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Aula 5a - Shumpeter

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ECONOMIA/UFMT
JOSEPH ALOIS SCHUMPETER (1883-1950)
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I – DADOS BIOGRÁFICOS:
	1) Nasceu na Áustria em 1883 e faleceu nos EUA em 1950 (para onde mudou em 1932);
	2) Foi professor nas universidades de Czernovitch e Gratz (Áustria); Bonn (Alemanha) e Harvard (EUA);
	3) Ao lado de Keynes, é considerado um dos dois maiores economistas do século XX;
	4) Autor de diversos livros:
	a) Teoria do Desenvolvimento Econômico (1912);
	b) Ciclos Econômicos (1939);
	c) Capitalismo, Socialismo e Democracia (1943);
	d) História da Análise Econômica (1954 – após morte);
	e) Fundamentos do Pensamento Econômico;
	f) Teorias Econômicas de Marx e Keynes.
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II – PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES:
	1) O Desenvolvimento Econômico Capitalista;
	2) Considera Walras o maior de todos os economistas;
	3) Assume o equilíbrio walrasiano como ponto de partida para sua teoria do desenvolvimento:
	a) Sustenta que o sistema de Walras é indispensável para compreender as relações fundamentais de um sistema econômico;
	b) Que não é possível compreender o processo do desenvolvimento se não se puser em evidência de que modo nasce este processo através da ruptura do equilíbrio estacionário;
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 INOVAÇÕES E ATIVIDADE EMPRESARIAL:
	1) A teoria do equilíbrio econômico não consegue explicar o desenvolvimento econômico:
	a) Supõem que a técnica produtiva e as preferências dos consumidores são imutáveis;
	b) Assim o único crescimento possível é o crescimento puramente quantitativo em função de um aumento dos fatores de produção (S e MO);
	c) É um processo de contínua repetição das mesmas coisas, seja na produção seja no consumo;
	d) Uma vez que a competição conduz o sistema para a posição de máximo rendimento, atinge-se uma configuração que se repete indefinidamente em um ciclo sempre idêntico;	
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 INOVAÇÕES E ATIVIDADE EMPRESARIAL:
	1) A teoria do equilíbrio econômico não consegue explicar o desenvolvimento econômico:
	e) A gestão da firma é pura rotina:
		- Produz o mesmo tipo de bens;
		- As mesmas quantidades de bens;
		- Combinando sempre os mesmos fatores de 		produção necessários;
	2) Schumpeter rompe com esse mundo estacionário:
	a) O início do processo de desenvolvimento ocorre no âmbito da produção;
	b) Em conseqüência de eventos que modificam, às vezes profundamente, os velhos sistemas produtivos;
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 INOVAÇÕES E ATIVIDADE EMPRESARIAL:
	3) Como se modificam os Sistemas Produtivos:
	a) Introdução de um novo bem (bem não familiar aos consumidores):
	b) Introdução de uma nova qualidade de um bem existente;
	c) Introdução de um novo método de produção:
		- Método ainda não verificado pela experiência 		daquele ramo de atividade;
		- Não decorre necessariamente de um descoberta 		científica;
		- Pode ser um novo método de tratar 				comercialmente uma mercadoria;
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 INOVAÇÕES E ATIVIDADE EMPRESARIAL:
	3) Como se modificam os Sistemas Produtivos:
	d) Abertura de um novo mercado:
		- No sentido da indústria ter tido acesso aquele 		mercado;
		- Independentemente de já ter existido 			anteriormente;
	e) Conquista de nova fonte de oferta de matérias-primas ou de produtos semi-acabados:
		- Independentemente de já ter existido ou sido 		criado;
	f) O estabelecimento de uma nova ordem ou organização de uma determinada indústria:
		- A criação ou ruptura de uma posição de 			monopólio;
	g) Tais modificações são em seu conjunto definidas como inovações;
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 INOVAÇÕES E ATIVIDADE EMPRESARIAL:
	4) Ato empresarial:
	a) Se refere ao ato de introdução de uma inovação no sistema econômico; 
	5) Empresário:
	a) Se refere a quem efetua o ato de introdução de uma inovação no sistema econômico; 
	6) A empresa e o empresário são atos específicos do desenvolvimento:
		- Não existem no estado estacionário;
	7) O empresário e o simples diretor (são ):
	a) Podem coexistir (ser a mesma pessoa ou o mesmo órgão);
	b) O empresário inova e corre riscos;
