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Audiência de instrução e julgamento

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Prévia do material em texto

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
Por André Alves 
 
*Este texto é uma pequena parte do material de Direito Processual Civil 
elaborado por mim para os cursos do MEGE (http://www.mege.com.br/). 
Nos referidos cursos, os alunos matriculados ganham o material completo de 
todas as matérias para preparação para concursos. 
 
*Material elaborado com base nos livros: 
 
 Curso de Direito Processual Civil – Volume I – Teoria geral do direito 
processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – 
Humberto Theodoro Júnior – 57. ed. rev. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: 
Forense, 2016. 
 Manual de direito Processual civil – Volume único – Daniel Amorim 
Assumpção Neves – 8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 2016. 
 
Audiência de Instrução e Julgamento 
 
 Conceito – É o ato processual complexo, no qual variadas atividades são 
praticadas pelo juiz, partes, advogados, MP e terceiros, como: intimação de 
testemunhas, esclarecimento do perito, oitiva de testemunhas etc. 
 
 Características da AIJ 
 
 Publicidade; Art. 368 do NCPC. A audiência será pública, ressalvadas as 
exceções legais (art. 189 do NCPC). 
 Solenidade; 
 Essencialidade; 
 Presidência do juiz; 
 Finalidade, complexa e concentrada de instrução, discussão e decisão da 
causa; 
 Unidade e Continuidade. 
 
 Atos realizados na AIJ – Compreende a audiência, na sistemática do 
Código, atos de quatro espécies: 
 
(a) atos preparatórios: a designação de data e horário para a audiência, a 
intimação das partes e outras pessoas que devem participar; depósito do rol de 
testemunhas em cartório; o pregão das partes e advogados na sua abertura; 
 
(b) atos de tentativa da conciliação das partes: quando a lide versar sobre 
direitos patrimoniais privados; 
 
(c) atos de instrução: esclarecimento do perito e assistentes técnicos; 
depoimentos pessoais; inquirição de testemunhas; acareação de partes e 
testemunhas; 
 
(d) ato de julgamento: debate oral e sentença. 
 
 Poder de Polícia do Juiz – art. 360 do NCPC – O juiz exerce o poder de 
polícia, incumbindo-lhe: 
 I – manter a ordem e o decoro na audiência; 
 II – ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem 
inconvenientemente; 
 III – requisitar, quando necessário, força policial; 
 IV – tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do 
Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do 
processo; 
 V – registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados 
em audiência. 
 
Obs.: os dois últimos incisos são novidades do NCPC em relação ao art. 445 
do CPC de 1973. 
 
 Direct and Cross Examination – O direito pátrio adotava o sistema 
presidencial na condução da audiência, cabendo ao juiz direta e pessoalmente 
colher a prova (art. 446, II, do CPC de 1973). Esse sistema foi modificado 
pelo 459 do NCPC, ao prever que as perguntas sejam feitas diretamente pelo 
advogado das partes, e não mais pelo juiz, após ouvi-las dos advogados. 
 
 Dispensabilidade – Apesar de sua grande importância, não se trata de 
procedimento indispensável, somente sendo designada quando for necessária 
a produção de prova oral ou o esclarecimento de peritos a respeito de seu 
laudo. 
 Poderá, em caráter excepcional, ser essa audiência designada para a 
realização da prova técnica simplificada (art. 464, § 2º do NCPC). 
 
