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UNIDADE 02 DO CURSO I - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS URBANOS
CURSO I
O Ministér io das Cidades: estruturas e pol í t icas sob sua 
responsabi l idade
Unidade 02
Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental
Realização:
A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA é 
o órgão coordenador da implementação da Pol í t ica Federal 
de Saneamento Básico e gestora dos pr incipais recursos 
dest inados ao saneamento, sendo responsável por formular 
e implementar pol í t icas setor ia is de saneamento ambiental 
a lém de promover, em art iculação com as demais esferas 
de governo, com o setor pr ivado e organizações não-
governamentais, ações e programas de saneamento ambiental , 
envolvendo os quatro componentes do saneamento básico.
SUMÁRIO 
1 . O Contexto h istór ico do setor de saneamento no país . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1
2. Marcos const i tucionais e legais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4
3. O panorama do setor de saneamento no Brasi l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
4. O Plano Nacional de Saneamento Básico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
5. A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
6. Programas e ações apoiados pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental . . . . . . . . . .16
7. A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental e o Programa de Aceleração do 
Cresc imento - PAC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
 1. O contexto histór ico do setor de saneamento no país
 A gestão das pol í t icas de desenvolv imento urbano representa um grande 
desaf io para o país em busca da sustentabi l idade das c idades. Atualmente, cerca de 
80% da população do Bras i l res ide em áreas urbanas e, em escala var iável , as c idades 
bras i le i ras têm apresentado problemas comuns, agravados por d iversos fatores, como 
a fa l ta ou def ic iência de p lanejamento urbano e de controle sob o uso e ocupação do 
solo. O adensamento populac ional em centros urbanos, f ruto do processo acelerado e 
desordenado de urbanização bras i le i ra ocorr ido durante o século XX, não fo i acompanhado 
dos invest imentos necessár ios ao desenvolv imento das c idades. Como resultado, grandes 
aglomerados urbanos se prol i feraram, caracter izados pela i r regular idade fundiár ia , pela 
def ic iência na cobertura dos serv iços de saneamento, pela degradação ambiental e pela 
concentração de c lasses de menor poder aquis i t ivo em favelas e em outros assentamentos 
humanos precár ios local izados em áreas de r isco ou nas per i fer ias das grandes c idades. 
Este cenár io tem contr ibuído para que parte da população bras i le i ra a inda permaneça 
com atendimento precár io ou sem acesso aos serv iços de saneamento. O acesso à água 
e ao esgotamento sanitár io, junto aos demais componentes¹ do saneamento bás ico, 
a lém de uma questão de saúde públ ica, devem ser tratados como um dire i to do c idadão, 
fundamental para a garant ia da qual idade de v ida e de um ambiente urbano sa lubre.
1 Segundo o inciso III do art. 2º a Lei nº 11.445/07, os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base no princípio 
fundamental de que o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos sejam realizados 
de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente. Conforme o inciso IV do mesmo artigo, os serviços de saneamento 
básico serão prestados ainda com base no princípio fundamental da disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e 
de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado.
Fonte: Portal de Notícias do Senado Federal
Foto: Fiúza/ABr
1
Saneamento básico não chega à metade dos brasileiros
Fonte: Embasa
 Ao se fazer uma breve ref lexão acerca das pol í t icas governamentais voltadas para 
o setor de saneamento, pode-se ident i f icar a atuação estata l em momentos h istór icos 
bem dist intos. O pr imeiro per íodo compreende as ações implementadas pelo poder 
públ ico, pr inc ipalmente até a década de 1960, caracter izadas por medidas esporádicas 
e pontuais . Neste per íodo, havia um predomínio, a inda que em pequena escala , de 
invest imentos com recursos dos Orçamentos Gerais da União, dos Estados e dos 
Munic íp ios , bem como o aporte de recursos complementares advindos de emprést imos 
externos, especia lmente junto ao Banco Interamericano de Desenvolv imento – BID.
 
 A provisão públ ica dos serv iços de saneamento bás ico em larga escala somente 
começou em um segundo momento, a part i r da intens i f icação do processo de urbanização 
bras i le i ro, com a implantação do P lano Nacional de Saneamento – P lanasa. Foi , portanto, 
com o P lanasa que uma pol í t ica mais inc is iva de atuação s istematizada do Governo 
Federal fo i implantada para o setor de saneamento, def in indo o modelo inst i tuc ional de 
prestação dos serv iços que a inda hoje é dominante no setor.
Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A - Embasa nasceu quando aconteceram as primeiras iniciativas em saneamento básico no país
 A organização dos serv iços de saneamento no Bras i l impuls ionada pelo P lanasa, 
inst i tu ído em 1968, teve como objeto pr inc ipal a construção de s istemas de abastec imento 
de água e esgotamento sanitár io. Para o f inanciamento de in ic iat ivas em saneamento 
eram ut i l i zados especia lmente recursos do Fundo de Garant ia do Tempo de Serv iço – 
FGTS, sob a gestão do Banco Nacional de Habitação – BNH. A prestação dos serv iços 
caracter izou-se pela atenção pr iv i leg iada à regional ização dos serv iços, estabelecendo 
como abrangência terr i tor ia l os l imites de cada Estado, cr iando-se Companhias Estaduais 
de Saneamento, cujo modelo passou a ser empregado em cerca de três quartos dos 
munic íp ios bras i le i ros . O s istema f inanceiro arquitetado pelo P lano direc ionou o acesso 
aos recursos somente às mencionadas Companhias , induzindo os munic íp ios a transfer i r, 
por meio de contratos de concessão, a delegação dos serv iços para as empresas estaduais . 
Ass im, em l inhas gerais , adotaram-se no país bas icamente dois modelos de organização 
da prestação dos serv iços: a prestação real izada por meio das Companhias Estaduais de 
Saneamento e a real izada por meio da atuação de Órgãos ou Ent idades Munic ipais .
2
Fonte: IBGE
 Durante os anos em que v igorou o modelo do P lanasa, a expansão da cobertura 
e o acesso aos serv iços de saneamento foram bem ampl iados, mas ocorreram de 
modo des igual , com ref lexos nas décadas seguintes: pr ior izaram-se os invest imentos 
em abastec imento de água, em detr imento aos serv iços de esgotamento sanitár io; as 
regiões mais r icas do Sul e Sudeste, em especia l devido à sua melhor estruturação 
técnica, t iveram maior aporte de recursos; e , boa parte dos invest imentos real izados fo i 
d i rec ionada às áreas urbanas em que res id iam parcela da população de maior renda. A 
grande maior ia das empresas dedicou-seao provimento dos serv iços de abastec imento 
de água e, em menor escala , aos serv iços de esgotamento sanitár io, muitas vezes, 
l imitada à atuação na capita l do Estado ou em uns poucos munic íp ios de maior porte.
 
