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ATIVIDADE VIRTUAL UNIFACS

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Diego Felzemburg Vieira
Livia Cristina Rocha Araújo
ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA:
 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHADOR
Salvador
2014
Diego Felzemburg Vieira
Livia Cristina Rocha Araújo
ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA:
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHADOR
Atividade Virtual apresentado a UNIFACS como pré-requisito para avaliação da disciplina Modelos de Administração, Ministrado pela Docente Heliete Rosa no 2º Ciclo do 1º Semestre 2014
 
Salvador
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 04
2. ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA ........................................................................... 05
2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 05
2.2. A OBRA DE TAYLOR .......................................................................................... 05
2.3. A ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO ..................................................... 07
2.4. OS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA .............................................. 09
2.5. AS CRITICAS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA .................................................. 10
2.6. OS SEGUIDORES DAS IDÉIAS DE TAYLOR .......................................................... 12
3. A PRODUÇÃO A SERVIÇO DO MERCADO AO DIAS ATUAIS ................................ 14
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 18
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 19
INTRODUÇÃO
 Antes de conhecermos um pouco sobre Administração Cientifica, podemos observar a importância do surgimento desta ciência no início do Século XX. No Conceito de Administração de Cientifica podemos perceber várias transformações por diversos estudiosos na época quando transformaram vadiagem e atividades feitas pelo trabalhador em um meio de produção em massa para satisfazer a prosperidade do empregado e da prosperidade do empregador que tinha o objetivo gerar produção e consumo de serviços ou bens para uma qualidade de vida. Também podemos dizer que estas transformações trouxeram insatisfações e impugnaram a sociedade com revoltas devido aos altos índices de execução de tarefas e de fadiga humana.
 Para entender um pouco sobre essa relação, podemos citar o Engenheiro Frederick Winslow Taylor um grande estudioso de sua época. Taylor transformou o trabalho do operário numa máquina de produção, adotando diversos fundamentos para qualifica a mão-de-obra trabalhadora. Sendo assim, a empresa enriquecida com os altos índices e evoluindo a economia da nação. Essa relação fez com que a economia crescesse até os dias atuais, certa forma adotando posturas éticas, como, respeito, honestidade, etc. Mesmo que as organizações queiram resultados a curto prazo.
ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
 No inicio do Século XX, surgia A Escola da Administração Cientifica que teve o seu maior percussor o Engenheiro Frederick Winslow Taylor, levando ao extremo suas ideias, assim como os valores e crenças do conjunto de funcionários que executam as tarefas com o desejo de aumentar a produtividade industrial e utilizando como ferramenta e mensuração: o tempo e o nível de produtividade dos empregados.
 Após o surgimento desta Escola, o percusso Taylor deixa um legado de seguidores (Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford e entre outros) que constribuíram para alcançar o exito na administração da produção das fábricas. Em suas teorias, Taylor esclarecia que sempre encontrava um método eficaz e eficiente para realizar uma tarefa e comprovou o aprendizado dos operários para execução das tarefas através de observações e mensuração do tempo e o nivel de produção. 
 A OBRA DE TAYLOR
 Frederick Winslow Taylor (1856-1915), iniciou seus trabalhos analisando o desenvolvimento da execução das tarefas e o tempo para realização dos trabalhadores. Em sua obra, Taylor buscou a racionalização do trabalho operário por meio do estudo de tempos e movimentos, começando do nível operacional até o nível gerencial, efetuando um trabalho de análises das tarefas de cada operário para aperfeiçoar e racionalizar gradativamente. Após estas análises, Taylor identificou a valorização da mão de obra de cada operário devido ao comparar os trabalhos de operários que produziam tarefas iguais e tinham uma produção diferenciada. Surgindo a necessidade de criar condições e valorização ao operário motivado que produzia grandes quantidades em menos tempo.
