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PROJETO PESQUISA UFSC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
	
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS
Andréa das Neves Nunes
Linha de pesquisa: Trabalho, Educação e Política
FLORIANÓPOLIS
2018
�
SUMÁRIO
OBJETIVOS.....................................................................................04
1.1 Objetivos gerais...............................................................................04
1.2 Objetivos específicos.......................................................................04
INTRODUÇÃO.................................................................................05
PERGUNTAS DA PESQUISA.........................................................07
JUSTIFICATIVA...............................................................................08
REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................10
 5.1 Políticas públicas educacionais........................................................10
 5.2 LDB/1996..........................................................................................13
 5.3 Programas de acesso e permanência..............................................14
 5.4 Democratização da educação..........................................................16
METODOLOGIA..............................................................................18
CRONOGRAMA DA PESQUISA.....................................................19
REFERENCIAS.....................................................................................20
	NATUREZA
Pesquisa ( X ) Extensão ( ) Ensino ( ) Administração ( )
	
	DADOS PESSOAIS
Nome: Andréa das Neves Nunes
Coordenadores: Professores Doutores Jéferson Silveira Dantas (EED/CED) e Luciana Pedrosa Marcassa (MEN/CED).
Linha de pesquisa: Trabalho, Educação e Política
1. OBJETIVOS
1.1 Objetivos gerais
O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar as políticas públicas e suas relações com o processo de expansão da educação no Brasil pós LDB/1996, através de estudos das diversas áreas do conhecimento. Para que se consiga obter sucesso no objetivo geral faz-se necessário os seguintes objetivos específicos:
1.2 Objetivos específicos
Sistematizar e analisar políticas públicas que focalizam a democratização da educação, destacando os debates, controvérsias e pontos polêmicos na abordagem dessa questão;
Identificar os programas de acesso e de permanência no âmbito nacional das políticas de expansão na educação pós LDB;
Levantar e analisar as informações, dados estatísticos e pesquisas qualitativas relacionadas às políticas públicas educacionais. 
2. INTRODUÇÃO
O debate em torno das políticas públicas nos últimos anos tomou uma dimensão muito ampla, dado o avanço das condições democráticas e ao aumento da necessidade de conciliações institucionais, necessárias para a governabilidade.
Uma política pública visa definir uma situação específica da política. A melhor maneira de entendermos essa definição é fragmentarmos o termo. Política é um termo de origem grega, ‘politikó’, que significa a condição de participação de um indivíduo nas decisões sobre alguma questão. A palavra pública tem origem latina e significa ‘povo’. 
Na definição de Azevedo (2010, p. 41) “política pública é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os impactos de suas ações e de suas omissões”. Desta forma, política pública, se refere à participação do povo nas decisões de alguma questão relevante à todos. Entretanto, com o passar da História essa participação assumiu feições distintas, no tempo e no lugar, podendo ter acontecido de maneira direta ou por representação. Assim, pode-se entender que política pública é coisa para o governo, porém, é a sociedade civil que faz política. Contudo, o Estado sempre foi um agente presente no acontecimento de uma política pública.
Lowi (2006) aponta três tipos de políticas públicas: as redistributivas (que consiste na redistribuição de “renda na forma de recursos e/ou de financiamento de equipamentos e serviços públicos), as distributivas (programas de bolsa-escola, bolsa-universitária, cesta básica, renda cidadã, isenção de IPTU e de taxas de energia e/ou água para famílias carentes, dentre outros) e as regulatórias (consistem na elaboração das leis que autorizarão os governos a fazerem ou não determinada política pública redistributiva ou distributiva).
As políticas públicas educacionais, que são de interesse deste projeto, é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação. Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. No Brasil, as políticas educacionais têm foco mais específico nas questões escolares, mas sabemos que a educação vai além do ambiente escolar. Então significa que as políticas educacionais são um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se aplica às questões escolares. Em linhas gerais pode-se afirmar que políticas públicas educacionais dizem respeito à educação escolar passível de delimitação por um sistema.
3. PERGUNTAS DA PESQUISA
A democratização da educação no Brasil tem impulsionado a reflexão sobre questões referentes às suas políticas públicas de acesso à educação, que também serão levadas em consideração neste projeto de pesquisa, tais como: 
a) Quais as políticas públicas e suas relações com o processo de expansão da educação no Brasil pós LDB/1996?
