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RESUMO HERPESVIRIDAE

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1 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Herpesviridae 
HERPESVIRIDAE 
 
 São vírus com capacidade de causarem infecções inaparentes ou latentes. A latência é 
caracterizada pela ausência de replicação viral e de sinais clínicos, e dura toda a vida do 
hospedeiro. No entanto a infecção latente pode ser ocasionalmente reativada por situações de 
estresse, onde o vírus passa a ser re-excretado e pode ser disseminado para indivíduos 
susceptíveis. 
 Tal propriedade de causar infecções latentes duradouras nos seus hospedeiros naturais, 
sem causar doença grave ou mortalidade, possibilita a sua transmissão altamente eficaz. Existe, 
entretanto, alguns casos fatais como o SuHV-1 em bovinos e cães. Contudo, existe 
aproximadamente 130 espécies de Herpesvírus estudados. 
 Existem vários herpesvírus de importância veterinária, dos quais podemos citar: 
 Herpesvírus bovino tipos 1,2,4 e 5 
 Herpesvírus equino tipos 1,3 e 4 
 Herpesvírus suíno tipo 1 – Doença de Aujersky 
 Herpesvírus canino tipo 1 
 Herpesvírus felino tipo 1 
 Herpesvírus de galídeos tipos 1 e 2 
Os herpesvírus são classificados em 3 subfamílias. São elas Alphaherpesvirinae, 
Betaherpesvirinae e Gammaherpesvirinae. 
Alphaherpesvirinae 
 Os Alphaherpesvírus possuem uma gama variável de hospedeiros, apresentam um ciclo 
replicativo relativamente curto (<24h), destroem rapidamente as células de cultivo e estabelecem 
infecções latentes primariamente em neurônios dos gânglios sensoriais e autonômicos. Destaca-
se nessa classe o vírus da Doença de Marek (GaHV-2) e o vírus da Laringotraqueíte infecciosa 
(GaHV-1). 
Betaherpesvirinae 
 Os betaherpesvírus possuem uma gama restrita de hospedeiros e apresentam um ciclo 
replicativo longo, ou seja, a infecção progride lentamente em cultivos celulares. As células 
afetadas apresentam citomegalia. O vírus é mantido de forma latente em tecidos glandulares, 
células linforreticulares e outros tecidos. 
 
 
 
 
2 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Herpesviridae 
 
Gammaherpesvirinae 
 Os gamaherpesvírus também possuem gama restrita de hospedeiros. Estabelecem 
infecções latentes principalmente em células linfoblastóides. São vírus com potencial oncogênico 
e podem ser especificamente adaptados a Linf B e T. Destaca-se nesta subfamília o agende da 
Febre Catarral Maligna associada a Ovinos (OvHV-2). 
Propriedades Gerais 
 Trata-se de um vírus DNA fita dupla linear, contém capsídeo icosaédrico, camada 
proteica amorfa chamada tegumento e um envelope lipoproteico contendo espículas de 
glicoproteínas na sua superfície. 
 Vale ressaltar também que codificam grande número de enzimas, participa da síntese 
do DNA viral e a montagem do capsídeo, que ocorre no núcleo da célula hospedeira. A aquisição 
do envelope viral ocorre durante o transito dos nucleocapsídeos através da membrana nuclear 
ou através de organelas citoplasmáticas envelopadas (Complexo de Golgi). 
 São capazes de permanecer latentes nos seus hospedeiros naturais. Nas células 
infectadas de forma latente, os genomas virais se mantêm na forma circular epissomal, 
ocorrendo pouca ou nenhuma expressão gênica. Esses genomas retêm a capacidade de 
replicar, o que ocorre por ocasião da reativação da infecção latente. 
 
3 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Herpesviridae 
Os herpesvírus são vírus facilmente inativados por álcoois e detergentes, em razão da 
presença do envelope lipoprotéico. Os vírions perdem a infectividade após o contato com 
isopropanol ou etanol a 70-80% por cinco minutos; formaldeído a 0,2-08% e glutaraldeído a 2%. 
Além disso, os vírions são inativados pelo contato por dez minutos com substâncias de pH abaixo 
de 3 e acima de 11. 
Estrutura dos Vírions 
 Os vírions dos herpesvírus variam de 120 a 300nm de diâmetro, por conta do tegumento 
e do estado do envelope. Os envelopes virais intactos são impermeáveis e conferem forma 
globular, já os envelopes danificados são permeáveis a corantes, apresentando uma aparência 
de “ovo frito”. Seus envelopes são de glicoproteínas. Destaca-se ainda a presença de um núcleo 
com genomas lineares, que se circulariza e depois pelo método de leitura círculo rolante, ocorre 
a leitura do genoma viral, contém também proteínas. Seus capsídeos são icosaédricos em faces 
triangulares. 
Replicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
André Felipe Breda – Microbiologia Veterinária 
Herpesviridae 
 
Genoma Inativo e Reativação 
 O estabelecimento da infecção latente é caracterizado pela interrupção do ciclo 
replicativo logo após a penetração do genoma no núcleo celular. Com isso, não há expressão 
gênica significativa, não ocorrendo produção de proteínas virais, replicação do genoma ou 
produção de progênie viral. Assim, o genoma viral permanece inativo no núcleo dos neurônios 
pelo resto da vida do animal. Em determinadas situações, geralmente associadas com estresse, 
o genoma é ativado e a expressão gênica é reiniciada, resultando na retomada da infecção 
produtiva e na produção de progênie viral. O estabelecimento e reativação da latência 
representam pontos chave na biologia dos herpesvírus, pois permitem a permanência indefinida 
do vírus nos hospedeiros, acompanhada de episódios esporádicos de reativação e excreção 
viral. 
Pontos de destaque 
 Local de latência: Neurônios Sensoriais e autossômicos 
 Baixa imunidade e adm de corticoides e estresse: Reativa a replicação no sítio primário 
 Sinal clínico de recrudescência: Pode ou não ter 
 Epidemiologicamente o animal portador é importante 
 Uma vez herpético sempre herpético 
 Latência não tem expressão gênica apenas o gene LAT que o mantém latente 
 Vírion: Grande com muitos pares de base, envelopado com várias glicoproteínas 
 Genoma: Linear que circulariza no núcleo da célula e através do círculo rolante ele 
replica o genoma em forma de concatameros e depois é picotado 
 Ciclo replicativo: Alpha (precoces), Beta (inicais) e Gama (tardios) 
 Efeito cascata – Estimulação do Alpha para o Gama 
 Rinotraqueíte Infecciosa Bovina e Meningoencefalite Herpética Bovina

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