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Teoria Geral dos Contratos

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Teoria Geral dos Contratos 
02/08
A teoria do direito das obrigações e sua repercussão no universo contratual
Contrato formal: é aquele que é feito dentro das regras exigidas pelo código civil. Exemplo: escritura pública
Estudar o direito dos contratos implica em dizer que estamos estudando o direito das obrigações. Antes de analisarmos o conceito e a origem histórica dos contratos, torna se mister uma reflexão a cerca do conceito de obrigação dos seus elementos, suas fontes e modalidades. A palavra obrigação consiste numa espécie do gênero relação jurídica cujo o objeto tem estimabilidade econômica. Daí os conceitos clássicos convergem para o fato de que a obrigação é uma relação jurídica de caráter econômico que vincula credor ao devedor na expectativa de que o segundo (devedor) venha satisfazer uma prestação de caráter econômico cuja modalidade importa me dar (coisa certa coisa incerta), fazer (pessoal ou impessoal) e não fazer numa abstenção de conduta. As obrigações de dar e fazer são chamadas de obrigações positivas, sendo que a obrigação de dar implica na entrega da coisa ou na sua restituição que tem como característica como ocorre nos contratos de compra e venda, doação e locação (contratos em espécie). Daí para que a relação jurídica obrigacional se materialize torna se necessário a presença dos seguintes elementos: as partes (credor e devedor), vínculo jurídico e a prestação (consiste na conduta de dar, fazer ou não fazer alguma coisa). Assim quando estudamos as fontes do direito das obrigações vimos que a obrigação pode ter como fonte a lei, a declaração unilateral da vontade, o ato ilícito e por fim os contratos, no qual a teoria geral dos contratos consiste no elemento a ser investigado nos art. 421 a 280.
09/08
Inicialmente antes de analisarmos os artigos contidos no CC, ou seja, do art. 421 ao 480, torna se necessário uma reflexão acerca da construção do conceito jurídico de contato. O conceito de contrato no seu sentido lato sensu (sentido amplo) é todo negócio jurídico que se forma pelo concurso de vontades. 
OBS: Com relação aos elementos para validade do negócio jurídico devemos nos reportar ao art. 104 do códex civil quando menciona os seguintes elementos para validade do negócio jurídico. 
Agente capaz (capaz de exteriorizar vontade que o direito reconheça efeito jurídico). 
Objeto lícito, possível e determinável 
Forma prescrita ou não defesa em lei 
OBS: No que tange a regra de nulidade e de anulabilidade do negócio jurídico ficar atento as regras contidas nos art. 166 (nulidade, contrato nulo) e 171 (anulabilidade, contrato anulável).
Com relação ao terceiro elemento para validade dos contratos, ficar atento ao sentido que a norma dá a forma prescrita ou não defesa em lei. Pois como regra o CC prima pelo princípio do consensualismo e não o princípio do formalismo. Quando a lei exigir forma prescrita para realização do negócio jurídico, como no caso do art. 108, CC que alerta que nos contratos que tenha por objeto bem de natureza imóvel cujo valor seja superior a 30 salários mínimos, a lei prescreve como forma essencial para a validade do negócio jurídico que este seja feito por escritura pública. Daí se não observar a forma prescrita pelo legislador o negócio jurídico será nulo e não anulável conforme preceitua o art. 166, III, CC. 
16/08
Importante ressaltar que os elementos constitutivos dos contratos podem ser: 
Elementos essenciais para sua validade (CC, art. 104) 
Elementos acidentais (podem ou não se fazer presentes no contrato)
Elementos naturais dos contratos: vícios redibitórios (art. 441 a 446, CC) e evicção (art. 447 e seguintes, CC).
OBS: prazo consiste no período entre o início e o fim de uma obrigação, os contratos podem ou não possuir prazo. 