 Procedimento da audiência de instrução e julgamento 
 Ordem dos procedimentos – A ordem pode ser modificada quando 
existir fundada razão, em especial o respeito ao princípio da economia 
processual. Esta é a ordem: 
 a) abertura; 
 b) pregão; 
 c) tentativa de conciliação; 
 d) fixação de pontos controvertidos; 
 e) esclarecimentos do perito e dos assistentes técnicos; 
 f) depoimento pessoal; 
 g) oitiva de testemunhas; 
 h) debates orais; e 
 i) prolação da sentença. 
 Abertura e Pregão – Art. 358 do NCPC – No dia e na hora designados, o 
juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar 
as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela 
devam participar. 
 Assim, o pregão é a comunicação oral, de forma clara e em volume 
razoável, de que a audiência terá seu início e que as partes e patronos estão 
convidados a ingressar na sala de audiência e tomar seus lugares. 
 A ausência de pregão gera vício processual, que poderá ser saneado 
caso as partes e patronos, mesmo sem comunicação, participem da audiência. 
Entretanto, na ausência de pregão e das partes, haverá nulidade, sendo da 
parte o ônus de provar tal ausência. 
 Ressalta-se que não haverá nulidade, se, diante de ausência de 
pregão, a parte e/ou o patrono não se encontravam no local da audiência ou 
se o juiz decidir o mérito em favor da parte a quem aproveitaria a declaração 
de nulidade. 
 Conciliação – Art. 359 do NCPC – Instalada a audiência, o juiz tentará 
conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros 
métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
 A parte, mesmo intimada, não será obrigada a comparecer à audiência, 
sendo sua ausência entendida como desinteresse na autocomposição. 
Entretanto, o advogado com poderes especiais poderá conciliar. 
 A conciliação é obrigatória, mas sua ausência não gera vício apto a 
anular a audiência. 
 Humberto Theodoro Júnior diz que: na sistemática do Código atual, a 
recusa de comparecimento sem justificação à audiência dedicada à tentativa de 
conciliação é vista como ato atentatório à dignidade da justiça (art. 334, § 8º). 
Assim, as intimações e sanções expressamente estatuídas para a audiência de 
conciliação ou de mediação deverá ser observadas também na audiência de 
instrução e julgamento, sempre que nela houver o juiz de tentar conciliar as 
partes (art. 359). 
 Sendo frutífera a conciliação, ou seja, obtida a autocomposição, 
caberá ao juiz proferir sentença homologatória de mérito, com a consequente 
extinção do processo. 
 Fixação de Pontos Controvertidos – O NCPC não conta com a previsão 
de que a fixação dos pontos controvertidos é uma das tarefas do juiz na 
audiência de instrução e julgamento. Porém, há quem entenda que mesmo 
sem a previsão expressa nesse sentido o juiz deverá fixar os pontos 
controvertidos antes da instrução, seja porque não fez antes, seja para 
delimitar o objeto da prova oral diante de prova de outra natureza já 
produzida anteriormente. 
 Ordem de Produção de Provas Após a Fixação dos Pontos – art. 361 
do NCPC – As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta 
ordem, preferencialmente: 
 I – o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos 
de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não 
respondidos anteriormente por escrito; 
 As partes poderão requerer por escrito, em prazo máximo de 10 
dias antes da audiência, a presença do perito para prestação de esclarecimentos 
(art. 477, §§ 3º e 4º do NCPC). 
 II – o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos 
pessoais; 
 III – as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão 
inquiridas. 
 Debates Orais – art. 364 do NCPC – Finda a instrução, o juiz dará a 
palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério 
Público,se for o caso de sus intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 
(vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do 
juiz. 
 Existência de Litisconsórcio ou Terceiro – § 1º Havendo litisconsorte 
ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só 
todo (20+10 minutos), dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não 
convencionarem de modo diverso. 
 Conversão em Memoriais Escritos – § 2º Quando a causa apresentar 
questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído 
por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem 
como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos 
sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. 
 Cabe ao juiz a determinação da conversão ou não, sendo irrelevante 
a vontade das partes. 
 Sem previsão expressa em sentido contrário no caso de autos 
eletrônicos devem ser mantidos os prazos sucessivos. 
 Prolação da Sentença – Caso o juiz converta os debates orais em 
memoriais, a sentença será proferida por escrito em cartório, intimando-se as 
partes, por meio de seus procuradores, pela imprensa oficial. Entretanto, 
ultrapassada a fase dos debates orais o juiz poderá proferir sua sentença 
oralmente em audiência (mera faculdade do juiz). 
 Nos termos do art. 366 do NCPC, encerrado o debate ou oferecidas 
as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 dias, 
sendo tal prazo de natureza imprópria. 
 
