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TRABALHO - Questões Prejudiciais e Processos Incidentais

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS 
CURSO: DIREITO – 7º A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PREJUDICIAIS E PROCESSOS INCIDENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCIELE ROBIN MACHADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU – PR 
2017 
FRANCIELE ROBIN MACHADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PREJUDICIAIS E PROCESSOS INCIDENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho parcial avaliativo da disciplina de Processo Penal II, 
como requisito parcial para obtenção de nota e aprendizado, 
sob a orientação da Profa. Munirah Muhieddine. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU – PR 
2017 
1. QUESTÕES PREJUDICIAIS (artigos 92 a 94, CPP) 
 
Questões prejudiciais são as relativas à existência do crime e, por se ligarem 
ao mérito da questão principal, está condicionada a decisão da questão prejudicial, 
isto é, pelo fato da existência de uma dependência lógica entre as duas questões, 
primeiramente resolve-se a prejudicial e, após, a principal. 
A prejudicial nada mais é do que um empecilho ao desenvolvimento regular 
e normal do processo penal. 
No entanto há questões que devem ser decididas antes da questão principal, 
mas não são prejudiciais, em seu sentido jurídico. São as que influenciam a 
resolução de outras questões, como por exemplo, as questões preliminares (que 
impedem as decisões sobre as questões subordinadas). 
Nesta vertente, as diferenças entre questão prejudicial e preliminares são as 
que seguem: 
a) Quando o juiz acolhe a questão prejudicial, ele vai decidir o mérito. Ao 
acolher a preliminar, não se julga o mérito da causa. 
b) A prejudicial é autônoma (conforme seus elementos, abaixo), enquanto a 
preliminar somente existe em relação à questão principal. 
c) A preliminar sempre será decidida no juízo criminal, enquanto a prejudicial 
nem sempre, dependendo da sua natureza. 
d) A prejudicial refere-se a direito material, já a preliminar refere-se a direito 
processual. 
Exemplo de preliminar: falta de citação, neste caso não se ajuíza processo 
autônomo para discussão. 
São elementos da prejudicialidade: 
- anterioridade lógica: a decisão da causa principal subordina-se à solução da 
prejudicial. 
- necessariedade: a controvérsia deve ser fundamental para a solução da 
lide. O mérito não pode ser decidido sem antes resolver a questão prejudicial 
- autonomia: a verdadeira questão prejudicial pode ser objeto de processo 
autônomo. 
A prejudicialidade é uma forma de conexão em que se vinculam às figuras 
prejudiciais e a prejudicada 
São espécies de questões prejudiciais: 
I) Questões prejudiciais homogêneas: devem ser decididas no próprio juízo 
criminal. 
II) Questões prejudiciais heterogêneas: devem ser resolvidos fora do juízo 
criminal (ex: cível, trabalhista). Estas questões são divididas em: a) Obrigatórias 
(dizem respeito ao estado civil e é forçosa a suspensão do processo, por tempo 
indeterminado; b) Facultativas (abordam-se outras questões e o processo pode ser 
suspenso ou não, há discricionariedade do juiz; uma vez suspenso, o juiz deverá 
estabelecer um prazo para a suspensão e, a seu critério, prorrogá-lo). 
Há ainda, a classificação quanto ao grau, vejamos: 
I) Questão prejudicial total: é a que condiciona a existência da questão 
principal, referindo-se a uma das elementares da infração penal. 
II) Questão prejudicial parcial: diz respeito a circunstancias do tipo penal. 
Anotem-se algumas considerações: 
- o prazo prescricional fica suspenso, durante a paralisação do processo, 
todavia, a inquirição e produção de provas urgentes podem ser determinadas pelo 
juízo criminal. 
- A decisão que determina a suspensão do processo por questão prejudicial é 
atacada por recurso no sentido estrito. No caso de indeferimento do pedido de 
suspensão obrigatória é cabível correição parcial ou “habeas corpus”. 
 