 O objetivo de Taylor era de oferecer altos salários aos operários e ter menos custos de produção, tendo a necessidade de fazer uma Estruturação Organizacional para qualificar e oferecer os funcionários condições de trabalho adequado para que possam ser cumpridas. Nesse período, desenvolveu seus estudos e pesquisas sobre a Administração Geral sendo denominada posteriormente de Administração Cientifica pela preocupação na realização da tarefa, e afirmando que as indústrias da época sofriam graves problemas pelos seguintes fatores:
Vadiagem sistemática por parte dos operários
Desconhecimento das rotinas de trabalho
Falta de conhecimento técnico e/ou métodos de trabalho
 Com estes fatores, foram desenvolvidos um sistema de Administração para elevar o nível de conhecimento do chão de fábrica, obedecendo um período para adaptação para não causar descontentamento por parte dos empregados e prejuízos aos patrões, assim o nível gerencial procurava técnicas cientificas para a criação de uma sistema administrativo para intensificar o ritmo de trabalho em busca da eficiência do chão de fábrica para alcançar os resultados estabelecidos.
 Segundo Idalberto Chiavenato, Taylor procurou especializar os trabalhadores do nível operacional ao nível gerencial (de baixo para cima) estabelecendo padrões para realização das tarefas, assumindo um papel de analisar e organizar qualquer estrutura organizacional estabelecendo os seguintes elementos de aplicação da Administração Científica:
Estudo de tempo e padrões de produção;
Supervisão Funcional;
Padronização de ferramentas e instrumentos;
Planejamento de tarefas e cargos:
Princípio da execução;
Utilização da régua de cálculo e de instrumentos para economizar tempo;
Fichas de instruções de serviço;
Prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;
Definição da rotina de trabalho.
 A filosofia de Taylor salienta que, as pessoas acreditavam nos interesses fundamentais dos empregadores e dos empregados e que os interesses deveriam ser na prosperidade do trabalhador de ter altos salários e condições de melhores de vida, e na prosperidade do empregador em ter redução de custos.
 A ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
 Segundo Chiavenato, Taylor explicava que sempre existiam métodos para executar uma tarefa e que os operários aprendiam a maneira de executar uma tarefa através de observação dos companheiros vizinhos, assim demonstrando uma análise e observação minuciosa dos dados à Organização que a prosperidade dos empregados ajudavam a melhorar a prosperidade do empregador. Este tipo de análise e pesquisa ficou conhecida como Organização Racional do Trabalho que, substituis os métodos empíricos em métodos científicos.
Os Métodos Científicos foram fundamentados da seguinte forma:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: O trabalho é analisado em toda sua esfera, eliminando movimentos desnecessários e simplificando os movimentos úteis, pois esta análise servia para dimensionar o tempo médio que o operário levava para desenvolver uma tarefa.
Estudo da fadiga humana: Efetuar estudos na anatomia e fisiologia humana para ter um chão de fábrica eficaz e eficiente, assim aumentando a produtividade e a qualidade do trabalho, foco no tempo para realizaçãoda tarefa, e o aumento na capacidade de esforço.
Divisão do trabalho e especialização do operário: A criação de condições para uma estruturação organizacional que elimine os movimentos desnecessários e economizando energia e tempo, consequentemente elevando a produtividade do chão de fábrica.
Desenho de cargos e salários: Especificar o conteúdo e métodos de executar as tarefas estabelecendo relações com os demais cargos na organização. A simplificação no desenho dos cargos permitia vantagens em admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, redução de custos de produção, e o aumento da eficiência do trabalhado na realização de sua tarefa. 
Incentivos Salariais e Prêmios de produção: Foram desenvolvidos planos de incentivos para estimular o trabalhador a realizar tarefas em um espaço curto de tempo e tivesse um produção bastante significativa, assim o chão de fábrica encontrava motivada a produzir mais.
Conceito de “homo economicus”: Este conceito foi definido como toda pessoa tinha influencia e recompensas salariais, econômicas e materiais, estabelecendo uma relação entre o pagamento do trabalhador com a sua produção.
Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto: A eficiência dependia não somente do método de trabalho e do incentivo financeiro, mas um conjuntos de condições de trabalho que favoreçam o bem-estar físico do trabalho passando a ser importantes elementos no aumento da eficiência.
Padronização de métodos e de máquinas: A Organização procurou também padronizar métodos e processos de trabalhos para eliminar o desperdício e aumentando a efetividade dos trabalhos realizados pelo chão de fábrica.
Supervisão funcional: Toda a área operacional deve ser acompanhada por um Gestor para a centralização da autoridade. Assim, a administração funcional consisti em dividir o trabalho de maneira que cada homem execute a menor variedade possível de funções.
 OS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
 Em seu segundo livro publicado em 1911, Taylor revela seus estudos com a maior ênfase em sua filosofia e introduziu os seguintes princípios fundamentais da Administração Cientifica:
Princípio do Planejamento: O trabalho realizado pelos trabalhadores deveriam ser planejados evitando a improvisação e o desperdício do tempo dos operários.
Princípio de preparo dos trabalhadores: Este método realizava uma seleção com os trabalhadores de acordo com as suas aptidões e, posteriormente treinavam para realizar uma tarefa com mais efetividade junto com o principio do planejamento. 
Princípio do controle: A gestão de controlar e desenvolver o trabalho, certificando que a condução desta tarefa está sendo executada com base nas orientações estabelecidas dentro de uma meta.
Princípio da execução: Realização do planejamento para distribuir as atribuições e responsabilidades, afim de que o trabalho esteja sendo executado de uma forma mais disciplinada.
 Com estes princípios estabelecidos por Taylor, a empresa tornara mais eficiente e eficaz afim de buscar os resultados estabelecidos e aumentando posteriormente a sua produção com intuito de obter mais lucros. 
 AS CRITICAS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA
 Ao longo dos anos, o trabalho de Taylor recebeu várias críticas pelo maior motivo: transformou o homem em uma máquina. Algumas pesquisas realizadas realizada, apontaram que o trabalho dos operários tornou inquestionável a sua eficiência, mas a valorização da mão-de-obra teve um índice pequeno sobre os ganhos dos operários. 
 A Administração Cientifica foi restringido às tarefas e aos fatores relacionados com o cargo e função do operário. A organização é constituída por pessoas, embora pouco se a nota a valorização do ser humano dentro do mundo organizacional, daí surgindo “a teoria da máquina” que, enfatizou o trabalho dos operários em qualificar as tarefas a serem executadas e o tempo que os operários utilizariam para finalizar. Esta teoria, realizava seus estudos em tempos e movimentos que permitissem a determinação do melhor método de trabalho e buscando aperfeiçoar o trabalhador para evitar um fadiga humana e posteriormente alcançaria um padrão melhor de produção.
 A primeira crítica severa sofrida pelo taylorismo foi realizada pelo senado americano em 1911, conhecida como “Pesquisa Hoxie” dirigida pelo Prof. Hoxie da Universidade de Chicago, foi para estudar o grande problema de greves e tumultos de operários e estas pesquisas apontaram em seus resultados que os operários sofriam com inconveniências morais e psicológicos devido ao rendimento de efetividade dos operários. Assim, muitos operários não conseguiam estabelecer ritmo de trabalho impostos pela organização: elevados altos padrões de desempenho.
 Essas críticas sobre A Administração Cientifica, apontavam que o trabalhador deveria produzir como um máquina causando depreciação do ser humano, embora Os Princípios de Taylor fossem de conciliar os interesses entre a prosperidade do empregado e a prosperidade do empregador e concebendo posteriormente uma abordagem mecanicista sobre o emprego de técnicas e a desumanização do trabalho dos operários.
 O Taylorismo apontava que a maneira como os trabalhadores executavam uma tarefa não era a menos fatigante ou mais econômica, mas propunha uma racionalização da mão-de-obra e a diminuição dos números de atribuições impostas pela organização e se referindo ao homem como empregado por tomar próprias decisões de estar motivado e/ou estimulado individualmente. A partir daí, as críticas se tornavam mais comum por Taylor perpetuar uma sistema na produtividade industrial e individualizando cada operário em termos de suas atribuições impostas pela organização.
