gás P Gás T >>>> TSAT Gás P Gás P Gás P 46 Definições •••• Substância Pura •••• Temperatura de saturação •••• Líquido Saturado •••• Líquido Sub-resfriado •••• Título (x) •••• Vapor Saturado •••• Vapor Superaquecido 24 47 Propriedades Termodinâmicas de uma Substância •••• Energia Interna (u) É a energia que a matéria possui devido ao movimento e/ou forças intermoleculares. Esta forma de energia pode ser decomposta em duas partes: -Energia cinética interna ⇒⇒⇒⇒ relacionada à velocidade das moléculas; -Energia potencial interna ⇒⇒⇒⇒ relacionada às forças de atração entre as moléculas. •••• Entalpia (h) •••• Entropia (s) Esta propriedade termodinâmica representa, segundo alguns autores, uma medida da desordem molecular da substância ou, segundo outros, a medida da probabilidade de ocorrência de um dado estado da substância. •••• Volume Específico v = V / m vpuh += 48 Equações de Estado •••• Relação matemática que correlaciona: Pressão , Temperatura e Volume Específico (Sistema em equilíbrio termodinâmico.) •••• Equação dos Gases Ideais •••• Refrigerantes compostos de hidrocarbonetos fluorados Pv RT= 25 49 Tabelas de Propriedades Termodinâmicas dos Fluidos Frigoríficos 50 Tabelas de Propriedades Termodinâmicas dos Fluidos Frigoríficos Na região de Líquido + vapor pode-se determinar as propriedades dos fluidos conhecendo-se o título (x), através das seguintes equações: ( )l v lu u x u u= + − ( )l v lv v x v v= + − ( )l v lh h x h h= + − ( )l v ls s s s s= + − 26 51 Tabelas de Propriedades Termodinâmicas dos Fluidos Frigoríficos 52 Diagramas de MOLLIER para Fluidos Refrigerantes Temperatura Pressão En ta lp ia Tí tu lo En tro pi a Volum e espe cífico 27 53 Sistema Fechado Primeira Lei da Termodinâmica (Princípio da conservação de energia) Sistema Aberto (Volume de controle) 54 Primeira Lei da Termodinâmica vc ent sai EE E t ∆ = + ∆∑ ∑ & & 2 c VE m 2 = pE mgz= h u p v= + 2 2 ent sai V VQ m h g z m h g z W 2 2 + + + = + + + ∑ ∑ ∑ ∑& && & TrabalhoCalorEntalpiaEnergia Potencial Energia Cinética Q& W& 28 55 Calor Sensível x Calor Latente • Calor Sensível: associado à variação de temperatura TcmQ psen ∆= && cp da água líquida ≅≅≅≅ 4,20 kJ/kg.ºC (1,0 kcal/kg.ºC) • Calor Latente: associado à mudança de fase latlat hmQ && = Líquido-vapor => Calor latente de vaporização água ≅≅≅≅ 2500 kJ/kg (600 kcal/kg) Líquido-Sólido => Calor latente de solidificação água ≅≅≅≅ 340 kJ/kg (80 kcal/kg) 56 Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor 29 57 Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor O objetivo de um sistema de refrigeração é o de manter uma região fria com uma temperatura inferior àquela de suas vizinhanças. Em geral, isso é feito com sistemas de refrigeração a vapor. Analisando Sistemas de Refrigeração por Compressão de Vapor 1- À medida que o refrigerante passa pelo evaporador, a transferência de calor do espaço refrigerado resulta na evaporação do refrigerante. A taxa de transferência de calor por unidade de massa de refrigeração é: 41 hh m Qent −= & & também, é chamada de capacidade frigorífica No SI - kW; No Sistema Inglês: Btu/h Outra unidade para a capacidade frigorífica é a tonelada de refrigeração = 200 Btu/min=211 kJ/min. 58 2- O refrigerante que deixa o evaporador é comprimido pelo compressor até uma pressão e uma temperatura relativamente altas. Então a potência de alimentação por unidade de massa do compressor é: Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor Analisando Sistemas de Refrigeração por Compressão de Vapor 12 hh m Wc −= & & 3- O refrigerante passa pelo condensador, onde se condensa e ocorre uma transferência de calor do refrigerante para as vizinhanças que estão mais frias. Então, a taxa de transferência de calor por unidade de massa de refrigerante é: 32 hh m Qsai −= & & 30 59 4- O refrigerante no estado 3 entra na válvula de expansão e se expande até a pressão do evaporador. Esse processo é modelado como um processo de estrangulamento, para o qual h4 = h3. A pressão do refrigerante decresce na expansão adiabática irreversível, e há um correspondente aumento na entropia específica. O refrigerante sai da válvula no estado 4 como uma mistura de duas fases líquido-vapor. Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor Analisando Sistemas de Refrigeração por Compressão de Vapor O coeficiente de desempenho do sistema de compressão de vapor é: 12 41 hh hh mW mQ c ent − − == && &&β 60 Se as irreversibilidades no evaporador e no condensador forem ignoradas, não existe queda de pressão por atrito e o refrigerante escoa com pressão constante ao longo dos dois trocadores de calor. Se a compressão ocorrer sem irreversibilidades e a transferência de calor perdida para as vizinhanças for também ignorada, o processo de compressão será isentrópico. Abaixo segue esse ciclo: Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor Analisando Sistemas de Refrigeração por Compressão de Vapor Processo 1-2s: compressão isentrópica do refrigerante do estado 1 até a pressão do condensador no estado 2s; Processo 2s-3: transferência de calor do refrigerante, à medida que ele escoa com pressão constante ao longo do condensador. O refrigerante sai como líquido no estado 3; Processo 3-4: processo de estrangulamento do estado 3 até uma mistura de duas fases líquido-vapor em 4; Processo 4-1: transferência de calor para o refrigerante, à medida que ele escoa com pressão constante ao longo do evaporador para completar o ciclo. 