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WEBAULA 1
Unidade 2 – ORGANIZAÇÃO E DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL¹
 
Para que o professor seja competente, não basta o domínio de conhecimentos, recursos e algumas técnicas de ensinar, mas ser um profissional autônomo, criativo e que tenha compromisso com as necessidades dos alunos. Dessa forma, deve prever a articulação entre aprendizagem e os cuidados diários, respeitando o ritmo e o desenvolvimento da criança. O planejamento permite uma prática estruturada, pois envolve organização, sendo algo em permanente construção, flexível e composto por um conjunto de ações, voltada aos objetivos educacionais. Um processo contínuo de tomada de decisões, que deve contemplar o educar, o cuidar e o brincar, contribuindo para a autonomia das crianças, o conhecimento do seu corpo, a expressão artística, a linguagem oral, entre outros. O professor deve ter clareza da importância de planejar o trabalho pedagógico, o qual deve elaborar contemplando os momentos de rotina e os eixos da educação infantil: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, matemática, e natureza e sociedade.
O planejamento, além de contribuir com a programação da rotina, possibilita o desenvolvimento da aprendizagem significativa, o registro das ações desenvolvidas e a avaliação do processo através de momentos a  individuais e coletivo. Promove a intencionalidade da ação, atende aos interesses das crianças, a complexidade da proposta e a interação entre os envolvidos, ou seja, professores e alunos.
No início do ano letivo, a escola tem espaço destinado para elaboração do planejamento escolar, com o acompanhamento da equipe pedagógica. Contudo, percebemos certa descrença do professor em relação aos planos, como podemos observar nos dizeres abaixo que Vasconcellos (2000) extraiu do cotidiano escolar:
O que dizem os professores (1)
O planejamento é uma estruturação inútil. É mera burocracia. Serve apenas para cumprir as exigências burocráticas. É perda de tempo! Não serve para nada, é algo estéril. Para quê planejar, se já vem tudo pronto o que devemos dar? O planejado com muita antecipação é inviável, devido às variações do cotidiano. Na hora de planejar, tudo bem, mas depois.....Planejamento bem elaborado que só permanece no papel. A prática fica a desejar. Falta aplicação no dia-a-dia. Não adianta planejar: são tantos alunos, cada um com seu ritmo e jeito de aprender....
O que dizem os professores (2)
Planejar é se amarrar é perder a liberdade. Escraviza o trabalho do professor; camisa de força. Pode nos podar, acabar com nossa criatividade e as necessidades do aluno e da classe. Há uma cobrança muito grande para cumprir o programa. Eu tenho medo de não cumprir o que planejei. A culpa, como sempre é do professor. Quando é exigido seu cumprimento, sem dar importância se o aluno aprendeu o conteúdo, quando não pode ser refeito, tornando-o inflexível. Não pode ser reformulado quando necessário. O plano vira um fim em si mesmo, não dá liberdade do aluno participar.
Após esta leitura é sua vez de contribuir, acesse o Fórum e faça um comentário em defesa do planejamento, demonstrando sua importância e necessidade.
Os professores apesar de considerarem a importância do planejamento colocam uma série de obstáculos em sua realização, percebendo-o apenas como algo burocrático, que é realizado por imposição da equipe pedagógica, como ato de preencher papéis. Contudo, se não houvesse a cobrança, trabalhariam por longo tempo sem realizar planejamento, o que nos leva de maneira geral a acreditar que esta prática está marcada pela descrença dos professores. Os professores precisam ser sensibilizados sobre a necessidade de transformação.
Para planejar temos que ter claro o educando que queremos formar e a escola que temos e queremos, ter clareza quanto a nossa concepção de escola e sociedade. Implica em uma tomada de decisão, onde precisamos saber o que pretendemos (objetivos), o que ensinar? (conteúdos), como ensinar? (metodologia), como verificar se atingiram os objetivos? (avaliação). Planejar conduz a transformação da prática pedagógica, sendo um meio e não um fim em si mesmo. Só podemos ensinar bem, se sabemos onde queremos chegar.
Para planejar precisamos levar em conta algumas etapas:
Conhecimento da realidade - é importante conhecer as características e problemas que envolvem a realidade onde vai atuar, momento de levantamento de dados sobre a realidade, uma sondagem para levantar os conhecimentos prévios do aluno.
Delimitação dos objetivos de ensino - Correspondem as finalidades da nossa ação educativa e são classificados em dois níveis:
Objetivos gerais: são aqueles previstos para um determinado grau ou ciclo, para uma escola ou área de estudos e que serão alcançados em longo prazo. Exemplo: Ao término do curso, os alunos deverão ser capazes de...
Objetivos específicos: são aqueles definidos especificamente para uma disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula. Exemplo: Ao término da aula, os alunos deverão ser capazes de... (comportamento observável).