 A ineficiência de uma visão mais ampla sobre Administração Cientifica, permitiu uma intensa crítica à obra dos engenheiros (Henry Gantt, Frank Gilbreth, Harrigton Emerson, Henry Ford e Frederick Taylor) que desenvolveram uma engenharia humana com uma carência e desequilíbrio na valorização do operário como ser humano, e por enfatizaram muito seus trabalhos no crescimento em massa da produção. Os engenheiros tratavam a organização como o fator absoluto para desenvolvimento, crescimento e expansão, enfatizando muito seus trabalhos nas tarefas dos operários
 A ênfase nas tarefas tinha seu conceito na preocupação com as operações e tarefas a serem realizada pelas pessoas que trabalhavam nas organizações. Assim, tentavam atacar o desperdício através de estudar o trabalho de cada operário, analisando e racionalizando pelo tempo e movimento para estabelecer um método que constituísse a melhor maneira possível para a sua execução.
 As críticas sobre Administração Cientificas podem ser resumidas nos seguintes grupos:
Mecanicistas – A transformação do trabalho do operário como uma máquina de produção.
Fadiga Humana – A ânsia dos operários em realizarem mais do que previsto para conquistar o aumento de salário.
 Em meio da evolução da raça humana, nunca se mostraram tão intensa até os dias atuais à procura de homens mais eficientes e eficazes de realizarem uma tarefa desde os cargos de altos níveis até cargos mais simples como serviços gerais. 
 
 OS SEGUIDORES DAS IDÉIAS DE TAYLOR
 Harrington Emerson (1853-1931) – Principal seguidor de Taylor – Engenheiro - popularizou a Administração Cientifica, devido aos trabalhos relacionados sobre seleção e treinamento de empregados. Assim, criou 12 princípios para eficiência: 
Traçar um plano objetivo e bem definido, de acordo com os ideais. 
Estabelecer o predomínio do bom senso. 
Manter orientação e supervisão competentes. 
Manter disciplina. 
Manter honestidade nos acordos. 
Manter registros precisos imediatos e adequados. 
Fixar remuneração proporcional ao trabalho. 
Fixar normas padronizadas para as condições do trabalho. 
Fixar normas padronizadas para o trabalho. 
Fixar normas padronizadas para as operações. 
Estabelecer instruções precisas. 
Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficiência. 
 FrankGilbreth (1868 – 1924) e sua esposa Lilian Gilbreth – Gilbreth era empreiteiro, abandonou sua carreira na área de construção civil para conhecer os métodos da administração científica e após conhecer Taylor se tornou o discípulo mais notável juntamente com sua esposa Lillian Gilbreth, por estudarem os movimentos da mão e do corpo. Assim, conceberam um sistema de classificação para nomear os 17 movimentos básicos da mão:
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Agarrar
Alcançar
Mover
Segurar
Soltar
Posicionar
Preposicionar
Inspecionar
Montar
Desmontar
Demora Evitável
Usar
Demora Inevitável
Planejar
Descançar
 Esse sistema ficou conhecido como “therbligs” (o contrário do sobrenome de Gilbreth) que permitiu analisar os elementos mais exatos da mão de um trabalhador.
 Henry Ford (1863-1947) – Fundador da Companhia “Ford Motor” que revolucionou a estratégia comercial com a fabricação do primeiro carro popular. Em sua estratégia, Ford criou um plano de vendas e a assistência técnica de grande alcance através de um centro de distribuição e agências próprias que idealizou a linha de montagem, com produção em série, padronizada e de custo mais baixo. Ford Adotou três princípios básicos: 
1- Princípio da intensificação: Qualificou o tempo necessário de uma produção através do emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado. 
