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Legislação II aula 3

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Legislação II
Aula 3 : Introdução ao direito do trabalho os direitos sociais e a formação da relação jurídica
Começaremos agora o nosso estudo sobre as peculiaridades do direito do trabalho, direcionado para as praticas do serviço social.
Estudaremos os conceitos básicos, sua origem, fontes , princípios, os direitos sociais contidos na constituição, com ênfase no artigo 7º e, por fim, o empregado como primeiro elemento da relação jurídica.
Veremos a importância dessas noções básicas para sequência de nossas aulas.
Fontes do Direito do Trabalho
Temos as fontes materiais e as fontes formais se dividem em fontes heterônomas e fontes autônomas.
Segue a relação entre os conceitos de fontes do direito do trabalho
Convenção coletiva do trabalho
Quando os sindicatos dos empregadores e o dos empregados negociam e chegam a um acordo 
sobre as condições de trabalho a vigorar durante determinado período de tempo.
Acordo coletivo
Quando uma empresa (geralmente muito grande), que não quer recorrer ao seu sindicato, negocia diretamente com o sindicato representativo de seus empregados, fixando as condições de trabalho para a categoria de trabalhadores durante um determinado período de tempo.
Dissídio coletivo
Quando as condições de trabalho da categoria são estipuladas pela 
Justiça e não pelas próprias partes, uma vez que estas não 
chegaram a um entendimento. Trata-se de uma atipicidade da 
Justiça do Trabalho, pois quem faz as leis no país é o Poder 
Legislativo e aqui, por exceção a regra, em razão de seu Poder 
Normativo, cria direitos e obrigações para determinada 
categoria profissional.
Integração
O artigo 8, da CLT, autoriza que o magistrado, na falta de 
expressa disposição legal ou convencional, possa socorrer-se 
da analogia, da equidade, dos princípios gerais do Direito e, 
ainda, da doutrina (Integrar – significa completar, inteirar).
Princípios do Direito do Trabalho
Sabemos que os princípios são os comandos gerais, diretrizes básicas de um sistema, ou seja, os pilares, os alicerces de uma ciência como fontes inspiradoras, informativas e interpretativas.
Destacaremos agora os princípios que norteiam, especificamente, o Direito do Trabalho.
Respeito á dignidade do trabalhador
Seu fundamento legal é justamente a Constituição Federal, que afirma de forma categórica a total impossibilidade de discriminação ao empregado, seja o mesmo de qualquer cor, raça, preferência sexual, sexo etc. 
A CLT também prevê no art.3º - Parágrafo único, que: “Não haverá distinções relativa à espécie de emprego e à condição do trabalhador, seja esse trabalho intelectual, técnico ou manual”.
Principio da proteção
Este princípio parte da premissa que como o empregador é detentor do poder econômico, assim ficando em uma situação privilegiada, o empregado será conferido de uma vantagem jurídica que buscara equalizar esta diferença. Ou seja, o empregado é a parte mais fraca na relação jurídica, visando atenuar as desigualdades entre as partes.
Esse princípio ainda se desdobra em outros três. Clique aqui para conhecê-los.
Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas
O legislador erigiu algumas normas de proteção mínima, visando a proteção do empregado, justamente pela posição mais vantajosa do empregador.
Significa que somente em situações excepcionais, e desde que não haja prejuízo para o trabalhador, poderá haver a possibilidade de renuncia (abrir-mão) de certos direitos, sob pena de nulidade, conforme dispõe o artigo 9º da CLT: 
“ Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação de preceitos contidos na presente Consolidação“.
Flexibilização dos Direitos Trabalhistas
A proteção do Estado continua a existir, porém há uma tendência moderna a deixar que as partes pactuem livremente a forma e cláusulas contratuais.
ART. 7º, INC., I CRFB/88– “irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”.
Alguns direitos permanecem irrenunciáveis, tais como: aviso prévio, adicional de horas extras nunca inferior a 50%, assinatura da Carteira Profissional, férias etc;
Proibição de alteração das condições contratuais  
O pactuado no contrato de trabalho entre empregado e empregador não pode ser alterado. Alterações praticadas dentro do contrato de trabalho só serão permitidas se não causarem prejuízo para o empregado. 
Art. 468 da CLT: “Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições, por mútuo consentimento, e ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado”.
Norma mais favorável
Existem várias normas definindo direitos e obrigações para o trabalhador. Logo, poderá ocorrer que para uma determinada situação concreta, exista mais de uma possibilidade de se reconhecer direitos e obrigações ao operário. Em tal caso irá prevalecer a norma mais favorável ao trabalhador.
Ex: Interpretação da CRFB/88 e Norma Coletiva com percentual do adicional de horas extras maior que o estabelecido na CRFB/88 que é de no mínimo 50% -Art. 7º, inciso XVI da CRFB
Primazia da Realidade 
(ou da verdade real) 
Não pode o julgador ficar adstrito aos documentos, devendo levar em consideração a realidade fática para a proferir a decisão.
 O que é a carteira de trabalho?
Carteira de Trabalho e Previdência Social é o documento que serve para identificar o empregado e sua área de trabalho. Além disso, ela registra informações acerca da vida profissional do trabalhador como: data de admissão e /ou demissão, o valor da remuneração, aumentos salariais, férias, obtenção de benefícios da Previdência Social.
 Nesse sentido, ressaltamos que Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário.
Como devo proceder para admitir um empregado sem a sua CTPS, se na localidade não houver um órgão para sua emissão?
Nas localidades onde não for emitida a Carteira de Trabalho e Previdência Social poderá ser admitido, até 30 (trinta) dias, o exercício de emprego ou atividade remunerada por quem não a possua, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emissão mais próximo.
Se o empregado não possuir carteira nas datas de admissão e demissão, ele terá algum documento comprobatório?
Além do prazo estabelecido, o empregador fornecerá ao empregado, no ato da admissão, documento do qual constem a data da admissão, a natureza do trabalho, o salário e a forma de seu pagamento.
 Se o empregado não possuir a carteira na data em que for dispensado, o empregador lhe fornecerá atestado de que conste o histórico da relação empregatícia.
Atividade
Nice exerce atividade laborativa de assistente de produção na empresa JFUI LTDA, de 2ª a 6ª feira das 08h às 17h, com 01 hora de intervalo, percebendo mensalmente: R$ 750,00 ( setecentos e cinquenta reais) há mais de 06 meses, sem que seu empregador, até o presente momento tenha se dignado em assinar sua carteira de trabalho. Seu empregador alega que ela não preenche os requisitos necessários e, portanto, não há que se falar em vínculo de emprego.
1) Está correta a alegação do seu empregador? Por quê?
2) O empregador pode ser penalizado por não assinar a carteira de Nice?
Gabarito
Nesse caso, Nice tem direito ao vínculo de emprego, tendo em vista que estão preenchidos os requisitos do art.3º da CLT, ou seja, subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoa física e pessoalidade (intuito personae).
Consequentemente, haverá sanção ao empregador pelo descumprimento da previsão legal contida no ar.29 da CLT, que concede o prazo de 48 horas para assinatura da CTPS e, na hipótese de sua inobservância, aplica-se o art. 53 da CLT ( valor da metade do salário mínimo).

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