Pressupostos e requisitos dos contratos: 
Pressupostos e relação contratual válida
- Capacidade das partes
- Idoneidade do objeto 
- Forma prescrita ou não em lei 
Requisitos dos contratos 
- Consentimento 
- Causa
- Objeto
- Forma 
- Capacidade das partes
Após analisarmos os elementos constitutivos torna-se mister a identificação das duas vontades convergentes que desencadeiam a estrutura do negócio jurídico, sendo ela: 
Proposta é a declaração de vontade de um dos contratantes, contendo os limites do negócio que se quer realizar, de forma a que baste ao outro, caso concorde, apenas a aceitar.
Aceitação é a declaração de vontade de um dos contraentes aceitando (concordando) com os limites apresentados pelo proponente. Daí devemos ficar atentos que a aceitação não pode ser dada fora do prazo, nem conter adições, restrições ou modificações. Pois isso seria considerar a aceitação como nova proposta (art. 428, CC). 
OBS: O art. 428, CC traz como efeito a desoneração do proponente em face de quem a proposta é direcionada. Daí a proposta em princípio obriga o proponente, mas há casos em que a mesma deixa de ser obrigatória, como o caso do art. 428, CC. Portanto ficar atento que a proposta (poli citação) e a aceitação (oblação) constituem como as duas declarações convergentes que desencadeiam o negócio jurídico, cuja a proposta da forma como foi direcionada deverá ser aceira pelo oblácio mas caso o aceitante promova qualquer modificação, adição ou subtração, esta aceitação importará em uma nova proposta e neste caso, o art. 135, CC e o art. 9°, §2°, LLIC, deixa claro quanto ao lugar da formação do contrato.
Ficar atento ao fato que o art. 30, CDC, trata do instituto da oferta denominado no CC como proposta. Assim o instituto da proposta só irá vincular o proponente à luz do CC nas condições estabelecidas pelo legislador. Outro ponto fundamental está ligado diretamente aos princípios norteadores do regime contratual. A matéria inerente aos princípios contratuais é de certo modo entregue a doutrina, e tratada pelos doutrinadores por diversas formas. Todavia para efeito de nossos estudos vamos trabalhar com os princípios de maior incidência no livro dos doutos, sendo eles: 
Princípio da autonomia da vontade
Princípio do consensualismo 
Princípio da obrigatoriedade dos contratos 
Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos
Princípio da boa fé 
OBS: Princípio fundamental no estudo dos contratos está diretamente relacionado a função social dos contratos previstos no art. 421, CC, que inaugura o estudo da teoria geral dos contratos, quando cita: art. 421, a liberdade de contratar será exercida na razão e nos limites da função social dos contratos. O conceito de função social é um conceito aberto e isso significa dizer que o princípio da função social dos contratos se constitui num verdadeiro princípio “guarda chuva”, significa dizer que na análise da função social dos contratos vamos identificar diversos princípios constitucionais que estão atrelados ao princípio da função social dos contratos, como por exemplo, o princípio da dignidade da pessoa humana, princípio da boa fé, etc. 
23/08/17
Dos princípios contratuais 
O código civil brasileiro, na concepção de seu grande artífice (Miguel Reale), está impregnado das diretrizes fundamentais da eticidade, socialidade e da operabilidade. 
OBS: A rigor as três diretrizes ora mencionadas mostram-se muito presentes no estudo dos contratos, confirme já mencionado no semestre passado. Todavia torna-se mister quando do estudo dos contratos fazermos uma reflexão acerca da distinção entre norma jurídica e princípios, no caso em tela, no campo dos princípios contratuais.
Da distinção de princípio e norma jurídica
Normas jurídicas são preceitos que objetivam dirigir a conduta das pessoas ou apenas determinar a produção de determinado efeito jurídico como justo. Segundo o momento histórico e econômico em que foi editado. A norma jurídica é o gênero de que são espécies as regras e os princípios. 
