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Aula_2_MEV_104_-_Controle_voluntario_do_consumo

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Controle do 
consumo voluntário 
de alimentos e água 
pelos animais 
Diciplina: MEV 104 – Nutrição Animal 
Medicina Veterinária 
Prof: Stefanie Alvarenga Santos 
Departamento de Medicina Veterinária Proventiva e 
Produção Animal 
 
Conceitos 
 Ingestão: 
◦ Atividade voluntária ou parcialmente voluntária 
◦ Sensações conscientes associadas ao estado 
afetivo que leva a procura ou rejeição de uma 
refeição 
 Fome 
◦ Sensação involuntária que surge da necessidade 
de ingestão de alimentos, levando a procura, 
captação e ingestão de alimentos. Necessidade 
fisiológica/biológica e não emocional 
Conceitos 
 Saciedade 
◦ Sensação consciente da cessação da fome 
 
 Bromatossulípse 
◦ Motivação para procura de alimentos induzida 
pela fome – estímulada pelo centro hipotalamico 
 
 Apetite 
◦ Sensação da nessecidade de algum alimento 
específico por desejo físico ou emocional. Produz 
satisfação emótica 
Conceitos 
 Indivíduos em bom estado de saúde e 
bom estado nutricional associam o apetito 
à fome 
 
 Seleção de alimentos é gerada pelo apetite 
 
 Indivíduos em deficit alimentar: fome se 
sobressai ao apetite 
Controle da fome e da saciedade 
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Controle da fome e da saciedade 
 Porção ventromedial 
◦ Ligada à saciedade ou a recusa de alimentos 
 
 Porção Ventrolateral 
◦ Ligada à fome, aceitação ou procura do alimentos 
◦ Mediolateral: Impulso para comer/ingerir 
◦ Extremolateral: Impulsa pela busca por alimento 
Controle da fome e da saciedade 
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Lesão na região 
medillateral 
O animal conserva a 
capacidade de buscar 
alimentos mas não 
consegue ingeri-lo 
 
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O
 
 
O animal perde a 
capacidade de 
procura pelo 
alimento, porém 
sente fome 
Controle da fome e da saciedade 
 Centro da saciedade 
◦ Centro receptor de diferentes tipos de estímulos 
◦ Controla a ingestão de alimentos pela inibição no 
centro da fome 
◦ Centro ventromedial não age sozinho 
◦ Estímulos recebidos são transmitidos aos centros 
ventrolaterais 
◦ Centro da sacidade pode ser estimulado ou inibido 
transmitindo assim estes eventos 
 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Sinais de controle 
 Estímulos externos 
◦ Reflexos produzidos por estímulos visuais, 
olfativos, táteis, auditivos e gustativos – 
estímulos sensoriais 
 Estímulos fisiológicos 
◦ Reflexos bucais, do estômago, temperatura 
corporal, glicemia, ácidos graxos livres 
◦ Ação por receptores específicos 
◦ Mecanorreceptores, quimiorreceptores, 
termorreceptores, etc. 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências ao centro hipotalâmico 
◦ Reflexos chegam ao centro da sacidade 
◦ Pré e pós-absortivos 
 
 Pré-absortivos 
◦ Estímulos produzidos antes da absorção intestinal 
◦ Natureza digestiva – boca, estômago e duodeno 
◦ Estimula a área ventromedial logo após ingestão 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências orais – estímulo ao centro da 
saciedade e inibição do centro da fome 
◦ Mecanorreceptores da mucosa bucal 
◦ Estímulos mastigatórios 
◦ Movimentos temporomandibulares 
◦ Corpo estranhos estimulam mecanorreceptores e 
por sua vez o centro da saciedade 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências gástricas 
◦ Bolo alimentar no estômago – ditensão 
◦ Aumento do volume gástrico – receptores de 
distensão estimula o centro da saciedade 
◦ Receptores estimulados – fibras aferentes 
vagais 
◦ Vagotomia – hiperfagia - falta de estímulo ao 
centro da saciedade 
◦ Estímulos orais e gástricos atuam 
sinergicamente na inibição gradual da fome 
durante a refeição 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Ex: suínos 
◦ Consumo de alimentos até atingir 
22 cmHg de pressão intragástrica 
 