Quais são as ações institucionais que focalizam a democratização da educação?
b) Como se desenvolvem as política públicas voltadas às condições de permanência, a partir de sua implementação? 
c) Quais as especificidades dos programas de acesso e de permanência no âmbito nacional das políticas de expansão na educação pós LDB?
d) Como as políticas de acesso e permanência contribuem para a evolução do ensino no Brasil? 
4. JUSTIFICATIVA
A educação tem ocupado um lugar de destaque nas políticas públicas nacionais. Mas o seu reconhecimento social, ainda enfrenta dificuldades para alcançar os índices de desenvolvimento que são necessários para que o trabalho em educação se reflita em nossa sociedade.
Neste sentido, este projeto se justifica pela importância em compreender o rumo que as atuais políticas públicas educacionais assumem na relação entre Estado e sociedade. Essas ações implicam no resgate histórico acerca de nossa formação e da influência que exerce sobre as políticas educacionais em cada período. Desta forma, é possível evidenciar as principais tensões e contradições que marcaram a organização do sistema educacional no Brasil, tais como suas rupturas, seus problemas de infraestrutura, adaptações, continuidades e descontinuidades que caracterizaram as políticas educacionais no Brasil em diferentes momentos.
As políticas públicas são ações coletivas que visam a orientação e garantia de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de decisões. Segundo Silvério (2014), no Brasil, é uma questão que envolve a responsabilidade e parceria do governo federal, estadual e municipal, de forma permanente, para garantir os direitos de cidadania a todos. As políticas de acesso à educação estão presentes em todo o país, mas desenvolvem-se em contextos com características diversas, o que implica a necessidade de estudos abrangentes, capazes de retratar seus efeitos gerais.
A democratização da educação é tema de discussão faz bastante tempo e, após a aprovação da LDB 9394/96, virou recorrente na pauta das políticas públicas. Ao se cogitar a democratização da educação, automaticamente pensamos na facilitação do acesso, mas é necessário discutir também a permanência. Existem projetos e programas desenvolvidosem função de demandas específicas, mas se faz necessário aprofundar os estudos sobre essa temática tendo em vista a necessidade de avaliar as ações já realizadas, seus efeitos e a possibilidade de implementação de outras políticas com os mesmos fins (SOUZA, 2003).
Este projeto abarca pesquisas e discussões legais e sua implementação nos contextos educativos, considerando que a legitimação de políticas públicas de qualidade, que implica no envolvimento de toda sociedade. Assim, justifica-se a escolha dos eixos temáticos centrais, bem como as diretrizes da LDB/1996, através de estudos das diversas áreas do conhecimento é possível analisar a influência das políticas públicas na organização curricular dos cursos de formação de professores, regimes de ingresso e permanência e das práticas educativas.
Portanto, este projeto procura promover um maior entendimento sobre o tema e ampliar suas possibilidades de análise. Também justiça-se pelo auxílio de poder formular questões que podem ser melhor trabalhadas de políticas públicas de inclusão, acesso e permanência na Educação.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 Politicas publicas educacionais
As Políticas Públicas são conjunto de disposições, medidas e procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades governamentais relacionadas às tarefas de interesse público (SGUISSANDI, 2000). As políticas públicas educacionais referem-se a tudo o que o governo faz (ou não) em relação à Educação.
É importante que toda a comunidade tenha ciência de quais são as políticas implementadas pelo governo no que diz respeito à educação para que se lute por sua efetivação com o intuito de alcançar o objetivo. De acordo com Silvério (2014), atualmente, no Brasil, há políticas educacionais que o governo promove com o intuito fomentar a qualidade no ensino. Das atuais políticas, que se referem à estruturação de objetivos gerais, destacam-se:
PROUNI – Programa Universidade Para Todos: É o programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.
Programa Brasil Alfabetizado: voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos em todo o território nacional. O MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O programa é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetizado é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a municípios que apresentam alta taxa de analfabetismo, sendo que 90% destes localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizandos.
Programa Caminho da Escola: foi criado com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar. A proposta é renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica pública. Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas rurais e ribeirinhas, o programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados especialmente para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e à qualidade do transporte;
Todos Pela Alfabetização: criado pelo Governo da Bahia, destina-se a ampliar a oferta de alfabetização é fundamental para melhorar os indicadores sociais. Por isso, é essencial que governantes, gestores públicos, empresários, movimentos sociais e sindicais, lideranças comunitárias, estudantes e voluntários estejam unidos pelo programa;
Projovem Campo – Saberes da Terra: o objetivo é desenvolver políticas públicas de Educação do Campo e de Juventude que oportunizem a jovens agricultores (as) familiares, com idade entre 18 a 29 anos, excluídos do sistema formal de ensino, a elevação de escolaridade em Ensino Fundamental com qualificação profissional inicial, respeitadas as características, necessidades e pluralidade de gênero, étnico-racial, cultural, geracional, política, econômica e produtivas dos povos do campo.
