Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo de Histologia Greyce Azevedo TECIDO NERVOSO O tecido nervoso é distribuído pelo organismo, interligando-se e formando uma rede de comunicações, que constitui o sistema nervoso. Anatomicamente, este sistema é dividido em: (1) Sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo, constituintes neurais do sistema fotorreceptor e medula espinal (2) Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e por pequenos agregados de células nervosas denominados gânglios nervosos O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: (1) Os neurônios, células geralmente com longos prolongamentos (2) Vários tipos de células da glia ou neuróglia, que sustentam os neurônios e participam de outras funções importantes. No SNC há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e os seus prolongamentos. Isso faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinal duas porções distintas, denominadas: Substância branca: Não contém corpos celulares de neurônios, sendo constituída por prolongamentos de neurônios e por células da glia. Seu nome origina-se da grande quantidade de um material esbranquiçado denominado mielina, que envolve determinados prolongamentos dos neurônios (axônios). Substância cinzenta: É formada principalmente por corpos celulares dos neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios. Impulso nervoso: Cuja função é transmitir informações a outros neurônios, músculos ou Glândulas. As funções fundamentais do sistema nervoso são: (1) detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno; (2) organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. NEURÔNIOS São responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos Influenciam diversas atividades do organismo e liberam neurotransmissores e outras moléculas informacionais. São formados pelo corpo celular ou pericário, que contém o núcleo e do qual partem prolongamentos. Apresentam morfologia complexa, porém quase todos apresentam três componentes: 1. Dendritos, prolongamentos numerosos, especializados na função de receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios 2. Corpo celular ou pericário, que é o centro trófico da célula e também capaz de receber estímulos 3. Axônio, prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares). De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos: 1. Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares. 2. Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio. Encontrados nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. 3. Neurônios pseudounipolares, que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. Encontrados nos gânglios espinais, que são gânglios sensoriais situados nas raízes dorsais dos nervos espinais, e também nos gânglios cranianos. A grande maioria dos neurônios é multipolar. Os neurônios podem ainda ser classificados segundo sua função. 1. Os neurônios motores controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares. 2. Os neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. 3. Os interneurônios estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. No SNC os corpos celulares dos neurônios localizam-se somente na substância cinzenta. A substância branca não apresenta pericários, mas apenas prolongamentos deles. No SNP os pericários são encontrados em gânglios e em alguns órgãos sensoriais, como a mucosa olfatória. CORPO CELULAR ou PERICÁRIO Parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma envolvente do núcleo. Também tem função receptora e integradora de estímulos, recebendo estímulos excitatórios ou inibitórios gerados em outras células nervosas. O corpo celular dos neurônios é rico em retículo endoplasmático granuloso, que forma agregados de cisternas paralelas, entre as quais ocorrem numerosos polirribossomos livres. Esses conjuntos de cisternas e ribossomos se apresentam ao microscópio óptico como manchas basófilas espalhadas pelo citoplasma, os corpúsculos de Nissl. As mitocôndrias existem em quantidade moderada no pericário, mas são encontradas em grande quantidade no terminal axônico O complexo de Golgi localiza-se exclusivamente no pericário, e consiste em grupos de cisternas localizadas em torno do núcleo. Os neurofilamentos são filamentos intermediários, abundantes tanto no pericário como nos prolongamentos. Em determinados locais os pericários contêm grânulos de melanina, pigmento de significado funcional ainda desconhecido nesse tipo celular Outro pigmento às vezes encontrado nos corpos dos neurônios é a lipofuscina de cor parda, que contém lipídios e que se acumula ao longo da idade e consiste em resíduos de material parcialmente digerido pelos lisossomos. DENDRITOS Aumentam consideravelmente a superfície celular, tornando possível receber e integrar impulsos trazidos por numerosos terminais axônicos de outros neurônios. Os neurônios que têm um só dendrito (neurônios bipolares) são pouco frequentes e localizam-se somente em algumas regiões especificas. Ao contrário