OBS: A grande diferença entre princípio e norma está no fato que a regra está facilmente identificada no ordenamento jurídico, pois seu enunciado normativo é claro e menos abstratodo que os princípios. A norma jurídica é p gênero de que são espécies, as regras e os princípios. De efeito, o princípio é dotado de uma generalidade e abstração muito maior do que as regras, ostentando fundamentabilidade muito maior do que as regras e servindo como verdadeiros standards da própria justiça. A incidência de ambas as expressões legislativas torna a ordem jurídica mais apta a cumprir o fim de proporcionar segurança jurídica e justiça dos seus destinatários. Assim se faz a construção do pensamento jurídico, quando da interpretação dos contratos. 
- Princípio da autonomia da vontade: remete a ideia e concepção da liberdade que tem os contraentes de poder estabelecer livremente as suas convenções. Este princípio não se aplica nos contratos de adesão pois os contratos de adesão quanto a sua natureza impede a outra parte de discutir o contrato e suas clausulas no momento de sua confecção, ou seja, apenas uma das partes redige o contrato e impõe as condições que serão apresentadas ao outro, que vai emitir a sua vontade, aceitando ou não as condições estabelecidas. 
OBS: O art. 423, CC estabelece a regra que dita a seguinte condição: os contratos de adesão em que houver cláusula contraditória ou ambígua, esta deverá ser interpretada de forma mais favorável ao aderente, responsabilidade redacional do proponente. O CDC em seu art. 54, cita o que vem a ser o contrato de adesão que é regra no CDC e o art. 47 que estabelece que os contratos oriundos da relação de consumo deverão ser interpretados de forma mais favorável ao consumidor. 
Por fim, o princípio da autonomia da vontade também é afetado por força do diligismo contratual, ou seja, a interferência do estado nas relações entre os particulares, objetivando o equilíbrio entre os contratantes. 
Justiça é o meio pelo qual o direito se desenvolve. 
30/08/17
Princípio do consensualismo: Desde que não seja exigida forma especial, o contrato perfaz-se com o acordo de vontades (Art. 107 CC). 
OBS: Com relação ao princípio em tela devemos focar atentos a questão quanto ao fato da prova do negócio jurídico não formal, ou seja, que não venha primar pelo princípio do formalismo. Assim, os negócios jurídicos que a lei não exigir formar especial, poderá ser provado mediante as condições previstas no Art. 212, CC. Portanto a regra geral dos contratos está no fato do princípio do consensualismo, cuja a forma (princípio do formalismo) se constitui exceção – Art. 108, CC. 
06/09/17
Princípio da obrigatoriedade:
Vimos que como regra uma vez as obrigações assumidas, estas não poderão ser modificadas. Todavia prevalecendo-se do dito popular de que a toda regra há exceções, com relação aos contratos e em especial aos princípios, vamos identificar também as suas exceções. No caso do princípio da obrigatoriedade de contrato, denominado pelos romanos como pacta sunt servanda os contratos têm força de lei entre os contratantes. Daí as partes, que são livres para contratar após celebrarem o negócio ficam compelidas a cumprir o que ajustado. Todavia seguindo o dito popular de que a toda regra a exceção, no caso do princípio em tela observamos que o legislador prevê no código civil brasileiro (art. 468, lei 10.406/2002) a possibilidade da resolução dos contratos em virtude de fatos extraordinários e imprevisíveis quando se tratar de contratos de trato sucessivo (aqueles em que as prestações se repetem) ou nos contratos de execução diferida (aquele em que a prestação para uma das partes concorrerá no futuro). Na verdade, se formos realizar uma análise histórica o CDC (lei 8.078/90) foi o primeiro a prever de forma normatizada a possibilidade da revisão ou modificação das clausulas contratuais em que se faça presente o desequilíbrio econômico financeiro do contrato em virtude de fatos extraordinários supervenientes (após a celebração do contrato) que torne excessivamente onerosa a prestação. Neste caso o CDC trabalha com a ideia da teoria da quebra da base do negócio jurídico, sendo tal fato previsto no art. 6°, V, CDC. 