2. PROCESSOS INCIDENTES (artigos 95 a 154, CPP) 
 
2.1 EXCEÇÕES (artigos 95 a 111, CPP) 
Em sentido amplo: compreende o direito processual subjetivo do acusado em 
se defender, ora combatendo diretamente a pretensão do autor, ora deduzindo 
matéria que impede o conhecimento do mérito, ou, ao menos, enseja a prorrogação 
do curso do processo. 
Em sentido estrito: pode ser conceituado como o meio pelo qual o acusado 
pretende a extinção do processo sem o conhecimento do mérito, ou, pelo menos um 
atraso em seu andamento. 
Recaem sobre os pressupostos processuais ou as condições da ação. 
Espécies de exceções: 
a) Peremptórias: quando acolhidas, põe termo a causa, extinguindo o 
processo; dentre elas destacam-se a coisa julgada e litispendência. 
b) Dilatórias: estas acarretam apenas a prorrogação no curso do processo, 
procrastinando-o, aguardo-o ou transferindo o seu exercício, Exemplo: suspeição e 
incompetência. 
 
2.2 EXCEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA e COISA JULGADA 
São baseadas na proibição de uma mesma pessoa ser processada e julgada 
mais do que uma vez pelos mesmos fatos (non bis in idem). 
Arguir-se-á exceção de coisa julgada quando ocorreu o transito em julgado 
da sentença relativa a um fato e nova ação é proposta baseada no mesmo fato já 
julgado. Só poderá ser oposta em relação ao fato principal, que foi objeto da 
sentença. 
Arguir-se-á exceção de litispendência na existência de duas ações penais em 
curso, processando o mesmo réu pelo mesmo fato. Importante ressaltar que não há 
litispendência quando se instaura dois inquéritos policiais para a apuração de fatos. 
No caso de ser instaurado inquérito policial com uma ação já em curso, não 
sendo por requisição do juiz ou MP, para o caso de diligências complementares, 
caracteriza-se constrangimento ilegal, cabendo "habeas corpus". 
Portanto, havendo duas ações iguais, isto é, verificada a identidade dos 
elementos identificadores (pedido, partes e causa de pedir), válida será a que se 
verificou primeiramente a citação válida, conforme preceitua o art.219, CPC, a outra, 
será excluída. 
Neste caso abrange não só a titularidade de ação (“ad causam”), mas 
também a capacidade exercício (“ad processum”), isto é, a necessária para a pratica 
dos atos processuais. Esta é a doutrina majoritária. 
Exemplos: - queixa oferecida em caso de ação penal publica. 
- denuncia oferecida em hipótese de ação penal privada. 
- quando o querelante é incapaz, não podendo estar em juízo 
- quando o querelante não é o representante legal do ofendido. 
- quando na ação penal privada personalíssima a queixa é oferecida pelo 
sucessor da vitima. 
 
2.3 INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS 
Tal como a suspeição, pois afeta a parcialidade dos órgãos responsáveis pela 
condução do processo, contudo, é mais gravoso, ao passo que há o interesse na 
solução da causa. 
No que tange à incompatibilidade, geralmente, é prevista nas normas de 
organização judiciária e cuida das hipóteses de parcialidade não previstas na 
suspeição e impedimento. 
 