2- Principio da economicidade: Redução do volume do estoque da matéria-prima em transformação, ou seja, a fabricação dos veículos e conseguindo através do seu Centro de Distribuição vende-lo e recebe-lo os pagamentos antes do pagamento da matéria-prima empregada e do pagamento dos salários de seus funcionários.
 3- Principio de produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período através da especialização da linha de montagem.
A PRODUÇÃO A SERVIÇO DO MERCADO AO DIAS ATUAIS
 Henry Ford foi o introdutor de um modelo de fabricação em massa que revolucionou a indústria automobilística quando introduziu a primeira linda de montagem automatizada. Em seu trabalho, Ford conheceu os estudos e a mensuração do movimento e do tempo para ser executada que foi realizada pelo percursor Engenheiro Frederick Taylor, e posteriormente desenvolveu técnicas avançadas para uma produção em massa.
 Estas técnicas avançadas foram revolucionando os meios de produção e aperfeiçoando a qualidade do trabalho operários, com incentivos de pagamentos com a implementação do “Sistema de vendas Ford” e o “Serviço Ford”. Assim, foram surgindo avanços tecnológicos e necessitando mudanças na estruturação organizacional para manter o equilíbrio na produção.
 Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a linha de produção da Companhia Ford não estava mais satisfazendo as necessidades da sociedade pelos surgimentos de uma nova linha de produção da concorrência e avanços tecnológicos que visava atender as necessidades da sociedade e também vinham acontecendo novos métodos organizacionais introduzidos por Henri Fayol que tinha seu foco principal: a estruturação da organização.
 Nos últimos anos do Século XX, foram acontecendo transformações de grande importância no sistema de produção. A sociedade vinha passando por um processo de globalização e avanços tecnológicos que foi um fenômeno do movimento das economias transformando as políticas estabelecidas pelas empresas e governo. 
 A relação entre as empresas e a sociedade baseia-se num contrato social que evolui conforme as mudanças sociais e as consequentes expectativas da sociedade. Nesse contrato a sociedade legitima a existência da empresa, reconhecendo suas atividades e obrigações, bem como estabelecendo limites legais para sua atuação. A sociedade tem o direito de mudar suas expectativas dos negócios como instrumento da própria sociedade.
 A teoria sobre Responsabilidade Social surgiu na década de 1950 sendo um de seus precursores Bowen (1957, p.03). O autor baseou-se na ideia de que os negócios são centros vitais de poder e decisão e que as ações das empresas atingem a vida dos cidadãos em muitos pontos, questionou quais as responsabilidades com a sociedade que se espera dos “homens de negócios”, e defendeu a ideia de que as empresas devem compreender melhor seu impacto social, e que o desempenho social e ético deve ser avaliado por meio de auditorias e devem ainda ser incorporados à gestão de negócios.
 Responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, [...] agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com ela. A organização [...] assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em lei, mesmo que não diretamente vinculadas a suas atividades, mas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável dos povos. (ASHLEY 2002, p.98).
 A Responsabilidade Social Empresarial tornou-se um fator de competitividade para os negócios. Algum tempo atrás, o que definia uma empresa competitiva era basicamente o preço de seus produtos. Hoje se faz necessário o investimento permanente para aperfeiçoamento de suas relações com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam: clientes, fornecedores, colaboradores, etc. Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente, promover a inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte, entre outras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as empresas na conquista de novos consumidores ou clientes.
 A ética empresarial pode ser vista como parte de uma resposta às situações com as quais somos atualmente confrontados: preocupações com o crescente número de pessoas vivendo em condições de miséria, a percepção generalizada de que a integridade do meio ambiente não pode ser mantida com os atuais níveis de degradação, o alarmante avanço da pandemia de aids no continente africano, os crescentes conflitos internacionais e a ampliação do impacto do terrorismo, além da globalização e do aumento na concorrência internacional. Também devem ser mencionadas questões que afetam mais diretamente as empresas, entre elas, as exigências e a crescente desconfiança das sociedades quanto à ação empresarial, incluindo as denúncias de organizações internacionais e da sociedade civil, assim como o desenvolvimento de tecnologias de comunicação a permitir a rápida divulgação de informações que podem afetar o desempenho, a visibilidade, a respeitabilidade e o valor de mercado de determinada organização.