OBS: A teoria adotada pelo art. 6°, V, CDC não se confunde com a teoria adotada pelo art. 478, CC que versa sobre a teoria da imprevisão que requer na sua caracterização a existência de fato imprevisível, o que não ocorre como elemento característico da teoria do rompimento da base objetiva do contrato. 
OBS: A teoria da lesão (art. 157, CC) não se confunde com as teorias da imprevisão (art. 478, CC) e a da quebra da base (art. 6°, V, CDC). Porque a teoria da lesão tem como característica o fato da onerosidade excessiva do contrato se fazer presente na sua formação e não na dimensão do contrato, como ocorre na imprevisão em virtude de fatos extraordinários e imprevisíveis e na teoria da quebra da base do negócio jurídico. Nestes dois últimos casos a onerosidade excessiva do contrato não ocorre na sua formação, mas sim na sua dimensão. 
OBS: Ficar atento ao fato que a teoria da lesão é causa de anulabilidade do negócio jurídico, conforme prevê o art. 171, CC que versa sobre vícios do negócio jurídico. O caso de nulidade dos negócios jurídicos tem previsão legal no art. 166, CC. 
OBS: O art. 317, CC também cita “motivos imprevisíveis”. Todavia o art. 317, CC está diretamente relacionado ao objeto e a prova do pagamento (da prestação) no momento de sua execução, ou seja, cumprimento.
Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos: 
O referido princípio estabelece que o contrato apenas vincula as partes celebrantes. Todavia como dito anteriormente a toda regra há exceção, neste caso a estipulação em favor de terceiros se constitui como regra de exceção ao princípio geral da relatividade dos efeitos dos contratos, pois no caso, da estipulação em favor de terceiros, os efeitos no que foi pactuado alcançará o terceiro que não tomou parte do contrato, como ocorre nos contratos de seguro de vida, no qual o beneficiário será o terceiro que não é parte da avença, apenas é o seu beneficiário. A estipulação em favor de terceiro tem previsão legal nos art. 436 a 438, CC.
Da extinção dos contratos:
O modo normal de extinção dos contratos é o mesmo das obrigações, se dá pelo cumprimento da prestação (pagamento).
Entretanto, estingue os contratos, sem que tenha havido pagamento: 
- Rescisão, quando há inadimplemento (não cumprimento) exige sentença judicial de natureza constitutiva.
- Redibição, modalidade que se aproxima da rescisão, embora decorrente não de inadimplemento, mas de vício redibitório (art. 441 a 447, CC).
- Resilição, decorrente da vontade de uma das partes quando o contrato prevê (resilição unilateral) ou do consenso das partes (resilição bilateral ou distrato), independente de decisão judicial (art. 472 e 473, CC).
- Resolução, decorrente da impossibilidade do cumprimento da prestação. Havendo culpa na impossibilidade, o causador responderá por perdas e danos, sem culpa o contrato se extingue, ou seja, se a impossibilidade for fortuita (fenômeno imprevisível) ou de força maior (fenômeno previsível, mas irresistível).
O princípio da boa fé objetiva tem previsão legal no art. 422, CC, devendo ser observado que as partes deverão agir com lealdade e confiança recíproca, tanto na conclusão como na execução dos contratos. 
PROVA:
Art. 104, 107 a 113, 121 a 137, 156 e 157, 166 a 171, 212, 421 a 427, 428 a 438, 472 e 473, 478 a 480. CC
 
27/09/17
Dos vícios redibitórios
Após analisarmos as formas de extinção dos contratos, vimos que quatro são as principais formas de extinção da relação contratual, sendo elas:
- Rescisão
- Resilição
- Resolução
- Redibição 
OBS: A extinção do contrato por força de redibição ocorre em virtude de um dos elementos naturais dos contratos na sua constituição, denominado vício redibitório, cuja sua projeção legal está contida nos art. 441 a 446, CC. Daí torna-se mister uma reflexão acerca do referido Instituto e seus efeitos na ambiência contratual, no quetange ao objeto mediato (coisa do contrato). 