A respeito de projetos, que são caracterizados pela sistematização e estabelecimento da ordem das ações que serão tomadas para a execução das propostas, destacam-se:
Educação Para Jovens e Adultos (EJA): é uma modalidade da educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio. Os jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de iniciar ou concluir os ensinos Fundamental ou Médio na idade adequada, de acordo com a legislação, podem ter acesso a essas etapas da escolaridade por meio de cursos e avaliações voltadas à modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos. Atualmente, a proposta é alcançar a qualidade educacional para que cumpra com o papel que lhe foi reservado constitucionalmente;
Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE): é uma das ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. A proposta do projeto é realizar ações de promoção da saúde sexual e da saúde reprodutiva de adolescentes e jovens, articulando os setores de saúde e de educação. Com isso, espera-se contribuir para a redução da infecção pelo HIV/DST e dos índices de evasão escolar causada pela gravidez na adolescência (ou juvenil), na população de 10 a 24 anos.
Ações Educativas Complementares: tem como objetivo proporcionar atividades de caráter pedagógico e sócio educativo, a fim de que os alunos possam desenvolver habilidades, potencializando-se como indivíduos capazes e atuantes na sociedade. são as atividades extracurriculares que contribuem para o trabalho escolar e que são realizadas de acordo com o projeto político-pedagógico da escola. Elas são voltadas ao desenvolvimento das potencialidades da criança, do adolescente, do jovem e de sua família e devem contribuir para os processos de desenvolvimento pessoal, a promoção social e o fortalecimento da auto-estima. A implementação dessas ações tem por objetivo garantir o ingresso, o regresso, a permanência e o sucesso educacional por meio da transformação da escola em um espaço atraente; da redução da exposição de crianças, adolescentes e jovens a situações de risco; da desigualdade, da discriminação e de outras vulnerabilidades sociais; da redução dos índices de repetência e evasão escolar; e da melhoria da qualidade da educação.
Os objetivos dos Planos de Educação, de acordo com Cunha (2000) estão na ampliação do acesso e melhoria da qualidade do ensino, nos diferentes ciclos e modalidades combinadas com valorização profissional, ando atenção especial à necessidade da instituição do Sistema Nacional de Educação. 
5.2 LDB/1996
A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é uma lei criada em 1971, porém, somente reconhecida como tal em 1996 no Governo de Fernando Henrique Cardoso. A lei reformulada e traz informações importantes referente aos currículos, avaliações para ingresso no ensino superior, participação dos professores na educação e integração do aluno na sociedade, ensino a distância, sistema estadual e municipal de ensino. A Lei das Diretrizes e Bases acresceu obrigatoriedades fundamentais na educação do Brasil. Segundo a LDB, a educação é um direito de todos e todos precisam ter acesso ao ensino (DEMO, 2002).
Antes desta legislação, o que realmente existia eram ações descontínuas e de pouca articulação com as políticas educacionais destinadas à melhoria da qualidade de ensino. Comprometido com essas políticas, o governo federal instituiu e implementou ações que objetivameliminar discriminações, corrigir injustiças e promover a inclusão social e a cidadania na educação brasileira. Até hoje, a perspectiva ainda é a de redirecionar os rumos da educação nacional, com a educação no Brasil ainda passando por mudanças de cunho jurídico-institucional, decorrentes das medidas implementadas por força do texto original da Lei bem como por força destas novas leis ordinárias que o emendam ou o alteram. 
Durante nossa história, um modelo de desenvolvimento excludente foi estabelecido dentro de nosso sistema educacional impedindo que milhões de pessoas tivessem o correto acesso à escola. A ideia foi a de garantir o exercício esse direito através do desenvolvimento com inclusão, um desafio enorme desafio na área da educação inovadora (OLIVEIRA; TOSCHI, 2011).
A LDB/1996 detalha os direitos e as obrigações ante a implementação da legislação através de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a melhoria da qualidade de ensino com políticas públicas que focalizam a democratização da educação e a programas de acesso e de permanência no âmbito nacional.
