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ESTUDO DIRIGIDO CIVIL VII (Coisas)

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CURSO DE DIREITO - UNILESTE
DIREITO CIVIL VII (COISAS)
Estudo Dirigido
1) Considerando o artigo 1431 e seguintes do Código Civil, diferencie penhor de penhora. 
Penhor é uma garantia dada pelo devedor, espontânea ou por imposição legal, de obrigação assumida. O devedor entrega uma coisa móvel sua ou de outra pessoa (desde que autorizada por esta) como forma de garantir que a obrigação por ele assumida seja cumprida. Caso o devedor descumpra a obrigação, a coisa dada em garantia permanece com o credor para o cumprimento da dívida.
 
Exemplo: o cheque caução emitido em um hospital como forma de garantia de atendimento é uma espécie de penhor, ou seja, caso o paciente não efetue o pagamento pelo tratamento, o cheque caução garante o pagamento.
 A penhora por sua vez, é um ato judicial, emitido por um juiz e promovido por um oficial de justiça sempre durante o processo de execução. Na penhora se apreende ou se tomam os bens do devedor, para que nele se cumpra o pagamento da dívida ou a obrigação executada.
2) Elabore um quadro esquemático sobre as espécies de penhor previstas no CC/02 abordando os seguintes pontos: conceito, características, objeto, forma de instituição e forma de extinção.
	Espécies
	Conceito
	Características
	Objeto
	Forma de instituição
	Forma de Extinção
	Penhor Rural (agrícola e pecuário)
	Transferência de posse de bem rural para garantia de débito.
	Subdivide-se em agrícola e pecuário; o penhor agrícola incide sobre culturas e plantações e o penhor pecuário sobre animais domésticos. Ambos exigem contrato solene (1424), seja particular ou público, registrado no Cartório de Imóveis do lugar da fazenda (1438). 
	Agrícola: Máquinas e instrumentos de agricultura, colheitas pendentes ou em via de formação, frutos acondicionados ou armazenados, lenha cortada e carvão vegetal e animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola. Pecuário: Animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou laticínios.
	Instrumento público ou particular, registrado no CRI.
No penhor rural, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma determinada em lei especial.
	Com o fim da obrigação, perecendo a coisa, renunciando o credor, confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa, dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.
(ART. 1436, CC/02)
	Espécies
	Conceito
	Características
	Objeto
	Forma de instituição
	Forma de Extinção
	Penhor Industrial e Mercantil
	
Destina-se a garantir obrigação originária de negócio jurídico empresarial.
	
O credor tem direito a verificar o estado das coisas empenhadas.
	
São o das máquinas e demais objetos do Art. 1.447 do CC.
	Instrumento público ou particular, registrado no CRI da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
	(ART. 1436, CC/02)
	Penhor de Direitos e Títulos de Créditos
	Incide sobre o direito autoral ou sobre um cheque ou uma nota promissória
	
	
Direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis.
	Instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos.
	
(ART. 1436, CC/02)
	Penhor de Veículos
	É novidade do CC e é mais um instrumento para aumentar a venda de veículos, juntamente com o leasing, à venda com reserva de domínio e a alienação fiduciária (1461). 
	Prazo máximo de dois anos, prorrogável até o limite de igual tempo, averbada a prorrogação à margem do registro respectivo.
	O penhor de veículos está previsto no artigo 1461 do Código Civil, podendo ter como objeto veículo individualizado ou de frota (tendo que ser precisamente descrito, especificando as características), sendo, entretanto excluídos desse penhor os navios e aeronaves, que por disposição de lei especial são considerados objetos de hipoteca.
	Instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, e anotado no certificado de propriedade.
	
(ART. 1436, CC/02)
	
Penhor Legal
	 
Surge em razão de uma imposição legal.
	
São credores pignoratícios, os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, joias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito. Em cada um dos casos, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida.
	
Pagamento de dívidas de credores pignoratícios.
	
Imposição Legal.
	
