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Seminário - Contrato de Trabalho do Preso

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CONTRATO DE TRABALHO DO PRESO 
 
 O direito ao trabalho é um dos elementos fundamentais para garantir a 
dignidade do ser humano e a pessoa quando é presa não perde esse direito, e além de 
ser um direito a lei enxerga como dever dos que foram condenados e se encontram 
nos estabelecimentos prisionais. Porém, o preso trabalhador não está sujeito ao regime 
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, por esta razão, não tem direito à férias, 
13º salários, etc. 
 
REMUNERAÇÃO DO PRESO QUE TRABALHA: Dispõe o artigo 29 da Lei 7.210/84, 
Lei de Execuções Penais: 
 Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não 
podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. 
 O salário tem como finalidade reparar o dano provocado pelo crime que levou à 
prisão, prestar assistência à família do preso, ressarcir despesas do Estado e o restante 
deverá ser depositado em poupança, a qual o preso terá acesso quando em liberdade; 
 
JORNADA DE TRABALHO DO PRESO: A jornada normal de trabalho não será 
inferior a seis, nem superior a oito horas (com descanso nos domingos e feriados), 
conforme estabelece o artigo 33 da Lei de Execução Penal. 
 
TRABALHO DO PRESO + CLT: O trabalho do preso, conforme artigo 28, parágrafo 
2º da Lei de Execução Penal, não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT). 
 Mas são estabelecidas as Regras Mínimas da ONU a necessidade de 
providências para indenizar os presos pelo acidente do trabalho ou em enfermidades 
profissionais em condições similares àquelas que a lei dispõe para o trabalhador livre 
(74.2) 
 Porém, vale lembrar que, comete falta grave o condenado à pena privativa de 
liberdade que provocar acidente de trabalho, com a finalidade de retardar, sem 
nenhuma justificativa, o cumprimento da obrigação imposta. 
 É assegurado ao preso o direito a Previdência Social. 
 
REMIÇÃO: Consiste num benefício ao preso, que é a abreviação do tempo de duração 
de sentença. 
 O condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto poderá 
diminuir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena. 
 É importante saber que se, por causa de acidente sofrido durante o preso 
estiver exercendo o trabalho, e o mesmo ficar impossibilitado de continuar suas 
atividades, continuará a beneficiar-se com a remição. Portanto, não se interrompe 
durante o período de afastamento. Deve estar comprovada também a impossibilidade. 
 
CURIOSIDADE: O artigo 127 da Lei de Execução Penal estabelece que o condenado 
punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período 
a partir da data da infração disciplinar. 
 Contudo, já se decidiu em Agravo de Execução 1.025.197/2, (Execução 
254.946), pela inconstitucionalidade do artigo 127 da Lei de Execução Penal, por 
inobservância ao princípio que preserva o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
Acadêmicas: Hanan Safa, Mariam Osman e Thais Scaravonato 
Disciplina: Direito do Trabalho I 
Professora: Me. Roseméri Simon Bernardi

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