 Após a ext inção do P lanasa, surg iu um terceiro per íodo, caracter izado, em seu 
plano inst i tuc ional , pela condução da pol í t ica de saneamento a cargo de d iversos órgãos 
federais encarregados da gestão urbana, representando uma fase de fragmentações 
inst i tuc ionais que prejudicaram a gestão f inanceira do setor e a formação de um consenso 
acerca da implementação de novas propostas pol í t icas .
3
Exemplo de moradias integradas ao saneamento básico
Fonte: Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Ministério das Cidades
 A l iado à instabi l idade econômica e inst i tuc ional presente naquele per íodo, 
marcada pela ausência de regulamentação e d iretr izes c laras para o setor de saneamento, 
que contr ibuíram pr inc ipalmente para a l imitada capacidade de coordenação das ações 
do Governo Federal , a cr ise f i sca l do Estado nos anos 80, bem como as restr ições ao 
endiv idamento públ ico, foram importantes aspectos que marcaram o per íodo após a 
ext inção do P lanasa. Este cenár io de fragi l idades pol í t ico- inst i tuc ionais , de ausência 
de d iretr izes e procedimentos mínimos a serem adotados nos programas do Governo 
Federal , bem como de baixos invest imentos no setor, fo i fator cruc ia l para a queda na 
qual idade da prestação de serv iços de saneamento bás ico no país .
 2. Marcos const itucionais e legais
 Com a promulgação da Const i tu ição Federal de 1988, fo i estabelec ida em seu 
art igo 23 a competência comum da União, dos Estados, do Distr i to Federal e dos 
munic íp ios na promoção de programas de construção de moradias e a melhor ia das 
condições habitac ionais e de saneamento bás ico. De acordo com a Carta Magna, cabe 
aos três n íveis de Governo a promoção de programas de construção de moradias e a 
melhor ia das condições habitac ionais e de saneamento bás ico. A Const i tu ição Federal , 
em seu art igo 30, estabelece a inda como competência do poder públ ico munic ipal a 
organização e prestação, d iretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, dos 
serv iços públ icos de interesse local , dentre os quais se enquadra o de saneamento. Em 
outras palavras , é atr ibuída ao Ente Munic ipal a t i tu lar idade dos serv iços de saneamento 
e, consequentemente, a responsabi l idade pela formulação de sua pol í t ica munic ipal de 
saneamento bás ico.
4
 Em 2001, como resultado de grande esforço de d iscussão, durante anos, entre 
a soc iedade bras i le i ra e os agentes governamentais , fo i aprovada a Lei nº 10.257, 
que cr iou o “Estatuto da C idade”, em que são f ixadas d iretr izes para o p lanejamento 
terr i tor ia l , desenvolv imento urbano e pol í t icas para as c idades bras i le i ras , inc lu indo a 
obr igator iedade de e laboração de p lanos d iretores, def in ição de responsabi l idades e 
obr igações do poder públ ico, bem como cr iados instrumentos de part ic ipação e controle 
soc ia l .
 A part i r de 2003, com o objet ivo de se implantar o conceito de pol í t icas urbanas 
integradas, com v istas à gestão democrát ica e ao controle soc ia l , instaurou-se um novo 
processo de abertura à part ic ipação da soc iedade c iv i l , por meio das Conferências e do 
Conselho das C idades. Com a cr iação do Conselho, em 2004, tornou-se poss ível o debate 
em torno da pol í t ica urbana, de forma cont inuada, respeitando-se a autonomia e as 
especi f ic idades dos segmentos que o compõem, ta is como: setor produt ivo, organizações 
soc ia is , ONGs, ent idades prof iss ionais , acadêmicas e de pesquisa, ent idades s indica is e 
órgãos governamentais .
 Como parte de um modelo inovador para o desenvolv imento urbano, para a 
munic ipal idade e para soc iedade c iv i l organizada, o Governo Federal atendeu aos anseios 
populares que atuaram e apoiaram a construção do Estatuto da C idade, cr iando, em 
2003, o Ministér io das C idades. A pol í t ica de desenvolv imento urbano e, nela inser idas, 
as pol í t icas setor ia is de habitação, saneamento ambiental , mobi l idade e transporte 
urbano, levando em consideração o uso e a ocupação do solo, passaram a contar com 
uma pasta especí f ica , com a responsabi l idade de f ixar d iretr izes e metas, promover a 
art iculação dentro e fora do Governo Federal e atuar junto aos Governos estaduais , 
munic ipais , soc iedade c iv i l e in ic iat iva pr ivada.
 Em 2007, com a aprovação da Lei nº 11.445, que trata das Diretr izes Nacionais 
para o Saneamento Bás ico, o país passou a contar com um novo marco legal para o setor 
de saneamento. A c i tada norma veio contr ibuir para o preenchimento de uma lacuna 
pol í t ico- inst i tuc ional de quase duas décadas, em v irtude da ext inção formal do modelo 
do P lanasa, em meados de 80. A publ icação da Lei nº 11.445/07 fo i , portanto, uma das 
maiores conquistas para o setor de saneamento, na medida em que foram disc ip l inadas 
regras mais c laras para o estabelec imento de uma re lação jur íd ica estável entre os 
atores do setor.
 Dentre as pr inc ipais inovações proporc ionadas pela refer ida norma legal , destacam-
se a extensão do conceito de saneamento bás ico aos serv iços de manejo de águas 
p luvia is e de res íduos sól idos urbanos, bem como a obr igator iedade do planejamento, da 
f i sca l ização e, pr inc ipalmente, da regulação dos serv iços, indispensáveis à universa l ização 