31 61 Dispositivo de Expansão Evaporador Condensador Compressor QC QO WC Sistema de Refrigeração por Compressão de Vapor 62 Porta Ar Externo Dispositivo de Expansão Evaporador Condensador Compressor 32 63 Porta Dispositivo de Expansão Evaporador Condensador Compressor WC Bomba 64 Ar Externo VentiladorDispositivo de Expansão Evaporador Condensador Compressor WC 33 65 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 66 Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor 34 67 Ciclo Real de Refrigeração por Compressão de Vapor 68 Balanço de Energia para o Ciclo Aplicação da Primeira lei da Termodinâmica para cada Componente do Sistema 2 2 ent sai V VQ m h g z m h g z W 2 2 + + + = + + + ∑ ∑ ∑ ∑& && & 35 69 Balanço de Energia para o Ciclo Evaporador o f 1 4Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& 70 Compressor c f 2 1W m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& Balanço de Energia para o Ciclo 36 71 Condensador c f 2 3Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& Balanço de Energia para o Ciclo 72 Dispositivo de Expansão 3 4h h==== Balanço de Energia para o Ciclo 37 73 Evaporador........................... Compressor.......................... Condensador........................ Dispositivo de Expansão..... o f 1 4Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& c f 2 1W m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& c f 2 3Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& 3 4h h==== RESUMO: Balanço de Energia para o Ciclo 74 Coeficiente de Performance do Ciclo - COP Evaporador........................... Compressor.......................... Condensador........................ Dispositivo de Expansão..... o f 1 4Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& c f 2 1W m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& c f 2 3Q m (h h )= −= −= −= −&&&& &&&& 3 4h h==== o 1 4 2 1c Q h hEnergia UtilCOP Energia Gasta h hW −−−− = = == = == = == = = −−−− &&&& &&&& 38 75 Bomba de Calor - COPB + = = = + = + & & && & & & c c o o B c c Q W Q QCOP 1 1 COP W W W 76 Parâmetros que Influenciam no COP do Ciclo de Refrigeração →→→→ Influência da Temperatura de Vaporização →→→→ Influência da Temperatura de Condensação →→→→ Influência do Subresfriamento →→→→ Influência do Superaquecimento Útil 39 77 Influência da Temperatura de Vaporização 78 -30.00 -20.00 -10.00 0.00 10.00 Temperatura de Vaporização, To, em Celsius 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 Co e fic ie n te de Pe rfo rm a n ce , C . O . P. LEGENDA R-717 R-134a R-22 Tc = 40o C Influência da Temperatura de Vaporização 40 79 Influência da Temperatura de Condensação 80 30.0 40.0 50.0 60.0 Temperatura de Condensação, Tc , em Celsius 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 Co ef ic ie n te de Pe rfo rm an ce , C. O . P. LEGENDA R-717 R-134a R-22 To = - 10 Co Influência da Temperatura de Condensação 41 81 Influência do Subresfriamento 82 Influência do Subresfriamento 0.0 4.0 8.0 12.0 16.0 Sub-Resfriamento, , em Celsius 3.0 3.2 3.4 3.6 3.8 4.0 4.2 4.4 Co ef ic ie n te de Pe rfo rm an ce , C. O . P ∆Tsr Legenda R-717 R-134a R-22 Tc = 45 C To = - 10 C o o 42 83 Influência do Superaquecimento Útil 84 Influência do Superaquecimento Útil 0.0 4.0 8.0 12.0 16.0 20.0 Superaquecimento Útil, , em Celsius 3.50 3.60 3.70 3.80 3.90 Co ef ici en te de Pe rfo rm a n ce , C. O . P. LEGENDA R-717 R-134a R-22 Tc = 45 C To = - 10 Co o ∆Tsa 43 85 Trocador de Calor Intermediário 86 Exercício: Refrigerante 134-a é o fluido de trabalho em um ciclo ideal de compressão de vapor que se comunica termicamente com uma região fria a 0 oC e com uma região quente a 26 oC. O vapor saturado entra no compressor a 0 oC e o líquido saturado deixa o condensador a 26 oC. A vazão mássica do refrigerante é 0,08 kg/s. Determine (a) a potência do compressor, em kW, (b) a capacidade frigorífica, em TR, (c) o coeficiente de desempenho e (d) o coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração de Carnot operando entre as regiões quente e fria a 26 e 0 oC, respectivamente. 12 Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor 44 87 Exercício 1: Refrigerante 134a Ponto 1 => vapor saturado T=0 oC => h1=247,23 [kJ/kg] / s1=0,9190 [kJ/kg.K] Ponto 2 => vapor super-aquecido / s2s=s1=0,9190 [kJ/kg.K] =>T2s≅30 oC => h2s=264,7 [kJ/kg] T3=26 oC psat=6,853 bar Ponto 3 => líquido saturado =>T3=26 oC => h3=85,75 [kJ/kg] Ponto 4 => mistura líquido/vapor =>T4=0 oC => h4=85,75 [kJ/kg] => x= 0,24 ]s/kg[08,0m =& 88 = 0,08(264,7 - 247,23)=0,08x17,47=1,39 [kW]=1,9 CV β =12,91 / 1,39 = 9,24 )hh(mW 12c −= && )hh(mQ 41entra −= && = 0,08(247,23-85,75)=0,08x161,48=12,91 [kW] βMÁX = 273 / (299 – 273) = 10,5
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