OBS: Importante ressaltar que o instituto em tela mencionado tem aplicação também no CDC, sendo relativizado os efeitos decorrentes do mesmo na adequação da relação jurídica obrigacional de consumo. Neste caso o CDC trata do vício redibitório em seus art. 18 e 20. 
Contrato comutativo: são aqueles que as prestações se equivalem. 
11/10/17
Da classificação dos contratos 
Trata-se de matéria entregue a doutrina, já que o código não dispôs sobre ela na sua totalidade. Assim ao apresentarmos a matéria iremos focar as principais classificações, dentre elas as que mais interessam pelas implicações que podem acarretar. 
OBS: Ficar atento ao fato que o CC estabelece a distinção entre ato jurídico e negócio jurídico, diferentemente do CC de 1916 (Lei 3071), que estabelecia o seu art. 81 o conceito de ato jurídico, sendo empregado, com expressão sinônima de negócio jurídico. Portanto hodiernamente, torna-se mister uma tensão especial quanto a distinção entre os atos e os negócios jurídicos, principalmente quanto aos seus efeitos e classificação. Dentre as classificações, vamos trabalhar com as seguintes: 
Unilateral: criam obrigações apenas para uma das partes celebrantes. Ex: doação pura e simples (contrato em espécie).
Bilaterais (sinalagmáticos): criam obrigações para ambas as partes, como no caso dos contratos de compra e venda (contrato típico ou nominado). 
Contratos gratuitos: são aqueles que criam vantagem patrimonial apenas para uma das partes.
Onerosos: Os contratos onerosos criam vantagens e desvantagens patrimoniais para ambas as partes (locação, contrato típico).
OBS: Ficar atento ao fato ao fato que os contratos onerosos se subdividem em comutativos e aleatórios. 
Comutativos: quando as prestações se equivalem, como no caso dos contratos de compra e venda. 
Aleatórios: quando uma ou ambas as prestações são incertas, ou porque se referem a coisa futura, podendo ser ambas as prestações incertas.
O CC no seu art. 458 trata dos contratos aleatórios, observando a ideia do risco. Com relação aos contratos unilaterais, devemos estar atentos ao fato que estes deverão ser interpretados restritamente. 
Contratos típicos: São aqueles previstos em lei, regulamentados pela norma jurídica, formando espécies definidas, como por exemplo os contratos de compra e venda, doação, prestação de serviço, locação, seguro, etc. 
Contratos atípicos: Não são disciplinados nem regulados expressamente pela norma jurídica, resultando geralmente, da fusão de outros contratos nominados, como por exemplo cofres bancários (locação + depósito). 
Contratos de execução imediata ou instantânea: São os que se esgotam em uma só prestação, como por exemplo, na compra e venda a vista. 
Contratos de execução continuada – execução diferida ou trato sucessivo: são os que as prestações se repetem periodicamente, como na locação e compra e venda parcelada. 
OBS: Só pode ser objeto de revisão os contratos de execução continuada, conforme dispõe os art. 478, CC e art. 6°, V, CDC. 
Contratos pessoais: São aqueles que só podem ser cumpridos por determinada pessoa, são intransmissíveis (por sessão ou por herança) e anuláveis (por erro essencial sobre a pessoa do contratante). 
Contratos de adesão: São aqueles que uma ou ambas as partes perdem sua liberdade contratual (possibilidade de discutir cláusulas no contrato), consistindo a manifestação da vontade em simples anuência aos termos da proposta ou da lei. 