	c) Um simples diretor é um burocrata ou gestor rotineiro;
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 O LUCRO:
	1) O resultado da atividade empresarial é o lucro;
	2) Inovação aumenta os lucros:
	a) Reduz custos do produção;
	3) Outras fontes de aumentar os lucros:
	a) Modificação na organização de produção (aumento do 	tamanho da firma);
	b) Descoberta de novas e mais baratas fontes de oferta de 	recursos produtivos (redução de custos de produção);
	c) Criação de novos bens que satisfazem necessidades 	ainda não satisfeitas (preços não tem relação com os custos);
	d) Criação de novos bens que satisfaçam melhor as 	necessidades já satisfeitas (agregação de valor);
	e) Descoberta de novos mercados (preços não tem relação 	com os custos, novos compradores estão dispostos a pagar mais);
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 O LUCRO:
	4) No estado estacionário:
	a) Como não existe inovação;
	b) Não existe lucro;
	5) Na prática, os lucros se recriam sempre com as constantes inovações:
	a) A Inovação gera o lucro;
	b) Com o processo concorrencial;
	c) A inovação se difunde pelo sistema (indústria);
	d) Tendendo a relacionar novamente os preços aos 	custos de produção;
	e) Quando os benefícios da inovação se difundem, o lucro 	desaparece para a firma;
	f) Em outras palavras, o lucro se difunde por 	todo 	sistema (indústria);
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 O LUCRO:
	6) Nas Firmas:
	a) O processo de inovação não para;
	b) Lucro está associado a inovação;
	c) As inovações constantes fazem o lucro renascer 	constantemente;
	d) Assim os rendimentos da firma tem natureza de lucro;
	e) Como o lucro é resultado da inovação e o empresário é 	inovador, a presença do empresário é essencial ao 	aparecimento do lucro;
	7) Como é possível que o mecanismo concorrencial não funcione corretamente (especialmente hoje):
	a) O lucro, ou parte dele não se difunde no sistema;
	b) Tendendo a se conservar no âmbito da firma;
	c) Os rendimentos perdem a natureza de lucro, 	assumindo a natureza de renda de monopólio;
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 As Fases do Desenvolvimento Capitalista:
	1) Resumo da dinâmica do Sistema:
	a) O lucro é função da inovação;
	b) Inovação é função do empresário;
	c) Assim, o empresário é parte fundamental para existir o 	lucro e para o desenvolvimento econômico;
	2) Schumpeter faz a distinção de
duas fases na história do capitalismo (seu objeto de análise);
	a) Capitalismo Concorrencial:
	- Grande número de pequenas firmas;
	- A introdução de inovações geralmente implica na criação de 	novas firmas;
	b) Capitalismo Trustificado;
	- Pequeno número de grande firmas;
	- A inovação surge no interior da próprias firmas;
	- Não surgem novas firmas que entrariam em concorrência com 	as velhas;
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 As Fases do Desenvolvimento Capitalista:
	3) Quem desempenha a função de empresário na economia capitalista?
	a) Questão fundamental na teorização de Schumpeter;
	b) A identificação do empresário se torna uma tarefa 	difícil;
	c) Porque ninguém será somente empresário;
	d) Nem o será de modo perfeitamente contínuo;
	No Capitalismo Concorrencial:
	- A função de empresário é geralmente exercida pelo próprio 	proprietário da firma;
	No Capitalismo Trustificado;
	- A questão é mais complexa;
	- A função de empresário pode ser desenvolvida por quem 	controla a empresa (acionista maior);
	- Responsáveis pela direção da firma (adm. profissional);
	- Por um simples funcionário;
	- Pode residir em uma única pessoa;
	- Ou num mecanismo coletivo (várias pessoas)
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 As Fases do Desenvolvimento Capitalista:
	4) Quem se beneficia com o lucro na economia capitalista?
	a) Uma vez que tenha o lucro, ser ou não recebido pelo empresário é uma questão de natureza institucional;
	Nas Firmas Familiares:
	a) O lucro é recebido por aqueles que desenvolvem atividades 	empresariais;
	b) Constituindo-se na origem da grandes dinastias industriais;
	No Sistema Industrial:
	a) Baseado nas grandes sociedades por ações;
	b) O lucro pertence a firma;
	c) Se torna um problema de política da firma;
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 As Fases do Desenvolvimento Capitalista:
	4) Quem se beneficia com o lucro na economia capitalista?
