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2.1 Avaliação da Força Muscular Força Muscular : capacidade que um músculo apresenta de vencer uma determinada resistência. É testada através da escala de Oxford que varia entre o grau zero e cinco 2.1.1 Avaliação da Força Muscular A alteração da força muscular por lesões ou distúrbios do sistema nervoso é denominada: Paresia: Redução da força muscular (Graus 2 e 3) Plegia: Ausência de força muscular (Graus 0 e 1) Tônus Muscular Definição: Tônus é o estado de relativa tensão em que se encontra permanentemente um músculo normal em repouso. As alterações do tônus podem ser de aumento (hipertonia), diminuição (hipotonia) ou ausência completa (atonia). Tônus muscular clinicamente é a resistência encontrada quando uma articulação é movida passivamente. Ou ainda, a resistência de um músculo ao alongamento passivo ou estiramento. Anormalidade do Tônus Muscular: Hipotonia – é a diminuição do tônus muscular, e acontece nas lesões do arco reflexo, seja nas lesões aferentes ou eferentes, bem como nas lesões do cerebelo, ex: de causas musculares (miopatias). Pode ocorrer por lesão do SNP, atacando as vias sensitivas (polineurite) Hipertonia Piramidal - ocorre lesão do neurônio motor superior, apresenta o sinal da navalha, que é uma resistência que se apresenta no inicio do movimento, e depois desaparece permitindo o movimento. Ex: hemiplegias, paraplegias espásticas e monoplegias espásticas. Hipertonia Extra piramidal – hipertonia plástica, também chamada de rigidez e se instala de maneira igual tanto nos músculos agonistas como nos antagonistas e se caracteriza pelo sinal da roda denteada onde se faz o movimento passivo e oferece uma resistência, que é vencida por etapas, sendo comum no parkisoniano. Reflexos Definição: O reflexo é uma resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. O arco-reflexo, a base anátomo-funcional dos reflexos, é constituído por uma via aferente, um centro reflexógeno, uma via eferente e um órgão efetuador, geralmente um músculo. Classificação Reflexos superficiais (cutâneos) Profundos (tendinosos) Testados bilateralmente Déficits unilaterais (lesão de nervo periférico) Déficits bilaterais (disfunção do SNC) Reflexo cutâneo anormais Reflexo cutâneo plantar O reflexo cutâneo-plantar (raízes L5 e S1) é pesquisado através da excitação da região plantar (podemos utilizar um objeto como uma chave, uma caneta ou um martelo de exames) no sentido póstero-anterior, desde o calcanhar até a concavidade, fazendo uma curva no sentido medial. Sinal de Babinsk positivo: indica lesão piramidal. Reflexos tendinosos profundos são formados por um componente aferente (sensorial) e outro eferente (motor) com sinapses no nível da medula espinal. O componente aferente é estimulado quando se faz a percussão de um tendão muscular com o uso de um martelo neurológico, gerando uma resposta eferente (motora)contração do músculo testado. Reflexos profundos Reflexo aquiliano - n. tibial - L5 a S2 Reflexo patelar - n. femoral - L2 a L4 Reflexo dos flexores dos dedos - n. mediano e ulnar - C8 e T1 Reflexo bicipital - n. músculo cutâneo - C5 e C6 Reflexo tricipital - n. radial - C7 e C8 – Acidente Vascular Cerebral define-se como : “sintomas e/ou sinais de perda de função cerebral focal e, por vezes, global, instalando-se rapidamente, com duração superior a 24 horas ou levando à morte, e sem outra causa aparente que a de origem vascular”. Fatores de risco Hipertensão arterial Doença cardíaca Idade avançada Diabetes Aterosclerose Tabagismo/ Alcoolismo Uso de contraceptivos orais Antecedentes de acidente isquêmico transitório (AIT) ou AVC prévio. Sinais de Alerta Entorpecimento ou fraqueza da face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo. Confusão, problema/dificuldade para falar ou entender; Problema/dificuldade de visão em um ou ambos os olhos; Problema para andar, tonteira, perda de equilíbrio ou coordenação; Severa dor de cabeça sem causa conhecida. Fisiopatologia Interrupção da irrigação sanguínea glicose e oxigênio ao neurônios (metabolismo) ou parada da atividade funcional na área acometida do cérebro. O AVC pode ser causado por dois mecanismos distintos: Oclusão arterial Isquemia AVCi ou hemorragia hemorrágico AVCh AVC Isquêmico Trombose é o bloqueio de uma artéria do cérebro, causado por um coágulo sanguíneo sólido ou trombo que se forma dentro do sistema vascular ou placa aterosclerótica. Embolia é o bloqueio causado por um fragmento destacado do trombo que se formou em outro local (por exemplo, o coração) e foi levado para a circulação do cérebro pela corrente sanguínea. AVChemorragico: ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, causando hemorragia intracerebral