Os objetivos devem ser redigidos com linguagem clara e precisa, os objetivos gerais podem ser desmembrados em vários objetivos específicos a serem alcançados em curto prazo.
Conteúdo – deve ser significativo, voltado para os interesses e necessidades dos alunos, o qual não deve ser trabalhado de forma fragmentada, e possibilitar a interdisciplinaridade e visão crítica do aluno.
Metodologias de Ensino - Um dos fatores que norteiam a ação docente é a escolha dos métodos de ensino, que objetivam a aprendizagem do aluno e a construção do conhecimento.                         
Devemos partir do princípio que os métodos são meios facilitadores do processo de ensino aprendizagem, no qual, teorias pedagógicas e didáticas redefinem o significado da práxis. Podem ser selecionados de acordo com as necessidades de cada conteúdo trabalhado, deve promover a problematização dos conteúdos e da prática social do aluno.
Recursos de Ensino – meios para orientar a aprendizagem do aluno e envolve os materiais que poderão ser utilizados no desenvolvimento do trabalho.
Avaliação da Aprendizagem – deve levar em consideração a promoção da aprendizagem. A avaliação da aprendizagem permite acompanhar o processo de construção de conhecimento por parte do aluno, e o professor pode agir sobre estes resultados, revendo as falhas e verificando a evolução do aluno.
O professor precisa delimitar os objetivos a serem atingidos em relação a um determinado conteúdo e a avaliação não deve ser pensada como um fim em si mesmo, mas ser vista como uma forma de se obter informações para trabalhar os resultados apresentados e para isso deve utilizar-se de uma variedade de instrumentos.
O professor ao elaborar o seu planejamento de ensino, deve prever a criação de espaços lúdicos que envolvam jogos, brinquedos e brincadeiras. É importante que a metodologia contribua para a autonomia do aluno, onde a criança possa ter liberdade de escolha.
O brincar contribui para a aprendizagem, o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, possibilita o seu desenvolvimento e o seu processo de socialização. Por meio do brincar, a criança aprende de forma prazerosa, vivencia situações concretas de aprendizagem, sente-se motivada, desafiada, amplia a sua linguagem.
É necessário que o professor insira o brincar em seu planejamento, pois sabemos que, por meio do brinquedo, a criança constrói o seu universo, manipulando-o e trazendo para a sua realidade situações inusitadas do seu mundo imaginário.
A nosso ver, o brincar desenvolve o pensamento, as crianças aprendem por descoberta e buscam soluções para situações-problema que vivenciam.  Autores afirma que este promove a atenção e a concentração e as crianças aprendem da forma que mais gostam, através de atividades espontâneas e dirigidas.
O caráter educativo do brincar deve ser visto como uma atividade formativa, que possibilite o desenvolvimento integral do sujeito quer seja, na sua capacidade física, intelectual e moral, como também a constituição da individualidade,a formação do caráter e da personalidade de cada um. Na fase dirigida há a presença das brincadeiras como atividades cujo objetivo específico é o de promover a aprendizagem de um determinado conceito, ou seja, além de serem marcados pela intencionalidade do educador.
Ao brincar, os alunos reproduzem várias situações do seu dia-a-dia, trocam informações, saberes, comunicam-se, cabe ao educador, possibilitar diversas experiências que envolvam músicas, sons de objetos, animais entre outros.
WEBAULA 2
Unidade 2 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL¹
A avaliação na Educação lnfantil apresenta especificidades que a diferem da avaliação no ensino fundamental ou médio. É o momento de registrar o desenvolvimento da criança, pois deve ser avaliada de acordo com o seu ritmo próprio, subsidiado por informações extra-escola, notadamente sobre o seu comportamento em casa (sono, alimentação, disposição para brincar, demonstrações de afeto, medos, rancores), e manter indicadores para as avaliações seguintes, que determinarão as intervenções pedagógicas necessárias
O desempenho e as reações do avaliado nas várias atividades podem refletir o seu nível de cognição e o seu grau de desenvolvimento. A avaliação na, Educação Infantil, deve auxiliar o processo de aprendizagem e fortalecer a auto-estima das crianças, permitindo que elas acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo do tempo.
O professor de Educação Infantil deve ter em mente que ao avaliar uma situação ele não pode valorar a dificuldade do aluno, mas sim, verificar se essa situação é importante e qual é o grau da dificuldade que o aluno possui. Também o responsável pela sala deve estar atento ao estágio de desenvolvimento cognitivo no qual a criança se encontra e assim poderá intervir e planejar sua prática pedagógica, propiciando condições ao aluno para que supere as suas dificuldades.
Na Educação Infantil as atividades de avaliação devem ser mais convidativas e possibilitar momentos de participação espontânea e dirigida que propiciem a expressão real do que elas apreenderam. 