	No Sistema Industrial:
	d) Podem recebê-los:
		- Os acionistas;
		- Os membros do conselho administrativo;
		- Os funcionários ou os operários;
	e) Independentemente de quem tenha efetuado a função ou 	atividades empresariais (o responsável pela inovação e pelo lucro);
	f) Fica claro em Schumpeter que o lucro não pode ser a 	recompensa do risco;
	g) O risco é suportado pelos capitalistas e não pelo empresário;
	h) O empresário suporta riscos apenas se for também 	proprietário do capital;
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 Crédito e Poupança:
	1) Considerando que Inovação implica em novas instalações;
	a) Surge o problema de como esta inovação é financiada;
	b) No estado estacionário os resultados correntes das firmas financiavam as próprias operações;
	c) O empresário que deve construir novas instalações necessita de capital de terceiros (crédito);
	d) O Crédito é para Schumpeter uma característica fundamental desenvolvimento econômico;
	e) Permite ao empresário utilizar para seus fins uma parte da riqueza do sistema;
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 Concorrência e Monopólio:
	1) Para Schumpeter a verdadeira concorrência:
	a) Não ocorre entre pequenas firmas que produzem a mesma mercadoria (Neoclássicos);
	b) Mas entre as firmas inovadoras, com as outras, exatamente por diferenciar seu produto através da inovação;
	c) A concorrência que os produtos novos fazem com os velhos, ou;
	d) Os novos procedimentos produtivos (inovação) fazem com os antigos;
	e) Esse processo concorrencial é definido por Schumpeter de destruição criativa;
	f) Pondo em evidência que a concorrência efetiva é dada pelos efeitos que as inovações fazem incidir sobre as firmas existentes;
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 Concorrência e Monopólio:
	2) O Monopólio:
	a) O conceito de concorrência traz em si o conceito de monopólio (embora diferente do conceito tradicional);
	b) A introdução de inovações implica necessariamente em um certo grau de monopólio;
	c) Antes que a inovação se difunda, ela é monopólio do empresário;
	d) O lucro que esse empresário obtém é devido a esse monopólio;
	e) Trata-se de um monopólio temporário (não absoluto conforme a análise estática neoclássica);
	f) Que em condições normais de concorrência dinâmica está destinado a desaparecer (quando a tecnologia se difunde para a indústria);
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 Concorrência e Monopólio:
	3) O Processo Dinâmico de Concorrência:
	a) Primeiro generaliza a inovação que permitiu o monopólio;
	b) Depois sujeita essa inovação com outras que surgem o tempo todo no sistema econômico;
	4) O Monopólio Tradicional Neoclássico:
	a) Se uma firma conseguir esquivar-se do processo de concorrência, tende a assumir a característica típica de monopólio tradicional de caráter permanente;
	b) Isso tem se tornado cada vez mais freqüente na história do capitalismo;
	c) O monopólio tradicional, ou a prática monopolista tradicional não deve ser vista como sintoma de uma estrutura patológica que atrasaria o desenvolvimento (como afirmam os neoclássicos)
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 Concorrência e Monopólio:
	4) O Monopólio Tradicional Neoclássico:
	d) A prática monopolista não atrasa o desenvolvimento:
	- Nas grandes empresas, onde as práticas monopolistas estão 	mais presentes, as inovações são mais favorecidas (em 	conseqüência da maior facilidade que se pode alimentar a pesquisa nas grandes 	firmas);
	- A suspensão do processo de concorrência é, por um período 	de tempo maior ou menor, uma espécie de garantia contra o 	risco, decorrente da adoção de inovações;
	- Risco que poderia não ser suportável em mercados de rápida 	mudança (rápida assimilação de inovações);
	- As patentes, segredos de trabalho, acordos comerciais e 	estipulação de contratos de longo prazo são ações destinadas a 	estabilizar o mercado (reduzir risco, garantindo retorno do investimento 	resultante da inovação);
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 Concorrência e Monopólio:
	4) O Monopólio Tradicional Neoclássico:
	e) A passagem do capitalismo concorrencial para o capitalismo trustificado:
	- Não diminui a intensidade do desenvolvimento;
	- Nem resulta numa queda de qualidade;
	- Mas, ao contrário, o desenvolvimento se acentua;
	f) Schumpeter rejeita assim as teorias que afirmam que o capitalismo tenderia a sua auto destruição, baseados em mecanismos econômicos (ex. teoria marxista);
	g) Afirma que o capitalismo tenderia a não sobreviver em função de outras questões, de natureza não econômicas (como veremos no item sobrevivência do capitalismo);
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 As Flutuações Cíclicas:
	1) O desenvolvimento econômico capitalista que é gerado por processos
inovadores, não se desenvolve de maneira contínua e uniforme;
	2) Ocorre através de uma sucessão periódica de cíclicos;
	3) O ciclo econômico não é um aspecto acessório do capitalismo;
	4) Mas o próprio modo pelo qual se manifesta o desenvolvimento econômico capitalista;
	5) Os ciclos resultam do fato de que as inovações não se distribuem de maneira uniforme ao longo do tempo, tendem a concentrar-se;
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 As Flutuações Cíclicas:
	6) A introdução de inovações requer a ruptura de uma série de resistências sociais;
	7 ) Que se opõem a tudo o que é realmente novo ou revolucionário;
	8) O empresário (pessoas de visão) são os responsáveis por essas rupturas de paradigmas;
	9) O efeito multiplicador: uma inovação puxa outra;
	10) Por outro lado, a grande quantidade de inovações tende a se exaurir com o tempo:
	a) A massa de mercadorias novas provenientes dessa inovação, 	pressiona cada vez mais o mercado, na medida que a inovação 	se difunde;
	b) Reduzindo os preços, as perspectivas de lucro;
	c) Reduzindo o ritmo de introdução de inovações;
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 As Flutuações Cíclicas:
	11) Esse mecanismo é o fator fundamental do andamento cíclico do desenvolvimento capitalista;
	12) A distribuição desigual das inovações no tempo é mais um efeito do que a causa do ciclo econômico;
	13) É portanto um elemento amplificador das flutuações cíclicas e não sua causa;
	14) Embora sua contribuição em relação a ciclos seja grande, sua teoria precisa ser integrada numa teoria mais geral de flutuação (Ex. a Keynesina);
	15) Como o período entre a inovação e seus frutos (novas mercadorias) varia segundo a natureza da própria inovação, existem ciclos de periodicidades diferentes;
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 As Flutuações Cíclicas:
	16) Schumpeter distingue três tipos de ciclos, de acordo com sua duração:
	a) As ondas longas (ciclos de Kondratieff), de duração entre 54 a 60 anos;
	b) As ondas médias (Ciclos de Juglar) com duração de 9 a 10 anos;
	c) As ondas curtas (ciclos de Kitchin) com duração de cerca de 40 meses;
	17) O livro ciclos econômicos (1939) é uma resposta aos pessimistas que achavam que a depressão de 30 demarcara o fracasso do capitalismo;
	18) Argumentava que o capitalismo se encontrava num vale das ondas longas e que as inovações e as mudanças tecnológicas reverteriam a curva para cima;
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 As Flutuações Cíclicas:
	19) O livro também expressa uma resposta para Marx sobre o fim do capitalismo;
	20) Os efeitos ruins do capitalismo não eram resultantes de sua falhas, mas de suas qualidades;
	21) As inovações traziam mudanças, crescimento e expansão;
	22) Mas o processo era errático e não suave e uniforme e um dos seus resultados eram os ciclos econômicos;
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 Sobre a Sobrevivência do Capitalismo:
	1) No livro Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942) aborda a sobrevivência do capitalismo;
	2) Acreditava na eficiência do capitalismo em produzir bens e serviços para todos;
	3) Estimava que em 50 anos (1928-1978) o PIB nos EUA mais que dobraria;
	4) O que tornaria possível erradicar a pobreza;
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 Sobre a Sobrevivência do Capitalismo:
	5) Neste processo diversas características sociais do capitalismo se tornariam aparentes (claras):
	a) Eliminação gradual do empreendedor (empresário);
	- Nas grandes corporações os empreendedores cederão lugar 	aos burocratas que estão propícios a manter o status quo em 	vez de mudá-lo;
	b) A resistência dos intelectuais de aderirem ao sistema;
	- Pensadores, escritores e professores são críticos da ordem 	vigente;
	- A função deles é apontar falhas;
	- Terão êxito na tarefa de tornar o clima do debate contrário ao 	modo de vida capitalista;
	- Esse clima de debate levará a intervenção maior do Estado nos 	assuntos econômicos;
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 Sobre a Sobrevivência do Capitalismo:
	5) Neste processo diversas características sociais do capitalismo se tornariam aparentes (claras):
	c) A intervenção se dirige para as falhas do sistema econômico capitalista:
	- Redução de desigualdades;
	- Suavização dos ciclos econômicos (Keynes);
	- Diminuição de especulação;
	- Controle dos monopólios e;
	- Subsídio para a agricultura;
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 Sobre a Sobrevivência do Capitalismo:
	6) A interferência do Estado na economia levará a eliminação gradual do empreendedor e da vitalidade do sistema capitalista:
	- Atrapalhando os avanços econômicos que dão atratividade ao 	capitalismo;
	- O crescimento da economia é dificultado;
	- O Capitalismo perde a sua habilidade de satisfazer novas 	necessidades;
	- As previsões de colapso feitas pelos intelectuais se 	concretizam;
	- Quanto pior o desempenho da economia maior a intervenção 	do Estado;
	- O que reduz ainda mais a vitalidade do sistema e torna o 		Socialismo inevitável (rações que diferem das de MARX);
	- O Socialismo substituirá o Capitalismo a longo prazo;
	- Podendo esse ser democrático ou autoritário, em sua estrutura 	política;
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XI – BIBLIOGRAFIA:
NAPOLEONI, C. O Pensamento Econômico do Século XX. RJ: Paz e Terra, 1979, 201p.
FUSFELD, D. R. A Era do Economista. SP: Saraiva, 2001, 356p.
CARNEIRO, R. Os Clássicos da Economia. SP: Ática, 1997, 270p. (v.2)
SCHUMPETER, J. A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. SP: Nova Cultural, 1988, 169p.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. RJ: Zahar, 1984, 534p.
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