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O direito empresarial é o ramo do direito que tem por objetivo a regulamentação da atividade econômica, que atua na circulação ou produção de bens, bem como na prestação de serviços (VIDO, 2013, p. 25). A palavra equidade significa apreciação, julgamento justo ou respeito à igualdade de direito de cada um, que independe da lei positiva, mas de um sentimento do que se considera justo, tendo em vista as causas e as intenções (DICIONÁRIO HOUAISS, 2001) Quanto à abertura da empresa e sua legalização, temos os seguintes passos: 1. Junta comercial, que realiza o registro da microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), assunto de que trataremos em nosso próximo encontro. 2. Receita Federal, que emitirá o número de CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica. 3. Secretaria de Fazenda e Estado, se a empresa exercer atividade industrial ou comercial, momento em que teremos a incidência do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. 4. Prefeitura Municipal, responsável pela emissão do Alvará de Funcionamento e fiscalização quanto ao cumprimento da legislação local, zoneamento, higiene sanitária, meio ambiente, etc Outra questão referia-se quanto aos impedidos de exercer atividade empresarial; o seu João não está categorizado em nenhuma delas. Vamos lembrar quais são: • Falidos, durante suas obrigações com a massa falida (artigo 158 da Lei nº 11.101/2005); • leiloeiros e corretores; • servidores públicos no exercício da atividade pública ; • deputados e senadores não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresa ou exercer em empresa função remunerada; • estrangeiros e sociedade sem sede no Brasil, no caso de algumas atividades (como, por exemplo: empresa jornalística e de radiodifusão ou de exploração e aproveitamento de jazidas e outros recursos minerais, entre outras); • médicos, no exercício simultâneo de farmácia. Quanto aos órgãos envolvidos, temos a Receita Federal (CNPJ), a Junta Comercial (Cadastro comercial da empresa), a Prefeitura Municipal (Alvará de Funcionamento) e Escritórios de Contabilidade e Advocacia 1. Cabe ao direito empresarial: a) Regulamentar as relações civis. b) Regulamentar as relações de compra e venda de bens imóveis. c) Regulamentar a capacidade e emancipação. d) Regulamentar a atividade econômica das pessoas que atuam na circulação, produção e prestação de serviços. e) Regulamentar as relações de consumo. 2. Inicialmente, as relações comerciais no Brasil, em especial com a abertura dos portos, eram fundamentadas em costumes. Após a independência do país, percebeu-se a necessidade de criar um conjunto de leis, o que ocorreu em 1850, tendo como base o código francês de 1807. O responsável por essa promulgação foi: a) Dom Pedro I. b) Dom Pedro II. c) Pedro Álvares Cabral. d) Pero Vaz de Caminha . e) Maria Antonieta. 3. Com a vigência do Novo Código Civil, à luz do artigo 966, é correto afirmar que o direito brasileiro concluiu a transição para a: a) “Teoria da empresa”, de matriz francesa. b) “Teoria da empresa”, de matriz italiana. c) “Teoria da empresa”, de matriz portuguesa. Introdução ao direito empresarial U1 18 4. Pela teoria da empresa, adotada pelo novo Código Civil, pode-se afirmar que o principal elemento da sociedade empresarial é: a) O trabalho. b) O capital. c) A organização. d) O ativo permanente. e) O maquinário. 5. Aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços denomina-se: a) Profissional liberal. b) Comerciante. c) Agricultor. d) Empresário. e) Incorporador. 6. Qual a classificação das atividades econômicas? Explique-as: Classificação Nacional de Atividades Econômica (CNAE), aplicada a todos os agentes econômicos que esta engajados na produção de bens e serviços, podendo compreender estabelecimentos de empresas privadas ou públicos, estabelecimentos agrícola, organismos públicos e privados, instituições sem fins lucrativos e genes autônomos ou seja pessoa física Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/3338651#readmore 7. Quais as pessoas que são impedidas de exercer a atividade empresarial? Vamos lembrar quais são: • Falidos, durante suas obrigações com a massa falida (artigo 158 da Lei nº 11.101/2005); • leiloeiros