(ART. 1436, CC/02)
3) Diferencie hipoteca convencional de hipoteca legal e hipoteca judicial.
Hipoteca é um tipo de garantia real regulada pelos Artigos 1.473 a 1.505 do Código Civil.
A hipoteca convencional deriva de ato de vontade do devedor. Exige o registro para que possa produzir efeitos perante terceiros. Ela pode garantir qualquer obrigação, seja de dar, fazer ou não fazer.
Hipoteca legal é quando instituída em favor de certas pessoas, para garantir determinadas obrigações, defluindo  da lei. Sua finalidade é acautelatória. Não precisa de registro, mas sim de especialização e está prevista no art. 1.489 do CC/2002.
Tem-se a hipoteca judicial quando assegura a execução de uma sentença. Também existe o registro. Autoriza o vencedor a perseguir o imóvel gravado em poder de qualquer terceiro (sequela), penhorando-os e promovendo a sua venda em hasta pública.
4) Pode haver pluralidade de hipotecas? Explique
Sim. O artigo 1.476 do Código Civil permite a constituição de mais de uma hipoteca sobre o mesmo imóvel. Segundo o princípio da prioridade, terá preferência o primeiro credor hipotecário, independentemente do vencimento das dívidas, que não se confunde com as hipotecas (artigo 1.477 do Código Civil). Expressa o parágrafo único do dispositivo em questão que “não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por hipotecas posteriores à primeira”.
5) Conceitue anticrese e explique os problemas advindos de sua adoção.
É um direito real de garantia sobre coisa alheia (art. 1.506 CC), é o contrato em que o devedor dá ou destina ao credor os frutos e rendimentos de bem imóvel, conservando ou não a posse sobre a propriedade. Como se percebe, a anticrese está no meio do caminho entre o penhor e hipoteca, tendo características de ambos. 
O grande problema prático da anticrese dispõe o art. 1.507 do CC que o credor anticrético pode administrar o imóvel dado em anticrese e fruir seus frutos e utilidades. Para tanto, deverá o credor administrador apresentar balanço anual, exato e fiel, de sua administração. Se o devedor anticrético não concordar com o que se contém no balanço, por ser inexata, ou ruinosa a administração, poderá impugná-lo, e, se o quiser requerer a transformação em arrendamento, fixando o juiz o valor mensal do aluguel, o qual poderá ser corrigido anualmente (§ 1.º). O credor anticrético pode, salvo pacto em sentido contrário, arrendar os bens dados em anticrese a terceiro, mantendo, até ser pago, direito de retenção do imóvel, embora o aluguel desse arrendamento não seja vinculativo para o devedor (§ 2.º).
Também a acarretar problemas práticos, enuncia o CC/2002 que o credor anticrético responde pelas deteriorações que, por culpa sua, o imóvel vier a sofrer, e pelos frutos e rendimentos que, por sua negligência, deixar de perceber (art. 1.508).
6) É possível que o imóvel dado em anticrese seja hipotecado? Isto é, é possível conjugar vários direitos reais de garantia?
Sim. O imóvel dado em anticrese pode ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese (art. 1.506, § 2.º, do CC). Isso é perfeitamente possível uma vez que o imóvel pode ser objeto de várias hipotecas, não havendo qualquer problema em conjugar os direitos reais de garantia sobre ele.
7) No caso de inadimplência do devedor fiduciante em contratode alienação fiduciária em garantia, disserte sobre o instituto do “adimplemento substancial”.
Conforme as peculiaridades do caso, a teoria do adimplemento substancial atua como um instrumento de equidade diante da situação fático-jurídica, permitindo soluções razoáveis e sensatas.
O Código Civil de 2002 não previu, formalmente, o adimplemento substancial. Embora não seja expressamente prevista no CC, a teoria tem sido aplicada em muitos casos, inclusive pelo STJ, tendo como base, além do princípio da boa-fé, a função social dos contratos, a vedação ao abuso de direito e ao enriquecimento sem causa. 
Para a configuração do adimplemento substancial, são necessários os seguintes pressupostos: a) cumprimento expressivo do contrato; b) prestação realizada que atenda à finalidade do negócio jurídico; c) boa-fé objetiva na execução do contrato; d) preservação do equilíbrio contratual; e) ausência de enriquecimento sem causa e de abuso de direito, de parte a parte.
De acordo com o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o instituto foi desenvolvido “para superar os exageros do formalismo exacerbado na execução dos contratos em geral”. 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
FIÚZA, César. Direito Civil: curso completo. 14ª ed., revista, atualizada e ampliada. Belo Horizonte: Del Rey, 2010. 
https://www.infoescola.com/direito/penhor/
www.jurisway.org.br
WWW.jus.com.br/artigos
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direitos-reais-na-coisa-alheia

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