do acesso e à melhor ia de qual idade dos serv iços. A Lei nº 11.445/07 incorpora a inda 
o controle soc ia l e a processo part ic ipat ivo da população, aspectos fundamentais no 
estado democrát ico de d ire i to.
5
 A Lei Nacional de Saneamento Bás ico, ao inst i tu ir as d iretr izes para saneamento 
bás ico, def in iu os marcos da Pol í t ica Federal de Saneamento e consol idou os referencia is 
de natureza jur íd ica e inst i tuc ional para a atuação dos d iversos agentes envolv idos na 
execução da pol í t ica de saneamento no país .
 A Pol í t ica Federal de Saneamento Bás ico, nos termos da Lei nº 11.445/07, tem como 
diretr izes a promoção da equidade soc ia l , o est ímulo à adequada regulação dos serv iços, 
o p lanejamento com base em indicadores epidemiológicos e de desenvolv imento soc ia l , 
a qual idade de v ida, as condições ambientais e a saúde públ ica, o desenvolv imento 
urbano e regional dentre outros fatores focados na qual idade dos serv iços e na busca 
da universa l ização.
 Segundo a mencionada norma legal , os munic íp ios devem elaborar seu plano de 
saneamento bás ico, no qual deverão ser estabelec idas metas progress ivas e graduais 
de expansão dos serv iços, com qual idade e ef ic iência , v isando à universa l ização dos 
serv iços. Estes p lanos devem guardar compat ib i l idade com os p lanos de invest imentos 
e os projetos re lat ivos ao contrato de concessão f i rmado entre o t i tu lar e o prestador 
dos serv iços de saneamento.
 Cabe lembrar também que a part i r do exerc íc io f inanceiro de 2014, a ex istência 
do p lano de saneamento bás ico, e laborado pelo t i tu lar dos serv iços, será condição para 
acessar recursos orçamentár ios da União ou recursos de f inanciamentos ger idos ou 
administrados por órgão ou ent idade públ ica federal , quando dest inados a serv iços de 
saneamentobás ico.
 Outro ponto importante é a regular ização da prestação do serv iço de saneamento, 
bem como a necess idade de ex istência de p lanos de saneamento como condição para 
celebração de contratos de prestação de serv iço (contrato de programa ou contrato de 
concessão) ou nos casos em que a concessão est iver i r regular.
 A Le i nº 11.445/07 atr ibuiu a inda ao Governo Federal , sob a coordenação do 
Ministér io das C idades, a responsabi l idade pela e laboração do Plano Nacional de 
Saneamento Bás ico – P lansab, com a part ic ipação de d iversos órgãos e ent idades 
representat ivas do setor e da soc iedade em geral .
 Em 2008, f ruto do planejamento estratégico para a subsequente e laboração do 
P lano Nacional de Saneamento Bás ico – P lansab, fo i e laborado o “Pacto pelo Saneamento 
Bás ico: Mais Saúde, Qual idade de Vida e C idadania”, aprovado pelo Conselho das C idades 
em ju lho de 2008 e homologado pelo Ministro das C idades em dezembro do mesmo 
ano. Em l inhas gerais , o Pacto estabeleceu a concepção do P lano e marcou o in íc io do 
processo de mobi l i zação e art iculação com vistas à e laboração do P lansab.
6
 Outras importantes in ic iat ivas leg is lat ivas contr ibuíram de maneira d ireta para o 
estabelec imento de novos arranjos pol í t icos e inst i tuc ionais para o setor de saneamento, 
a exemplo da Lei de Consórc ios Públ icos, a Le i nº 11.107/2005, que trata da gestão 
associada de serv iços públ icos. 
 Em 2010, cabe destacar a publ icação do Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta 
a Le i nº 11.445/2007, bem como da Lei nº 12.305/2010, que inst i tu i a Pol í t ica Nacional 
de Res íduos Sól idos, e o Decreto nº 7.404/2010, que a regulamentou. Entre as suas 
pr inc ipais inovações, a Le i nº . 12.305/2010 trouxe a introdução do c ic lo de pr ior idades 
para a gestão dos res íduos sól idos, o qual compreende “a não geração, a redução, 
o reúso, a rec ic lagem, o tratamento e a dest inação f inal”. Resulta deste pr inc íp io a 
e laboração de p lanos de res íduos sól idos em vár ias esferas do poder públ ico e do setor 
pr ivado, a estruturação de cadeias de logíst ica reversa (que v isam retornar produtos e 
embalagens ao setor produt ivo após o seu c ic lo de v ida, ta l como hoje já ocorre com 
pi lhas e pneus) , o d irec ionamento para a ampl iação da cobertura da coleta se let iva e a 
dest inação ambientalmente adequada para os res íduos sól idos.
 3 . O panorama do setor de saneamento no Brasi l
 Embora o acesso ao saneamento bás ico tenha s ido ampl iado nas ú l t imas décadas, 
o déf ic i t em ta is serv iços a inda é bastante s igni f icat ivo e abrange mi lhões de pessoas 
v ivendo em ambientes insa lubres. As def ic iências do s istema de saneamento at ingem, 
em part icular, os estratos da população de renda mais baixa e de menor escolar idade, e 
as per i fer ias urbanas, a lém da população rura l - ou seja , os segmentos da população mais 
carentes em outros serv iços essencia is , como educação, saúde e habitação - compõem, 
também, a maior parcela que não dispõe de serv iços de saneamento bás ico.
 De acordo com o Censo 2010 ( IBGE) , que abrange os 5 .565 Munic íp ios bras i le i ros , 
cerca de 82,9% dos domic í l ios part iculares permanentes bras i le i ros (urbanos e rura is ) 
possuem rede geral de abastec imento de água com canal ização, conforme quadro a 
seguir.
7
 