Segundo a proposta pública do governo, o ensino deve ter consciência política e histórica da diversidade; fortalecimento de identidades e de direitos e ações educativas em prol da qualidade do ensino com posturas adequadas a serem tomadas na escola.
A educação precisa ser trabalhada como uma condição na preparação dos jovens não somente para o mercado de trabalho mas para a vivência em sociedade. Segundo a legislação, as escolas devem respeitar o número de oitocentas horas na carga horária, distribuídas no decorrer do ano letivo. Essa carga horária deve ser utilizada de maneira a difundir o conhecimento com todos os educandos. 
Para Silva (2003, p. 69) “a LDB, a Lei n. 9.394/96, em seu texto original, sofreu 32 emendas, sendo 28 mediante leis ordinárias e 4 mediante decretos-lei”. Ao ser promulgada em 1996, causou muita polêmica e gerou expectativas pois, estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional, significa criar um processo social amplo e profundo nas entranhas da sociedade.
Demo (2002) critica seu texto básico por expressar a tendência do sistema a atuar de forma fragmentada e a criar decisões atreladas às determinações de programas de governo e de implementação de políticas públicas voltadas para interesses e objetivos imediatistas. As alterações no texto legal foram se intensificando ao longo dos últimos anos, sendo que em 2013, as alterações promovidas pela Lei n. 12.796, ajudou a assegurar a implementação de políticas educacionais, inicialmente não configurados no texto legal.
5.3 Programas de acesso e permanência
A reflexão sobre a democratização do ensino se fundamenta pelos artigos abordados pela Constituição e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. Na história da educação pública no Brasil, podemos identificar, diversos movimentos sociais exigindo a ampliação do atendimento educacional como a ampliação da laicidade, da obrigatoriedade, da universalização do acesso.
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. (CATANI, 2012 – Artigo 1º. LDB).
 Esse aspecto vincula-se à criação de condições de oferta da educação pública, tendo como concepção de educação de qualidade como direito social. A Lei Maior contempla seu Artigo 1º, que nossa República “constitui-se em Estado Democrático de Direito�”. Nessa condição significa que o Brasil submete-se à ordem jurídica ou às leis de maneira a proteger os direitos de todos os cidadãos. Ela ensina que “a educação é direito de todos” e prepara a pessoa para o exercício da cidadania.
Analisando ainda a Constituição Federal, podemos, encontrar objetivos da educação nacional, tais como, o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, por exemplo. Portanto, desenvolvimento, cidadania e trabalho, são palavras centrais no campo das finalidades educacionais.
O IBGE (Instituto de Geografia e Pesquisa) aponta que cerca de 3% de brasileiros entre 7 e 14 anos estão fora da escola, representando 700 mil crianças e jovens. Dentre as principais causas sociais e familiares são o envolvimento com drogas, trabalho precoce, falta de transporte ou documentação. Junto a isso, há as taxas de frequência e de repetência. O Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio Vargas) indica que apenas 70% dos estudantes matriculados não estão efetivamente nas salas de aula (SOUZA, 2003).
O fato é que o não comparecimento desencadeia outros problemas como a repetência, distorção idade-série e a evasão escolar. Necessitamos de políticas públicas articuladas com o compromisso do acesso e permanência do aluno na escola e que todos tenham êxito durante e ao concluir seus estudos.
5.4 Democratização da educação
A democratização da educação é tema de discussão faz bastante tempo e, após a aprovação da LDB 9394/96. Acompanhando o desenvolvimento econômico do País, o ensino superior atraiu o olhar de toda a sociedade brasileira nos últimos anos. Os investimentos e as políticas criadas pelo governo para democratizar a educação precisam ser ações conjuntas e sequenciadas, que enxerguem o ensino médio como o caminho essencial ao ensino superior.
A situação é que existe muitas pessoas que eram impedidas de prosseguir nos estudos após o ensino médio, pela atual conjuntura econômica da população e a cobrança do mercado por profissionais qualificados em nível de formação superior, em atendimento a uma produção cada vez mais dependente do conhecimento e do domínio de novas técnicas e tecnologias fez o governo criar políticas públicas que democratizassem o ensino superior.
O Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020 estabeleceu como metas para o ensino médio, dentre outras, universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nessa faixa etária; oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas; reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional; oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio e ampliar, progressivamente, o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB do País. (SOUZA, 2003, p. 88).
Cunha (2000) percebe que as políticas públicas do governo de valorização e melhoria do ensino médio e do ensino superior estão envoltas no investimento no docente, no discente e no ensino público com a universalização do ensino com qualidade e a exigência do estabelecimento de metas relacionadas à infraestrutura física e pedagógica das instituições educacionais.