2.4 EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO 
Os motivos de suspeição estão relacionados no art. 254, CPP. Caso o juiz da 
causa não se declare suspeito, poderá, a parte arguir a exceção de suspeição, mas 
não só, é possível de ser arguida, também, contra os sujeitos processuais 
secundários (membro do M.P, interprete, perito, serventuários da Justiça). 
O objetivo é afastar aquele a quem se reputa parcial, sem isenção, não 
tendo como efeito deslocar a causa de juízo, e sim, afastar a pessoa física do 
julgador. 
A exceção de suspeição é prioritária em relação às demais, tendo em vista 
que essas últimas devem ser apreciadas por um juiz imparcial. 
A decisão que o juiz se julga suspeito é irrecorrível. 
No caso de não ser de iniciativa do juiz, pode a parte, via petição, argui-la. 
O autor da exceçãodenomina-se excipiente, e deve mencionar o nome do 
juiz (exceto) e expor as razões nas quais se escora o pedido, bem como arrolar 
testemunhas e documentos. 
O MP, por sua vez, deve argui-la na ocasião do oferecimento da denuncia 
(ou na promoção lançada no inquérito), exceto se a causa de suspeição for 
superveniente. 
Anote-se a sumula 234 do STJ estabelecendo que o membro do MP que 
participou do inquérito não acarreta a suspeição ou impedimento para a promoção 
da ação penal. 
No que tange à autoridade policial, cabe a ela declarar-se suspeita, caso 
contrario cabe somente recurso administrativo ao seu superior hierárquico. 
 
2.5 EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DE JUÍZO 
O juiz tem o poder de aplicar o direito ao caso concreto, porem, não é 
absoluto, ao passo que existem regras que o delimitam. 
Esta exceção é dirigida ao juiz do caso, e este pode aceitá-la, remetendo os 
autos ao juízo competente ou continuar no feito, recusando-a. 
No caso da decisão que aceitar, cabe recurso em sentido estrito. Da que 
negar, cabe “habeas corpus”. 
 
2.6 RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS (artigos 118 a 124, CPP) 
Três são as espécies de coisas que podem interessar ao processo penal: 
a) os instrumentos utilizados na execução do crime. 
b) os bens materiais havidos diretamente da pratica de delitos. 
c) os bens materiais de valor exclusivamente probatório 
Uma das primeiras providências da autoridade policial durante o inquérito é 
apreender os objetos relacionados com o fato criminoso, com o fim de elucidar o 
mesmo, existe também a medida cautelar de busca e apreensão. 
Ocorrida à apreensão de tais coisas, estas, só poderão ser restituídas após o 
transito em julgado da sentença penal, isto é, enquanto interessar para o processo. 
Porém há bens que são confiscados (perdidos em favor da União), 
obviamente, não podem ser restituídos (ressalva-se o direito do lesado e terceiro de 
boa-fé), tais bens estão elencados no art.91, II, CP. 
O confisco é efeito automático da sentença condenatória, não sendo 
necessária declaração expressa e não se opera na ressalva do parágrafo anterior. 
Anote-se que na fase de inquérito policial é possível a restituição pelo 
delegado de polícia, desde que preenchidas as condições legais e ouvido o Ministério 
Público. 
 
2.7 MEDIDAS ASSECURATÓRIAS (artigos 125 a 144, CPP) 
Os crimes alem de lesar a coletividade, acarreta danos a vitima, assim, a 
sentença condenatória gera, também, as seguintes consequências: impossibilitar o 
agente de ter lucro com a atividade criminosa, ressarcimento à vítima dos danos 
causados e, eventualmente, determinar ao condenado o pagamento de pena 
pecuniária. 
Para isso, o CPP previu as medidas assecuratórias, que são providencias 
tomadas no andamento do processo, com objetivo de assegurar o ressarcimento da 
vitima, que foram mencionados no parágrafo anterior. 
Modalidades: 
a) Sequestro: consiste em reter bens moveis e imóveis do acusado quando 
adquiridos com proventos da infração penal. 
b) Hipoteca legal: torna indisponíveis bens imóveis do acusado adquiridos 
legalmente. È o direito real de garantia. 
c) Arresto: torna indisponíveis os bens moveis do acusado adquiridos 
legalmente 
A utilidade de tais instrumentos é evidente, pois o mérito instantâneo é 
impossível, o que tornaria a prestação da tutela jurisdicional diminuída. 
 