 A evolução da cobertura de rede geral de abastec imento de água para domic í l ios 
part iculares permanentes no Bras i l pode ser v isual izada no gráf ico a seguir.
8
Quadro 1 - Cobertura de Abastecimento de Água – IBGE/2010
Gráfico 1 – Evolução da cobertura de abastecimento de água no Brasil
 Quanto ao esgotamento sanitár io, presente em 67,1% dos domic í l ios do país , a 
pesquisa do Censo IBGE de 2010 revelou que 55,5% dos domic í l ios possuíam acesso à 
rede coletora e 11,6% eram conectados à fossa sépt ica, conforme quadro a seguir.
Fonte: IBGE, 2010
Fonte: Censo IBGE/2010
Quadro 2 - Cobertura de Coleta de Esgotamento Sanitário
 
 A evolução da cobertura de rede geral de abastec imento de água para domic í l ios 
part iculares permanentes no Bras i l pode ser v isual izada no gráf ico a seguir.
Gráfico 2 - Evolução da cobertura de esgotamento sanitário no Brasil
9
Fonte: Censo IBGE/2010
Evolução da Cobertura de Esgotamento Sanitário no Brasil 
13,2
27,7
35,3
47,2
55,5
13,4
17,1
26,6
43,2
52,4
62,2
67,1
11,615,015,5
1970 1980 1991 2000 2010%
 C
ob
er
tu
ra
 d
e 
Es
go
ta
m
en
to
 S
an
itá
rio
Rede Geral Fossa Séptica Total
* Os dados de 1970 a 2010 são do CENSO do IBGE
 Em re lação ao serv iço de coleta de res íduos sól idos, do Censo IBGE/2010 constata-
se que 87,4% da população eram atendidas, conforme quadro a seguir.
Fonte: IBGE, 2010
 4. O Plano Nacional de Saneamento Básico 
 A Le i nº 11.445/07, em seu art igo 52, atr ibuiu ao Governo Federal , sob a 
coordenação do Ministér io das C idades, a responsabi l idade por e laborar o P lano 
Nacional de Saneamento Bás ico - P lansab. Em cumprimento a este d isposit ivo, e com a 
part ic ipação de d iversos órgãos e ent idades representat ivas do setor e da soc iedade em 
geral , o Ministér io das C idades coordenou a e laboração de proposta do P lano Nacional 
de Saneamento Bás ico – P lansab. Após a real ização de seminár ios e audiências públ icas 
para d ivulgação e debate, a proposta do Plano fo i submetida à consulta públ ica, v ia 
internet , cujas sugestões e contr ibuições foram anal isadas, resultando em um proposta 
de P lano atual izada. Esta nova versão fo i submetida à aprec iação dos Conselhos 
Nacionais de Saúde, de Meio Ambiente, de Recursos Hídr icos e das C idades. O passo 
seguinte consiste na apreciação e del iberação da proposta pelo Ministro das C idades, 
para poster ior remessa à Pres idência da Repúbl ica, que fará a ú l t ima apreciação e, a 
seguir, a expedição do respect ivo Decreto de aprovação do Plano.
 A proposta do P lano Nacional de Saneamento Bás ico, como instrumento de 
p lanejamento da Pol í t ica Federal de Saneamento, incorpora o conceito de atendimento 
adequado dos serv iços de saneamento, mediante o entendimento de que este serv iço 
deva ser prestado em quant idade e qual idade e de forma cont ínua.
 O P lansab trata das ações e procedimentos que i rão or ientar a pol í t ica públ ica de 
saneamento bás ico no País nos próximos 20 anos e contempla uma abordagem integrada 
do saneamento bás ico, inc lu indo metas, invest imentos e programas para os quatro 
componentes: s istema de abastec imento de água potável , s istema de esgotamento 
sanitár io, l impeza urbana e manejo de res íduos sól idos e drenagem e manejo das águas 
p luvia is urbanas. O P lano propõe a inda medidas estruturais , em especia l , por meio de 
obras, e estruturantes, pr ior izando ações de apoio à melhor ia da gestão, cons iderando a 
part ic ipação de Agentes Federais , Governos Estaduais , Prefe i turas Munic ipais , in ic iat iva 
pr ivada, organismos internacionais , dentre outros.
10
Quadro 3 - Cobertura de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos
Fonte: Censo IBGE/2010
 