A Avaliação Formativa na Educação Infantil
A avaliação formativa nessa modalidade de ensino é gradual e seqüencial, avaliando não a criança apenas, mas principalmente as situações de aprendizagem que lhe são oferecidas, as oportunidades e experiências que vivencia e das quais decorrem as expectativas dos resultados de sua avaliação. Por exemplo, um aluno somente conhecerá os nomes dos colegas de sala, se lhe foi oportunizada essa informação, sua utilidade e importância.
 Sobre a avaliação, o RCNEI – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, sugere a avaliação formativa. Observa-se que no volume 2 da obra (Formação Pessoal e Social), a avaliação está no item: observação, registro e avaliação formativa, que traz a seguinte introdução:
 A observação das formas de expressão das crianças, de suas capacidades de concentração e envolvimento nas atividades, de satisfação com sua própria produção e com suas pequenas conquistas é um instrumento de acompanhamento do trabalho que poderá ajudar na avaliação e no replanejamento da ação educativa. (BRASIL, 1998, p. 66)
 Partindo do princípio de que a avaliação formativa baseia-se na interação da criança com o meio, a intervenção do professor ocorre como um mediador de relacionamentos, de provocador de dúvidas e estimulador de pesquisa. Como consta no RCNEI:
 A intervenção do professor é necessária para que, na instituição de educação infantil, as crianças possam, em situações de interação social ou sozinhas, ampliar suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e idéias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos etc. Para isso, o professor deve conhecer e considerar as singularidades das crianças de diferentes idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias etc. das crianças com as quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando suas pautas de socialização. (BRASIL, 1998, vol. 1, p. 30)
Na Educação Infantil deve conhecer seu alunos, seus interesses, necessidades e possibilidades, para que possa planejar adequadamente e realizar a avaliação de forma contínua. É importante observar as dificuldades apresentadas pelas crianças, para que posamos intervir e nesse momento retomar os objetivos para verificar em que mediada foram atingidos ou não
As vantagens dessa modalidade de avaliação é a igualdade de tratamento que se busca dar a todas as crianças, tanto nas oportunidades como no atendimento às dificuldades. Também o registro diário multiplica as chances de acompanhamento das crianças pelo professor, que durante todo o período verifica o estágio de aprendizado dos alunos. É a proximidade preconizada no RCNEI:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (BRASIL, 1998, vol. 1, p. 23).
Dentro do sistema educacional brasileiro, existem situações problemáticas a serem enfrentadas. Uma delas é o aspecto terminal dado à Educação Infantil, que causa uma ruptura entre essa fase e o Ensino Fundamental. É como se as duas etapas fossem cursos diferentes, tanto que algumas escolas adotam a formatura da educação infantil. Outra discussão ocorria até a recente mudança para o ensino fundamental de nove anos, porque até então, a criança ingressava no ensino fundamental aos sete anos de idade, desde que tivesse atingido padrões de aprendizagem de leitura e escrita definidos como mínimos aceitáveis para esse ingresso no ensino fundamental. Caso contrário, permaneceria na chamada classe de alfabetização.
Observa-se que nos Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil, consta que:
A avaliação na Educação Infantil é definida a partir dessa concepção de desenvolvimento integrado, e assim deve ser processual acontecendo de forma sistemática e contínua. Seu acompanhamento e registro têm objetivos de diagnóstico e não de promoção ou retenção, exigindo a redefinição das estratégias metodológicas utilizadas com as crianças de 0 até 6 anos de idade. (BRASIL, 2006, vol. 1, p. 32)
A avaliação não se presta, portanto, para o propósito de classificar o aluno ao ano escolar que o mesmo deve ser mantido ou matriculado. Porque se assim for, incorre-se no maior problema da avaliação classificatória, onde um número (nota) define o futuro do aluno, se ele permanece em determinada série ou progride para o próximo. A progressão definida somente nas notas atribuídas em provas esparsas torna a evolução serial em um mecanismo automático, uma máquina separadora, onde a escola pode decidir os rumos do aluno, transformando-o em um operário, automatizado e despreparado.
Não se trata apenas da progressão continuada, possível pelo parágrafo 2º do artigo 32 da LDB e que não é objeto do presente estudo, mas do fato de que qualquer que seja a forma de progressão, a mera avaliação por notas isoladas não pode justificar a movimentação do aluno entre os anos.
Importante também observar que existe um equívoco da chamada “classe de alfabetização”, que define o critério de alfabetização como requisito para a passagem ao ensino fundamental, fazendo com que crianças que não tenham atingido os padrões desejáveis de leitura e escrita não possam ingressar na fase seguinte, embora já tenham assimilado níveis satisfatóriosem outros campos de conhecimento (BRASIL, 1998, vol. 1, p. 59).
