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Pulsões em Freud: Resumo

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Definição de trieb-pulsão
A sexualidade, de modo subjetivo, como é tratado por Freud, tem suas necessidades. Isso torna necessário termos que sejam capazes de conceituar estruturas que poderão, posteriormente, explicar outras estruturas ainda mais complexas. Ele propõe o termo “trieb”, do alemão, que em português é comumente traduzida como “pulsão”. Birman, em Ensaios da Teoria Psicanálise parte 1, propõe que, sem a trieb não é possível a constituição de recalque e nem mesmo de inconsciente.
O objetivo do termo trieb é a ambiguidade, a não designação de um campo específico, seja cultural ou biológico. A problemática na tradução de trieb para instinct ou então, instinto (como inicialmente foi suposto), se constitui no fator biologizante que pode abarcar. A limitação ao biológico não só pode como de fato altera o significado do termo e consecutivamente, a compreensão do estudante de psicanálise.
A palavra “pulsão” pode, melhor que “instinto”, designar a força propulsora que está em movimento e leva a uma ação que seja capaz de suprimir tensões. Além disso, ela é a capaz de proporcionar tanto a visão biológica quanto a cultural. A libido (Liebe, em alemão, traduzido como “amor”) é a energia que tem por intuito a união sexual e sobrevivência. Para exemplificar, libido está para pulsão sexual assim como a fome está para a pulsão de nutrição.
A descarga de energia faz parte das demandas da pulsão. Esse conceito, Freud aprofundará em outros trabalhos, mas por ora, faz-se útil entendê-lo como necessário para que haja constância no aparelho psíquico. A descarga visa suprimir o estado de tensão.
Princípio da Constância
As pulsões estão relacionadas com as excitações externas (da qual é possível fugir) e as excitações internas (da qual não é possível fugir). Esse é o Princípio da Constância. Ela se constitui de três fatores principais: Força (inevitabilidade da pulsão), alvo (para onde a pulsão se direciona), a fonte (a origem da pulsão).
Primeira Teoria Pulsional
- Pulsões de auto-conservação: necessárias para preservação da vida do indivíduo, tem o ego como aparelho regulador
- Pulsões sexuais: voltadas para obtenção de prazer e conservação da espécie
Narcisismo
 	As pulsões sexuais se desenvolvem somente se apoiadas em princípios mais essências e básicos do indivíduo, como o princípio de autoconservação e o de sobrevivência. Isso fica evidente no processo de amamentação em que a relação entre mãe e bebê permite o desenvolvimento da primeira fase sexual, a fase oral, tendo como princípio básico dessa relação, a necessidade de alimentação do bebê, e, portanto, o interesse de continuidade da vida. Dessa forma as pulsões sexuais sustentam-se nas pulsões de autoconservação, mais tarde chamadas de pulsões egóicas.
 	O desenvolvimento de uma pulsão sexual não baseada em princípios de autoconservação pode ser fonte do autoerotismo. As pulsões do autoerotismo, chamadas de pulsões parciais, fazem o indivíduo encontrar prazer em si mesmo. A ideia de narcisismo, portanto, se desdobra segundo a união destas pulsões, que se direcionam ao “ego” ou o “eu” do indivíduo, e o tomam como objeto exclusivo de realização. Tal etapa é denominada como narcisismo primário.
 	Freud situa o narcisismo primário como umas das etapas de construção do ego. Dessa forma, como estágio responsável por trazer prazer e satisfação, este seria superado, porém, nunca esquecido, sendo retomado e identificável em situações do cotidiano, tais como estado de sono e de enfermidade. Tais condições promovem o direcionamento total das energias do indivíduo para si próprio em detrimento de seu interesse por objetos exteriores a si.
 	O princípio de realidade surge como meio de transferência da libido do eu para objetos exteriores, reestabelecendo o vínculo com a realidade e distanciando-se da alienação erótica do sujeito por si mesmo. Contudo, existe a possibilidade de transferência e retirada da libido de objetos, reconduzindo-a ao próprio ser; esse evento é denominado por Freud como narcisismo secundário, pois as fases de autoerotismo, narcisismo primário e amor de objeto já foram superadas. Dessa forma, Freud estabelece dois tipos de narcisismos, um mais anterior e outro mais posterior no desenvolvimento sexual, e, além disto, apresenta as ideias de libido de objeto e libido egóico.
 	A libido egóica é transferida para a libido de objeto como etapa do desenvolvimento sexual, sendo que certas condições patológicas são explicáveis segundo a relação de transferência entre as libidos e o conflito entre elas.
Segunda teoria pulsional
A segunda teoria pulsional surge frente a impossibilidade que apenas o princípio do prazer tem para explicar certos fenômenos da vida psíquica, tais como a repetição e os sonhos traumáticos que revivem sensorialmente o momento do trauma e não estão apenas realizando um desejo. Segundo Freud estes sonhos representam uma fixação psíquica ao trauma e provam a força da impressão causada pelo evento traumático.

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