 Em l inhas gerais , a proposta do Plansab, a lém de contemplar uma abordagem 
integrada do saneamento para os quatro componentes:
 - compreende o levantamento dos dados ex istentes referentes aos componentes 
do saneamento, consol idando-os em uma anál ise s i tuac ional , como objet ivo de def in ir 
o atendimento adequado, precár io e a ausência de atendimento (sendo que os dois 
ú l t imos compõem o déf ic i t do saneamento no Bras i l ) ; 
 - escolhe, anal isa e determina um cenár io de referência para o desenvolv imento 
do país nos próximos 20 anos; 
 - estabelece metas de curto (em 2018) , médio (em 2023) e longo prazo (em 2033) , 
para o saneamento bás ico bras i le i ro;
 - def ine macrodiretr izes e estratégias que or ientam a atuação dos agentes públ icos 
e pr ivados, em especia l , o Governo Federal ; 
 - propõe a cr iação de 3 ( três) Programas de invest imentos em saneamento bás ico: 
Saneamento Bás ico Integrado, Saneamento Rural e Saneamento Estruturante;
 - def ine a necess idade de recursos necessár ios tanto por parte dos agentes federais 
- Orçamento Geral da União (OGU) e agentes f inanceiros e de fomento do Governo 
Federal , dentre outros - como por parte dos agentes não federais - governos de estados, 
prefeituras munic ipais , in ic iat iva pr ivada, organismos internacionais , dentre outros.
 No Plansab, prevê-se que, em 2033, 99% dos domic í l ios bras i le i ros sejam 
abastec idos por rede de d istr ibuição, poço ou nascente, com canal ização interna; 92% 
dos domic í l ios bras i le i ros se jam atendidos por rede coletora ou fossa sépt ica para 
os excretas ou esgotos sanitár ios; 100% dos domic í l ios urbanos sejam atendidos por 
coleta d ireta de res íduos sól idos; e apenas 11% dos munic íp ios bras i le i ros a inda tenham 
inundações e/ou a lagamentos ocorr idos na área urbana nos ú l t imos c inco anos. A lém 
disso, no P lano, est ima-se que 90% dos munic íp ios do país tenham Plano Munic ipal de 
Saneamento Bás ico.
11
 A proposta do P lansab demonstra que até 2033 deverá ser invest ido um tota l de 
R$ 508,4 b i lhões, sendo R$ 181,9 b i lhões para esgotamento sanitár io, R$ 122,1 b i lhões 
para abastec imento de água, R$ 112,3 b i lhões para melhor ia da gestão no setor, R$ 68,7 
b i lhões para drenagem, e R$ 23,4 b i lhões para res íduos sól idos, a serem aportados por 
agentes federais e outros agentes. Deste montante, a proposta est ima invest imentos 
da ordem de R$ 283,7 b i lhões, a serem apl icados em medidas estruturais , e R$ 224,7 
b i lhões, em medidas estruturantes. No gráf ico a seguir são apresentados os va lores de 
invest imentos previstos no P lansab, até o ano de 2033.
Gráfico 3 – Necessidade de investimentos previsto no Plansab, até 2033
Fonte: Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (maio de 2013)
12
 5. A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental
 A cr iação da Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA, v inculada a um 
projeto estruturante com vistas à integração das pol í t icas públ icas de desenvolv imento 
urbano no Ministér io das C idades, pode ser v ista como o d iv isor de águas das recentes 
evoluções inst i tuc ionais . A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental compõe a 
área de saneamento do Ministér io das C idades, com a missão de assegurar à população 
os d ire i tos humanos fundamentais de acesso à água potável em qual idade e quant idade 
suf ic ientes e a v ida em ambiente sa lubre nas c idades, segundo os pr inc íp ios fundamentais 
da universa l idade, equidade e integral idade.
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
Total Água Esgotos Resíduos
Sólidos Urbanos
Drenagem Gestão
508.453 
122.149 
181.893 
23.361 
68.705 
112.345 
Necessidade de Investimentos por Modalidade - Plansab
R$ Bilhões 
 A SNSA é o órgão coordenador da implementação da Pol í t ica Federal de Saneamento 
Bás ico e gestor dos pr inc ipais recursos dest inados ao saneamento, sendo responsável 
por formular e implementar pol í t icas setor ia is de saneamento ambiental a lém de 
promover, em art iculação com as demais esferas de governo, com o setor pr ivado e 
organizações não-governamentais , ações e programas de saneamento ambiental , 
envolvendo os quatro componentes do saneamento bás ico. A SNSA tem por f inal idade o 
apoio ao p lanejamento e normatização da gestão orçamentár ia e f inanceira dos recursos 
do Orçamento Geral da União – OGU, e coordena conforme as Diretr izes Nacionais e a 
Pol í t ica Federal de Saneamento Bás ico, a apl icação dos recursos real izados com fontes 
onerosas de recursos provenientes de fundos especia is , em especia l os recursos do 
Fundo de Garant ia do Tempo de Serv iço – FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador – 
FAT/BNDES. Cabe à SNSA também selec ionar as in ic iat ivas a serem apoiadas, de acordo 
com a pol í t ica governamental , bem como acompanhar sua execução e real izar a aval iação 
das intervenções. 
 A SNSA promove a inda a compat ib i l i zação técnica e a integração inter inst i tuc ional 
da Pol í t ica Federal de Saneamento Ambiental com as demais pol í t icas públ icas , em 
especia l com as pol í t icas de saúde, meio ambiente e de recursos h ídr icos, bem como 
coordena ações que inc luem desde o apoio técnico aos entes federados e aos setores 
produt ivos até a promoção de mecanismos de part ic ipação e controle soc ia l nos 
programas de saneamento. Além disso, coordena e apóia as at iv idades referentes à área 
de saneamento no Conselho das C idades.
 A SNSA é atualmente const i tu ída de três Departamentos, conforme apresentado 
na f igura a seguir.
13
 