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na avaliação escolar são necessários instrumentos que acompanhem o processo de construção do conhecimento escolar, dessa forma, deve se considerar a utilização de instrumentos diversificados, que alcancem as especificidades da evolução da criança. No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil encontramos que
A avaliação não se dá no momento final do trabalho. É tarefa permanente do professor, instrumento indispensável à constituição de uma prática pedagógica e educacional verdadeiramente comprometida com o desenvolvimento das crianças (BRASIL, 1998, v. 3, p. 203).
Os instrumentos avaliativos mais utilizados nessa modalidade de ensino são a observação e o registro respectivo. Documentalmente, o instrumento de avaliação mais comum é o relatório, onde é narrado o histórico do aluno naquele período, e outras formas como dossiê e oportfólio. Em geral, o dossiê é um relatório mais elaborado, mais detalhado. Já o portfólio é o registro da aprendizagem do aluno, através da seleção e arquivo de documentos por ele produzidos, e outros que evidenciam o seu desempenho rumo aos objetivos propostos.
Observação
Através da observação são registrados os processos de aprendizagem realizados pelas crianças, a freqüência e qualidade das interações estabelecidas pelos alunos com outras crianças, o professor e demais pessoas envolvidas na sua formação. A principal utilidade da observação é fornecer uma visão ampla sobre todas as crianças, mas que destaque as particularidades de cada uma.  A observação é um procedimento importante para que o professor conheça o aluno, e reconheça a posição do aluno frente ao tempo e espaço na escola, podendo ser realizada através de técnicas e formas pré-estabelecidas ou somente pela sensibilidade do professor em captar informações transmitidas nas atividades cotidianas da criança.
Embora usualmente aplicada em técnica simples, a observação tem bom grau de confiabilidade e contribui para o planejamento das atividades educativas, servindo como investigação e reflexão sobre o processo de aprendizagem diante da organização do trabalho educativo e da intervenção pedagógica.
Consideradas as características da Educação Infantil, especialmente a precocidade etária dos alunos, verifica-se nessa etapa da educação um ambiente propício ao uso da observação como técnica avaliativa, porque aproveita a naturalidade do comportamento e a continuidade do processo, opondo-se à tensão e momentaneidade típicas da avaliação pontual.
Registro
A anotação escrita é a primeira forma de registro da avaliação, preservando informações que não podem ser apenas retidas pela memória do professor. Porém, podem ser utilizados outros meios de preservação de dados, como a gravação audiovisual ou o arquivamento do material produzido pelas crianças (portfólio).  
A estrutura de um formulário de registro deve considerar alguns aspectos: onde, quanto, o que, como, quando registrar sobre os alunos e finalmente, conter um espaço para as características especiais de cada aluno. Seu conteúdo e expectativa devem ser adequados a cada ano de escolarização.
Quanto à periodicidade de registro, é recomendável a anotação diária das informações referentes ao processo de aprendizagem, objetivando o registro seguro e preciso dos avanços e dificuldades percebidos em relação a cada aluno. A compilação de tais dados pode ocorrer usualmente no intervalo bimestral, mesmo período usualmente utilizado para as outras formas de avaliações formais.
O propósito do registro é coletar informações sobre o aluno que permitam ao professor uma comunicação direta com instrumentos utilizados na Educação Infantil, assegurando um melhor desenvolvimento do aluno no que se refere às suas necessidades cognitivas e intelectuais, ampliando-se até mesmo aos campos sociais e afetivos.
O relatório, que é um dos registros mais adequados à Educação Infantil, não pode conter valores ou indicativos que discriminem a criança perante as demais ou a rotule. Por exemplo: Fulano é o melhor da sala ou Beltrano nunca aprende.
As três formas mais comuns de registro são o dossiê, o portfólio e as atividades escritas, que visam aferir se os objetivos propostos estão sendo alcançados pelo grupo. Para o desempenho individual, existem, a ficha de registro docente e o relatório descritivo (da criança):
a) dossiê: coletânea de atividades individuais ou coletivos, obtidos em períodos regulares e sucessivos.
b) portfólio: conjunto de registros relativos aos grupos, que não obedece a cronologia necessariamente e usualmente aplicados em projetos específicos.
c) atividades escritas: são aquelas relacionadas ao tema trabalhado no momento, onde haja atividades que estimulem as crianças a pensar sobre o tema, antes de se expressar, seja por palavras, desenhos ou qualquer outra forma gráfica.
Para que esses registros sejam eficientes é necessário que a coleta de dados seja imediata, planejada e contemple não somente os resultados positivos, mas também as dificuldades e dúvidas dos alunos.
No aspecto individual, por um lado, pode-se trabalhar a ficha de registro docente, instrumento de uso exclusivo do professor, onde resta registrado o desenvolvimento de cada criança, através de critérios e ponto de vista do professor. Diferencia-se do relatório descritivo, que de forma textual, leva aos pais a avaliação da criança, possibilitando-lhes acompanhar sua aprendizagem.

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