 Audiência Una e Contínua – 365 do NCPC – A audiência é una e contínua, 
podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou 
de testemunha, desde que haja concordância das partes. 
 
Parágrafo único. Diante da impossibilidade de realização da instrução, do 
debate e do julgamento no mesmo dia, o juiz marcará seu prosseguimento 
para a data mais próxima possível, em pauta preferencial. 
 
Assim, interrompida a audiência, apenas se prosseguirá em data próxima, não 
se designando uma nova. Isto tem algumas consequências no plano fático 
processual: 
 
i) não é possível praticar novos atos preparatório (ex.: arrolar testemunhas) 
para a continuação da audiência; 
 
ii) havendo direito superveniente de aplicação imediata, aplicam-se à 
continuação as regras vigentes quando da realização do início da audiência; 
 
iii) havendo nulidade na primeira sessão, as sucessivas serão afetadas; e 
 
iv) presente o advogado na primeira sessão e ausente na continuação, o juiz 
não poderá dispensar as provas por ele requeridas. 
 
 Adiamento da audiência 
 
Causas de Adiamento – art. 362 do CPC – A audiência poderá ser adiada: 
 
I – por convenção das partes, 
 
Por acordo de vontade entre as partes a audiência pode ser adiada tantas vezes 
quantas for feito o acordo, em novidade quando comparado com o sistema 
revogado que permitia apenas um adiamento em decorrência do acordo entre 
as partes. 
 
II – se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que 
dela deva necessariamente participar; 
 
III – por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) 
minutos do horário marcado. 
 
Análise do inciso II – Ausências: 
 
 Ausência do Juiz – Com ou sem justo motivo, a audiência será adiada. 
Entretanto, uma ausência sem justificação poderá ensejar punição no âmbito 
administrativo. 
 Ausência do MP – Sendo por motivo justificado a audiência será adiada. 
Entretanto, quando se tratar de motivo injustificado a doutrina se divide em 
três: 
 
Primeira Corrente – Entende ser a presença do MP indispensável na audiência 
independente de sua qualidade no processo. Assim, sem sua presença haverá 
nulidade relativa. A doutrina majoritária defende esta corrente, pois quando o 
MP figurar como fiscal da lei sua presença torna-se indispensável, e, quando 
for parte no processo estará defendendo interesses metaindividuais ou 
individuais indisponíveis, assim de relevância social. 
 
Segunda Corrente – Entende que a única exigência é a intimação do MP. Sua 
ausência não determina o adiamento da audiência. 
 
Terceira Corrente – Para esta corrente depende da qualidade do MP: se figurar 
como parte no processo não será capaz de causar o adiamento da audiência; 
mas se figurar como fiscal da lei haverá o adiamento. 
 
