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Aula 5b.1 - Keynes

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ESCOLA KEYNESIANA
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Dirceu Grasel
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ESCOLA KEYNESIANA
Prof. Dr. DIRCEU GRASEL
ECONOMIA
Dirceu Grasel
Agronegócio e Desenvolvimento Regional
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  KEYNES: DADOS BIOGRÁFICOS
  Nasceu em Cambridge Inglaterra (1883-1946);
  Participou ativamente da vida política, social e econômica;
  Representou a Inglaterra em várias reuniões importantes;
  Foi funcionário público, professor (de Cambridge a convite de Marshall e Pigou), conferencista, assessor do governo Britânico, diretor do banco da Inglaterra, político, economista e financista;
  Como membro do tesouro Britânico, representou a Inglaterra na conferência da paz, em que discordou dos excessivos encargos de guerra impostos á Alemanha;
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  KEYNES: DADOS BIOGRÁFICOS
  As conseqüências econômicas da paz, livro em que apresenta os motivos de sua discordância, o deixou famoso;
  Este livro se tornou profético, pois o espírito vingativo dos aliados contra a Alemanha, foi o estopim da segunda guerra mundial;
  Foi aluno e discípulo de Marshall e em 1930 lançou o livro o tratado do dinheiro, em que ainda mostrava aceitar os ensinamentos ortodoxos;
  Rompeu com a doutrina clássica, ao perceber que seus postulados não conseguiam resolver os problemas concretos do desemprego;
  Para isso, lança a sua principal obra foi Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda (publicada em 1936);
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 I–ANÁLISE TEÓRICA PREDOMINANTE
  A teoria econômica predominantes era a da escola neoclássica, principalmente em sua versão Marshalliana:
 1 - Aceitação da Lei de Say
  O capital é escasso e as necessidades ilimitadas, em função disso não pode haver superprodução:
	a) A oferta cria sua própria demanda, ou;
	b) Os custos de produção terminam por se destinar direta ou indiretamente para a compra do produto:
 De um lado, produzimos para nós mesmo (demanda garantida) ou para o mercado (que também tem demanda garantida);
 Por outro, remuneramos os fatores de produção, criando poder de compra para outros bens;
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 I– ANÁLISE TEÓRICA PREDOMINANTE
 1 - Aceitação da Lei de Say 
	c) Portanto, não pode haver superprodução generalizada, nem desemprego dos fatores de produção:
	- Pode haver desequilíbrios setoriais ou transitórios (devido a erros de cálculo), a economia como um todo é auto reguladora;
	- Se existir desemprego, este será voluntário;
	- Este desequilíbrio será corrigido por mecanismos 	de mercado:
 O preço do produto baixará, diminuindo o lucro, a taxa de lucro e parte do capital e trabalho se deslocará para outro setor mais lucrativo (mobilidade dos FP);
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 I–ANÁLISE TEÓRICA PREDOMINANTE
 2 – Modelo de Concorrência Perfeita
  A economia neoclássica supõem um modelo de concorrência perfeita:
	a) A economia é auto regulada pelas leis de mercado;
	b) Os agentes econômicos têm interesses opostos e se comportam de maneira racional:
	 - O Empresário maximiza lucro;
	 - O Consumidor maximiza satisfação;
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 I–ANÁLISE TEÓRICA PREDOMINANTE
 2 – Modelo de Concorrência Perfeita 	 Para que haja concorrência perfeita é necessário os seguintes requisitos:
	1) Produtos homogêneos (não diferenciado por marcas embalagens etc):
	a) Caracterizando concorrência exclusiva através de preço e não por diferenciação;
	2) Empresas pequenas e sem poder de mercado:
 	a) Os vendedor e comprador deve ser tão pequeno que individualmente não consigam determinar e nem influenciar os preços;
 	b) Se uma empresa sair ou entrar no mercado, não afetará a oferta total de produtos e nem o seu preço;
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 I–ANÁLISE TEÓRICA PREDOMINANTE
 2 – Modelo de Concorrência Perfeita 		3) Ausência de restrições externas à mobilidade dos fatores de produção:
 	a) Não pode haver intervenção nas leis de mercado, tais como: tabelamento, fixação de W mínimo etc;
	4) Conhecimento por parte dos agentes econômicos de todos os preços de mercado:
 	a) Para que o comprador e vendedor hajam de forma racional eles devem comparar preços e, portanto conhece-los;
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 II – CONTEXTO HISTÓRICO
  Mas a Realidade dos Fatos Desmentia a Teoria:
 	a) O desemprego na Inglaterra continuava grande e persistente desde os anos 20;
	b) Este desemprego se alastrava por vários outros países da Europa;
	c) Nos EUA, após o quebra da bolsa de New York o desemprego também assume proporções alarmantes:
	d) Era fácil verificar na prática que o mundo Neoclássico não existia:
	 - Crise na bolsa de New York;
	 - Crise generalizada de superprodução;
	 - Ociosidade dos fatores de produção;
