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04/03/2018 1 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis Contabilidade Pública Aula 3 Prof.: Joébeo Ramos de Oliveira 1Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis Capítulo 6 - KOHAMA � Receitas Públicas 2Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 3Disciplina: Contabilidade Pública CONCEITOS � Receita pública é todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, e, também, a variação ativa, proveniente do registro do direito a receber no momento da ocorrência do fato gerador, quer seja efetuado através de numerário ou outros bens representativos de valores – que o Governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos ou quaisquer outros títulos que derivem direitos a favor do Estado –, quer seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertencerem. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis Receita Pública Orçamentária Correntes de Capital Extraorçamentária 4Disciplina: Contabilidade Pública ESTRUTURA GERAL DAS RECEITAS: 04/03/2018 2 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 5Disciplina: Contabilidade Pública CLASSIFICAÇÃO � Receita Pública classifica-se em dois grupos: a) Receita Orçamentária; e b) Receita Extraorçamentária. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 6Disciplina: Contabilidade Pública RECEITA ORÇAMENTÁRIA � A Receita Orçamentária é a consubstanciada no orçamento público, consignada na Lei Orçamentária, cuja especificação deverá obedecer à discriminação constante do Anexo nº 3, da Lei Federal nº 4.320/64, cujas atualizações vêm sendo feitas pela Portaria Interministerial nº 163/2001. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 7Disciplina: Contabilidade Pública RECONHECIMENTO DA RECEITA �O reconhecimento da receita orçamentária, sob o enfoque patrimonial, deve utilizar a variação ativa ocorrida no patrimônio, em contrapartida do direito no momento da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do correspondente ingresso de disponibilidades, cujo procedimento é conhecido como regime de competência. Por outro lado, o reconhecimento da receita orçamentária, sob o enfoque orçamentário, atende a dispositivo da Lei nº 4.320/64, que evidencia a característica de serem consideradas como receita, o momento do efetivo recolhimento (recebimento) efetuado aos cofres públicos, cujo procedimento é conhecido por regime de caixa. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 8Disciplina: Contabilidade Pública RECONHECIMENTO DA RECEITA � O reconhecimento da receita sob o enfoque orçamentário são todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de recursos, financiam despesas orçamentárias. Essa forma de observar o reconhecimento da receita, sob o enfoque orçamentário, consiste na aplicação do registro orçamentário da receita, atendendo ao disposto no art. 35 da Lei nº 4.320/64, que determina o reconhecimento da receita sob a ótica de caixa e deve observar os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 04/03/2018 3 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 9Disciplina: Contabilidade Pública CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA �De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: a) Receitas Correntes; e b) Receitas de Capital. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 10Disciplina: Contabilidade Pública RECEITAS CORRENTES � De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: “São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.” Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 11Disciplina: Contabilidade Pública ESQUEMA DE RECEITAS CORRENTES � De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: � RECEITAS CORRENTES: • RECEITA TRIBUTÁRIA • RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES • RECEITA PATRIMONIAL • RECEITA AGROPECUÁRIA • RECEITA INDUSTRIAL • RECEITA DE SERVIÇOS • TRANSFERÊNCIAS CORRENTES • OUTRAS RECEITAS CORRENTES Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 12Disciplina: Contabilidade Pública ESQUEMA DE RECEITAS CORRENTES �Anexo nº 3, da Lei Federal nº 4.320/64 (RECEITAS CORRENTES): • Receita Tributária: Impostos, taxas e contribuições de melhoria. • Receita de Contribuições: Contribuições sociais e econômicas. • Receita Patrimonial: Receitas imobiliárias, de valores mobiliários, de concessões e permissões, de compensações financeiras e outras receitas patrimoniais. • Receita Agropecuária: Receita da produção vegetal, animal e derivados e outras receitas agropecuárias. • Receita Industrial: Receita da indústria extrativa mineral, de transformação, de construção e outras receitas industriais. • Receita de Serviços: Comerciais, financeiros, administrativos, educacionais, de transporte, de comunicações, de saúde, portuários, armazenagem, processamento de dados e outros serviços. • Transferências Correntes: Transferências intergovernamentais, de instituições privadas, do exterior, de pessoas, de convênios e para o combate à fome. • Outras Receitas Correntes: Multas e juros de mora, indenizações e restituições, da dívida ativa e outras receitas diversas. 