2.8 CONFLITO DE JURISDIÇÃO (artigos 113 a 117, CPP) 
Ocorre quando dois ou mais juízes consideram-se competentes ou 
incompetentes para apreciar determinado fato, ou, ainda, quando existir controvérsia 
sobre unidade de juízo, junção ou separação de processos. 
Espécies: 
a) Conflito positivo de jurisdição: dois ou mais juízes entendem-se 
competentes para julgar o mesmo fato criminoso. 
b) Conflito negativo de jurisdição: hipótese em que dois ou mais juízes 
recusam-se a apreciar determinado fato criminoso. 
Contrariamente à exceção de suspeição, em que somente o réu pode 
suscitar o incidente, quando há conflito de jurisdição qualquer das partes, o MP 
(mesmo se não for parte) e qualquer dos juízes e tribunais interessados na causa 
podem fazê-lo. 
Saliente-se que as regras de competência são estabelecidas na Constituição 
federal, constituições estaduais, pelas leis de processo e organização judiciárias, e, 
ainda, pelos regimentos internos dos tribunais. 
 
2.9 INCIDENTE DE FALSIDADE (artigos 145 a 148, CPP) 
O processo penal tem como função a busca da verdade dos fatos (tal como 
ocorreram), para isso, é de suma importância que o juiz utilize provas verídicas, pois 
no caso contrario poderá ocorrer o erro judiciário, absolvendo um culpado ou 
condenando um inocente. 
Nestes moldes, o documento destaca-se por ser uma das mais importantes 
provas, pois expressa uma ideia a respeito de um fato de relevância para o processo. 
Destarte, havendo controvérsia a respeito de sua autenticidade far-se-á o 
procedimento denominado incidente de falsidade. 
O incidente de falsidade (proposto pelos legitimados), se deferido, o juiz 
ordenará a autuação em apartado, assinando o prazo de 48 horas para a parte 
contraria oferecer resposta. Após, será aberto prazo, sucessivamente, para cada uma 
das partes se manifestarem, inclusive ao MP, (se atuar como fiscal da lei), para a 
produção de provas. Após, poderá o juiz determinar as diligencias que entender 
necessárias e, posteriormente, decidir acerca do incidente. 
 
2.10 INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL (artigos 149 a 154, CPP) 
Havendo fundada duvida sobre a insanidade mental do acusado, o juiz de 
oficio, ou a requerimento do Ministério Publico, do defensor, do curador, 
do ascendente, do descendente, cônjuge, ou irmão do acusado, deverá determinar a 
instauração do incidente de insanidade, afim de que seja o acusado submetido a 
exame médico-legal, com o objetivo de aferir sua imputabilidade. 
O exame será sempre especifico para os fatos relatados no inquérito policial, 
ou no processo, não podendo ser substituído por interdição civil ou exame de 
insanidade realizado em razão de outro fato. Isto ocorre porque em virtude do 
sistema biopsicológico sobre a inimputabilidade acolhida pelo Código Penal, os 
peritos devem responder se à época do fato, o acusado era ou não, capaz de 
entender o caráter criminoso do fato e de determinar-se segundo este entendimento. 
Logo, não pode ter aproveitamento de outro exame referente a outro fato, 
mas junto com este, a interdição civil, serão elementos circunstanciais para a 
determinação da realização de exame especifico, mas não o substitui. 
Em outras palavras, constatado que o agente cometeu um fato típico e 
antijurídico, mas lhe faltava discernimento ético para entender o caráter criminoso do 
fato ou para determinar-se de acordo com este entendimento, o juiz o absolverá, 
impondo-lhe, todavia, medida de segurança, nos termos da lei. 
Oportunidade da realização do exame de insanidade mental: Pode ser 
ordenada em qualquer fase do processo, até mesmo no curso do inquérito policial. 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
ORDONES, Alexandre M. Questões Prejudiciais e Processos Incidentais. Nome 
do Site: JurisWay – Sistema Educacional Online. Disponível em: 
https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5007, acesso: 21/06/2017.

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