dos axônios (fibras nervosas), que mantêm o diâmetro constante ao longo de seu comprimento, os dendritos tornam-se mais finos à medida que se ramificam, como os galhos de uma árvore Os dendritos não apresentam complexo de Golgi. A grande maioria dos impulsos que chegam a um neurônio é recebida por pequenas projeções dos dendritos, as espinhas ou gêmulas (são o primeiro local de processamento dos sinais (impulsos nervosos) que chegam ao neurônio.). As gêmulas dendríticas participam da plasticidade dos neurônios relacionada com a adaptação, a memória e o aprendizado. Essas gêmulas são estruturas dinâmicas, com plasticidade morfológica baseada na proteína actina, um componente do citoesqueleto que está relacionado com a formação das sinapses e com a sua adaptação funcional, mesmo em adultos. AXÔNIOS Cada neurônio contém apenas um único axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variáveis conforme o tipo de neurônio. Alguns axônios são curtos, mas, na maioria dos casos, o axônio é mais longo do que os dendrites da mesma célula Geralmente, o axônio se origina de uma estrutura piramidal do corpo celular, denominada cone de implantação Nos neurônios cujos axônios são mielinizados, a parte do axônio entre o cone de implantação e o início da bainha de mielina é denominada segmento inicial → Recebe muitos estímulos, tanto excitatórios como inibitórios, de cujo resultado pode originar-se um potencial de ação cuja propagação é o impulso nervoso Os axônios podem dar origem a ramificações em ângulo reto denominadas colaterais, que são mais frequentes no SNC. Apresenta poucas mitocôndrias, algumas cisternas do retículo endoplasmático liso e muitos microfilamentos e microtúbulos. A ausência de retículo endoplasmático granuloso e de polirribossomos demonstra que o axônio é mantido pela atividade sintética do pericário. POTENCIAIS DE MEMBRANA Moléculas na membrana que são bombas ou então canais para o transporte de íons para dentro e para fora do citoplasma. Quando o neurônio é estimulado, os canais iônicosse abrem e ocorre um rápido influxo do Na• extracelular O interior do axônio se torna positivo em relação ao meio extracelular, originando o potencial de ação ou impulso nervoso. COMUNICAÇÃO SINÁPTICA A sinapse é responsável pela transmissão unidirecional dos impulsos nervosos. As sinapses são locais de contato entre os neurônios ou entre neurônios e outras células efetoras, por exemplo, células musculares e glandulares. A fUJ1çâo da sinapse é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neurônio pré-sináptico em um sinal químico que atua na célula pós-sináptica. A maioria das sinapses transmite informações por meio da liberação de neurotransmissores Neuromoduladores são mensageiros químicos que não agem diretamente sobre as sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios. A sinapse de um axônio com o corpo celular chama-se axossomática, a sinapse com um dendrito chama-se axodendrítica e entre dois axônios chama-se axoaxônica. O terminal pré-sináptico contém vesículas sinápticas com neurotransmissores e também muitas mitocôndrias. A maioria dos neurotransmissores são aminas, aminoácidos ou pequenos peptídeos (neuropeptídios). Sinapses químicas: A transmissão do impulso é mediada pela liberação de determinadas substâncias. Sinapses elétricas: Nestas, as células nervosas unem-se por junções comunicantes, que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra, promovendo, assim, uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. As sinapses elétricas são raras nos mamíferos, sendo mais encontradas nos vertebrados inferiores e nos invertebrados. CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL Nas lâminas coradas pela HE as células da glia não se destacam bem, aparecendo apenas os seus núcleos, entre os núcleos de dimensões maiores dos neurônios. O tecido nervoso tem apenas uma quantidade mínima de material extracelular, e as células da glia fornecem um microambiente adequado para os neurônios e desempenham ainda outras funções. OLIGODENDRÓCITOS E CÉLULAS DE SCHWANN Produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do sistema nervoso central. Os oligodendrócitos têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina. As células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta dos axônios do SNP. ASTRÓCITOS São células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter (tuna delgada camada de tecido conjuntivo que reveste o sistema nervoso central). Os astrócitos com prolongamentos menos numerosos e mais longos são chamados astrócitos fibrosos e se localizam na substância branca; os astrócitos protoplasmáticos, encontrados principalmente na substância cinzenta, apresentam maior número de prolongamentos que são curtos e muito ramificados. Também participam da regulação de diversas atividades dos neurônios. Podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, graças à sua capacidade de controlar os constituintes do meio extracelular, absorver excessos localizados de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas, como peptídeos da família do angiotensinogênio e encefalinas (precursores de opioides). Se comunicam uns com os outros por meio de junções comunicantes. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Em alguns locais as células ependimárias são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido cefalorraquidiano (LCR). MICRÓGLIA Células da micróglia são pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. Seus núcleos são escuros e alongados, contrastando com os núcleos esféricos das outras células da glia. Células da micróglia são fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue Participam da inflamação e da reparação do sistema nervoso central. Quando ativadas, retraem seus prolongamentos, assumem a forma dos macrófagos e tornam-se fagocitárias e apresentadoras de antígenos Secreta diversas citocinas reguladoras do processo imunitário e remove os restos celulares que surgem nas lesões do sistema nervoso central. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Quando cortados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinal mostram regiões brancas (substância branca) e regiões acinzentadas (substância cinzenta). A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, que é visível a fresco. Os principais componentes da substância branca são axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia. Ela não contém corpos de neurônios. A substância cinzenta é formada por corpos de neurônios, dendrites, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta ocorrem as sinapses do sistema nervoso central. Os neurônios de certas regiões do córtex cerebral recebem e processam impulsos aferentes (sensoriais), e em outras regiões neurônios eferentes (motores) geram impulsos que irão controlar os movimentos voluntários O córtex cerebelar tem três camadas: 1. Camada molecular, a mais externa; 2. Camada central com as grandes células de Purkinje; São muito grandes, bem visíveis, e seus dendritos são muito desenvolvidos, assumindo o aspecto de um leque. 3. Camada granulosa, que é a mais interna. Formada por neurônios muito pequenos (os menores do organismo) e organizados de modo muito compacto A substância cinzenta dos traços verticais do H forma os cornos anteriores, que contêm neurônios motores e cujos axônios dão origem às raízes ventrais dos nervos raquidianos, e também os cornos posteriores, que recebem as fibras dos neurônios situados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinais (fibras sensoriais) MENINGES O sistema nervoso central está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges. As meninges são formadas por três camadas, que, de fora para dentro, são as seguintes: 1. Dura-máter 2. Aracnoide 3. Pia-máter DURA-MÁTER Constituída por tecido conjuntivo denso, contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A dura-máter, que envolve a medula espinal, é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois o espaço peridural. Este espaço contém veias de parede muito delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter em contato com a aracnoide constitui um local de fácil clivagem, onde muitas vezes, em situações patológicas, pode acumular-se sangue externamente à aracnoide, no chamado espaço subdural. Este espaço não existe em condições normais. ARACNOIDE Apresenta duas partes, uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana (vilosidades da aracnoide), e outra constituída por traves que ligam a aracnoide com a pia-máter (espaço subaracnóideo). 1. Espaço subaracnóideo: Contém LCR Comunica-se com os ventrículos cerebrais, mas não tem comunicação com o espaço subdural Cheio de líquido, constitui um colchão hidráulico que protege o sistema nervoso central contra traumatismos. 2. Vilosidades da aracnoide: Expansões que perfuram a dura-máter e provocam saliências em seios venosos, onde terminam como dilatações fechadas. Função dessas vilosidades é transferir LCR para o sangue. PIA-MÁTER Muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, embora não fique em contato direto com células ou fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos situam-se prolongamentos dos astrócitos, que, formando uma camada muito delgada, unem-se firmementeà face interna da pia-máter. Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio de túneis revestidos por pia-máter, os espaços perivasculares Os capilares do sistema nervoso central são totalmente envolvidos pelos prolongamentos dos astrócitos. BARREIRA HEMATENCEFÁLICA É uma barreira funcional que dificulta a passagem de determinadas substâncias, como alguns antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso PLEXOS COROIDES E LCR São dobras da pia-máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, que provocam saliência para o interior dos ventrículos São constituídos pelo tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, revestido por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo, cujas células são transportadoras de íons. A principal função dos plexos coro ides é secretar o LCR, que contém apenas pequena quantidade de sólidos e ocupa as cavidades dos ventrículos, o canal central da medula, o espaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. Ele é importante para o metabolismo do sistema nervoso central e o protege contra traumatismos. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Os componentes do sistema nervoso periférico são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. FIBRAS NERVOSAS Constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. Grupos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP. Nas fibras periféricas a célula envoltória é a célula de Schwann. No SNC as células envoltórias são os oligodendrócitos Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra da célula envoltória, constituindo as fibras nervosas amielínicas. Quanto mais calibroso o axônio, maior o número de envoltórios concêntricos provenientes da célula de revestimento Bainha de mielina: Conjunto de envoltórios concêntricos, e as fibras são chamadas fibras nervosas mielínicas. Mesaxônios: Porções de membrana da célula envoltória, que se prendem internamente ao axônio e externamente à superfície da célula envoltória. Tanto nas fibras mielínicas como nas amielínicas. FIBRAS MIELÍNICAS A membrana plasmática da célula de Schwann se enrola em volta do axônio. Essa membrana enrolada se funde, dando origem à mielina A bainha de mielina se interrompe em intervalos regulares, formando os nódulos de Ranvier, que são recobertos por expansões laterais das células de Schwann. O intervalo entre dois nódulos é denominado internódulo e é recoberto por uma única célula de Schwann FIBRAS AMIELÍNICAS As fibras amielínicas periféricas são também envolvidas pelas células de Schwann. Nas fibras amielínicas não existem nódulos de Ranvier, pois nelas as células de Schwann formam urna bainha contínua. NERVOS No sistema nervoso periférico as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Epineuro: Reveste o nervo e preenche os espaços entre os feixes de fibras nervosas Cada um desses feixes é revestido por uma bainha de várias camadas de células achatadas, justapostas, o perineuro. Dentro da bainha perineural encontram-se os axônios, cada um envolvido pela bainha de células de Schwann, com sua lâmina basal e um envoltório conjuntivo constituído principalmente por fibras reticulares sintetizadas pelas células de Schwann, chamado endoneuro. Contêm fibras aferentes e eferentes: as aferentes levam para os centros as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente = nervos sensoriais; já as eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores comandados por esses centros. = Nervos motores. A maioria dos nervos tem fibras dos dois tipos, sendo, portanto, nervos mistos. Esses nervos contêm fibras mielínicas e amielínicas GÂNGLIOS Os acúmulos de neurônios localizados fora do sistema nervoso central. Alguns gânglios reduzem-se a pequenos grupos de células nervosas situadas no interior de determinados órgãos, principalmente na parede do trato digestivo, constituindo os gânglios intramurais. Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser: sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes). GÂNGLIOS SENSORIAIS Há dois tipos de gânglios sensoriais. Alguns são associados aos nervos cranianos (gânglios cranianos) e outros se localizam nas raízes dorsais dos nervos espinais (gânglios espinais) Gânglios espinais: Aglomerados de grandes corpos neuronais, com muitos corpos de Nissl e circundados por células da glia denominadas células satélites. Neurônios são pseudounipolares. GÂNGLIOS DO SNA Contêm pequeno número de células nervosas, não apresentam cápsula conjuntiva. Os neurônios geralmente são multipolares e nos cortes histológicos mostram um aspecto estrelado. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Relaciona-se com o controle da musculatura lisa, com a modulação do ritmo cardíaco e com a secreção de algumas glândulas. Sua função é ajustar algumas atividades do organismo, a fim de manter a constância do meio interno (homeostase). As funções do sistema nervoso autônomo sofrem constantemente a influência da atividade consciente do sistema nervoso central. As fibras nervosas (axônios) que ligam o primei.ro neurônio ao segundo são chamadas de pré- ganglionares e as que partem do segundo neurônio para os efetores são as pós-ganglionares. O sistema nervoso autônomo é formado por duas partes, distintas por sua anatomia e por suas funções: o sistema simpático e o parassimpático. O mediador químico das fibras pós-ganglionares do simpático é a norepinefrina O mediador químico liberado pelas terminações nervosas pré- e pós-ganglionares do parassimpático é a acetilcolina. Em geral, nos órgãos em que o simpático é estimulador, o parassimpático tem ação inibidora, e vice-versa. Por exemplo, a estimulação do simpático acelera o ritmo cardíaco, enquanto a estimulação das fibras parassimpáticas diminui esse ritmo
Compartilhar