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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA CRUZAMENTO DE DROSÓFILAS Isabella Adona Perondi Gustavo Silva Matos Dois Vizinhos 2017 INTRODUÇÃO A Drosophilas melanogaster, conhecida como mosca de frutas, é uma espécie que traz grandes avanços para a genética, sendo usada como modelo biológico em pesquisas, pois seu uso apresenta vantagens devido ao seu tamanho pequeno, dimorfismo sexual, ciclo de vida breve (entre 10 a 11 dias), possui grande fecundidade, o embrião se desenvolve fora do corpo, seu genoma é pequeno comparativamente ao do homem e tem o número de cromossomos reduzidos, possuindo quatro pares. Além de serem fáceis de cultivar em laboratórios, de baixo custo e com pequeno numero de necessidades nutricionais (LINHARES et al., 2013). Para diferenciação do sexo da mosca é o observado com uma lupa ou em microscópio seu tamanho, pois a fêmea possui medidas cerca de 25% maiores que o macho. Outra diferença é a coloração do abdômen, as fêmeas apresentam listras em todo o abdômen, já os machos possuem as ultimas listras ligadas, deixando uma parte do abdômen mais escura. Na natureza a D. melanogaster está presente de várias formas, mas a variação que mais está presente é da forma selvagem, que tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas. Mas outras formas também existem com características que se diferem em alguns aspectos, um exemplo dessas variações é a forma vestigial, que apresenta olho branco, corpo preto e asas curtas ou inexistentes. No cruzamento desta espécie a ocorrência de acontecerem algumas mutações é grande, o que justifica a variedade de linhagens das moscas, sendo que todas as mutações transcorrem são recessivas, expressando a característica apenas quando os alelos estão em homozigose. MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO Do cruzamento dos parentais (P) foi obtida a F1: P: 5 machos vestigiais (aa) X 5 fêmeas selvagens (AA) P a a A Aa Aa A Aa Aa F1: Selvagem (A_) Vestigial (aa) Fêmea Macho Fêmea Macho 86 90 2 1 Observando o cruzamento dos parentais (P), que deveriam ser de linhagens puras o resultado esperado da F1 seria de uma linhagem 100% heterozigota (Aa), onde as 179 moscas geradas seriam selvagens. Porém no cruzamento houve mutações ou erros que originaram três indivíduos vestigiais, que são recessivos (aa). Uma explicação para tal erro pode ser que uma das moscas dos parentais não era pura, podendo ser heterozigota. Qui-quadrado (X2) da F1: Fenótipo Genótipo Probabilidade Esperado Observado Selvagem A_ 100% ou 1 1 x 179 = 179 176 Vestigial aa 0% ou 0 0 x 179 = 179 3 A partir do valor obtido, o grau de liberdade deve ser calculado, e este é obtido subtraindo 1 do número total de fenótipos, neste caso o grau de liberdade será 1, pois 1 – 2 = 1. Para o grau de liberdade 1 temos que o valor crítico de 5% é 3,841, este valor é necessário para verificação da validação da hipótese apresentada de que uma das moscas parentais não era pura. Como o valor obtido no qui-quadrado, 0,0503, é menor que 3,841, podemos afirmar que a hipótese é válida. Do cruzamento da F1 foram retirados um macho selvagem (Aa) e uma fêmea selvagem (Aa) para a obtenção da F2: F2: Macho selvagem (Aa) X Fêmea selvagem (Aa) F2 A a A AA Aa a Aa aa A partir do Quadro de Punett, temos as seguintes proporções esperadas, 75% (3/4) das moscas serão selvagens e 25% (1/4) das moscas serão vestigiais. Após a contagem os resultados obtidos foram: F2: Selvagem (A_) Vestigial (aa) Fêmea Macho Fêmea Macho 89 77 22 28 Para a verificação da hipótese, foi feito o cálculo do qui-quadrado (X2) da F2. Qui-quadrado (X2) da F1: Fenótipo Genótipo Probabilidade Esperado Observado Selvagem A_ 75% ou 3/4 3/4 x 216 = 162 166 Vestigial aa 25% ou 1/4 1/4 x 216 =54 50 Neste caso o grau de liberdade também será 1 e o valor crítico usado será de 3,841, comparando os valores temos que 0,395 é menor que 3,841, logo a hipótese será válida. REFERÊNCIAS LINHARES, Luana Diniz et al. Drosophila: um importante modelo biológico para a pesquisa e o ensino de Genética. Scire Salutis, v. 3, n. 1, p. 37-48, 2013.
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