Contratos preliminares (pré-contrato ou promessa de contrato): É um contrato autônomo, em que as partes se obrigam a posteriormente, celebrar um contrato definitivo. Conhecido pelo direito romano, o pacto “contrahendo” gera inevitavelmente uma prestação do tipo fazer (fazer uma declaração de vontade futura). Sua matéria é objeto de constatação dos contratos de promessa de compra e venda de imóveis, por força da ação promovida pelo promitente comprador, em face do promitente vendedor que se nega a fazer a declaração de estilo, a ação competente é a ação de adjudicação compulsória. 
25/10
Evicção – Art. 447 a 457
Art. 447 – “hasta publica”: O alienante responde pelo ato da venda, ainda que tenha sido realizada em leilão.
Requisitos para aplicar a requisição: 
Art. 199, II, CC: não corre a prescrição pendendo ação e evicção.
Anotações do professor: 
Após analisarmos o instituto do vício redibitório, torna-se mister uma reflexão a cerca do segundo elemento natural do contrato, denominado evicção. Conforme já mencionado, o código civil trata da matéria dos Art. 447 a 457, CC. A evicção se constitui como um elemento natural dos contratos. Pelo fato da existência de um contrato oneroso decorrente do ato de alienação de quem não tem poderes legitimamente para pratica-los. 
Evicção é a perda da posse. Ou propriedade de uma coisa em virtude de sentença judicial que atribui a outro pela preexistência de um direito deste invalidando-se a alienação, por não ser o legitimo titular do direito que transferiu. 
Obs.: ao contrário do que ocorre com os vícios redibitórios, a evicção da margem as perdas e danos em proveito do evicto (aquele que é desapossado da coisa). 
Obs.: o referido instituto (evicção), quanto a sua extensão pode se apresentar de forma total ou parcial. Total quando recai sobre todo o objeto, parcial quando recai sobre parte do objeto. 
Obs.: se no ato da alienação houver cláusula excluindo o alienante dos riscos da evicção, se esta ocorrer o adquirente terá direito a recobrar o preço pago, desde que não tenha sabido do risco da evicção ou se dele informado não assumiu. Assim, somente se isenta o alienante se, concomitantemente: houver clausula excluindo a garantia contra os riscos da evicção, for informado o risco da evicção ao adquirente; e o adquirente assumiu o risco. 
Obs.: todas as hipóteses hora mencionadas devem estar previstas expressamente.
01/10
Distinção de cláusula penal e arras (recursos pagos por um dos contratantes para garantir o cumprimento de um contrato, ou sinal). – Art. 417 a 420, CC. 
Arras ou sinal: O instituto das arras se constitui a partir do momento em que alguém entrega a outrem dinheiro, ou coisa móvel com símbolo de presunção de acordo final e da obrigatoriedade e do contrato, podendo as arras serem: 
Confirmatórias: ocorre quando não se prevê arrependimento. Neste caso, se o contrato não puder ser realizado, não havendo culpa, serão elas devolvidas simplesmente. Havendo culpa caberão perdas e danos a serem apurados.
Penitenciais: São as arras vinculadas ao arrependimento, neste caso, se o arrependimento for de quem as recebeu, devolvê-las-á mais o equivalente. Se for quem as deu arras, perdê-las-á em proveito do outro.
Se as arras forem penitenciais o valor delas servirão como pré-fixação das perdas de danos. 
OBS: Com relação ao instituto da cláusula penas e arras, vamos perceber que estas não se confundem, havendo clara distinção entre os referidos institutos. A cláusula penal constitui-se como uma obrigação acessória que decorre da obrigação principal, e sua previsão legal está contida no Art. 408 a 416, CC podendo a cláusula penal ser de duas naturezas (cláusula penal moratória ou cláusula penal compensatória).
O valor da cláusula penal não poderá ultrapassar o valor da obrigação principal, porque se não, ela deixa de ser considerada uma obrigação acessória, e a obrigação acessória não pode ter valor maior do que a obrigação principal.

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