 A Responsabilidade Social está diretamente ligada ao comportamento ético por parte de empresários a fim de contribuir para o desenvolvimento econômico da empresa, de seus colaboradores e também da sociedade. Este procedimento poderá resultar em maior credibilidade, melhorando sua imagem corporativa.
 Muitos autores têm criticado o apoio ao desenvolvimento da sociedade, pois afirmam que questões como essa, são de responsabilidade dos governantes e que, se a empresa cometer algum deslize, poderá ser punida legalmente, já que existem mecanismos e punições pela lei. Questões sobre ética são individuais, ou seja, cada indivíduo deve se preocupar sobre o que fazer com sua liberdade, já que vive em uma sociedade livre (FRIEDMAN 1985). O fato é que apoiar o desenvolvimento da sociedade pode ser algo promissor, pois não é interessante que exista, fome, ignorância, pobreza, uma vez que estas condições afastam pessoas do consumo, tanto de bens quanto de serviços, e impedem que tenham uma vida próspera, condição desejada pelas organizações.
 Segundo Morgan “As organizações são usadas normalmente como instrumentos de dominação que promovem interesses egoístas de elites, à custa de outros interesses e existe um elemento de dominação em todas as organizações” (MORGAN 2000, p.303).
 Também Marx e Engels (2001) condenam o lucro pelo lucro. É claro que a empresa continua tendo comoobjetivo o lucro, já que sem este a mesma não sobreviveria, mas o lucro pelo lucro, sem olhar para as pessoas e para o ambiente, é que é deplorável. Na verdade, as ações das empresas, sejam boas ou más, afetam diretamente a comunidade. Ao cumprir com todas as suas responsabilidades legais, respeitar o meio ambiente, ter uma conduta ética e até mesmo, investir recursos financeiros para diminuir situações que afligem a sociedade, demonstram compromisso, uma empresa que pode ser considerada socialmente responsável, melhorando sua imagem, onde seus produtos e seus serviços, poderão ser considerados valorizados pela sociedade.
CONCLUSÃO
 A partir dos estudos realizados pode se afirmar que, a Administração Cientifica visava atender as necessidades das empresas que por si só eram extremamente limitadas ao trabalho do operário, e em muitos casos encontramos escassez de mão-de-obra qualificada para aumentar os meios de produção.
 Podemos notar que, a Administração Cientificava buscava estabilização na produção e/ou aumento, encarando obstáculos ao percorrer dos anos. Assim surgiram alguns estudos para qualificar e mensura o tempo e a tarefa executada por um trabalhador. 
 Consideramos que a presente pesquisa alcançou seu objetivo ao levantar a transformação que a Administração Cientifica alcançou e transformou o trabalho do operário em uma máquina de produção, e incentivando os trabalhadores a produzirem mais para terem melhores condições salariais. 
 Neste trabalho, mostramos que o papel da Administração Cientifica assumiu desde o seu nascimento até os dias atuais, incentivando e estimulando os trabalhadores a se qualificarem para terem melhores cargos e níveis salariais de acordo com cada cada função e /ou tarefa a serem executada. Assim, o trabalhador assume um papel diferencial e que é capaz de influenciar pessoas por estímulos devido a sua motivação ou até buscando a sua falência.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto; Administração de Empresas: Uma Abordagem Contingencial, São Paulo, McGraw-Hill, 1982
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo na Prática: Mitos e Verdades do Empreendedor de Sucesso, 7.ed. ver. e atualizada, Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
CHIAVENATO, Idalberto; Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio – 2.ed. ver. e atualizada. – São Paulo: Saraiva, 2008.
____________. Administração nos Novos Tempos. 2ed. Rio de Janeiro, 2010 – 2ª reimpressão
____________. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração: Da Revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo, Atlas, 2011

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