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 II – CONTEXTO HISTÓRICO
  Como eles (neoclássicos) explicavam o descompasso entre a teoria e a prática:
 	a) Do lado dos trabalhadores: diziam que o w já não obedecia a lei da oferta e demanda:
	 - Os sindicatos impedem que o w desça, fazendo com que os w se mantenham mais altos do que se não houvesse esta interferência;
	 - A inflexibilidade dos w para baixo leva ao desemprego;
	 - Portanto, a explicação do desemprego está no w mais elevado do que seria se não houvesse interferência;
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 II – CONTEXTO HISTÓRICO
  Como eles explicavam o descompasso entre a teoria e a prática:
 	b) Do lado das empresas: a estrutura de mercado se afastou da livre concorrência, por eles defendida:
	 - Surgiam monopólios e oligopólios, que têm poder de influenciar ou determinar os preços no mercado;
	  Dedução: o que estava errado eram os fatos e não a teoria;
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 III – PRINCIPAIS IDÉIAS DE KEYNES
  Keynes se coloca frontalmente contra esta linha de pensamento;
  Será o primeiro autor a apresentar uma versão teórica alternativa para explicar a realidade de sua época:
	a) Embora tenta tido predecessores: Malthus, Sismondi, Marx, Robertson, Wicksell e Schumpeter;
 	b) Foi Keynes quem desalojou a posição teórica de Marshall, sintetizada na lei de Say e na economia auto-ajustável;
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 III – PRINCIPAIS IDÉIAS DE KEYNES
  O contexto na qual surge a obra de Keynes é de:
	a) Recessão (depressão);
	b) Desemprego de mão-de-obra e de capital (fatores de produção) era enorme;
	c) Com grande queda no nível do produto e renda nacional;
  Em função disso, Keynes apresentou duas grandes fraquezas do sistema capitalista:
	a) O desemprego, e;
 	b) A distribuição excessivamente desigual da renda 	nacional;
  Segundo Keynes, estas fraquezas podem ser minimizadas ou eliminadas;
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 III – PRINCIPAIS IDÉIAS DE KEYNES
  A contribuição de Keynes foi decisiva no campo de teoria econômica e da política econômica:
	a) Uma revolução no campo teórico: rompeu completamente com o pensamento dominante até então:
	 - Para ele a economia funciona com
deficiência de demanda efetiva (sua principal contribuição);
	 - Esta deficiência é uma característica do sistema capitalista (tende a existir);
	 - Em função disso, a economia não funciona de forma linear (como se pensava anteriormente), mas de forma cíclica;
	b) Decretou o fim do liberalismo econômico: por um período de 50 anos determinou um papel decisivo ao Estado na economia;
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  A preocupação básica de Keynes era determinar os principais fatores responsáveis pelo emprego / desemprego, numa economia industrial moderna:
	a) Como o emprego está ligado à produção e à renda, este assuntos também foram muito discutidos;
	b) Diferentemente dos Neoclássicos, Keynes volta a discutir assuntos macroeconômicos:
	 - Emprego e desemprego;
	 - Produto nacional;
	 - Renda nacional;
	 - Investimento;
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  Que fatores explicam o nível de emprego em uma sociedade industrial moderna:
	1) O nível de emprego é determinado pelo nível de produção;
	2) O nível de produção é determinado pelo nível de investimentos;
	3) O nível de investimentos é determinado pela demanda efetiva;
	4) A Demanda Efetiva, em uma economia fechada e sem governo (modelo simplificado) e composta pelos gastos em bens de investimentos (I) e gastos em bens de consumo (C) (efetivos e que se espera efetivar);
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  Que fatores explicam o nível de emprego em uma sociedade industrial moderna:
1) Portanto: para entendermos a demanda efetiva temos que estudar os determinantes do Consumo e do Investimento:
	a) O Consumo é função direta da renda:
C = f (Y)
	 - O consumo agregado de uma economia é sempre menor que 1 ou 100% da renda (uma parte é poupada);
	 - Assim, o consumo será tanto maior quanto maior for a renda de um país;
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  Que fatores explicam o nível de emprego em uma sociedade industrial moderna:
	b) O Investimento é função das expectativas de lucro e da taxa de juros de curto prazo:
I = f (E, i)
	 - I = Investimento;
	 - E = expectativas dos empresários sobre lucros futuros ou Eficiência Marginal do Capital (EMgK) ou ainda a taxa interna de retorno (TIR- usado na prática);
	 - i = é a taxa de juros de curto prazo. Geralmente a melhor opção de taxa de juro no mercado financeiro;
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  Que fatores explicam o nível de emprego em uma sociedade industrial moderna:
	 - A taxa de juros funciona como um custo de oportunidade (a opção de ganho no mercado financeiro);
	 - O investimento resulta assim de um estudo comparativo entre a Taxa Interna de Retorno (TIR) e a melhor opção de taxa de juros do mercado, Quando:
	 TIR > i = Investimento é viável;
	 TIR < i = Investimento é inviável;
	Quando TIR < i, o investimento não é realizado, é melhor aplicar o dinheiro do que investir;
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 III – O ESQUEMA BÁSICO
  Que fatores explicam o Nível de Renda ou da Produção Agregada:
	a) A renda ou produção agregada é determinada pelos gatos em consumo e investimento;
	b) O Princípio da Demanda Efetiva diz exatamente isso: é o ato de gastar (em C e I) que determina o nível de renda;
Y = C + I
	c) Como o consumo é relativamente estável, o principal determinante do nível de renda passa a ser o investimento;
	d) Esta é a chave da compreensão das oscilações e da instabilidade do sistema capitalista (da dinâmica kta);
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  O princípio da demanda efetiva (PDE) é a grande contribuição de Keynes:
	a) O PDE é o oposto da lei de Say;
	b) Afirma o primado dos gastos (em C e I = demanda) sobre a produção (oferta);
	c) Em outras palavras: o que determina o volume de produção e, portanto, o volume de emprego é a demanda efetiva (gastos em I e C) e não a S como diziam os Neoclássicos (S = I  Emprego);
	d) A demanda efetiva não é apenas a demanda efetivamente realizada, mas também a demanda que se espera seja efetivada (I e C que se estima ainda sejam gastos);
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  Expectativas:
	a) Para os Neoclássicos, a economia funcionava baseado em certezas. Quando um empresário faz um investimento ele sabe exatamente quanto terá de renda;
	b) Para Keynes, a economia funciona baseado em incertezas. As expectativas na teoria de Keynes são fundamentais. Quando um empresário faz um investimento, estima uma receita, que pode se confirmar ou não;
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  A Deficiência de Demanda Efetiva é um estágio normal do sistema capitalista:
	a) O sistema não necessariamente utilizará todos os fatores de produção (plena utilização da capacidade produtiva), pode trabalhar com capacidade ociosa:
	 - Capacidade ociosa é uma capacidade produtiva potencial não utilizada (máquinas e operários ociosos);
	 - Esta situação caracteriza uma deficiência de demanda efetiva (comum no sistema capitalista), assim:
Para que haja produção efetiva é preciso que haja demanda efetiva;
Às variações na demanda, os produtores respondem variando a produção
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  A Deficiência de Demanda Efetiva é um estágio normal do sistema capitalista:
	b) Este esquema é diferente do esquema Neoclássico, para o qual as variações da demanda são causadas por variações nos preços;
	 - O sistema de preços passa ao primeiro plano, determina o nível de produção, limitado pela S disponível;
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  O Princípio da Demanda Efetiva não é Novo:
	a) Autores como: Malthus, Sismondi, Marx e outros já o conheciam (precursores);
	b) Mas foi Keynes quem desenvolveu um modelo bem elaborado sobre o princípio;
	c) Keynes reconhece a sua dívida para com Malthus e elogia muito suas idéias sobre superprodução;
	d) Afirma que se Malthus tivesse vencido o debate teórico com Ricardo, a história da teoria econômica teria sido diferente;
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  Aplicando o Princípio da Demanda Efetiva:
	a) Para os Neoclássicos o desemprego existia porque o salário estava muito elevado em função da influência dos sindicatos. Solução Neoclássica:
	 - Diminuir os salários;
	 - A um salário menor as empresas estariam dispostas a contratar mais mão-de-obra;
	b) Para Keynes o desemprego existe porque a economia funciona com deficiência de demanda efetiva, solução Keynesiana:
	 - Não seria diminuir o W, por que isso desestimularia ainda mais o consumo (gastos = DE) agravando ainda mais a situação; 
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  Aplicando o Princípio da Demanda Efetiva:
- A queda do consumo, diminui os lucros, diminuindo a produção corrente e afetando as expectativas de lucro dos projetos futuros, que passariam a ser arquivados;
	 - Neste caso aumentaria a capacidade ociosa e o desemprego;
	 - A solução é aumentar os gastos para que se equacione a deficiência de demanda efetiva;
	 - Nesse sentido, Keynes propõem que o Estado gaste mais do que arrecade (gerando déficit) para complementar os gastos privados deficientes;
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  Aplicando o Princípio da Demanda Efetiva:
O governo deve contrata pessoas para cavar buracos e depois contratar outros para fecha-los;
O objetivo é criar renda sem produto correspondente;
	 - Quando o governo aumenta os gastos, aumenta a demanda efetiva, os lucros sobem, as expectativas se invertem (gera otimismo), fazendo com que novos investimentos sejam efetivados;
	 - Os investimentos têm um efeito multiplicador. Um investimento gera oportunidade para outros novos investimentos;
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  Aplicando o Princípio da Demanda Efetiva:
	 - Quando as expectativas se invertem (o otimismo é retomado) e quando os gastos privados (C e I) aumentarem no nível necessário, o governo deve (NÃO PODE, DEVE) novamente equilibrar as suas contas;
	 - Desequilíbrios das contas públicas é um poderoso instrumento de política econômica, mas quando é permanente e descontrolado atua de forma inversa (gerando crises = juros altos para se financiar- ex. Brasil hoje);
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  O Princípio da Demanda Efetiva significou o fim do laissez-faire e do liberalismo econômico:
	a) O sistema capitalista é um sistema instável, sujeito a fortes oscilações
	b) A demanda efetiva pode ser maior ou menor do que a capacidade produtiva de um país:
	 - Se for maior temos inflação;
	 - Se for menor temos desemprego;
	c) Não existe nenhum mecanismo de ajuste automático, capaz de igualar demanda e oferta agregada em pleno emprego (como afirmavam os Neoclássicos);
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 IV – PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA
  O Princípio da Demanda Efetiva significou o fim do laissez-faire e do liberalismo econômico:
	d) Embora exista uma combinação ótima de consumo e investimento que leve a demanda e oferta a se igualar ao nível de pleno emprego. Mas está é apenas uma de inúmeras combinações possíveis;
	e) O objetivo da política econômica deve ser atingir esta combinação de equilíbrio:
	 - Oferta agregada igual a demanda agregada;
	 - Com pleno emprego dos fatores de produção;
	 - Sem inflação, nem deflação;
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 V – O FATOR DINÂMICO DO MODELO
  Tanto os Clássicos, Neoclássicos quanto Keynes concordam que o emprego é resultante de mais investimentos (o que hoje visivelmente significa um erro, se não considerarmos o progresso tecnológico e seus efeitos);
  O que difere o pensamento keynesiano é o que determina o INVESTIMENTO:
	a) Para os Clássicos e Neoclássicos, as variações da demanda são causadas por variações nos preços e a oferta é limitada pela poupança disponível:
 - O investimento depende da poupança;
 - Quanto maior a poupança, maior o investimento, maior o emprego, maior será a renda;
 - A S determina o nível de I e a S = fator dinâmico;
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 V – O FATOR DINÂMICO DO MODELO
  O que difere o pensamento keynesiano é o que determina o Investimento:
	b) Para Keynes, não é a S que determina o I. O I dependem da EMgK (TIR) e taxa de juros de c/p:
	 - A EMgK depende da demanda efetiva (gastos em C e I). Quanto maior a demanda, maior o lucro, maior a expectativa de retorno (EMgK);
	 - Assim, o I depende da demanda efetiva. Quanto maior a DE, maior será o I, maior será o emprego, maior será a renda, maior será a demanda futura (C e I) e maior será a poupança (S é Y não gasta = conseqüência);
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 V – O FATOR DINÂMICO DO MODELO
  A diferença do pensamento keynesiano está no que determina o Investimento:
	 - Portanto, não é a S que determina o nível de I, mas o I que determina o nível de S;
	 - O fator dinâmico em Keynes é a DEMANDA EFETIVA:
Quanto maior a DE, maior a expectativa de retorno (EMgK = TIR), maior o I, maior o emprego, maior a Y, maior C e maior a S;
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 VI – CONSUMO E PMgC
  No modelo simplificado (fechado e sem governo) o I e o C (DE) determinam o produto/renda e um país;
  O consumo é função da renda. Quanto maior a Y maior o C:
	a) No entanto, quando aumenta a Y o C aumenta, mas em proporção menor do que o aumento da renda;
	b) Portanto, uma parte da Y não é consumida (é poupada);
	c) Cada aumento unitário da renda pode ser decomposto em consumo e poupança;
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 VI – CONSUMO E PMgC
  Suponhamos um exemplo em que de um aumento da renda em R$ 1.000,00, oitocentos sejam destinados ao consumo e duzentos poupados:
	a) A porcentagem do aumento da renda destinada ao consumo, Keynes chama de PMgC = 0,8 ou 80%;
	b) A porcentagem que é poupada Keynes chamou de PMgS;
	c) Portanto, a PMgC tende a ser sempre menor do 1 (100%) e a soma da PMgC + a PMgS é sempre igual a 1 (100%);
	d) Quanto mais pobre for o país (menor a Y), maior será a PMgC. Uma comunidade pobre tende a gastar quase tudo em consumo;	
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 VI – CONSUMO E PMgC
	e) Quanto mais rica for o país (maior a Y), menor será a PMgC. Causando problemas, porque cria uma capacidade de investimento (S) que poderá ter dificuldades de valorização (Ex. Japão);
	f) Existe ainda uma parcela de consumo que independe do volume de renda (destinada à sobrevivência), chamada de consumo autônimo, assim temos a seguinte função consumo:
 C = Co + bY 
	C = consumo;
	Co = consumo autônomo;
	b = é a PMgC ( 0 < b > 1);
	Y = Renda. Quanto maior a renda maior consumo;
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como os Clássicos vêem a taxa de Juros?