DEPARTAMENTO DE 
DESENVOLVIMENTO 
E COOPERAÇÃO 
TÉCNICA 
Secretário Nacional 
DEPARTAMENTO 
DE 
ARTICULAÇÃO 
INSTITUCIONAL 
DEPARTAMENTO DE 
ÁGUA E ESGOTOS 
GABINETE 
 
Gerência 
Resíduos 
Sólidos e 
Projetos 
 
 
Gerência 
Água e 
Esgotos 
 
Gerência de 
Seleção e 
Contratação 
 
Gerência de 
Monitoramento 
 
Gerência de 
Informação, Estudos 
e Pesquisas 
Gerência Pró 
Municípios e 
Drenagem 
 
Gerência 
Saneamento 
Integrado 
 O Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica - DDCOT tem como 
pr incipais at iv idades:
 - a gestão dos recursos do Orçamento Geral da União (OGU), para o setor 
saneamento;
 
 - a proposição, normatização, se leção, monitoramento e aval iação dos programas, 
ações e projetos, apoiados com recursos da União (OGU); 
 
 - a inter locução com atores (mandatár ia , proponentes, órgãos de controle, 
ministér io públ ico, agentes operadores e órgãos ambientais) ; e
 - a e laboração de re latór ios de acompanhamento do gasto públ ico federal no 
setor e produção de informações às d iversas esferas de governo.
 As at iv idades do DDCOT estão distr ibuídas em quatro Gerências: Água e Esgotos; 
Pró-Munic íp ios e Drenagem; Saneamento Integrado; e Res íduos Sól idos e Projetos.
 O Departamento de Água e Esgoto – DAGES, por sua vez, tem como pr incipais 
at iv idades:
 - coordenar a apl icação dos recursos não onerosos em saneamento, em especia l 
os provenientes de fundos especia is , ta is como: Fundo de Garant ia do Tempo de Serv iço 
– FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT/BNDES;
 - a gestão da apl icação dos recursos do FGTS em saneamento;
 - o enquadramento e a habi l i tação de operações de crédito propostas pelos 
órgãos e ent idades públ icas e lencadas na Resolução 2.827/2001, do Conselho Monetár io 
Nacional - CMN, e suas a l terações;
 - a proposição, normatização, se leção, monitoramento e aval iação dos programas, 
ações e projetos;
 - o monitoramento das operações de crédito se lec ionadaspelo Ministér io, antes 
e após a contratação, e as operações de mercado inc lu ídas no Programa de Aceleração 
do Cresc imento - PAC;
 - acompanhar e aval iar os Acordos de Melhor ia de Desempenho; e
 - a representação e inter locução junto aos órgãos do s istema f inanceiro (STN, 
BACEN e agentes f inanceiros) e Grupo de Apoio Permanente do Conselho Curador do 
Fundo de Garant ia do Tempo de Serv iço - GAP do CCFGTS.
14
 As at iv idades do DAGES estão distr ibuídas em duas gerências: Gerência de Seleção 
e Contratação e Gerência de Monitoramento dos Contratos f i rmados.
 Já o Departamento de Art iculação Inst i tucional - DARIN tem como pr incipais 
at iv idades:
 - o p lanejamento e estudos setor ia is , inc lus ive o P lano Nacional de Saneamento 
Bás ico e o apoio à e laboração de P lanos de Saneamento;
 - o acompanhamento das at iv idades do Conselho das C idades;
 - a art iculação inst i tuc ional (Conselhos e demais órgãos e atores do Setor de 
Saneamento) ;
 - o apoio à melhor ia da gestão dos serv iços de saneamento e desenvolv imento 
inst i tuc ional dos entes federados;
 - a ass istência técnica para inst i tu ições do setor de saneamento;
 - a cooperação técnica nacional e internacional ;
 - a gestão do S istema de Informações em Saneamento (SNIS / S INISA); 
 - o fomento da capacitação em saneamento ambiental ; e
 
 - a implementação das ações: de mobi l i zação soc ia l e educação ambiental em 
saneamento; e de trabalho soc ia l nos empreendimentos apoiados com recursos do PAC 
Saneamento.
 As at iv idades do DARIN estão concentradas na Gerência de Informação, Estudos e 
Pesquisas e na Div isão de P lanejamento e Art iculação Inst i tuc ional .
 
