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ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * FACULDADE DE ECONOMIA (FE) ECONOMIA Formação e Repartição do Produto e da Renda na Economia Capitalista DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1) Teoria da Repartição: a) Acreditava que o problema central da Economia Política era explicar as leis que regulam a repartição entre as classes sociais; b) Mas no fundo persegue o mesmo problema de Smith – Crescimento econômico a L/P; c) Percebeu que para se entender como se dava o crescimento econômico, era necessário entender como a renda era distribuída entre as classes: d) Há três classes sociais: - Latifundiário; - Capitalista; - Operário. DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.1) A Renda da Terra: A parte do produto nacional que cabe aos latifundiários depende das condições em que a produção agrícola se dá e tende a subir, porque, com o crescimento da população terras menos férteis serão utilizadas: a) Enquanto a terra é abundante, não se paga renda da terra e se utiliza as terras mais férteis; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.1) A Renda da Terra: b) Quando a população aumenta: - Novas terras, menos férteis terão que ser utilizadas; - Para produzir a mesma quantidade de trigo teremos que utilizar mais capital, insumos e mão-de-obra; - O preço do trigo deverá subir, para cobrir o custo de produção das terras menos férteis; - O valor de troca será determinado pelo custo de produção nas circunstâncias menos favoráveis; - Com a produção na terra de segunda qualidade, surgirá a renda da terra na terra de primeira qualidade; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.1) A Renda da Terra: - Como o custo de produção da terra mais fértil é menor do que da segunda terra, e o preço é definido pelo custo de produção da terra menos fértil, surge um diferencial de renda entre as duas terras. Este diferencial se chama renda da terra e é apropriado pelo dono das terras; - Um novo aumento da população obriga o cultivo de terras ainda menos férteis. Cria-se, assim, a renda da terra para o proprietário das terra de segunda qualidade; - A renda da terra é o diferencial entre os custos de produção das terras de qualidades diferentes; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.1) A Renda da Terra: - A última terra não gera renda da terra; - A medida que a população aumenta, terras menos férteis serão utilizadas e, por isso, a renda da terra tende a aumentar; “O trigo não é caro porque se paga renda, antes se paga renda porque o trigo é caro....” (Ricardo) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.2) O Salário: Se divide em W natural e W de mercado: a) O W natural é aquele que permite a aquisição de uma cesta mínima de bens que permite a sobrevivência dele e de sua família; - Não se trata da subsistência física. Este salário muda de acordo com o grau de desenvolvimento da sociedade; - Explicando o mínimo desta forma o autor pode explicar o aumento secular do W, sem abandonar a definição de w natural; b) O W de Mercado é determinado pela oferta e demanda de trabalhadores; - Este W girará em torno do W natural. DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.3) O Lucro: a) O lucro é resíduo do w; b) Se o W subir o lucro cai e vice versa; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.4) Teoria da Evolução Econômica: a) O crescimento econômico somente é possível com investimentos, e o investimento é parte do lucro aplicado na produção ou S; b) Investir é função do capitalista; c) Se o lucro diminuir, os investimentos também diminuem; d) Os lucros tendem a zero e a economia tenderá ao estado estacionário: - Embora os W esteja sempre próximas de subsistência (W natural); - A exploração de terras menos férteis, sobe o preço do trigo; - Subindo o preço do trigo, sobe o W natural (nominal) e diminui o lucro; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * I)David Ricardo: 1.4) Teoria da Evolução Econômica: - Todo excedente é absorvido pelos latifundiários, os capitalistas não se beneficiam desse excedente; - Pelo contrário, ao cultivarem terras menos férteis são obrigados a aplicar mais trabalho para obter o mesmo produto; e) O estado estacionário poderá ser retardado: - Com a introdução de novas técnicas de produção de cereais; - e importação de cereais: Obs: ambos barateiam os cereais, permitem a diminuição do preço natural do W, o aumento dos Lucros e dos investimentos; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2) A Expropriação: a) Para Marx, Hegel não viu ou não quis ver a exploração das pessoas por uma pequena minoria; b) Na verdade, no modo de produção capitalista, as relações de trabalho alienam o trabalhador; Alienação significa: passar o domínio de uma coisa a outro. Privar alguém de algo que lhe pertence; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2) A Expropriação: Valor trabalho de Ricardo: a) sofre uma reformulação: É a quantidade de trabalho socialmente necessário para produção de uma mercadoria: Para onde vai o trabalho do operário? a) Para a mão dos capitalistas; Porque? a) Apropriação privada dos meios de produção, gerou duas classes sociais: - O capitalista: proprietários dos meios de produção; - O operários: desprovido dos meios de produção; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2) A Expropriação: O capitalista: a) Compra mercadorias (MP, K e Força de trabalho) para valorizar o valor; D – M – D’ O operário: a) Para obter seu sustento precisa vender a sua força de trabalho (não mais o trabalho); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: a) A apropriação privada