1) Na visão Clássica, a taxa de juros é determinada pela oferta e demanda por fundos de I (capital):
	a) O investimento depende da poupança;
	b) O aumento da taxa de juros provoca aumento da poupança;
	c) A uma taxa de juros alta os investidores não realizam seus projetos:
	 - Neste caso, a taxa de juros estimularia a S e desestimularia o I. Haveria dinheiro de sobra e a taxa de juros cairia (o mecanismo clássico de ajuste);
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
 
  Como os Clássicos vêem a taxa de Juros?
	d) A uma taxa de juros baixa os investidores estão dispostos a pegar mais capital, mas desestimula a S;
 	 - Neste caso, a taxa de juros desestimularia a S e estimularia o I. Faltaria dinheiro e a taxa de juros aumentaria;
	e) Trata-se de um mecanismo auto-ajustável, em que as próprias
forças da oferta e da demanda levam a taxa de juros ao equilíbrio:
	 - Taxa de juros de equilíbrio é a taxa de juros que iguala a oferta e demanda de capital (S=I);
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como os Clássicos vêem a taxa de Juros?
	f) A lógica era fantástica, mas partiam de um falso pressuposto, de que a poupança determinava o I e que a taxa de juros era o principal determinante da poupança:
	 - Quanto maior taxa de juros, maior S;
 - Quanto maior S, maior I;
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como Keynes vê a taxa de Juros?
2) Na visão Keynesiana, a importância da taxa de juros está no fato de que ela é utilizada como parâmetro com a EMgK, na avaliação do I:
	a) Nesta visão temos uma inversão completa:
	 - Para os Clássicos, primeiro se precisava S para depois I. 
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como Keynes vê a taxa de Juros?
	 - Para Keynes, basta ter crédito. Com crédito, o empresário antecipa a criação de renda futura e o aumento da Y aumenta S ;
	b) Não é a S que aumento o I;
	c) É o I que aumenta a S (a relação é inversa);
	d) A S tem relação direta com a Y. Quanto maior a 	Y maior a capacidade de S;
	e) A Y só aumenta com novos I. Assim, aumentando os I, aumentamos a Y e o aumento da Y, aumenta o C e a S (renda não gasta);
	 C (80%)
 Y = 
 S (20%)
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como Keynes vê a taxa de Juros?
	f) Temos então o paradoxo da parcimônia. As conseqüências desta visão são importantes:
	 - Mostra que a parcimônia (S) pode levar a uma diminuição da S futura:
	 - Quem quer aumentar a S, deverá estimular um aumento da renda e não diminuir o C. A Y só aumenta com I e o I só aumenta com gastos (C e I);
  Qual é a Importância da taxa de Juros?
	a) A taxa de juros não determina o I, serve apenas de parâmetro para a EMgK, que é o principal fator determinante;
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  O que é a taxa de Juros?
	 1) Na visão Clássica, a taxa de juros é a remuneração paga pela espera ( sacrifício) em adiar o C;
	2) Na visão Keynesiana, a taxa de juros não é a remuneração pela espera (ou sacrifício) em adiar o C:
	a) O entesouramento (guardar dinheiro) é uma forma de adiar o consumo e não é remunerado;
	b) As pessoas entesouram porque preferem a liquidez (dinheiro é o ativo de liquidez plena);
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  O que é a taxa de Juros?
	c) A liquidez tem suas vantagens:
	 - Significa poder troca-lo por qualquer bem a qualquer momento;
 - Significa garantia, segurança, e;
	 - Ter ganhos maiores (oportunidades de negócios);
	A taxa de juros é, portanto, o prêmio por se abrir mão da liquidez:
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  A preferência pela Liquidez é determinada por três fatores (que expressam também as funções da moeda na economia industrial moderna):
	a) Motivo Transação: quanto maior o número de transações comerciais, maior a necessidade de dinheiro. Quanto maior a atividade econômica, maior a necessidade de liquidez;
	b) Motivo Precaução: quanto maior a insegurança da economia, maior a necessidade de reter dinheiro (ex. dólar no Brasil (função reserva de valor);
	c) Motivo Especulação: O dinheiro é retido na sua forma líquida quando se especula (acredita) que no futuro se pode ganhar mais, ao subir (por ex.) a taxa de juros;
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como a taxa de juros (i) é determinada?