 Cabe destacar que está em andamento uma revisão do regimento interno do 
Ministér io das C idades, com o objet ivo de atual izar e compat ib i l i zar as nomenclaturas 
dos Departamentos às suas respect ivas atr ibuições.
15
 6. Programas e ações apoiados pela Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental
 A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental do Ministér io das C idades, 
como já sa l ientado, atua na área de saneamento bás ico com o objet ivo de expandir 
a cobertura e melhorar a qual idade dos serv iços públ icos de saneamento em áreas 
urbanas, na perspect iva da universa l ização e da sustentabi l idade dos empreendimentos. 
A SNSA busca desenvolver ações voltadas para o apoio a medidas estruturantes (gestão) , 
part indo da premissa de que a consol idação dessas medidas traz benef íc ios duradouros 
às medidas estruturais ( infraestrutura) , assegurando a ef ic iência e a sustentabi l idade 
dos invest imentos real izados.
 A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental atua com base nos seguintes 
Programas de Governo estabelecidos no Plano Plur ianual – PPA 2012-2015:
 i ) Saneamento Bás ico;
 i i ) Gestão de r iscos e resposta a desastres; e
 i i i ) P lanejamento Urbano.
 A SNSA é responsável a inda pela gestão do Programa Saneamento para Todos, por 
meio do apoio a in ic iat ivas de saneamento com recursos de f inanciamento.
 No Programa Saneamento Bás ico, a SNSA atua para a real ização do objet ivo de 
expandir a cobertura e melhorar a qual idade dos serv iços de saneamento em áreas 
urbanas, por meio da implantação, ampl iação e melhor ias estruturantes nos s istemas 
de abastec imento de água, esgotamento sanitár io, drenagem urbana e manejo de águas 
p luvia is , e manejo de res íduos sól idos urbanos, com ênfase em populações carentes de 
aglomerados urbanos.
 O mencionado Programa Saneamento Básico atua por meio das seguintes 
in ic iat ivas:
 i ) apoio a empreendimentos de Saneamento Integrado;
 i i ) apoio à implantação, ampl iação ou melhor ias em S istemas de Abastec imento 
de Água;
 i i i ) apoio à implantação, ampl iação ou melhor ias em S istemas de Esgotamento 
Sanitár io;
 iv) apoio a S istemas Públ icos de Manejo de Res íduos Sól idos.
16
 As in ic iat ivas de apoio a empreendimentos de Saneamento Integrado objet ivam 
proporc ionar à população res idente em áreas urbanas regulares o acesso aos serv iços de 
saneamento bás ico, v isando ao seu bem estar, à melhor ia da saúde, ao desenvolv imento 
econômico e à preservação dos manancia is e corpos d’água.
 Ta is ações deverão prever invest imentos necessár ios para poss ib i l i tar que, ao f im 
de sua execução, a área de intervenção venha a contar ao menos com serv iços bás icos de 
abastec imento de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem, i luminação públ ica, 
dest inação f inal de res íduos sól idos, e , quando for o caso, unidades habitac ionais para 
população de baixa renda. O conjunto dessas intervenções deverá assegurar que os 
r iscos ambientais se jam devidamente controlados ou mit igados.
Maior Estação em volume de água tratada do mundo
 As in ic iat ivas de apoio à implantação, ampl iação ou melhor ias em S istemas de 
Abastec imento de Água objet ivam a ampl iação da cobertura e melhor ia da qual idade 
dos serv iços de abastec imento de água, em áreas urbanas. De maneira análoga, as 
in ic iat ivas em esgotamento sanitár io dest inam-se à ampl iação da cobertura e melhor ia 
da qual idade dos serv iços de esgotamento sanitár io em áreas urbanas.
Fonte: Jornal Atual
17
Fonte: IBGE
 
 Em relação às in ic iat ivas de res íduos sól idos urbanos, as ações dest inam-se a 
aumentar a cobertura dos serv iços de tratamento e d isposição f inal ambientalmente 
adequadas dos res íduos, na perspect iva da universa l ização e da sustentabi l idade dos 
serv iços prestados, pr ior izando soluções regional izadas a serem ger idas mediante 
gestão associada por consórc ios públ icos intermunic ipais , com adoção de mecanismos 
de sustentação econômica dos empreendimentos e controle soc ia l , enfocando o dest ino 
f inal associado à implantação de infraestrutura para coleta se let iva com inc lusão de 
catadores.
 No Programa Gestão de Riscos e Resposta a Desastres , a Secretar ia Nacional de 
Saneamento Ambiental apoia a execução de estudos e intervenções para prevenção 
de r iscos de des l izamentos de encostas , enxurradas, erosões mar ít imas e f luv ia is , 
enchentes e inundações recorrentes em áreas urbanas por meio de obras de engenhar ia 
e recuperação ambiental , por meio da seguinte in ic iat iva: apoio a S istemas de Drenagem 
Urbana Sustentável . Esta in ic iat iva v isa a promoção da gestão sustentável da drenagem 
urbana dir ig ida à recuperação de áreas úmidas, à prevenção, ao controle e à minimização 
dos impactos provocados por enchentes urbanas e r ibeir inhas, em consonância com as 
pol í t icas de desenvolv imento urbano e de uso e ocupação do solo.
18
Evolução percentual das principais variáveis do esgotamento sanitário - Brasil - 2000/2008
 No Programa Planejamento Urbano, a Secretar ia Nacional de Saneamento 
Ambiental tem atuado na promoção do forta lec imento da gestão munic ipal voltada 
ao desenvolv imento urbano integrado e com part ic ipação soc ia l , promovendo, para 
tanto, a seguinte in ic iat iva: apoio à Pol í t ica Nacional de Desenvolv imento Urbano. Esta 
in ic iat iva objet iva a implantação ou melhor ia de obras de infraestrutura em munic íp ios 
de pequeno, médio e grande portes , cujos recursos são provenientes do Orçamento 
Geral da União – OGU, por meio de emendas par lamentares.
 No Programa Saneamento para Todos – Mutuár ios Públ icos, a SNSA, pormeio do 
apoio a operações de f inanciamento, atua na promoção da melhor ia das condições de 
saúde e da qual idade de v ida da população urbana e rura l por meio de invest imento em 
saneamento, integrados e art iculados com outras pol í t icas setor ia is , atuando com base 
em s istemas operados por prestadores públ icos, por meio de ações e empreendimentos 
dest inados à universa l ização e à melhor ia dos serv iços públ icos de saneamento bás ico.
 São exigências comuns entre as modal idades, dentre outras:
 