e corretores; • servidores públicos no exercício da atividade pública ; • deputados e senadores não podem ser proprietários, controladores ou diretores de empresa ou exercer em empresa função remunerada; • estrangeiros e sociedade sem sede no Brasil, no caso de algumas atividades (como, por exemplo: empresa jornalística e de radiodifusão ou de exploração e aproveitamento de jazidas e outros recursos minerais, entre outras); • médicos, no exercício simultâneo de farmácia. Quanto aos órgãos envolvidos, temos a Receita Federal (CNPJ), a Junta Comercial (Cadastro comercial da empresa), a Prefeitura Municipal (Alvará de Funcionamento) e Escritórios de Contabilidade e Advocacia A palavra jurisprudência consiste nas decisões continuadas dos tribunais sobre determinado assunto. Assim, uma jurisprudência possibilita que as decisões sejam mais uniformes, já que o assunto tratado está tendo a mesma decisão final (MARTINS, 2013, p. 38). Já a palavra analogia consiste no emprego de outros códigos e leis a assuntos nos quais não haja sua contemplação na lei comercial ou civil, ou até mesmo jurisprudência que verse sobre o assunto (MARTINS, 2013, p. 39). Quantos aos princípios jurídicos do direito comercial, temos: • livre iniciativa; oLivre movimentação interna de capitais; oLivre empreendimento; • liberdade de contratar; • regime Jurídico Privado; • livre concorrência; • função social da empresa; Vocabulário Introdução ao direito empresarial U1 22 • preservação da empresa (MARTINS, 2013). Vistos os princípios do direito comercial, podemos analisar suas características, as quais são: • simplicidade: diferente de outros segmentos do direito, o direito comercial busca soluções para as diversas relações jurídicas de forma simples, visando atender de forma pronta as necessidades econômicas do comércio; • internacionalidade: voltado para a internacionalização o Direito Comercial constitui um laço com outros países e nações, o que traz à tona a necessidade de regras aplicáveis a todos os povos; • rapidez: dinâmico, busca simplificar as relações a fim de atender, de forma ágil, às necessidades das questões empresariais; • elasticidade: renova-se de forma constante ao aceitar e absorver regras e usos trazidos pelas relações comerciais ocorridas no cotidiano do âmbito empresarial; • onerosidade: o direito comercial é oneroso, visto que as relações comerciais visam ao lucro (MAMEDE, 2011). A livre concorrência consiste no estímulo do estabelecimento de um ambiente de concorrência dos agentes privados a bem do mercado e da ordem econômica. Constitui infração à ordem econômica e a livre concorrência: • limitar, falsear ou de qualquer forma vir a prejudicar a livre concorrência ou iniciativa; • dominar o mercado de bens ou serviços; Reflita Introdução ao direito empresarial U1 23 • aumentar os lucros de forma arbitrária; • exercer de forma abusiva posição dominante, controlando, assim, grande parte do mercado em forma monopólio (MAMEDE, 2011). Compreendendo as fontes do direito empresarial, temos: Assim, ao falarmos da capacidade civil do agente, utilizamos o Código Civil, que constitui uma fonte do direito empresarial em suas normas empresariais, conforme pode se verificar no esquema acima. Trataremos da capacidade civil em uma seção específica. Fonte: Ramos (2010, p. 22). Fontes do Direito empresarial Normas empresariaisUsos e costumes comerciais V. artigo 8o da Lei O princípio da livre iniciativa (ou liberdade de iniciativa) _ garante ao homem o direito ao acesso do mercado de produção de bens ou serviços, por sua conta e iniciativa, empreendendo em qualquer atividade econômica. Quanto a função social da empresa compreende-se como o papel social da empresa na manutenção de sua função e de seus direitos, bem como atender aos interessados dos interesses dos que se situam em seu entorno, também conhecidos como stakeholders, conceito esse que inclui acionistas, empregados e comunidade. A função social da empresa não apenas protege a empresa em seu âmbito legal, mas traz à tona à sociedade os objetivos da empresa e o cumprimento de seu papel social, visando com isso a manutenção do meio ambiente, valorização dos clientes, consumidores e a sociedade.
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