	a) Preferência pela liquidez (L): quanto maior preferência pela liquidez maior a necessidade (demanda) por moeda e maior a taxa de juros (vice-versa);
	b) Oferta de moeda (M): quanto menor a oferta de moeda, maior a taxa de juros (vice-versa);
	 - A oferta de moeda é determinada pelas autoridades monetárias (Banco Central); 
	 - Como Keynes analisa a economia no curto prazo, considera a oferta de moeda constante, assim:
i = f ( L, M)
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  Como a taxa de juros (i) é determinada?
i
M1 (oferta de moeda)
L (procura de moeda)
M (quantidade de moeda)
i 1
i 1 = (taxa de juro de mercado) determinado pela intersecção das curvas de oferta e demanda por moeda
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  A taxa de juros é um poderoso instrumento de política econômica, na geração de empregos:
	a) Quando o volume de I é insuficiente (desemprego): as autoridades monetárias podem reduzir a taxa de juros (aumentando a oferta de moeda), aumentando o C, os I e aumentando o emprego (é o que os empresários mais pedem hoje no Brasil);
OBS: Como Keynes não é absolutamente claro sobre a função da taxa de juros na decisão de I, existe um debate infindável sobre se Keynes defende somente a política fiscal ou também monetária (juros), para estimular ou desacelerar a economia;
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 VII – TAXA DE JUROS E PREFERÊNCIA PELA LIQUIDEZ
  A taxa de juros é um poderoso instrumento de política econômica, na geração de empregos:
	b) A armadilha da liquidez: a taxa de juros não cairá indeterminadamente. Chegará um momento em que um aumento da oferta de moeda não reduzirá a taxa de juros (armadilha da liquidez);
	c) Em outros termos, podemos dizer que a partir de uma taxa de juros bastante baixa (+ ou - 2% ao ano), as políticas econômicas (monetária) perdem efeito;
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  A armadilha da liquidez:
Taxa de juros i
Armadilha da liquidez
M (quantidade de moeda)
i 2
L (procura de moeda)
M1
M2 (oferta de moeda)
i 1
Fonte Elaboração própria
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 VIII – INVESTIMENTO E EMgK
  Determinantes do Investimento:
	O Investimento é função das expectativas de lucro e da taxa de juros de curto prazo:
I = f (E, i)
	 - I = Investimento;
	 - E = expectativas dos empresários sobre lucros futuros ou Eficiência Marginal do Capital (EMgK) ou ainda a Taxa Interna de Retorno (TIR);
	 - i = é a taxa de juros de curto prazo. Geralmente a melhor opção de taxa de juro no mercado financeiro;
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 VIII – INVESTIMENTO E EMgK
  Determinantes do Investimento:
	 - A taxa de juros funciona como um custo de oportunidade (opção de ganho no mercado financeiro);
	 - O investimento resulta assim de um estudo comparativo entre a Taxa Interna de Retorno (TIR) e a melhor opção de taxa de juros do mercado, Quando:
TIR > i = Investimento é viável;
	 TIR < i = Investimento é inviável;
	Quando TIR < i, o investimento não é realizado, é melhor aplicar o dinheiro do que investir;
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  Determinantes do Investimento:
	Segundo Keynes, na prática, o empresário ordena vários projetos de investimento para a tomada de decisão:
TIR/i %
0
1
2
3
4
6
7
8
Projetos de Investimento
i = 4 %
A
B	
C
D
E
F
G
H
A, B, C > i
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 VIII – INVESTIMENTO E EMgK
  O que é TIR na prática?
	a) A TIR (ou EMgK) se refere a expectativas do empresário. Como o futuro é incerto este fluxo de receitas e custos podem se verificar ou não;
	b) Suponhamos que um empresário queira adquirir uma máquina de R$ 1.000,00 (gasto = investimento ou preço de oferta, segundo Keynes);
	c) Para tomar a decisão, calcula a partir das informações disponíveis, quanto a máquina vai render (rendimento líquido) na sua vida útil. Suponhamos que seja de R$ 200,00 por oito anos (vida útil), teremos:
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 VIII – INVESTIMENTO E EMgK
  Determinantes do Investimento:
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 VIII – INVESTIMENTO E EMgK
  Determinantes do Investimento:
  Como achar a TIR (EMgK)?
	d) Como não podemos comparar valores em períodos diferentes, temos que trazer os oito rendimentos líquidos esperados para o presente (taxa de desconto);
	e) A TIR (ou EMgK) é a taxa que iguala os oito rendimentos líquidos futuros (trazidos para o presente) ao preço de oferta da máquina (R$ 1.000,00);
	f) Esta taxa, que neste caso é de 12%, será comparada com a melhor taxa de juro de curto prazo do sistema financeiro;
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 = Atratividade do projeto;
R = São as receitas esperadas do projeto;
C = São os custos totais;
r = É a taxa de juros praticada;
 = É o parâmetro que incorpora as expectativas 	de risco associados às receitas e aos custos;
n = É a vida útil do projeto.