dos meios de subsistência estabeleceu a seguinte relação social de produção: - Os capitalistas contratam os fatores de produção (MP, K e MO); - Os operários - desprovidos dos meios de produção, precisam vender a sua força de trabalho para sobreviver; - O W do trabalhador é de subsistência; - O valor criado vai para quem possui os meios de produção (agregação de valor); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: b) Portanto, é a posição que a pessoa ocupa na estrutura de produção (se possui ou não meios de produção) que determina a sua renda e não a renda que determina a sua posição na hierarquia social; Porque o Valor vai para os Capitalistas? O argumento da alienação do operário reside: No valor trabalho: O valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la: DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: Porque o valor vai Para os Capitalistas? - A essência do valor é o trabalho humano (Smith); - O capital não cria, apenas transfere valor (é trabalho passado – trabalho mediato de Ricardo); - Portanto, o trabalhador gera a riqueza e usufrui de apenas uma parte reduzida dela (o trabalho necessário) e é expropriado da outra parte, gerando assim um trabalho excedente (a mais-valia); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: Valor = valor transferido pelo capital + trabalho necessária + trabalho excedente (mais-valia). Trabalho Necessário: a) É medido pelo tempo de trabalho necessário para a reprodução do trabalhador (valor da força de trabalho); Trabalho Excedente: a) O diferencial entre o valor e o trabalho necessário e transferido (a mais-valia); Portanto, o trabalhador vende a sua força de trabalho e não o seu trabalho; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: Estas relações sociais de produção: a) Privam (alienam) o trabalhador de parte do seu trabalho (a mais-valia) em benefício dos que possuem os meios de produção (os capitalistas); b) Despersonalizam o homem, tornando-o uma mercadoria; c) O capital impõem o tipo, o método e o ritmo de trabalho, tornando o trabalhador um apêndice da máquina; d) Tornam a riqueza social em propriedade de poucos; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: Estas relações sociais de produção: d) Ignoram a essência do homem (o seu ser, sua criatividade), impondo a posse ou o ter: “O homem vale o que tem” “Quanto maior a propriedade capitalista, mais pobre será o ser do trabalhador, que se transforma em objeto” “O homem vende-se a si mesmo para ter, sem perceber que quanto mais ele tem menos ele é” DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * II)Karl Marx: 2.1) Novas Relações Sociais: Estas relações sociais de produção: e) Visam a valorização do valor e, por isso, tudo se torna uma mercadoria, inclusive o trabalho humano: “Alienação é isso, é exploração e despersonalização do homem” DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * III) Porque as Pessoas tem rendas diferentes?: 1) Os ganhos das pessoas dependem: Da oferta e demanda pelo seu trabalho; Do talento natural ou adquirido do capital humano; O talento natural, esforço, sorte e oportunidades; Algumas diferenças são atribuídas a discriminação por raça e sexo; Grau de organização das categorias; Estrutura de mercado das empresas que empregam; Os trabalhadores em atividades difíceis e desagradáveis ganhas mais do que nas atividades agradáveis e fáceis; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * III) Porque as Pessoas tem rendas diferentes?: 1) Os ganhos das pessoas dependem: A mão-invisível garante que os recursos sejam alocados com eficiência, mas não garante que sejam alocados com justiça; O que leva alguns economistas a defender que o governo deve redistribuir renda; Outros não concordam porque distorce incentivos, alterando comportamento e tornando a alocação dos recursos menos eficientes; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * III) Porque as Pessoas tem rendas diferentes?: Uma política de distribuição da renda se dará em três etapas: i)Avaliação do grau de desigualdade; ii)Definir a função que o governo deve desempenhar na distribuição de renda (definição da estratégia); iii) Discutir as diversas políticas públicas que tem por objetivo ajudar os mais pobres; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IV) Avaliação da Desigualdade: Desigualdade de Renda no mundo: OBS: as informações sobre o Brasil do Mankiw não batem com os dados da PNAD Brasil. DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Fonte: Mankiw (2008) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Fonte: Mankiw (2008) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Fonte: Mankiw (2008) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * OBS: Razão mede a diferença entre os ricos e os pobres OBS: quantas vezes os 10% mais ricos recebem a renda dos 10% mais pobres Fonte: Mankiw (2008) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) Desigualdade de Renda no Brasil: DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) Desigualdade de Renda no Brasil: Fonte: Elaborado pelo IETS com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) Desigualdade de Renda no Brasil: Fonte: Elaborado pelo IETS com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) Desigualdade de Renda no Brasil: Fonte: Elaborado pelo IETS com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * V) Desigualdade de Renda no Brasil: DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) Taxa de Pobreza: i) Uma medida comum de distribuição de renda é a taxa de pobreza; ii) Taxa de Pobreza é o percentual da população cuja renda familiar percápita se encontra abaixo da um nível absoluto chamado