◦ Saciedade mediada pelo receprotes 
de estiramento do estômago 
 
◦ Alimentos fibrosos desencadeiam 
rapidamente uma resposta destes 
receptores 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências gástricas 
◦ Grelina – secretada na mucosa gástrica 
◦ Estimulante da fome – secretada pelo 
estômago vazio 
◦ Secretada em outros tecidos quando há 
balanço energético negativo 
◦ Grelina deprimi o centro da saciedade, 
estimulando o centro da fome 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Estímulo duodenal 
◦ Efeito da colecistoquinina 
◦ Produzida na mucosa duodenal 
◦ Presença de alimentos ricos em gorduras ou 
proteínas 
◦ Estímulo à área ventromedial 
◦ Fator mais impactante na gênese da saciedade 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências pós-absortivas 
◦ Natureza metabólica 
 Temperatura: oxidação dos substratos energéticos produz calor – 
imadiatamente após a refeição – estímulo ao centro da saciedade 
 Ambiente quente - estresse pelo calor ou febre – estímulo ao 
centro da saciedade 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Aferências pós-absortivas 
◦ Glicemia 
◦ [glicose] não é o indicador específico e sim a velocidade de utilização da 
glicose 
◦ Caso contrário indivíduos diabéticos não apresentariam fome 
◦ Velocidade de utilização da glicose – diferença arterio-venosa (DAV) de 
glicose ou taxa de consumo de glicose 
◦ Sensação de fome – ocorre quando a DAV encontra-se baixa 
(semelhança na [glicose] em artérias e veias) 
◦ Alta DAV – glicorreceptores são estimulados no centro da saciedade – 
cessação da fome 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Ácidos graxos livres 
◦ Liporreceptores na área ventromedial 
 
◦ Jejum prolongado – mobilização do tecido adiposo - 
Altas concentrações de AG livres 
 
◦ Inibição do centro da saciedade – eleva-se a sensação 
de fome 
Controle da fome e da saciedade 
Glicorreceptores Liporreceptores 
Estímulo à area 
da saciedade 
Inibição à area da 
saciedade 
anorexia Fome 
HIPOTÁLAMO 
Controle da fome e da saciedade 
 Ação Hormonal: Leptina 
◦ Produzida no tecido adiposo 
◦ Inibe a ingestão alimentar 
◦ Dependente da massa tecidual adiposa 
◦ Deprime a sensação de fome desencadeada no 
hipotálamo 
◦ Região ventromedial possui receptores para leptina 
◦ Indivíduos obesos: deficiência na utilização periférica 
da leptina, mesmo em altas concentrações circulantes 
Controle da fome e da saciedade 
 Vacas leiteiras 
◦ Excesso de gordura corporal 
◦ Aumento nos níveis circulantes de leptina 
◦ Redução no consumo de matéria seca 
◦ Agravamento de balanço energético negativo após o 
parto 
◦ Pode haver cetose metabólica pelo excesso de 
mobilização de tecido adiposo 
Controle da fome e da saciedade 
 Ruminantes 
◦ Não há efeito da glicose pós-absortiva 
◦ Açucares e amido são fermentados até ácidos graxos 
voláteis (AGV) 
◦ AGV sofrem gliconeogênese no fígado 
◦ Acetat e propionato atuam como sinalizadores para 
estímulo à produção da colecistoquinina (CCK) que 
vai atuar no hipotálamo 
Controle da fome e da saciedade 
 Em poucas situações os ruminantes atingem a saciedade 
pela sinalização do substrato energético devido ao 
consumo de dietas de baixa qualidade Distensão física do rúmen ocorre rapidamente 
 