04/03/2018 4 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 13Disciplina: Contabilidade Pública RECEITAS DE CAPITAL � De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: “O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.” Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 14Disciplina: Contabilidade Pública RECEITAS DE CAPITAL � De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: “São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.” Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 15Disciplina: Contabilidade Pública ESQUEMA DE RECEITAS DE CAPITAL � De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, alterado pelo decreto-lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982: � RECEITAS DE CAPITAL: • OPERAÇÕES DE CRÉDITO • ALIENAÇÃO DE BENS • AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS • TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL • OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 16Disciplina: Contabilidade Pública ESQUEMA DE RECEITAS DE CAPITAL �Anexo nº 3, da Lei Federal nº 4.320/64 (RECEITAS DE CAPITAL): • Operações de Crédito: Operações de crédito internas e externas. • Alienação de Bens: Alienação de bens móveis e imóveis. • Amortização de Empréstimos: Amortização de empréstimos concedidos. • Transferências de Capital: Transferênciasintergovernamentais, de instituições privadas, do Exterior, pessoas e de convênios. • Outras Receitas de Capital: Outras. 04/03/2018 5 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 17Disciplina: Contabilidade Pública RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA � A Receita Extraorçamentária compreende os recolhimentos feitos que constituirão compromissos exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa. Por conseguinte, o Estado é obrigado a arrecadar valores que, em princípio, não lhe pertencem. O Estado figura apenas como depositário dos valores que ingressam a esse título, como por exemplo: as cauções, as fianças, as consignações e outras, sendo a sua arrecadação classificada como receita extraorçamentária. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 18Disciplina: Contabilidade Pública RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA �Operações de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária, que correspondem a empréstimo e destinam-se a atender à insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, também fazem parte das receitas extraorçamentárias, aliás, expressamente descritas no parágrafo único do artigo 3º, da Lei Federal nº 4.320/64, quando diz: “Não se consideram para os fins deste artigo (receita orçamentária) as operações de crédito por antecipação de receita.” �As consignações são valores retidos em nome de entidades, para que, cumpridas as formalidades necessárias, sejam pagos a quem de direito. É o caso das retenções das contribuições previdenciárias, das associações de classe ou desportivas, do Imposto de Renda descontado na fonte, cujos valores são descontados quando da feitura da folha de pagamento, retidos para serem em seguida pagos às respectivas entidades consignantes. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências ContábeisEstágios � Estágios da Receita Pública são as etapas consubstanciadas nas ações desenvolvidas e percorridas pelos órgãos e repartições encarregados de executá-las: 1) Previsão; 2) Lançamento; e 3) Arrecadação e Recolhimento. � Somente a receita orçamentária reúne condições de percorrer esses três estágios, porquanto a receita extraorçamentária não terá necessidade de percorrê-los, isto porque os requisitos de que são revestidos, como no caso da previsão, por exemplo, são dispensados. 19Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências ContábeisEstágios 1) PREVISÃO: Corresponde aos valores que a lei do orçamento consignar, pois são estimativas de receitas que se originam de estudos de previsão, antes de comporem o projeto de lei orçamentária. A previsão da receita orçamentária tem um significado importante na elaboração dos programas do governo, pois a viabilização deles dependerá de certa forma da existência de recursos, que a máquina arrecadadora da receita for capaz de produzir. 20Disciplina: Contabilidade Pública 04/03/2018 6 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências ContábeisEstágios 2) LANÇAMENTO: É o ato administrativo que o Poder Executivo utiliza, visando identificar e individualizar o contribuinte ou o devedor e os respectivos valores, espécies e vencimentos. Geralmente, utiliza-se para a arrecadação de tributos, mas pode-se também aplicar a casos em que o Governo tenha direitos líquidos e certos, em virtude de leis, regulamentos ou contratos. 21Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências ContábeisEstágios 2) LANÇAMENTO: O reconhecimento da receita, sob o enfoque patrimonial, apresenta como principal dificuldade a determinação do momento de ocorrência do fato gerador. Por outro lado, verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, quando: �determina-se o objeto de cobrança; � calcula-se o montante devido; e � identifica-se o devedor. Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do direito em contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema patrimonial, o que representa o registro da receita por competência.” 22Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis Estágios 3) ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO: Arrecadação é ato em que são pagos os tributos ou as diversas receitas ao agente arrecadador. Entende-se como agentes arrecadadores todas as repartições competentes, na forma da lei, como: delegacias fiscais, alfândegas, mesas de rendas, coletorias, tesourarias e outras que estejam ou venham a ser legalmente autorizadas a arrecadar rendas previstas em leis, regulamentos, contratos ou outros títulos assecuratórios dos direitos do Governo. Recolhimento é o ato que se relaciona com a entrega dos valores arrecadados pelos agentes arrecadadores ao Tesouro Público. É óbvio que existe toda uma sistemática para que esse recolhimento seja procedido. 23Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências ContábeisDÍVIDA ATIVA � Constituem Dívida Ativa as importâncias relativas a tributos, multas e créditos da Fazenda Pública, lançados mas não cobrados ou não recebidos no prazo de vencimento, a partir da data de sua inscrição. � A dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; dívida ativa não tributária são os demais empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcance dos responsáveis definitivamente julgados e outras obrigações legais. 24Disciplina: Contabilidade Pública 04/03/2018 7 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 25Disciplina: Contabilidade Pública REGISTRO DE OPERAÇÕES TÍPICAS Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 26Disciplina: Contabilidade Pública REGISTRO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Fonte: MCASP (2017) Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 27Disciplina: Contabilidade Pública REGISTRO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Fonte: MCASP (2017) Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 28Disciplina: Contabilidade Pública REGISTRO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Fonte: MCASP (2017) 04/03/2018 8 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 29Disciplina: Contabilidade Pública REGISTRO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA Fonte: MCASP (2017) Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis REFERÊNCIAS: 30Disciplina: Contabilidade Pública BIBLIOGRAFIA GIACOMONI, James. Orçamento Público. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2009. KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: Teoria e Prática. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. LIMA, Diana Vaz de; CASTRO, Róbison Gonçalves de. Contabilidade pública: integrando união, estados e municípios. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. (reimpressão 2012) BRANCATO, Ricardo Teixeira. Instituição de direito público e de direito privado. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. (reimpressão 2014) PEREIRA, José Matias. Finanças públicas: foco na política fiscal, no planejamento e orçamento público. 6. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2012 SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo da nova contabilidade pública. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2011. SILVA; AMORIM; SILVA, Moacir Marques da; Francisco Antônio de; Valmir Leôncio Da. Lei de responsabilidade fiscal para os municípios: uma abordagem prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. Silvio, Aparecido Crepaldi , Guilherme Simões Crepaldi,Orçamento público – planejamento, organizaçãoe controle. 1ª ed.Saraiva SP 2013. Fontes diversas: PCASP; MCASP, NBCASP;TCE ES; STN. Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 31Disciplina: Contabilidade Pública TESTE DE CONHECIMENTO Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 32Disciplina: Contabilidade Pública 04/03/2018 9 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 33Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 34Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 35Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 36Disciplina: Contabilidade Pública 04/03/2018 10 Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 37Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 38Disciplina: Contabilidade Pública Escola de Ciências Sociais Aplicadas Curso: Ciências Contábeis 39Disciplina: Contabilidade Pública
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