 Ausência do Perito – Se justificada causa o adiamento da audiência. Caso 
seja injustificada caberá sua condução coercitiva o que invariavelmente gera 
adiamento da audiência. No tocante aos assistentes técnicos, parece que, 
havendo justo motivo, a audiência deverá ser adiada, mas em caso contrário 
deverá ser realizada. 
 Ausência da Partes – Se for justificada causa o adiamento da audiência. Sem 
justo motivo a audiência será realizada normalmente. Ressalta-se que tendo 
sido feita a intimação para depoimento pessoal sua ausência injustificada 
acarretará confissão tácita. 
 Ausência de Testemunha – Havendo intimação e não comparecendo a 
testemunha esta será conduzida coercitivamente, logo haverá o adiamento. 
Não tendo sido intimada porque a parte que arrolou se comprometeu a levá-
la, a sua ausência justificada leva ao adiamento, mas sem motivo justo, é 
entendida como desistência da parte em produzir a prova, que precluirá. 
 Ausência do Advogado – Se justificada gera o adiamento da audiência, o 
que não ocorre se inexistir justo motivo. 
 Ausência de ambos os Advogados – Poderá o juiz dispensar toda a 
instrução e proferir logo o julgamento conforme o estado do processo, ou, 
então, promover a colheita da prova, sem a presença dos interessados. 
 Mesmo as hipóteses de ausência justificada de outras pessoas que deveriam 
participar da audiência, o adiamento de que fala o art. 362, II, nem sempre 
abrange toda a audiência, mas apenas os atos que dependiam do ausente. O 
NCPC é mais flexível e determina que as provas orais serão ouvidas na ordem 
do art. 361, apenas preferencialmente. Logo, cabe ao juiz decidir, nas 
circunstâncias do caso concreto, se há ou não prejuízo para o processo com a 
eventual quebra da sequência estipulada pela lei. Dessa forma, o adiamento 
total da audiência somente ocorrerá se a falta for do advogado e tiver sido 
justificada até a abertura da audiência (art. 362, § 1º). 
 Art. 362, § 1º do NCPC– O impedimento deverá ser comprovado até a 
abertura da audiência, e, não o sendo, o juiz procederá à instrução. Havendo 
algum imprevisto que gere extrema dificuldade ou impossibilidade no 
cumprimento desse prazo (exemplo: doença, acidente, sequestro, morte etc.), 
admitir-se-á a alegação posterior do advogado, que, uma vez acolhida, gera a 
anulação da audiência já realizada 
 Art. 362, § 2º do NCPC– O juiz poderá dispensar a produção das provas 
requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha 
comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público. 
Ressalta-se que se tratando de demanda envolvendo direito indisponível o juiz 
será obrigado a produzir a prova; sendo de direito disponível o juiz analisará 
no caso concreto não estando obrigado a dispensar. 
 Custas do Adiamento – art. 362, § 3º do CPC – Quem der causa ao 
adiamento responderá pelas despesas acrescidas. 
 Antecipação da Audiência – Por motivos de conveniência da Justiça, ou a 
requerimento de uma das partes, pode o juiz antecipar a data inicialmente 
designada para a audiência de instrução e julgamento. Em tais casos, ao 
contrário do determinado pelo Código anterior, o juiz determinará a intimação 
dos advogados ou da sociedadede advogados, podendo esta ser feita por 
publicação na imprensa (NCPC, art. 363). Isso porque a lei nova não repetiu o 
disposto no art. 242, § 2º, do CPC/1973, que exigia a intimação pessoalna 
espécie e previu regime único para a antecipação e o adiamento, submetendo-
os à intimação do advogado na forma comum. 
 
CPC 2015 
 
 
CPC 1973 
 
Art. 367 O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em 
resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as 
decisões e a sentença, se proferida no ato. 
 
§ 1o Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-
lhe-á as folhas, que serão encadernadas em volume próprio. 
 
§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério 
Público e o escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto 
quando houver ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham 
poderes. 
 
§ 3o O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica 
do termo de audiência. 
 
§ 4o Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, 
em legislação específica e nas normas internas dos tribunais. 
 
§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em 
meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos 
órgãos julgadores, observada a legislação específica. 
 
§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente 
por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial. 
 
 
Art. 457. O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em 
resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos e a 
sentença, se esta for proferida no ato. 
 
§ 1o Quando o termo for datilografado, o juiz Ihe rubricará as folhas, 
ordenando que sejam encadernadas em volume próprio. 
 
§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o órgão do Ministério 
Público e o escrivão. 
 
§ 3o O escrivão trasladará para os autos cópia autêntica do termo de 
audiência. 
 
§ 4o Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 
3o do art. 169 desta Lei. 
 
 
 
Novidade importantíssima reside no § 5º, que permite que a audiência seja 
gravada integralmente em imagem e em áudio, em meio digital ou analógico 
nas condições que especifica. O § 6º, querendo solucionar acesa discussão 
doutrinária e jurisprudencial, admite expressamente a possibilidade de as 
próprias partes, independentemente de autorização judicial, gravarem, pelos 
meios referidos no § 5º, a audiência. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo 
Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: 
Saraiva, 2015. p. 270).

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