ou subaracnóidea. Localização da lesão Artéria Basilar: -Morte; controle vital -tetraplegia; perda da sensibilidade, coma. Artéria cerebral anterior: -Distúrbio da personalidade -Hemiplegia e alteração sensorial contralateral -Mais acentuado em MMII do que face e MMSS. Artéria Cerebral Posterior: -Hemiparesia contralateral -paralisia/paresia dos movimentos oculares. Artéria cerebral Média: -Mais freqüente. -Gera postura estereotipada: tônus; MMSS: adução + rot. interna do ombro, flexão de cotovelo, punhos e dedos. MMII: Adução + rot. Interna, extensão de quadril, joelho, plantiflexão de tornozelo. Artéria Cerebral Média (continuação) -hemianopsia homônima: percepção de campo visual diminuída -hemiplegia e alteração sensorial contralateral - Maior comprometimento de MMSS e face do que MMII. -Lesão no hemisfério Esquerdo: afeta a linguagem; afasia (expressão e compreensão) -Lesão no hemisfério Direito: Incompreensão das relações espaciais Síndrome da negligência. -Comunicação não verbal prejudicada. TCE Definição: É qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo, levando a sinais e sintomas variáveis dependendo do local da lesão, tipo de trauma, extensão da lesão e qualidade do atendimento médico. Causas do TCE: Acidentes automobilísticos, seguidos de quedas, acidentes por arma de fogo e atividades esportivas. Classificação das lesões Critério Temporal: Lesões Primárias e secundárias Critério Topográfico: Focais ou difusas MECANISMO DA LESÃO -Lesões por golpes diretos lesões por golpe ou lesões por contragolpe -Lesões por objetos perfurantes lesões na cabeça e pescoço Concussão e Lesão Axonal Difusa Concussão: É um distúrbio fisiológico reversível das funções de sistema nervoso, com perda ou diminuição da consciência, ocorrendo amnésia. Provocada por um movimento rotacional e súbito da cabeça. Lesão axonal difusa: Ocorre devido às forças de aceleração-desaceleração e rotacionais, resultantes de acidentes automobilísticos. Mais comum Lesões microscópicas ou combinadas com lesões macroscópicas: mesencéfalo, ponte, corpo caloso e substância branca dos hemisférios cerebrais. Escala de Coma de Glasgow Avaliação: (O+ M+V)= 3 a 15/ Ocular , verbal, motor. Classificação de Gravidade Leve (G 14 – 15) Moderada (G 9 – 13) Grave (G 3 – 8) Objetivos da Fisioterapia Prevenir as complicações secundárias, maximizando toda e qualquer habilidade remanescente. Evitar o aparecimento de úlceras de decúbito. Assistência respiratória. Posicionar adequadamente. Adequar o tônus muscular. Manter ADM e evitar contraturas musculares. Estimulação sensorial. Promover o ortostatismo. Orientar os cuidadores. Melhorar a força muscular. Promover maior independência. Ensinar transferências e mudanças de decúbito. Melhorar o controle motor e reaprendizado motor. Melhorar o controle postural. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ É um transtorno neurológico em que o sistema imunológico do corpo ataca uma parte do sistema nervoso periférico: Destruição da bainha de mielina podendo chegar aos axônios. Desenvolvimento rápido e acelerado (dias ou semanas) Quadro clínico Parestesiade extremidades pés e mãos seguida de debilidade muscular. Dor moderada a severa (80% dos casos) Reflexos tendinosos reduzidos e lentos. Sintomas de Ajuda (urgente) Dificuldade para deglutir Dificuldade respiratória. Ausência temporária da respiração. Incapacidade para respirar profundamente Desmaios. Paralisia Facial Periférica Paralisia facial periférica, caracteriza-se pelo acometimento dos músculos da hemiface, Lesão do sétimo par de nervos cranianos ( nervo facial). FORMAS DE LESÃO DO NERVO – ETIOLOGIA – CLASSIFICAÇÃO DA PARALISIA DE ACORDO COM A CAUSA Idiopática (paralisia de Bell) Infecciosa Traumática Congênita Vasculares Metabólicas Iatrogênicas Paralisia Facial Neonatal Classificação da lesão de acordo com a agressão Neuropraxia: - Gera menor comprometimento - 100% de retorno funcional Grau 1: lesão apenas na bainha de mielina. (desorganiza e desaparece se regenerando após 30 dias). Grau 2: compressão da bainha de mielina e da porção mais externa do envoltório conjuntivo – epineuro (ambos se reconstituem). Axonotinesis: Destruição do epineuro. Grau 3: não há ruptura do endoneuro, somente epineuro e perineuro. Na maioria das vezes não há necessidade cirúrgica. 90% de chance de recuperar a função. Grau 4: degradação do epineuro e perineuro, podendo atingir o endoneuro. Necessidade cirúrgica (neurorrafia). Neurotinesis: Grau 5: Ruptura ou secção do nervo periférico. Neurorrafia – 60% de chance de recuperação da função Recursos auxiliares Massoterapia Estimulação simples: com gelo Eletroterapia: FES Biofeedback
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