A criação e a ampliação das políticas públicas de garantia de acesso e permanência no ensino superior, foi uma resposta à demanda regular, que representa, aproximadamente, 75% dos concluintes do ensino médio a cada ano. Dessa forma, o ensino médio integra este trabalho enquanto representação do cenário de formação propício para os exames nacionais de avaliação e seleção para ingresso em diversas universidades públicas e recebimento de benefício do governo para estudar em instituições privadas.
Em resumo, observa-se a necessidade de acompanhamento das tomadas de decisão e novas políticas públicas para democratização do ensino em todos os seus níveis, considerando a urgente na universalização do acesso ao ensino médio regular e na qualidade de sua formação, bem como na ampliação do acesso e permanência no ensino superior.
6. METODOLOGIA
Esta proposta de pesquisa pretende utiliza-se de abordagens quantitativas e qualitativas, de acordo comas necessidades do projeto e de suas fases de pesquisa. A ideia é a de promover a análise de estudos estatísticos, pesquisas bibliográficas, documentos e da legislação educacional no Brasil, entre outros.
O método têm por objetivo sistematizar a produção do conhecimento possibilitando a compreensão dos processos vigentes de produção do conhecimento sobre o tema. A metodologia utilizada pela pesquisadora, em conformidade com a sua área de conhecimento, são as que se seguem: 
Levantamento e análise de fontes documentais e dispositivos legais que serão analisados (leis, decretos, resoluções, pareceres, tratados, dentre outros);
Revisão da literatura da temática em estudo através de bibliografias e/ou de documentos necessários para identificar a pesquisa em diversas áreas do conhecimento;
Levantamento e análise de dados estatísticos para a pesquisa, especialmente aqueles relacionados à políticas públicas;
Coleta dos dados observando a definição dos dados a serem pesquisados criando uma base de dados e informações, relacionados a pesquisas. 
A sistematização deve contemplar análises que ultrapassem a reprodução das noções veiculadas sobre os dados levantados, objetivando a identificação com o tema de investigação, aporte teórico, justificativa e os resultados de pesquisa vinculados ao objeto de estudo. 
7. CRONOGRAMA DA PESQUISA
 Tabela: CRONOGRAMA DE PESQUISA
	ATIVIDADES
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	Tema, Problema e Questão de Pesquisa; Objetivos; Justificativa e Estrutura do Estudo. 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Fundamentação Teórica 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Metodologia 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Conferência das Referências
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Redação do texto
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Entrega do Projeto
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
 Fonte: De autoria da pesquisadora 
REFERENCIAS
AZEVEDO, Sérgio de. Políticas públicas: discutindo modelos e alguns problemas de implementação. In: SANTOS JÚNIOR, Orlando A. Dos (et. al.). Políticas públicas e gestão local: programa interdisciplinar de capacitação de conselheiros municipais. Rio de Janeiro, 2010. 
CATANI, Afrânio M. Democratização do acesso e inclusão na educação no Brasil. 2012. Disponível em http//www.redecaes.com.br, acesso em 03 abr 2018.
CUNHA, Célio. Fundamentos da nova educação. Brasília: UNESCO, 2000.
DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. 13 ed. Campinas, SP: Papirus, 2002.
LOWI, M. Concepção dialética da educação. 25ª edição. São Paulo: Cortez, 2006. 
OLIVEIRA, João F; TOSCHI, Mirza S. Educação escolar, políticas, estrutura e organização. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2011. 
SGUISSARDI. V. Educação: Velhos e Novos Desafios, São Paulo: Xamã, 2000. 
SILVA, Cidinha (org.). Ações Afirmativas em Educação, São Paulo: Summus, 2003. 
 
SILVÉRIO, Valter R. Educação, Diferença e Desenvolvimento Nacional. 3ª. ed. São Carlos: EdUFSCAR, 2014. 
SOUZA, C. Políticas públicas: questões temáticas e de pesquisa. Caderno CRH, Salvador, n. 39, jul./dez. 2003.
� O Estado de Direito compreende a supremacia da lei; o princípio de legalidade; a igualdade de todos perante a lei; a garantia dos direitos individuais e sociais, entre os quais a educação; a independência do magistério quanto à pluralidade de idéias e de concepções pedagógicas e a responsabilidade em regime de colaboração entre a União, Estados e Municípios, o que caracteriza a descentralização dos poderes.

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