 a ) empreendimentos compat íveis com os p lanos munic ipais de saneamento e os 
p lanos regionais pert inentes; 
 b) so luções estruturantes; 
 
 c ) ações que promovam serv iços ef icazes e incorporem o controle e a part ic ipação 
da soc iedade; 
 d) empreendimentos ou suas etapas devem ter p lena funcional idade após a 
implantação; e 
 
 e) so luções técnicas devem obedecer às normas da ABNT.
19
 7. A Secretar ia Nacional de Saneamento Ambiental e o Programa de Aceleração 
do Crescimento - PAC
 Após sucess ivos anos de baixos invest imentos no setor de saneamento, em 2003, 
o Conselho Monetár io Nacional – CMN, por meio da Resolução nº 3.153, de 11/12/2003, 
deu os pr imeiros passos para o in íc io do descont ingenciamento de crédito ao setor 
públ ico. Este fato poss ib i l i tou a retomada do f inanciamento a in ic iat ivas de saneamento 
por parte dos Estados, Munic íp ios e companhias de saneamento, consol idando o 
Ministér io das C idades como o órgão responsável pela se leção dos empreendimentos a 
serem contratados.
 A consol idação da retomada dos invest imentos na área do saneamento se deu, 
sobretudo, após a inst i tu ição do Programa de Aceleração do Cresc imento – PAC, em 
que a previsão de a locação de recursos no campo das transferências obr igatór ias cr iou 
uma sér ie de fac i l idades de acesso aos Entes Federados e prestadores de serv iços. Com 
o PAC, os invest imentos do Governo Federal no setor de saneamento sa l taram de uma 
média de R$ 4,19 b i lhões ao ano, no per íodo 2002 a 2006, para uma média de R$ 11,26 
b i lhões ao ano, em recursos comprometidos² , no per íodo de 2007-2011. A regular idade e 
a previs ib i l idade da oferta de recursos em hor izontes de longo prazo têm proporc ionado 
condições essencia is para o p lanejamento setor ia l , pr inc ipalmente em função da gestão 
descentra l izada dos serv iços públ icos de saneamento bás ico no Bras i l , que pressupõe o 
aperfe içoamento dos mecanismos de cooperação federat iva para garant ir o sucesso na 
apl icação dos recursos.
 O PAC está estruturado em três grandes b locos, sendo que os invest imentos em 
saneamento estão inser idos no bloco Infraestrutura Socia l e Urbana. Os gestores dos 
invest imentos em saneamento são o Ministér io das C idades, que atua predominantemente 
no apoio a munic íp ios ac ima de 50 mi l habitantes, bem como em munic íp ios 
integrantes de Regiões Metropol i tanas ou de Regiões Integradas de Desenvolv imento, 
independentemente do porte populac ional , e o Ministér io da Saúde, por meio da Funasa, 
apoiando munic íp ios com população de até 50 mi l habitantes.
2 Os valores comprometidos sinalizam os investimentos futuros compromissados pela União e contemplam os valores dos contratos de 
empréstimos somados aos valores dos empenhos realizados com recursos do Orçamento Geral da União.
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 Na pr imeira fase do Programa, PAC 1, foram disponibi l i zados para o setor de 
saneamento cerca de R$ 40 b i lhões, para o quadr iênio 2007-2010. Na segunda fase 
do Programa, PAC 2, estão previstos mais R$ 45,8 b i lhões para os invest imentos em 
in ic iat ivas nas mais d iversas modal idades, como: abastec imento de água, esgotamento 
sanitár io, manejo de águas p luvia is , saneamento integrado, manejo de res íduos sól idos, 
desenvolv imento inst i tuc ional , e estudos, projetos e p lanos de saneamento.
 Com express ivos invest imentos no setor, o Governo Federal propic iou a cr iação 
de um ambiente favorável para o a lcance das metas de universa l ização dos serv iços de 
saneamento bás ico, que deve contar com a part ic ipação conjunta dos Governos Federal , 
Estadual , Munic ipal e dos prestadores de serv iços, se jam eles públ icos ou pr ivados, e da 
soc iedade em geral . Mantendo o seu planejamento de invest imentos na infraestrutura 
do País , a União cont inuará aportando recursos, em especia l no âmbito do PAC, o que 
representa o s igni f icat ivo esforço que o Governo Federal tem real izado em um setor 
tão carente do País , contr ibuindo para a redução dos déf ic i ts de saneamento e para 
a melhor ia da gestão e da prestação dos serv iços, em atendimento aos anseios da 
soc iedade pela melhor ia da qual idade de v ida da população bras i le i ra .
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