 RESUMO AVALIAÇÃO TRADICIONAL
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 IX – CRÍTICAS À KEYNES (TIR)
 1 - Os modelos tradicionais são muito limitados 	para avaliar investimentos no contexto atual:
  Não consideram a relação entre investimentos e 	padrão de competição; 
  Desconsideram o meio ambiente como 		componente dos diferentes padrões de 	 	concorrência e a busca do desenvolvimento 		sustentável; 
  Não incorporam um grande elenco de variáveis 	qualitativas;
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 IX – CRÍTICAS À KEYNES (TIR)
  Nos dias atuais, é competitiva a empresa cuja 	estratégia de competição melhor se adapta ao 	padrão de concorrência vigente.
  Assim, os projetos de investimento não são 		viáveis apenas porque a sua EMgK ou TIR 		(definida ex-ante) supera uma dada taxa de juros;
  A taxa de juros não é o parâmetro final para todo 	e qualquer projeto, como se estabeleceu na TIR ou 	na teoria de Keynes;
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 INVESTIMNETO
 X – PROPOSTA ALTERNATIVA
	1 - A viabilidade de projetos de I assume uma 	perspectiva mais ampla, depende 	fundamentalmente:
  Do padrão de concorrência em que a empresa se 		situa;
  Das estratégias competitivas utilizadas e;
  Da capacidade adaptativa do projeto com relação 		ao meio ambiente; 
	Obs: Questões não consideradas pelos modelos 		tradicionais.
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Onde:
 “K” o vetor do padrão de concorrência, composto pelas diversas formas de competição, como: 
 “p”, preço
 “d”, diferenciação e,
 “i” outras formas de competição.
INVESTIMENTO
 = Atratividade do projeto;
R = São as receitas esperadas do 
projeto;
C = São os custos totais;
r = É a taxa de juros praticada;
= É o parâmetro que incorpora 
as expectativas de risco associados 
às receitas e aos custos;
n = É a vida útil do projeto.
X – RESUMO PROPOSTA ALTERNATIVA
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 XI – EFEITO MULTIPLICADOR
  O efeito multiplicador do Investimento:
	1) No início dos anos 30, Kahn (aluno de Keynes) estava preocupado com:
	a) Descobrir se seria possível eliminar o desemprego mediante uma política de obras públicas;
	b) Qual deveria ser a dimensão desta política;
  Descobriu que o governo não precisava empregar todos os desempregados:
	a) Os gastos em investimento têm um efeito multiplicador:
	 - Se o governo contrata desempregados para fazer estradas, estes se tornarão mercado para outros negócios (padarias, supermercados, etc);
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  O efeito multiplicador do Investimento (sobre a Y):
1 - Situação Inicial
I = 200
b = 0,8
Qual é a Y?
Y = I + bY
Y = 200 + 0,8Y
Y – 0,8Y = 200
Y(1 – 0,8) = 200
 200
Y =-------
 0,2
Y = 1.000
I = Investimento
b = Propensão MgC
bY = Consumo
2 – Fazendo um I 
adicional de R$ 50,00
I = 200 + 50
b = 0,8
Qual é a Y?
Y = I + bY
Y = 200 + 50 + 0,8Y
Y = 250 + 0,8Y
Y(1 – 0,8) = 250
 250
Y = ------- 
 0,2
Y = 1.250
Resposta do Problema:
 Com o incremento de R$ 50 nos investimentos a renda sobre de R$ 1.000,00 para R$ 1.250,00;
- Portanto, um gasto de R$ 50, resultou num incremento de renda de R$ 250 (caracterizando o efeito multiplicador da renda e do emprego)
Fazendo um I adicional de R$ 50,00, qual será efeito multiplicador na renda?
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  O efeito multiplicador do Investimento:
	2) O efeito multiplicador será tanto maior quanto:
	a) Maior for a propensão a consumir e;
	b) Menor for a propensão a poupar;
 	3) O efeito multiplicador indica quantas vezes a 		renda (emprego) varia devido a determinada 	variação do 	investimento:
 1
	A expressão ---------
 1 – b
 1
	Fórmula  Y = ---------  I
 1 – b
que chamaremos de K é o efeito multiplicador keynesiano 
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  Ex. efeito multiplicador do Investimento (sobre a Y):
Ex. 1
 I = 100
b = 0,8
Qual é a  Y?
 1
 Y = -----------  I
 1 – 0,8
 Y = 5 x 100
 
 Y = 500
 I = Variação no Investimento
b = Propensão MgC
 Y = Variação na Renda
Resposta do Problema:
1 - Com a PMgC = 0,8 a renda será de R$ 500 (o efeito multiplicador da renda é igual a 5)
2 - Com a PMgC = 0,9 a renda será de R$ 1.000 (o efeito multiplicador da renda é igual a 10)
 1
 Y = ----------  I
 1 - b
Ex. 2
 I = 100
b = 0,9
Qual é a  Y?