de linha da pobreza; iii) Abaixo desta linha a família é considerada em estado de pobreza; iv) Linha da pobreza é estabelecido pelo governo federal em aproximadamente três vezes o custo de uma dieta adequada nos EUA e no Brasil geralmente é uma cesta de consumo, mas varia entre meia salário e uma cesta de consumo; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) Taxa de Pobreza: OBS: como o poder de compra é diferente de estado para estado, o que dificulta a comparabilidade, os estudos geralmente levam em conta meio salário mínimo; v) Esta linha da pobreza depende do tamanho da família e é ajustada a cada ano em função do nível dos preços; vi) No Brasil a taxa de pobreza, em 2007 é de 22,7%. Isto quer dizer que 22,7% da população era membro de família com renda inferior à linha de pobreza; vii) Isto é, recebe igual ou menos de meio salário mínimo; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) Taxa de pobreza no Brasil: OBS: Taxa de pobreza = Percentual de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a linha de pobreza DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VI) Taxa de pobreza no Brasil: Fonte: IPEADATA (www.Ipeadata.org.br) DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VII) Índice de GINI: i) Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de renda de indivíduos, segundo a renda domiciliar per capita; ii) Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula); DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * Fonte: IPEADATA (www.Ipeadata.org.br) Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade a 1, quando a desigualdade é máxima DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * VIII) Função do governo na redistribuição: O que o governo deve fazer a respeito da desigualdade de renda? A definição da estratégia de transferência de renda ultrapassa o campo da economia; O objetivo do governo é maximizar a soma das utilidades para todos os membros da sociedade; Não há consenso sobre se o governo deve ou não atuar na redistribuição de renda e qual deveria ser a estratégia para os que a defendem; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: As diversas políticas públicas que tem por objetivo ajudar os mais pobres; Há pouca discordância de que o governo deve ajudar os mais necessitados; As discordâncias estão no que o governo deve fazer; Oferecer uma rede de segurança, para impedir que qualquer cidadão sofra uma grande queda; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: Quais são as opções: 1) Legislação de Salário Mínimo; Não há consenso sobre a eficácia desta estratégia; Caso se adote está estratégia, o W mínimo deverá ser aumentado de forma lenta e gradual, para evitar efeitos negativos, como a inflação; É uma maneira de ajudar o trabalhador sem ônus direto para o governo. Existem ônus indiretos sobre a previdência e na própria folha de pagamento do setor público; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: A legislação pode estabelecer um equilíbrio entre oferta e demanda acima do equilíbrio que seria estabelecido sem intervenção; O custo desta faixa de mão-de-obra aumenta e a demanda por mão-de-obra cai, tendo em vista que a relação K/T é estabelecida pelo custo e eficiência dos fatores; Este processo pode resultar em: a) aumento do desemprego; b) aumento real do w para quem mantêm o emprego, aumento do custo de produção e perda de competitividade das empresas; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: 2) Complementação de renda; Programas governamentais que suplementam a renda dos necessitados; Inclui diversos programas do governo ( ex. Brasil: fome zero, bolsa família, etc.); Assistência a pobres doentes e inválidos; Geralmente vem associados com o cumprimento de condições, ex. bolsa família = filho matriculado; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: 2) Complementação de renda; Estes programas deveriam ser temporários e evitar efeitos negativos, ex. estímulo para ter mais filhos ou permanecer desempregado; Alguns programas estabelecem um prazo em que o beneficiado pode permanecer no programa, ex. auxílio desemprego, para evitar que a condição de desempregado seja um estímulo; Caso contrário estes programas podem aumentar o problema em vez de minimizá-los ou solucioná-los; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: 3) Imposto de Renda Negativo; Um sistema tributário que arrecada receita de famílias de alta renda e concede transferência à famílias de baixa renda; As famílias de alta renda pagam imposto de acordo com sua renda e de forma progressiva; As famílias de baixa renda recebem um subsídio (imposto negativo); É uma assistência financeira sem necessidade de demonstração de necessidades; Precisa apenas comprovar baixa renda; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * IX) Políticas de Redução da Pobreza: 4) Transferência de Gênero; Fornecer diretamente alguns bens e serviços necessários para elevar o padrão de vida; Fornecer abrigo, brinquedos, presentes (no natal), vale alimentação, assistência médica; É melhor ajudar os pobres com transferindo gêneros ou em dinheiro? É um debate eterno, não há resposta simples para isso; DIRCEU GRASEL ECONOMIA Desigualdade de Renda e Pobreza CUIABÁ - * DIRCEU GRASEL * CUIABÁ, MT - * DIRCEU GRASEL * BIBLIOGRAFIA MANKIW, N. G. Introdução à Economia. SP: Cengage Learning, 2008. ARAÚJO, C. R. V. História do Pensamento Econômico: uma abordagem introdutória, São Paulo: Atlas, 1988. HOLANDA, N. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Vozes, 2002. http://www.ipea.gov.br/ http://www.iets.org.br/ DIRCEU GRASEL
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