 Baixo conteúdo de N na dieta pode limitar o crescimento 
microbiano e limitar a digestão da dieta 
Controle da fome e da saciedade 
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 (
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g
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) 
% Fibra na dieta 
Nível máximo de ingestão 
Limitação pelo 
atendimento da 
demanda energética 
Limitaçãopelo 
enchimento físico 
do rúmen 
Dieta baixa fibra: alta densidade energética 
Dieta alta fibra: baixa densidade energética 
Controle da fome e da saciedade 
 Mecanorreceptores ruminais 
 Receptores de temperatura 
 Quimiorreceptores: alto acetato ocorre redução no consumo 
 Glicose: ruminante sempre em baixas concentrações – não há 
efeito sobre o consumo 
 Propionato: sinalização através de estímulos aos nervos esplânicos 
– presença no sistema porta-hepático 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Aves 
◦ Ausência de dentes – não há mastigação 
◦ Receptores mecânicos de estiramento tanto no papo 
quanto na moela 
◦ Moela – trituração de alimentos – mecanorreceptores 
mais ativos 
◦ Glicorreceptores e osmorreceptores no papo e 
intestino 
 
◦ Experimento: Enchimento do papo com solução salina 
ou balão em aves deprime o consumo de alimentos 
 
Controle da fome e da saciedade 
 Aves 
◦ Experimento (Forbes, 1980): 
◦ Solução de glicose no papo 1,5 g/10 ml 
◦ Redução no consumo por1h 
◦ 3,8 g / 10 ml – redução no consumo por 3h 
◦ Concentrações crescentes a partir de 4 g de glicose / 10 ml – 
pouco efeito 
◦ Saturação nos receptores 
Controle da fome e da saciedade 
 Experimento 
◦ Shurlock e Forbes (1981) 
◦ Comparou glicose com outras substâncias não absorvíveis como sorbitol ou 
cloreto de potássio 
◦ Objetivo: investigar se há efeito da osmolaridade no papo 
◦ Todas as substâncias promoveram o mesmo efeito de redução no consumo 
durante 3h 
◦ Glicose pode agir principalmente pelo aumento na osmolaridade no TGI – 
via osmorreceptores 
Controle da fome e da saciedade 
 Papo e Moela 
 Presença efetiva de mecanorreceptores 
 Experimento 
 Retirada do papo em aves reduz o tamanho da refeição e aumenta a 
frequência que perdura durante 24 h 
 Após 24 h o controle do consumo se estabiliza 
 Papo controla o consumo de aves no curto-prazo – controlando o 
tamanho da refeição 
 
Consumo de água 
Água corporal total (60%) 
Líquido 
intracelular 
(40%) 
Líquido 
extracelular 
(20%) 
Líquido 
intersticial 
(15%) 
Volume 
plasmático 
(5%) 
Consumo de água 
 Equilíbrio hídrico 
 Quantidade total de corporal adiquirida pela ingestão 
ou como produto final do metabolismo celular 
 Perdas: urina, suor, gases expirados e fezes 
 Animal lactante secreta grandes quantidades de água 
 Vaca lactante pode ingerir até 80-150 L 
Consumo de água 
 Qualquer deficit de água nos líquidos corpóreos causa sensação de 
sede 
 
 Sede: Redução da secreção via saliva – ressecamento da garganta e 
boca – “boca seca” 
 
 TGI sinaliza para o SNC sobre a quantidade de água que está 
sendo ingerida 
Consumo de água 
 Região hipotalâmica – controle da sede 
 
 Privação hídrica: aumento na concentração osmótica 
dos flúidos corporais 
 
 Osmolaridade será responsável pela procura da água 
Consumo de água 
 Experimento 
 
◦ Injeção de solução hipertônica de NaCl na região do hipotálamo 
leva o animal a consumir água 
 
◦ Receptores sensíveis à osmolaridade do líquido 
 
◦ Aumento da pressão osmótica reduz o volume celular e 
preserva o volume do plasma 
 
◦ Ordem de deficit hídrico: líquido instersticial  líquido 
intracelular  volume sanguíneo 
Consumo de água 
 Queda geral no líquido extracelular 
 
 Redução do volume e pressão sangúinea 
 
 Inicia-se o processo de sinalização 
vascular 
 
 Receptores de estiramento nas grandes 
veias nos átrios cardíacos 
Consumo de água 
 Ativação do sistema renina-angiotensina 
Redução do volume urinário com a 
retenção do sódio 
Aumento no volume e pressão sanguínea 
Angiotensina II no hipotálamo sinaliza para 
elevação na ingestão hídrica

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