 1
 Y = -----------  I
 1 – 0,9
 Y = 10 x 100
 
 Y = 1.000
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
  O modelo Trabalha com variáveis dependentes e
independentes (esquema básico):
	1) As variáveis independentes:
	a) PMgC;
	b) EMgK (expectativas de retorno);
	c) Preferência pela liquidez (demanda monetária). Determinada pelos motivos transação, precaução e especulação;
	d) Oferta monetária (Definida pelas autoridades monetárias);
	2) As variáveis dependentes:
	a) Nível de renda;
	b) Volume de emprego;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
  O nível de renda e o volume de emprego são determinadas pela demanda efetiva;
  O elemento chave da demanda efetiva é o investimento, já que a PMgC é relativamente estável;
  As oscilações do sistema originam-se da atitude incerta do empresário face ao investimento futuro;
  O objetivo da Política Econômica deve ser criar as condições ótimas para o aumento dos investimentos, conseqüentemente, da renda e do emprego;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
  Quando ocorre esta condição ótima?	
	a) Quando a EMgK for maior que a taxa de juros (determinada pela curva da preferência pela liquidez e pela oferta monetária);
	b) Quando a PMgC for elevada (aumenta a eficiência do multiplicador);
  A condição ótima pode ou não se dar espontaneamente:
	a) Quando a condição ótima não se der espontaneamente, a política econômica passa a ter um papel fundamental;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
  Tipos de Política Econômica?	
	1) Política Monetária:
	a) Na determinação da taxa de juros, aumentando ou diminuindo a quantidade dos meios de pagamento (moeda) na economia;
	b) Quando a taxa de juros se aproxima da armadilha da liquidez, a política monetária perde eficiência;
	2) Política Fiscal:
	a) Relacionado a uma série de expedientes relativos a tributos e aos gastos governamentais;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
  Quando uma economia esta em Depressão:
	a) Existe grande capacidade ociosa;
	b) Elevado nível de desemprego;
	c) As expectativas de lucro são ruins;
	d) E o empresário deixa de investir;
	e) Exatamente no momento em que os 			investimentos são mais necessários;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA
	Nestas Condições:
	a) O governo deve aumentar seus gastos (déficit, 	aumento da dívida pública, etc);
	b) O efeito multiplicador aumentará a renda mais 	que proporcionalmente;
	c) Aumentando a demanda efetiva;
	d) Aumentando as expectativas de lucro;
	e) As expectativas ruins serão substituídas por 	expectativas otimistas;
	f) O investimento privado volta a se efetivar;
	g) O governo deve re-equilibrar suas contas;
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA (Fiscal)
  Portanto, para aquecer a economia, o governo deve aumentar a demanda:
	a) Diminuindo os impostos, sem diminuir despesas (déficit público);
	b) Aumentando os gastos, sem aumentar impostos (déficit público);
  Para desaquecer a economia, o governo deve diminuir a demanda:
	a) Aumentar os impostos, sem aumentar despesas (superávit);
	b) Diminuir os gastos, sem diminuir impostos (superávit);
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 XII – POLÍTICA ECONÔMICA (Monetária)
  Portanto, para aquecer a economia, o governo deve aumentar a demanda:
	a) Diminuindo a taxa de juros;
		- Viabiliza projetos de I;
		- Desestimula a S e estimula o C e I;
  Para desaquecer a economia, o governo deve diminuir a demanda:
	a) Aumentando a taxa de juros;
		- Inviabiliza projetos de I;
		- Estimula a S e desestimula o C e I;
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KEYNES. J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982.
GRASEL, D. Investimento e crescimento em setores de elevada competição - Cuiabá/MT: EdUFMT, 2003. 188 p.
GRASEL, D. e SANTANA, E. A. Investimento e crescimento em setores de elevada competição: os casos das indústrias de revestimento cerâmico e da agroindústria de carnes, Archétipon, Rio de Janeiro: UCAM, FCPERJ, vol 8, n. 23, p. 1-184, maio/agosto 2000.
FROYEN, R. T. Macroeconomia. SP: Saraiva, 2001.
LOPES, L. M. e VASCONCELOS, M. A. S. de (Org.) Manual de Macroeconomia: Básico e intermediário. SP: Atlas, 1998.
MANKIW, N. G. Macroeconomia. RJ: LTC Editora, 1998.
HANSEN, A. H. Guia para Keynes. São Paulo: Vértice, 1987.
DILLARD, D. A teoria econômica de John Maynard Keynes. São Paulo: Pioneira, 1989.
PREBICH. Keynes: uma introdução. ?.
OSER, J. e BLANCHFIELD, W. C. A história do pensamento econômico. São Paulo: Atlas, 1987.
HUNT, E. K. e SHERMAN, H. J. A história do pensamento econômico. Rio de Janeiro: Vozes, 1986.
BIBLIOGRAFIA
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